Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 65
Feliz? Aniversário...


Notas iniciais do capítulo

Capítulo de hoje. Se eu terminar a tempo,posto outro ainda hoje.
Boa leitura!



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A luz da manhã iluminava o meu rosto, ao passo que o calor do sol aquecia minha face. Assim eu acordei, mas fiquei na cama deitada ainda um bom tempo, eu tinha muito o que pensar e certamente queria ter a garantia de que não cruzaria com Damon no café da manhã – não depois de nossa discussão de ontem – quando tive a segurança do horário, me aprontei e desci pra comer.

-Bom dia senhora. – disse Carmen, minha empregada.

-Bom dia Carmen. Meu marido já saiu?

-Não senhora. – enruguei a testa. – Na verdade o senhor ainda não desceu. – eu estava confusa. Mesmo hoje sendo um dia “especial” Damon me garantiu que iria trabalhar no hospital.

-Tem certeza?

-Tenho sim senhora. Ele ainda não saiu do quarto.

-Então prepare uma bandeja com café da manhã e depois que eu terminar, peça que a Pureza venha levar ela comigo. – ela ouviu a tudo, assentiu e saiu, me deixando sozinha para terminar de comer.

Eu estava estranhando tudo aquilo. Damon era muito madrugador, mesmo nos dias que não precisava ir ao trabalho, por costume, me inquietei ao pensar que o motivo de tal atraso seria algo mais sério. Terminei meu café meio apressada e logo subi acompanhado de minha outra empregada, ao chegar a porta do quarto dele bati algumas vezes sem resposta e na terceira tentativa de derrubar a porta – já bastante inquieta – Damon surgiu vestido de roupão.

-O que foi? – me perguntou com cara de poucos amigos.

-Trouxe seu café da manhã. – falei meio especulativa, ele olhou porta fora e vendo a empregada escancarou a porta para que eu e ela passássemos. Depois foi direto ao banheiro.

-Obrigada Pureza.

-Disponha senhora. – ela falou depois de colocar a bandeja em cima da cama de Damon. – Com licença! – saiu em seguida. Alguns minutos depois e Damon estava de volta.

            -Não foi trabalhar hoje? – perguntei de braços cruzados vendo ele se jogar na cama perto da bandeja, mexendo no celular.

            -Acordei febril demais, com dor no corpo inteiro. Liguei pro Alaric e ele não viu problema em me dispensar hoje. – falou cínico. – Na verdade ele era o mais contra ao fato de eu querer ir ao trabalho hoje, eu que insistia.

            Eu ouvia tudo meio incrédula. Era incrível a capacidade que ele tinha de me esconder as coisas. – Porque não me chamou? Ou avisou a alguém? Precisa de ajuda? – ele nem me olhava, mexendo no celular de forma esnobe, me ignorando. – Damon?! – chamei impaciente.

            -O que? – ele perguntou dando de ombros após me dar atenção.

            -Precisa de alguma coisa?

            -Eu ia descer e comer, mas já que você adiantou tudo, o que eu agradeço. Não! Muito obrigada, estou bem. – eu o olhei perplexa, bufei diante dele e ele ignorou a todas as expressões de desagrado que fiz. Ouvi seu celular tocar e ele atendeu prontamente. – Finalmente Manu. – quem é Manu? Pensei comigo. – É, terá que providenciar o quanto antes, a minha estadia, veja a despesas, passagens, enfim... Você sabe. Eu não ia, mas – ele me olhou brevemente. – Stefan precisa de mim... Não, não quero que cancele as suas, você vai daí de New York, precisarei de você lá... Fica como combinamos, a diferença é que agora eu irei... Certo... Faça isso... Obrigada e tenha um bom dia! – ele desligou.

Certo, muitas informações. Quem era essa tal de Manu de New York? Eu nunca ouvi falar dessa garota. Logo eu que achei que conhecia todas as pessoas da vida do Damon, pelo fato de serem as mesmas da minha, agora casada com ele, via o quanto estava equivocada. Bela piada.

-Então vai mesmo viajar amanhã? – perguntei olhando pra ele com certa ironia.

-Como eu disse ontem, é necessário. – ele falou se ajeitando na cama e se servindo de café. - E se quer começar a falar deste assunto agora, quero que saiba que não vou mudar de ideia. – ele me olhou e encostou-se nas almofadas. – Você não vai ficar sozinha com a Caroline aqui. – eu respirei fundo.

-Eu não quero falar disso agora. Teremos um dia cheio. O evento é às seis da tarde, até lá estarei bem ocupada para pensar em argumentar com você sobre qualquer coisa.

-A questão Elena é que não vou considerar qualquer argumentação. É coisa definitiva. – eu ignorei.

-Que seja Damon. Quem é Manu? – ele me olhou brevemente e logo me desdenhou com um olhar esnobe.

-Manuela, minha assistente. Falei dela ontem. – verdade. Agora me lembrei.

-Mas você a chama de Manu? – perguntei dando de ombros.

-O que tem de errado? – ele me perguntou dando de ombros. – Nunca ouviu falar em apelidos? – ele me perguntou sorrindo cinicamente. Deus me ajude, não quero deixar meu filho sem um pai.

-Que seja! – falei depois de respirar, eu notava a cara cínica dele me irritando ainda mais. – Eu vou sair com a Caroline. Temos umas questões de última hora pra resolver. Ficarei o dia fora. Nos veremos no evento mais tarde.

-Saia com o motorista, não quero você dirigindo. – falou concentrado no seu café da manhã, mal olhando pra mim. Eu por outro lado estava atenta a tudo o que ele fazia. Era praticamente outro Damon diante de mim.

Eu me virei para ir até a porta quando uma tontura me fez desequilibrar, eu tombei um pouco pro lado me apoiando numa mesinha próxima. Segundos depois senti Damon ao meu lado.

-Tudo bem? – ele me perguntou. Seu tom era sereno, mas sua respiração estava um pouco agitada, ergui meus olhos até encontrar os dele e a profundidade daquele olhar quase me fez tombar outra vez, fugi dele cerrando os meus olhos, a respiração de Damon me desconcentrava ainda mais, o corpo dele estava extremamente quente, talvez pela febre que ele disse sentir, ou por que Damon sempre foi assim, quente.

-Uma tontura. – falei a meia voz, sem abrir os olhos, levei uma de minhas mãos até minha testa, senti ele me guiando pra algum lugar e logo estava sentada na cama ao seu lado.

-Respire! – ele pedia prontamente, tocando a minha testa que estava fria e sentindo a minha pulsação. Abri meus olhos devagar e pude notar todo o seu cuidado, embora ele não estivesse me olhando, eu o observava e admirava o seu semblante. Não entendo como alguém pode ser assim tão contraditório. Um imperfeito perfeito.

Seus olhos encontraram o meu e vi seu olhar desviar para a minha boca, provavelmente desbotada pela palidez do mal estar e trêmula também. Ele subiu o olhar devagar e de novo encontrou o meu.

-Você está se esforçando demais. – ele disse num tom calmo e doce. – Talvez seria melhor ficar em casa até a hora do evento. Tenho certeza que Caroline dará conta de todo o resto dessas... – ele pausou, como se para lembrar a expressão que usaria. – questões de última hora. – disse com o olhar colado no meu e em seguida me fez um carinho no rosto, suas mãos estavam quentes e foi muito gostoso sentir aquele toque. Fechei os olhos em resposta.

-Tenho certeza de que Caroline daria conta de todo este evento sozinha. – falei de olhos fechados. – Mas é minha tarefa lembra? – perguntei, voltando a encará-lo no final e ele sorriu torto e sem jeito, suas mãos saíram do meu rosto e foram de encontro as minhas.

-Verdade. – falou como um sussurro. – Só se poupe um pouco, para que não se canse muito e mais tarde esteja exausta. – ele acariciava e olhava para as minhas mãos. Eu nem sei bem por que eu iria perguntar o que eu estava a ponto de perguntar, provavelmente porque sou curiosa. Não! Provavelmente porque estava com um certo ciúme dele, enfim...

-Porque eu nunca ouvi falar na Manu? – perguntei meio sem jeito, mas com um certo ácido na voz, ele me encarou franzindo o cenho e deu de ombros.

-Não sei. Nunca foi necessário mencionar. Ela é minha assistente. Cuida de meus negócios em New York, eu quase não a vejo, mas nos damos muito bem. Ela é esforçada e eficiente.

Eu estava satisfeita com aquilo? Nem eu mesma sei, só sabia que se eu ficasse ali por mais um segundo, afundaria minha face na dele. Damon, porque você me deixa fora de mim? Soltei minhas mãos das suas, ele me olhava confuso, meio inquieto, eu levantei devagar e ele acompanhou meu movimento, braços prontos para que eu caísse a qualquer momento.

-Eu estou bem, foi só um mal estar matinal. – falei tentando deixá-lo menos tenso.

-Eu adoraria sair com vocês, mas realmente não me sinto bem pra isso. – ele falou meio carrancudo. Era muito difícil pra Damon admitir não ser capaz de algo, ainda mais se tratando de doença, você tinha que deduzir então que ele estava realmente muito debilitado.

-Não se preocupe. Estarei bem, descanse, seu dia será bem longo assim como a noite. Nos vemos mais tarde. – Falei indo até a porta, ele me seguiu até lá.

-Bom dia! – falei já do lado de fora do quarto.

-Bom dia! – respondeu sorrindo fraco.

Fui pra o meu quarto me arrumar, depois de alguns minutos estava pronta para sair com Caroline. Como Damon “sugeriu”, fui de motorista a pegar na casa de meus pais. Fiquei mais tranquila em ver que aquela tontura não passou de ligeira síncope. Queria que o dia fosse perfeito hoje.

-Bom dia mamãe! – Caroline me cumprimentou animada ao entrar no carro.

-Bom dia! – respondi a abraçando.

-Resolveu usar seu chofer enfim. – eu revirei os olhos.

-Damon fez questão. Não quer que eu dirija.

-Ele é um imbecil consciente. – eu gargalhei. – Como você está?

-Eu estou bem. – falei sem muita força e ela me repreendeu com um olhar, eu bufei. – Discuti com Damon ontem, outra vez. Ele vai viajar amanhã por três semanas. -falei com o carro já em movimento. Caroline me olhou confusa.

-E...? – ela perguntou.

-E que ele quer que eu venha passar este tempo aqui com meus pais. E eu não quero ter que sair da minha casa, brigamos porque ele ... ai! Me tira do sério. – Caroline gargalhou.

-Certo. E porque você não vai com ele nessa viagem? – ela me perguntou no tom mais óbvio possível. Eu a encarei meio incrédula. – O que? – ela me perguntou dando de ombros e eu balancei a cabeça negativamente. – Você é a mulher dele. A mãe dele acompanha o pai sempre não?

-É uma viagem de negócios não um passeio.

-Exatamente! – ela disse quase gritando. – A mãe do Damon acompanha o pai dele em todas estas viagens. Você deveria fazer o mesmo. Eu sei que vocês estão numa fase ruim, mas... Elena é quase um mês. – ela me disse num tom desesperado.

-Talvez seja bom pra gente esse tempo sabe. Pensar melhor nas coisas. – ela quase me come com os olhos.

-Vocês são dois idiotas ou o que? – eu a encarei descrente.

-Caroline!

-Elena, escuta! Você e o Damon já não estão bem certo? Você já me falou que esta sua ideia não está dando certo. Vocês se afastam cada dia mais e se ele for viajar carente e desiludido de tudo em relação a você como está, é bem capaz de... - ela hesitou.

-Capaz do que? – perguntei com certo tom de urgência.

-Elena, Damon é um homem que desperta a atenção de qualquer mulher sã. – eu a encarei veemente.

-Ele não faria isso. – falei encarando a frente emburrada.

-Porque que vocês estão assim mesmo? – ela me perguntou insistente. – Porque ele teve um momento de carência, fraqueza, bebeu demais e bem, fez o que não devia. Pode acontecer.

-Só que ele era solteiro na época. Tinha liberdade pra isso. Agora ele é casado comigo.

-Não ultimamente. – ela falou naturalmente me fazendo olhar pra ela outra vez. -Ele é homem Elena. Quanto tempo até ele beber, afogar as mágoas, uma piranha der em cima e ele cair?

-Se ele me ama não faria algo assim jamais.

-Se ele achar que você não o ama mais e que nada mais faz sentido pra vocês...

-O que você quer Caroline? Me enlouquecer. Que amiga! – bufei cruzando os braços.

-Só estou falando o que eu penso. Tenho certeza que você teme algo parecido. Elena, mesmo que você tente disfarçar, sei que está louca pra acabar com essa briga e voltar pro Damon. Ele mentiu? Certo. Foi um tolo covarde? Foi. Mas você o ama e morre de saudade dele. Não deixe ele viajar sem você. Vá com ele. Quem sabe se longe de tudo isso vocês não se entendem?

Foi a primeira coisa coerente que eu ouvi, mas sabia que ela tinha razão e no fundo eu estava morrendo com essa história de ficar semanas longe dele. Já estávamos separados na prática, mas eu o vi todas as manhãs e noites também. Seria pior não ter nem mais as conversas secas e cheias de ironia. Porém era algo a se pensar.

-Vamos resolver logo o que temos pra resolver que o dia será bem cheio. – ela bufou e olhou pra frente, ficou calada um tempo, mas depois resmungou:

-Sabe que eu estou certa.

-Fica quieta Carol. – escutei ela abafar um riso.

...

Enquanto Elena e Caroline estavam por aí resolvendo as coisas pro evento, Damon estava em casa, largado na cama, tentando descansar e pensando na vida. No seu casamento, em tudo. Levantou em um momento e foi até o quarto do filho, lá se jogou na poltrona e começou a pensar em tudo o que ele passou nos últimos tempos, seu namoro com Elena, sua doença, seu casamento, seu filho, tudo. Era mais um ano de vida, três décadas vividas de uma maneira sempre frustrante, paixão reprimida pela noiva do irmão, perda de esposa e filha, leucemia, crise com a mulher que amava. Era como se nada nunca fosse fácil pra ele e ele estava se cansando disso. Como se fosse tudo pouco, toda esta nostalgia em pleno aniversário só o fazia ficar pior. Detestava essa data, detestava envelhecer. Primeiro porque isso o deixava a cada ano ainda mais distante da mulher que amava, não que Elena nunca fosse envelhecer, mas ele certamente iria precisar mais dela do que ela dele. E mesmo agora quando ele ainda era consideravelmente jovem, ele já precisava, pela doença e tudo mais. Ficava frustrando-se mais a cada nova consideração. Temia não estar presente na criação do filho, já havia fracassado em fazer a mãe dele feliz. Isso seria demais. Tantos sentimentos ruins fizeram Damon sentir uma dor nunca antes sentida, mais que uma dor física, era uma dor na alma. Pior presente não poderia receber. E no meio daquele quarto, que deveria lhe inspirar esperança, Damon se entregou as lágrimas da amargura e frustração.

Logo a tarde chegou e ele não teve ânimo de comer, de nada. Passou o resto da tarde enfurnado naquele quarto, se culpando por tudo. Logo a tarde foi se extinguindo e Damon teve que acordar e ir se vestir pro evento. Elena iria com Caroline e seus pais na frente, então após se vestir, Damon desceu fracamente, estava exausto, cansado e fraco, se arrependera de não ter comigo imediatamente, ao sentir seu estômago revirar e sua visão embaçar em meio as escadas, estava pálido, com olheiras, suando frio, mas era tarde demais pra ficar em casa. Teria que encarar a noite assim. Esperavam por ele.

...

Era o salão de festas mais tradicional de Londres. Claro! Elena e Caroline não fariam menos que isto. A entrada estava repletas de carros e eu fui o caminho inteiro ensaiando uma cara de bom grado, meu corpo gritava por uma cama, meus músculos me traiam, eu me sentia no limite, mas eu tinha que encarar. Respirei fundo e reuni minhas forças restantes. Caroline me esperava na entrada acompanhada por meu irmão, a cena me fez sorrir.

-Boa noite aniversariante. – falou Stefan sorrindo e eu revirei os olhos.

-Nossa! Você está tão pálido. – Caroline fez uma careta. – Comeu hoje? – eu bufei.

-Estou apenas bem cansado, tive uma semana bem agitada. Onde está minha mulher?

-Está lá dentro com os pais. Mamãe ainda não chegou, papai está atrasado. – respondeu Stefan.

-Vocês estão recepcionando juntos? – perguntei num to malicioso e vi Caroline ficar vermelha, Stefan quase me engoliu com os olhos e eu gargalhei. – Relaxem, o segredo de vocês está a salvo comigo.

-Que segredo? - perguntou Carol escandalosa.

-É irmão, que segredo? – Stefan quase me batendo.

-Bem, se é segredo não é pra ficarmos comentando sobre ele. Ainda mais numa festa. – falei piscando e passei por eles vitorioso, os deixando pra trás, me voltei pra ver eles se encararem sem jeito e sorri, voltando a olhar ao meu redor e procurar a Elena.

Não é preciso descrever o luxo do lugar, sempre sem exageros, estava tudo muito lindo. Eu avistei Elena ao longe. Tão bela, em um vestido de vários tons de azul, distribuídos numa harmonia incrível e destacados por detalhes de pedras cristalinas, cabelos soltos e levemente enroscados. Parecia uma deusa. A minha deusa. Antes que eu pudesse me aproximar dela, fui abordado por alguns conhecidos meus, velhos amigos que nunca deixavam de participar deste evento anual. Dando atenção pra eles desviei o olhar dele e ao final quando voltei a encará-la a vi acompanhada e de braços enroscados no Fell. Miranda ao lado dos dois. Eu senti meu peito apertar. Ela sempre estava muito sorridente ao lado dele. Seria ele mais adequado pra ela que eu? Eu não precisava de muitas coisas pra pensar que sim. Jovem, rico, amigo, consideravelmente atrativo – se eu pensar que muitas mulheres o olhavam ao passo que ele só tinha olhos pra minha – sem falar é claro no principal, saudável como um touro. Eu só queria fugir da visão, me virei pro outro lado e agradeci ao encontrar Ric e Andie logo adiante. Andie acenou sorridente pra mim e fui até eles.

-Feliz aniversário! – ela sussurrou e meu ouvido enquanto me abraçava.

-Obrigada! – ri sem jeito. Me virei pra Ric, que me olhou feio.

-Cara péssima esta sua. – falou me dando um abraço.

-Não deu pra arrumar outra. – respondi irônico e ele sorriu.

-Eu sei que você detesta essas coisas, mas... – Andie falou antes de me estender uma caixa de veludo azul. – eu bufei. – Acho que você vai gostar. – revirei os olhos e peguei.

-Obrigada!

-Andie falou que você gosta dessas coisas então... – disse Alaric me encarando me livrar da fita que envolvia a caixa. Eu a abri e arregalei os olhos pra Andie que sorriu.

-São ágatas azuis. Mandei fazerem pra você. Combinam com seus olhos. – ela falou com simpatia e eu sorri. Era uma pulseira, linda, feita com pedras em formato retangular.

-É muito lindo. Obrigada! – sorri sem jeito. E ela encarou Ric vitoriosa, ele revirou os olhos.

-Eu te disse. – Andie falou pra ele e eu sorri. Alaric deu de ombros.

-Você chegou. – ouvi a voz de Elena as minhas costas e me virei.

-Agora mesmo. – respondi sorrindo e lhe dei um beijo na testa.

-Alaric, Andie. – ela cumprimentou sorrindo. – Nossa que lindo! – falou ao notar a pulseira em minhas mãos.

-Não são? – falei risonho.

-Combina com... – Elena começou e Ric interrompeu.

-Os olhos dele. – falou bufando e todos sorrimos.

-Coloca! – Elena sugeriu.

-Boa ideia. – eu falei e antes que eu o fizesse ela pegou a pulseira da caixa e pôs ela mesma em mim.

-Viu? Lindo! – falou acariciando minha mão. Senti meus músculos travarem. – Se vocês me derem licença. Tenho que levar meu marido pra falar com algumas pessoas. – Elena explicou aos meus amigos.

-Muito obrigada pelo presente eu realmente adorei. – Andie sorriu. – Fiquem a vontade! – então Elena se despediu deles e nos afastamos.

-Deveria ter vindo falar comigo assim que chegou. – ela falou sorrindo pra alguns fotógrafos enquanto me abraçava. – Já é bem estranho chegarmos em momentos diferentes.

-Isso foi ideia sua. – ela revirou os olhos. – Além do mais, eu notei que você estava ocupada com seu amigo e acabei encontrando os meus antes então... – Elena se virou pra em encarar quase que furiosa.

-Sem ceninhas de ciúmes Damon. Não combina pra um homem de sua idade. – eu bufei perplexo.

-Minha idade? – falei segurando o braço dela com certa força.

-Está me machucando. – ela falou em baixo tom e eu a soltei. – Melhor irmos logo falar com as pessoas, essa noite não precisa ser tão longa assim, quero estar em casa antes das duas da manhã.

-Eu quero estar em casa antes de meia-noite. – falei sério. – Viajo amanhã.

-Saímos de meia-noite então. Antes seria de mal tom. Agora vamos. – falou se pondo ao meu lado e esperando eu oferecer o braço. Foi o que eu fiz.


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Notas finais do capítulo

^^ Beijos!