Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 70
Casais


Notas iniciais do capítulo

Primeiro: Obrigada a Bia Dream pela recomendação. Fiquei boba e feliz! ^^
Segundo: Desculpem pelo sumiço sem justificativas. Graças a Deus não enfrento nada de ruim em minha vida pessoal no momento. Apenas a universidade onde estudo voltou da greve com carga máxima e me exige muito mais do que eu dou conta. Tem sido complicado. Estou com os capítulos finas estruturados, falta apenas revisá-los e editar. Acho que mais uns cinco ou dez, pra fechar em oitenta e termino. Então é isso. Desculpem pelo vácuo.
Terceiro: Estou em outro projeto e este eu já tenho todo terminado em mente só falta começar a tirar dela kkkk Outra shipper Delena com um enredo bem diferente desta, mas tão sério quanto, tenho problemas com senso de humor e temas mais juvenis ^^
Quarto: Meninas, obrigada pelos comentários e carinho. Beijo a todas que acompanham e me desculpem mais uma vez.
desfrutem da leitura! ;) Maiara Lima.



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A consciência aos poucos volta pra mim, meus olhos ardem e minha cabeça está a ponto de explodir. Devagar abro meus olhos e me deparo com a luz forte que vem da janela, desvio dela virando meu rosto pro lado e então eu o vejo. “Meu Deus!” O que diabos Stefan Salvatore faz na minha cama de hotel?

Aos poucos flashes da noite passada voltam em minha mente, enquanto eu vago meu olhar por seu rosto sereno. “Oh droga! Eu beijei o Elijah.” “Merda! Estava com ciúmes de Stefan.” Minha mente gira e leva consigo todo o meu mundo impecável quando constato o óbvio. “Dormi com Stefan!”

Eu me envolvo no lençol como se isso fosse me salvar de alguma coisa. Como se aquele mísero pedaço de tecido tivesse algum poder de proteção, um escudo. Stefan se move brandamente e depois de mais alguns segundos em sua face surge um riso contagiante e sem abrir os olhos ele fala comigo.

–Bom dia senhorita Forbes! – céus o que eu faço?

Depois de vários conflitos internos de responde ele e não responde, eu resolvo levantar sem nada falar. Ele se mexe em minha direção arregalando os olhos e é como se ele acabasse de acordar, realmente. Seu rosto está pálido e sua expressão serena se foi. Em seu lugar agora está uma expressão suplicante e assustada.

–Caroline, eu posso explicar... – ele começa hesitante e eu estou diante dele atônita demais para falar qualquer coisa. Ele vai explicar? O quê? – Ontem à noite, bem... Você estava meio... Caroline, você sabe o que sinto por você. Eu vi você lá agarrando o Elijah, – meus músculos travaram. Ótimo Caroline! – eu fiquei maluco. Meu sangue ferveu e depois aqui no hotel eu... Eu sinto muito, você não estava bem, tinha bebido, me sinto horrível, por favor, não fique brava comigo. – Ele acha que eu estou brava? Estou envergonhada, perdida, mas brava não.

Ele se levantou da cama e por um momento eu queria gritar ou correr, mas ele estava “vestido” ele me olhou profundamente, procurando em meus olhos alguma resposta, alguma posição. Oh Stefan, eu não sei o que dizer, eu senti ciúmes, fiz uma bobagem e me entreguei a você, a um sentimento que eu me negava a crer. Como falar agora que o que houve não foi um erro?

–Por favor, me desculpe! – ele pediu com voz cortante e fraca. Certo Caroline, sua vez!

–Não estou brava. – falei sem o olhar, minha voz saiu tão baixa que não tinha certeza que ele ouviu, só pude confirmar quando enfim o encarei e ele tinha os olhos arregalados. Surpreso talvez? Continuei sem jeito, cambaleando entre as palavras. – Eu sei o que houve, e se aconteceu foi por que eu quis, talvez não desse jeito, - senti minha face queimar e ele ainda me olhava atordoado. – mas eu quis também. – respirei fundo. – Senti ciúmes. – ele aliviou a expressão e um breve riso sem jeito brotou em sua face.

–Eu também senti. – falou hesitante.

Nossos olhares estavam dentro um do outro, eu podia ver meus olhos dentro dos dele.

–Estamos bem com tudo isso? – ele me perguntou e eu franzi a testa confusa.

–Estamos bem...? – perguntei dando de ombros.

–Eu e você, quer dizer... Agora. Depois de ontem... Posso parecer fanático por compromissos, mas não sei ser de outro jeito. Creio que agora você seja minha... – ele parou.

Meu corpo travou. Oh não! Vá com calma!

–Estamos nos conhecendo. Ontem a bebida acelerou as coisas e isso não é uma tentativa de justificativa. Apenas vamos devagar. O que eu sinto por você é forte e confuso ao mesmo tempo. Podemos começar uma espécie de namoro brando. – ele franze o cenho.

–Namoro brando?

–Sim. Vamos nos conhecer, gostos, jeitos, preferências, defeitos, qualidades. – ele bufou.

–Caroline, te conheço a uma vida. – ele revira os olhos.

–Preciso confiar em você. Você é... Volúvel. – ele suspira, fecha os olhos e assenti com a cabeça.

–Onde isso nos deixa então?

–Vamos nos conhecer, conversar, deixar que tudo aconteça com calma, sem pressa. Vamos apenas descobrir a profundidade de tudo isso, não quero entrar na lista de seus compromissos desfeitos eu... – travei e respirei fundo. – Eu realmente gosto de você. – ele sorriu.

–Bem, se você acha que desse jeito é melhor... – ele se aproximou mais e eu dei um passo para trás batendo numa poltrona. – Calma, não vou fazer nada que não quiser. – ele disse e eu relaxei por uns segundos. Ele se inclinou e me beijou levemente, sem pressa, era doce e envolvente. Céus! Isso é maravilhoso.

...

Senti o toque de seus lábios molhados em minha face. Nossa! É tão bom acordar com Damon ao meu lado, abro meus olhos lentamente e sou recepcionada por um olhar mais que único, um oceano azul sem fim e um sorriso que destroi qualquer sentimento ruim. Eu o amo!

–Bom dia querida! – sua voz é rouca e receptiva.

–Bom dia amor. – sorrir é inevitável.

–Tenho uma reunião agora pela manhã, eu não queria acordar você, ia escrever um bilhete. – ele fala enquanto acaricia minha face.

–Então que bom que eu acordei. Sabe como me sinto quanto a bilhetes em seu lugar na cama quando desperto. – ele sorriu.

–Eu não poderei ficar com você a noite, mas podemos almoçar juntos. – eu franzi o cenho.

–Porque não pode estar comigo a noite?

–Stefan e eu vamos ter uma reunião bem longa e infelizmente você não pode ir, serão apenas os acionistas. – ele fez um bico. Eu gemi.

–Você vai chegar muito tarde?

–Não sei. Talvez. Você pode sair com a Caroline. Há lugares lindos pra se visitar aqui em Toronto. Vou deixar meus cartões com você e algum dinheiro. – eu bufei.

–Damon, eu não preciso.

–Mas eu quero. – ele disse firme e se levantou da cama indo em busca de sua jaqueta. – Não se canse muito Elena, não exagere. Tem que descansar. – eu suspirei e fiz um grande bico. Ele voltou pra cama e se inclinou pra me beijar, um beijo singelo e doce. – Eu volto. – disse me encarando e tocando meu rosto com ternura.

–Vou sentir sua falta. – falei em tom baixo e rouco. Não quero que ele vá.

–Eu também querida. – ele falou ainda me fazendo carinho e então me deu um beijo na testa e foi em direção a porta. – Te amo! – falou da porta e me jogou um beijo e eu retribui. Ele se foi!

Ótimo! O dia e a noite sem Damon. Tinha um lado bom na ideia dele sobre sair com a Carol. Eu ia pegar aquela danadinha de jeito e descobrir tudo o que rolou na boate ontem e é claro depois, no quarto dela. Essa ideia me fez sorrir. E preguiçosamente eu fui pro banheiro tomar um banho bem demorado.

...

Após estar quase pronta para descer pro café, Elena estava terminando uma discreta maquiagem quando Caroline adentra em seu quarto.

–Bom dia Len! – Ela disse sorridente e Elena deu um pulinho por dentro.

–Bom dia! – sua voz era pura insinuação. – Quer me contar algumas coisas hoje eu presumo. – falou zombeteira.

–Muitas. – Caroline rolou os olhos sentou-se e sorriu meio boba.

–E então... Você, Stefan... Damon e eu vimos ontem. – Carol arregala os olhos. – No corredor.

–Pelos Céus Elena! – A moça grita. – o que mais você quer saber então?

–Como chegaram ali ora. Como foi na boate... Detalhes você sabe. – Carol bufou. – Mas agora vamos descer e comer algo porque seu sobrinho está me matando aqui. – Elena sorriu e a sonoridade da palavra sobrinho soou como música nos ouvidos de Caroline. Sim, com Stefan ela podia ser tia de verdade de Samuel.

–Vamos então. – Carol falou se erguendo da cama e ambas desceram animadas pro café.

Já no restaurante do hotel Caroline observava Elena comer de olhos arregalados, ela parecia que ia devorar todo o lugar.

–Nossa! Você está mesmo com muito apetite ultimamente. – ela falou num tom divertido.

–Graças. Eu não aguentava mais tantos enjoos e mal estares, agora estou muito melhor e só penso em comer e comer. Damon disse que é muito normal e eu estou adorando isso. Estou sentindo só um pouco de dificuldade pra dormir, semana que vem faço sete meses e estou tão contente. Mas temos que falar de você e Stefan. Pode começar a me contar. – Elena falava enquanto comia e Caroline sorria com a cena.

–Bem ontem eu fiz uma coisa... – ela hesitou e Elena reconheceu o tom e a olhou assustada. Não podia ter sido algo bom.

–O quê? – perguntou Elena cautelosa. Caroline respirou fundo, a história seria muito longa.

–Ontem quando a gente chegou na boate, estava até animado no começo sabe? O Elijah é ótimo, mas aquela assistente do Damon Elena... – Carol fez cara feia e Elena prendeu um riso, “Manuela é claro! O danado do Damon estava certo!” Elena pensou – Ela ficava dando em cima do Stefan. Ele não dava muita bola, mas era enlouquecedor de se ver. Elijah estava sendo um fofo, mas eu não conseguia tirar os olhos dos dois. Estava tão irritada. Tentava disfarçar atenção com Elijah, sorria de algumas coisas que ele me contava. Tudo ficou pior quando ela foi dançar com Stefan, Elijah me chamou também eu hesitei no início, mas logo depois de prestar atenção naqueles dois... – ela parou e respirou. – Só de imaginar e lembrar já me dá nervoso. – Elena sorriu. – Enfim, eles estavam se esfregando um no outro, eu aceitei o convite de Elijah e comecei a dançar com ele, meu corpo estava queimando, tudo me incomodava, a luz, o som, eu estava a ponto de explodir então eu... – ela parou outra vez, mas não retomou.

–Você o quê? – insistiu Elena, Caroline a olhava cautelosa. – Fala logo Carol! – Elena gritou chamando a atenção de algumas pessoas.

–Eu beijei o Elijah. – a boca de Elena caiu.

–Você o que? – outro grito, mais pessoas olharam.

–Shh! Não grita! – Caroline pediu.

–Você beijou o Elijah? – Elena estava atordoada. – Porque?

–Eu não sei. Eu simplesmente fiz e me arrependi logo depois eu acho. Estava tão zangada e bêbada. Combinação péssima. Quando dei por mim Stefan estava ao nosso lado.

–E o que houve?

–Ele perguntou a Elijah se podia interromper que tinha que me contar algo sério sobre você. – Elena olhou confusa.

–Sobre mim?

–Sim. Mas era uma desculpa. Quando ele nos afastou do barulho veio logo me perguntado porque eu tinha feito aquilo. Começamos a discutir, daí ele disse que eu estava fora de mim e que era melhor voltarmos. Depois de um tempo eu concordei e daí todos voltamos pro hotel e depois de uma conversa meio torta no corredor você sabe do resto.

Elena estava perplexa, Caroline respirou e tomou um gole de sua bebida.

–E agora? – Elena perguntou com um tom até divertido.

–Agora decidimos conversar, nos conhecer. Ver no que isso vai dar e o que é ISSO exatamente. – Elena franziu o cenho.

–Vocês se conhecem muito bem. – Caroline rolou os olhos.

–Não como um casal, não compartilhando coisas. Vamos fazer uma experiência, ver no que dá. Tenho que confiar nele. – Elena gargalhou e depois não conseguia conter o riso presunçoso.

–Ai Carol... – ela falou entre risos.

–O que é tão engraçado? – Caroline perguntou com sobrancelhas erguidas.

–O Damon. – Carol ficou ainda mais confusa e Elena explicou. – Ele tinha em mente um plano pra juntar você e o irmão. Pelo visto deu certo.

–Que plano?

–Manuela! – Caroline arregalou os olhos.

–Como assim Elena?

–Olha, eu confesso que não levei fé e que nem gostei da ideia, mas agora que você contou tudo, devo reconhecer que meu marido serve pra cupido. Quem diria. – Elena sorria cada vez mais.

–Me explica isso Elena.

–Damon pediu a sua assistente que fosse um pouco mais atenciosa com seu irmão. Com isso ele esperava que você se sentisse ameaçada, mas de uma forma que te fizesse despertar e perceber que Stefan é alguém desejável.

–Que idiotice!

–Eu sei, mas parece que deu certo.

Caroline fez bico, depois ainda encarando o riso de Elena sua expressão suavizou e ela se rendeu ao riso.

–É. Deu certo! – falou sem jeito.

–E o Elijah? – Elena perguntou de repente com olhos arregalados.

–Nem me fala. Nem sei o que faria se eu o visse provavelmente eu cavaria um buraco e me enfiaria lá. – Caroline falou vermelha e Elena sorriu.

De repente, como se para por a prova a alegação de Caroline...

–Bom dia! – uma voz sutil e agradável falou e Caroline gelou. Elena arregalou os olhos e prendeu um riso. – Posso fazer companhia as damas? – Elijah perguntou cortês e Caroline ruborizou olhando pro lado.

–Claro Elijah. Bom Dia! – respondeu Elena e sutilmente encarou Caroline que estava encarando outra direção.

–Senhorita Forbes! – ele disse.

–Senhor Anderson. – a moça disse sem jeito respirando e o encarando brevemente.

–Dormiram bem?

–Adoravelmente. – disse Elena e Caroline apenas concordou em silêncio.

O silêncio tomou conta da mesa enquanto Elijah se juntou a elas no café da manhã. Caroline queria uma fuga. Elijah agia como se nada houvesse acontecido, - talvez fosse porque ele fosse cortês demais para comentar sobre qualquer coisa ali – Elena estava atenta aos dois. Buscando um equilíbrio entre eles.

–Devemos ir Elena. Compras. – Caroline disparou e Elena assentiu rapidamente.

–Seria um prazer acompanhar vocês duas. Meus compromissos serão a partir do jantar. Eu conheço bem Toronto. Se não houver problema, posso ser o guia de vocês. – Elijah ofereceu risonho.

Caroline queria gritar, ela olhou pra Elena com um visível “me ajude!”estampado nos olhos.

–Não acho algo prazeroso acompanhar duas damas a compras. Ainda mais pra um homem. – Elena disparou.

–Bem, sou um homem singular. – ele disse simplesmente. – E seria de fato um prazer se aceitarem. Devo adiantar que uma negativa me deixaria consternado. – Elas se olharam e Elena dirigiu um “sinto muito” com o olhar e Caroline suspirou.

–Seria um prazer então. – Elena falou e ele sorriu.

–Bem vou mostrar alguns bons lugares pra compras em Toronto. – disse animado. -Nos encontramos em dez minutos? – elas assentiram. – Ótimo!

Elena e Caroline subiram de volta pros quartos. Caroline queria matar Elena.

–Elena! – ela gritava.

–O que você queria que eu fizesse?

–Tudo menos aceitar.

–Fiquei esperando você cavar. – Elena falou divertida e Caroline gargalhou sem graça alguma no tom.

–Você é hilária.

–Vamos lá! São apenas compras e também é bom vocês conversarem um pouco. Você pode se desculpar, esclarecer as coisas. Não sei. Ele é muito respeitável. No fim das contas será até proveitoso, não conhecemos nada aqui mesmo. – Elena deu de ombros enquanto arrumava sua bolsa pra sair.

–Talvez tenha razão. – Caroline suspirou.

–Você sabe que eu tenho razão. – disse Elena convencida. – Vamos logo! – ela falou indo pra porta e Carol suspirou.

No hall do hotel Elijah esperava as duas. Ele as guiou até seu carro e logo os três partiram para um passeio. Elijah as levou em algumas lojas. Elena mais comparava coisas pra Damon e Samuel que pra si mesma. Era um novo vício, mimar os dois. Caroline estava totalmente fora dos eixos com Elijah, enquanto ela ajudava Elena nas compras tentava ficar o mínimo de tempo possível com ele. Quando Elena resolveu comprar algo para ela foi inevitável Elijah e Caroline sós, enquanto Elena estava no provador. A situação estava bem tensa, principalmente pra Caroline, ela sentia sua garganta queimar, seus lábios estavam secos e seu peito apertado, ela suspirou muitas vezes e Elijah apenas a observava em silêncio. Caroline resolveu romper o silêncio.

–Elijah, sobre ontem... – ela falou baixo demais, porém Elijah ergueu a mão.

–Não preciso de justificativa Caroline. Você é uma bela jovem, mas ontem estava visivelmente alterada. Eu devo pedir-lhe desculpas, pois poderia ter me esquivado ou parado sua ação, mas a verdade é que a ideia me era agradável. Mesmo você estando bêbada. Foi bom beijá-la. – ele disse num tom tão natural, só serviu pra deixar Caroline ainda mais sem jeito e atordoada. Ela realmente não esperava ouvir aquilo. – O senhor Salvatore e você são bem transparentes no que diz respeito ao que sentem um pelo outro. Foi divertido até. É uma pena constatar que você gosta dele, mas não me deve nada acredite. Espero sinceramente suas desculpas.

Caroline não sabia o que falar. Ele existe mesmo?

–Bem eu me sinto muito constrangida com tudo. Foi meio que uma falta de respeito, uma atitude infantil. Eu poderia culpar o álcool, mas há um pouco de minha personalidade forte naquilo.

–Forte e competitiva. – ela sorriu. Carol corou.

–Sinto muito. – ela suspirou.

–Não se atormente bela dama. Sou um homem feito. Eu supero. – ele falou e beijou sua mão e ela sorriu grata e aliviada. Ele realmente era muito cortês.

Elena estava de volta segundos depois. Elijah sugeriu que almoçassem juntos. Elena não pensou duas vezes antes de aceitar. Ela realmente andava faminta. Elijah as levou a um restaurante não muito badalado, porém a comida era ótima e com um ambiente calmo e rústico. Foi um almoço agradável. Elena percebeu que Caroline estava menos tensa e concluiu que estava tudo bem. Depois do almoço Elijah as levou para alguns lugares que ele conhecia, apresentou alguns amigos, de forma sempre gentil e carinhosa. Quando voltaram para o hotel eram quase seis da tarde. Elijah estava levando as sacolas com as compras e depois um funcionário do hotel o fez e ele seguiu acompanhado pelas duas. Elena ficou surpresa a encontrar Damon e Stefan no hall do hotel, ela soltou um sorriso largo que logo desapareceu após Damon fixar o olhar no dela. Ele estava furioso.

–Damon, Stefan. – disse Elijah. Caroline estava meio pálida, o olhar de Stefan não perdia em nada para o de Damon.

–Senhor Anderson. – disse Damon secamente e Stefan apenas acenou com a cabeça.

–Onde você estava? – Damon perguntou a Elena que o encarava confusa. Porque ele estava tão bravo? Ele disse que era pra ela sair não?

–Fui às compras com Caroline. Elijah nos fez o favor de nos acompanhar como nosso guia. – Damon respirou fundo.

–Íamos almoçar juntos. – ele falou num tom tão leve que Elena tremeu. Ela sabia que aquilo era uma máscara de fúria. Droga! Ela esqueceu disso.

–Desculpe! Saímos tão empolgados das compras, eu estava com tanta fome. Esqueci de nosso compromisso. – A situação estava bem tensa. Stefan não falou nada. Apenas Damon e Elena falavam e os demais escutavam.

–Onde está seu celular? – ele perguntou passando a mão no cabelo.

–Hum... Devo ter deixado ele no quarto, eu realmente não sou boa com celulares.

–Deveria tentar começar a ser. Eu estava preocupado. – Damon falou com um tom mais forte agora.

–Sinto muito. – Elena suspirou.

–Bem, vocês estão bem. É o que importa. Temos que ir. – Elena arregalou os olhos.

–Pra onde vocês vão?

–Temos reunião. Eu falei mais cedo. Esqueceu disso também? – o tom de Damon era áspero.

–Não, só achei que ainda fosse cedo.

–Bem, não é. – ele respondeu irônico e olhou para o sócio. - Você vem pra esta, certo Elijah? – Damon perguntou.

–Sim. De fato. – Elijah respondeu e virou para Elena e Caroline, cada uma de um lado de seu corpo. – Foi um prazer. – disse risonho.

Elas sorriram e agradeceram em uníssono.

–Vamos? – Damon perguntou se virando pro irmão que comia Caroline com os olhos. Stefan assentiu e logo Elijah se juntou a eles indo pro outro lado do hall, voltando pro estacionamento.

–Damon! – Elena chamou alto e o fez se voltar e encará-la. – Um beijo? – ela pediu sem jeito.

–Estou em cima da hora Elena. Te vejo mais tarde. – e se foi. Elena suspirou.

–Que droga Carol! – Ela falou aborrecida e subiu pro quarto acompanhada pela amiga e os carregadores.

Elena estava se desfazendo das compras ao lado de Caroline, depois de guardar tudo – ou quase isso, pois ela deixou alguns itens de fora pra mostrar a Damon- Caroline se despediu dela.

–Nos vemos no restaurante pra jantar? – Caroline perguntou da porta.

–Estou cansada. Vou pedir algo pra comer no quarto. Sinto muito. – ela falou tristonha.

–Eu entendo. Fique tranquila Elena, sabe que ele está aborrecido porque se preocupou e ele não gosta disso. Na verdade ele só estava com medo. Quando ele voltar estará mais calmo e vocês conversam. – Elena sorriu para a amiga.

–Obrigada! Tenha uma boa noite.

–Você também. E se precisar... – Elena assentiu e ela se foi.

Depois de tomar um longo banho, pedir a comida, jantar, Elena se deitou e começou a procurara algo pra ver na TV, nada lhe satisfazia, as horas iam passando e nada de Damon voltar, aos poucos, sem poder evitar, Elena caiu no sono.

...

Acordei ouvindo passos no quarto. Ergui as pálpebras atordoada. Damon estava de frente pra cama apontou o controle pra TV e a desligou. Eu me ergui um pouco da cama, ficando apoiada nos meus cotovelos.

–Que horas? - Perguntei a ele sonolenta, enquanto o via se livrar do tapeto e depois desabotoar as mangas de sua camisa.

–Bem tarde. – ele respondeu seco e foi pro banheiro. Demorou muito lá. Eu me sentei na cama e quando ele voltou estava envolvo apenas com uma toalha branca na cintura.

–Como foi o jantar? – eu tentava puxar assunto.

–A mesma coisa chata de sempre. – ele falou enquanto começava a se vestir na minha frente, eu suspirei.

–Me desculpe amor, eu realmente esqueci. Sinto muito. – ele nada respondeu. Terminou de se vestir em silêncio. Voltou ao banheiro, eu ouvi meu secador e depois ele estava de volta, mexendo no cabelo recém seco. Deitou-se ao meu lado sem nada dizer, eu o observava, se inclinou e desligou sua luz de cabeceira, puxou os lençóis até o meio de seu peito e ficou encarando o teto. Calado. – Damon! – eu chamei e ele suspirou.

–Elena, não ligo que você saia, se divirta a ponto de esquecer seus compromissos comigo. Não me importo que esteja tão a vontade com alguém que conheceu ontem, realmente não ligo. Mas por favor, quando sair leve seu celular. Por que eu não suporto não saber onde você está, com quem está e se está bem. Você entende isso? – seu tom era forte e autoritário. Embora leve, o que me dava mais medo, me fazia sentir uma criança sendo repreendida.

–Sim, eu entendo.

–Se não se importar, eu quero dormir, foi um dia cheio. Desligue a luz do seu lado por favor. – ele falou me dando as costas e eu suspirei. Eu realmente não queria discutir, ele estava certo e isso me machucava mais, eu odeio deixá-lo assim, magoado. E embora ele negasse, ele estava muito magoado por eu ter passado o dia fora com outro homem e o esquecido. Literalmente.

Me inclinei devagar e apaguei a luz de minha cabeceira, o quarto não ficou totalmente escuro, vinha luz de fora, das ruas, dos prédios vizinhos. Comecei a me mexer e tentar voltar a dormir, sem muito êxito, não fosse só Samuel que havia acordado com a voz do pai, eu não conseguia reencontrar uma posição que me fizesse relaxar. Minha barriga era um pouco maior para alguém com meu tempo de gestação o que dificultava tudo. Fiquei revirando na cama, eu estava com o corpo cansado por ter andado tanto, o pior era que eu fiz usando um pequeno salto, meus pés estavam um pouco inchados, minha coluna estava me matando, eu definitivamente não iria conseguir voltar a dormir nunca.

–Tudo bem? – a voz rouca de Damon chamou, mas ele não havia se virado pra me encarar. Eu podia estar em delírio, mas posso até jurar que ele estava abafando um riso.

–Não consigo dormir. Esta cama á terrível. – reclamei carrancuda.

Damon se virou e me encarou enfim e eu tinha razão, ele estava sorrindo e por um pequeno instante, minhas dores ficaram mínimas.

–Massagem?! – ele ofereceu rindo torto. Eu fiz careta, estava doendo de novo.

–Por favor. – ele se sentou na cama e acendeu a luz de seu lado.

–Espera! – ele pediu se levantando e foi até o banheiro voltando de lá com um pequeno frasco nas mãos. – Eu comprei pra você hoje cedo. Vai te fazer relaxar mais depressa. Vou passar ele nos seus ombros e nas suas costas. – falou sentando na cama. – Que tal sentar? – ele ofereceu e eu me sentei na cama.

Logo suas mãos estavam em minha pele, lambuzadas com o óleo que tinha um leve perfume lima, realmente muito relaxante, inalar aquilo me fazia sentir melhor, e as mãos de Damon... Ah! Indescritível.

–Ainda está bravo comigo? – perguntei com voz baixa.

–Não estou bravo, nem estava.

–Estava com ciúmes?

–Não. Estava preocupado com vocês. – ele falou em tom natural.

–Me desculpa. Sou uma tola. – pedi segurando uma de suas mãos que estava em meu ombro e me virei para encará-lo. – Eu não farei mais. – olhei no fundo de seus olhos e sua expressão era um pouco dura.

–Você se esforçou demais, seus tornozelos estão enormes. – ele disse passando a mão em um. – Você não estava usando salto certo? – eu fugi de seu olhar e o notei esfregar o rosto e cabelo. – Elena... – sua voz era ameaçadora.

–Não eram tão altos, eu juro. – ele fechou os olhos.

–Porque você é tão teimosa? – ele perguntou em tom de agonia.

–Desculpa! – pedi também exasperada e logo fiz uma careta. Caramba, eu estava dolorida.

–O quê? – ele perguntou em tom urgente. – Está sentindo dor?

–Minhas costas estão me matando. – falei voltando a me deitar, encarei o teto.

Damon veio e se deitou ao meu lado.

–Nunca conheci alguém tão teimosa quanto você. O pior é que você sofre com a teima e mesmo assim não a deixa. Isso pode ser chamado de burrice sabia? – eu suspirei e não sei nem dizer o porque, talvez cansaço, frustração, a pequena discussão sobre o passeio, senti meu rosto molhado. Droga de hormônios. – Hey! – Damon falou se inclinando pra puxar meu rosto e me fazer o encarar. – Não chore! – ele pediu. – Vem aqui! – ele falou e me envolveu por trás, depositando as mãos em minha barriga e encostando o seu queixo em meu ombro. – Me perdoe, você está sensível, e eu sou um cavalo quando quero. – ele falou depositando beijos em meu pescoço e ombro. Essa era a posição que eu estava buscando, nos braços dele, de repente, todos os meus músculos cederam a tensão, ele era como um anestésico, me entorpecia e seu cheiro... Melhor do que qualquer outro no mundo.

–Eu te amo. – as palavras saíram da minha boca, sem que eu as notasse.

–Eu também te amo. Durma querida! - E aos poucos, com suas carícias e beijos cálidos, deixei o sono me invadir.

...

Eu estava sem sono no quarto vendo TV, deitada, quando ouvi batidas na porta. Que poderia será esta hora, quase uma duas da manhã. Me ergui meio apressada, podia ser algo com Elena, ela estava tão mal quando sai de seu quarto. Me envolvi em meu roby e abri a porta.

–Stefan! – minha voz saiu esguichada.

–Posso entrar? – a sua era agoniada.

–Está muito tarde. – falei franzindo o cenho.

–Eu sei. Cheguei a pouco da reunião com Damon, apenas tomei um banho. Quero conversar. – seu olhar era intenso.

–Entra! – pedi relutante.

Quando bati a porta atrás de mim e o encarei ele estava com os braços cruzados e me encarava meio sem jeito.

–Sobre o que houve, entre nós e tudo. Depois do que você falou. Eu estou confuso. – ele me disse eu e eu fui me aproximando dele hesitante e também cruzei meus braços.

–Não entendo. – eu disse.

–Você disse que era pra irmos com calma, pra nos conhecermos melhor, no entanto você sai e passa o dia fora com o cara que você agarrou ontem na boate. – ele deu de ombros. – Estou confuso. –Claro! Elijah, e ele está com ciúme.

–Stefan mais um motivo pra irmos com calma. Você não me conhece bem. Saí com o senhor Anderson sim, foi divertido, ele é cortês, conversamos sobre ontem, eu lhe devia uma explicação afinal, eu o agarrei – Stefan bufou e revirou os olhos. – Esclareci tudo e pudemos desfrutar de uma tarde bastante agradável e mais nada aconteceu. Ele é um cavalheiro.

–Claro! – ele falou petulante dando as costas. – E como estamos? Namoramos? Não namoramos? – perguntou na mesma posição.

–Stefan, com calma. – eu falei em tom aborrecido. Nossa! Ele é meio apressado, intenso e sufocante.

Ele vira e me encara.

–Certamente. – diz carrancudo e vai até a porta. – Desculpa o incômodo. Apenas não iria dormir sem antes conversar sobre isso.

Eu estava de costas pra ele. Argh! Ele era tão tolo, eu o quero com a mesma intensidade de seu ciúme e pressa. Talvez seja a hora de deixar isto bem claro. Sem pensar muito eu me virei pra ele e fui até seus braços depositando nele um beijo apaixonado. Veja Stefan Salvatore, eu te quero! Ele travou com a surpresa, mas logo reagiu, me puxando e aprofundando meu beijo, quando suas mãos estavam muito a vontade por meu corpo decidi afastá-lo – não quero arriscar depois de ontem, não ainda.

–Uau! – ele soltou sem fôlego.

–Agora boa noite senhor Salvatore! – eu o empurrei pra fora do quarto e ele sorriu feito criança e me fez reagir da mesma forma. Fiquei o vendo se afastar corredor a fora até que ele chegou diante de seu quarto no fim do corredor. Soltou um beijo pra mim e eu retribuí em seguida entrei em meu quarto. Meu coração a mil por hora. Seria sempre assim entre nós?












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Notas finais do capítulo

Gente não sei como foi a estrutura, e se tiver algum erro perdoem, eu postei na universidade antes da aula e já estava bem atrasada então corri!
beijos!