Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 55
Você está ferrado!


Notas iniciais do capítulo

Capítulo de hoje! Espero que gostem...
Estou chegando nas tramas finais :(
Bem... boa leitura!
p.s.: desculpem oa erros de sempre ;)



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Após um café da manhã de verdade, Damon foi resolver o problema da linha telefônica, eu fiquei no quarto lendo e vendo TV, o dia estava frio, ele voltou antes do almoço junto com Kol. Durante a tarde Damon resolveu convidar os Stwart para jantar conosco e Cândida, Xavier e Kol aceitaram de bom grado. Jantamos todos juntos, a segunda passou tranquila e bem descontraída.

Após a janta, Xavier se retirou com a mulher e Damon ficou conversando com Kol na sala, eu estava ao seu lado, Damon envolvia meu ombro. Estava começando a chover, mas fracamente. E eu estava começando a ficar com sono.

–Damon, você ainda é bom no xadrez? – perguntou Kol animado.

–Eu enrolo. – Damon falou ao meu lado, tentando ser modesto, ele era ótimo!

–É muito tarde pra um jogo? –Kol perguntou esfregando as mãos e Damon deu de ombros.

–Tudo bem meu amor? – me perguntou, como quem pede permissão.

–Sem problemas, eu vou deixar vocês se divertirem e vou me deitar.

–Tem certeza? – Damon me perguntou franzindo o cenho assim que me viu levantar e me espreguiçar.

–Tenho, é claro! Só não se empolgue demais e fique até tarde. A noite está fria. – falei sorrindo e me inclinei pra lhe dar um beijo. Damon revirou os olhos. Eu me virei para encarar Kol, que parecia um tanto sem jeito. – Boa noite! – disse pra ele.

–Boa noite senhora!

–Ah! Por favor Kol, você chama Damon pelo nome e me chama de senhora? Desde quando fiquei mais velha que você? – perguntei a Damon irritada e ele gargalhou.

–Boa noite Elena! – disse Kol se retratando.

–Assim está melhor. – falei vitoriosa e subi pro quarto.

Fui até o banheiro, escovei meus dentes, tomei um banho rápido, relaxante, me troquei e deitei na cama, não demorou muito pra eu adormecer.

Senti beijos em meu ombro, me virei e encarei Damon, ele me olhava sorridente.

–Não queria te acordar. – falou franzindo o cenho.

–Não acordou... Estou apenas sonhando. – falei puxando seu braço para que ele entrelaçasse minha cintura com ele, se aconchegando a mim para ficarmos de conchinha. Sentia sua respiração serena e quente na minha nuca.

–Hoje já é terça. O que quer fazer quando acordarmos mais tarde? – me perguntou, frisando o fato de já passar de meia-noite.

–Me surpreenda! – falei de olhos fechados, envolvida no meu sono, eu deveria estar mesmo dormindo. Senti seus lábios em meu rosto, beijando minha bochecha.

–Te amo Elena! – sua voz estava aveludada e eu fiquei quieta desfrutando do som do silêncio depois de sua fala de amor, por um tempo que eu julguei longo demais, até responder, quase sem voz, já adormecendo outra vez.

-Te amo!

...

Elena ainda dormia profunda e lindamente quando eu despertei. Pensei em descer e copiar a ideia dela, indo preparar um café da manhã pra nós dois. Eu coloquei tudo o que ela gostava e algumas coisas que ela tinha que começar a gostar agora, pois sua alimentação tinha que ser cada vez mais balanceada. Terminando tudo enquanto Cândida me observava sorridente, fui até o jardim do chalé, peguei algumas flores e coloquei num pequeno vaso, deixando tudo mais romântico. Ela iria adorar.

–É muito bonito vê-lo assim tão feliz. – disse Cândida pra mim, sorrindo.

–Obrigada! – respondi sorrindo e depois corri pra cima dela e lhe dei um beijo no rosto. Ela gargalhou sem jeito. – Vou acordar ela! – falei pegando a bandeja e saindo cheio que empolgação.

Cheguei ao quarto e encontrei Elena sentada na cama, ela parecia estar me procurando. –Bom dia! – falei indo na sua direção sorridente.

–Bom dia! – ela respondeu meio séria.

–Acordou de mau humor? – perguntei ainda de pé diante da cama.

–Não encontrei você ao meu lado na cama. – ela falou se jogando nas almofadas e se espreguiçando. – Que é isso? – ela perguntou apontando pra bandeja em minhas mãos.

–O motivo pra você não me encontrar na cama. – respondi dando de ombros e depositando a bandeja na cama, diante dela, que sorriu especulativa pra mim.

–Alguma intenção de tentar me exemplificar como deveria ser seu café da manhã de ontem? – me perguntou com um riso torto.

–Não. – respondi me aproximando dela e pegando um pedaço de morango, levanto até a boca dela devagar. – Na verdade só estou te imitando. A ideia de mimar logo pela manhã me agrada. – ela sorriu depois de comer o morango que pegou da minha mão.

–É, me agrada também. – falou me olhando intensamente. Eu estranhei sua expressão.

–Que foi? - Perguntei confuso, me apoiando na cama ao seu lado.

–Quero falar com você sobre a Rose. – ela disse olhando pra mim ainda mais séria. Eu bufei.

–Elena, por favor...

–Não vou dizer nada demais, só quero que saiba como me sinto. Apenas quero conversar. – eu a olhava com uma negativa no rosto, respirando com impaciência, o dia estava só começando e eu não queria discutir. Óbvio que era nisso que essa conversa iria acabar. – Por favor?! – ela insistiu e eu revirei os olhos rendido.

–Desde que não termine em discussão, tudo bem. – ela sorriu satisfeita.

–Olha eu sei que a Rose é sua amiga e que você está ajudando ela, que você tem apresso por ela e tudo mais. Entendo que vocês se conhecem a anos e que ela te conhece bem, que já foi quase como uma mulher sua, cuidando de você e de sua casa depois que Katherine morreu. Sei também que você é generoso e que está ajudando ela pelos velhos tempos, mas... – ela parou pra respirar fechou os olhos e me encarou firme. – Eu realmente não gosto dela. – revirei meus olhos, levei as mãos a cabeça, esfreguei os cabelos e ela se pronunciou antes que eu pudesse falar. – Eu não vou pedir pra você expulsar ela da sua casa enquanto eu estiver por lá. – ela falou se virando pra frente. – Apenas eu não sou cega e vejo que ela alimentou por você um sentimento muito mais forte que simples amizade, e provavelmente você já deve ter notado.

–Elena... – ela ergueu a mão me impedindo de falar.

–Escuta Damon, eu só estou falando sobre isso, por que eu ouvi você e ela no telefone ante ontem e eu sinto que se você não souber separar direito as coisas, ela vai me fazer pirar. - Eu encarava Elena perplexo, ela tinha ouvido eu no telefone com Rose?

–O que você quer dizer com “se você não souber separar direito as coisas?” – perguntei , fazendo ela me encarar outra vez.

–Você a considera uma amiga e ela está sempre ao seu lado e ficou com você e te ajudou em tudo quando estávamos separados, mesmo que tenha sido por apenas duas semanas, você mudou um pouco com a chegada dela e até mesmo a sua mãe que não a suportava está gostando dela, ela ganhou o seu espaço naquela casa e eu quero apenas que você saiba a fazer distinguir o que é ou não sair dos limites de uma amizade. Ela te controla, te trata como se fosse dela. Você sabe que é assim. E se eu vou ter que conviver com ela, terá que fazê-la ver qual o lugar dela na casa de seus pais: uma hóspede e sua AMIGA. – Elena frisou a palavra e eu suspirei a encarando.

–É exatamente o que ela é e é assim que eu a trato. – falei olhando pra ela firme.

–Damon, isso não é uma discussão. Eu sei que Rose te ajudou muito no seu tratamento, que ela é experiente e que foi parte importante pra você se recompor da recaída assustadora que teve. – eu assentia a tudo ouvindo com atenção. – Mas eu não a quero te cercando, controlando seus horários e sua comida, eu sou sua mulher agora. Quero que você deixe isso claro pra ela e me poupe de uma conversa mais direta com ela. Certamente seria desagradável pras duas. – Elena falava tudo de forma firme, eu respirei fundo, esfreguei meus cabelos outra vez.

–Tudo bem, eu entendi. Eu converso com ela sim, prometo. Agora vamos, por favor, tomar nosso café em paz. Tenho um roteiro agitado pra nós dois hoje e vocês dois – falei acariciando sua barriga e ela sorriu. – Tem que estar bem fortes e alimentados pra aguentar o tranco. – dei um selinho nela, que voltou a sorrir satisfeita e atacou a comida assim como eu.

Depois Elena e eu saímos para uma passeio de carro pelos arredores do chalé, a verdade era que aquele clima serrano era ótimo, e eu adorava, assim como Elena, fomos até alguns lagos perto de lá, levamos comida para um pique nick, que foi nosso almoço na verdade. Ficamos sentados na grama diante de uma bela paisagem, Elena estava no meu colo, eu lhe fazia cafuné, estava começando a ficar um tanto frio demais. A tarde estava se despedindo com um belo pôr do sol, eu senti Elena se encolher em meus braços gemendo.

–O que foi? – perguntei com a voz abafada, estava com a minha boca pressionada no topo da cabeça dela. Ela não respondeu, apenas se contorceu outra vez soltando um leve resmungo.

–Ai!

–Elena?! – eu me mexi cauteloso tentando encarar ela. – O que você tem? – ela estava respirando pesadamente, notei suor na sua testa.

–Eu não sei... – falou fraco, levando a mão até o baixo ventre, se curvando pela dor. – Está doendo, sinto pontadas. – ela disse me encarando enquanto soltava caretas de desconforto.

–Como cólicas? – perguntei tentando entender melhor o que ela tinha.

–É. - falou respirando arrastado.

–Onde dói amor? – perguntei já esfregando suas costas.

–Nas minhas costas e no pé de minha barriga. Ai Damon, é muito incômodo.

–Você precisa descansar. Não se preocupa, é normal, seu útero está crescendo e os seus ligamentos estão distendendo pra sustentar ele, é meio incômodo mesmo, você tem que voltar pro chalé comigo. Vou ligar pra Jenna e pedir pra ela um analgésico ou antiespasmódico, pra aliviar a dor. – Elena me ouvia e se mexia desconfortável.

–Vamos logo então amor, está doendo. – me levantei trazendo ela comigo devagar, guiei ela de volta pro carro, depois voltei e recolhi tudo, guardei na mala do carro e entrei para voltarmos pro chalé. Elena seguia incomodada pela dor. – Amor liga o aquecedor pra mim. – ela pediu se encolhendo. Eu estava começando a me inquietar.

–Tudo bem. – falei ligando o aquecedor, peguei meu celular e liguei pra Jenna.

Alô!

–Olá Jenna, ou melhor, doutora Smith. É o Damon Salvatore.

–Ora Damon, não faça isso, somos amigos. Pode me chamar de Jenna. Algum problema?

–Na verdade sim. Elena está com cólicas e eu queria um nome de algum analgésico ou...

–Antiespasmódico. – ela completou.

–Exato! – encarei Elena ainda desconfortável, ela se mexia muito tentando encontrar uma posição mais confortável no banco do carro, suas expressões estavam me deixando aflito.

Você acha que é o útero pedindo espaço?

–Sim, é o que eu acho. – disse olhando para Elena.

Eu também. Ela está sentindo mais alguma coisa? Calafrios, está com febre? – me perguntou e eu olhei pra Elena atento, lembrando de seu pedido pra ligar o aquecedor, levei minhas mãos até sua testa. Ela me olhou confusa.

–Não, ela está um tanto gelada pelo clima frio daqui, creio que seja só as cólicas mesmo. – falei olhando pra Elena que concordou comigo.

–Certo, então ela só precisa se deitar. Faça uma massagem nela, pra aliviar a pressão nas costas, caso a dor persista, daí você pode tentar um analgésico.

–Qual seria? Ela não toma qualquer um imagino.– ela falou o nome, pra mim e eu agradeci. – Eu conheço sim,obrigada!

–Qualquer outro sintoma que ela tiver Damon, seja vômito, febre ou dor ao urinar, você tem que me ligar tudo bem?

Entendi, pode ser algo mais sério. – ela concordou comigo e Elena me olhou assustada.

–O que pode ser mais sério? – me perguntou com uma ruga de dor na testa.

–Nada amor... – falei. – Eu entendi tudo Jenna, obrigada mais uma vez, beijo! – desliguei e Elena me olhava firme, esperando uma resposta descente. –Ela falou pra ficar de olho se caso você sentir febre, ou vomitar ou mesmo desconforto ao ir ao banheiro. Você me fala se acontecer certo? – perguntei e ela assentiu. – Pode ser algo mais grave e teremos que te levar pro hospital, mas acredito que é o que eu falei, Jenna concorda comigo nisso.

–Uma das vantagens de ter um marido médico. – ela falou sorrindo e eu gargalhei, quando ela tentou me acompanhar na gargalhada pareceu sentir outra pontada e se curvou pra frente.

–Eu vou pedir pro Kol ir à farmácia assim que chegarmos. – falei estendendo um de meus braços e fazendo carinho em seu ombro, ele gemia de dor.

Ao chegar ao chalé, eu entrei apoiando Elena e Cândida veio pra cima de nós assustada. – O que aconteceu?

–Nada Cândida, Elena está com um pouco de cólica. É normal. Vou subir e fazer ela descansar um pouco. Prepare uma sopa quente pra ela, por favor e chame o Kol pra mim. Quero falar com ele. – ela assentiu, olhando Elena com cautela, Elena se segurava na minha cintura com joelhos vacilantes, ela gemeu novamente, me forçando a pegar ela no colo.- Vem amor, eu te levo.

Deitei-a na cama, tirei seus sapatos, puxei o lençol para cobri-la, ela se encolheu embaixo dele se balançando na cama, tentando amenizar o desconforto.

–Damon, é uma pressão muito forte nas costas. Isso é mesmo normal? – perguntou manhosa, quase chorando de dor.

–É sim, meu amor, pode acontecer muito mais daqui pra frente, você vai ter que se acostumar. Nosso filho está crescendo! Seu corpo estranha as mudanças. – falei me sentando na ponta da cama e apertando os pés dela. Ouvi a porta bater. – Deve ser o Kol, eu vou descer com ele e prescrever a receita do seu analgésico, eu não demoro. – ela assentiu se encolhendo ainda mais, me inclinei e beijei sua testa.

Fui com Kol até o meu carro, peguei de dentro de minha maleta o bloco de receitas e prescrevi uma para ele levar até a farmácia, pedi que fosse no meu carro mesmo. Terminando isso, subi de volta pro quarto e encontrei Elena extremamente quieta, parecia que ela nem respirava. Como se até o pequeno movimento dos seus pulmões a causasse incômodo.

–Voltei – falando fechando a porta e indo até a cama, ela não se moveu. – O que acha de um banho quente na banheira pra você relaxar os músculos, depois você põe uma roupa quente e confortável, deita aqui pra eu fazer uma massagem e toma a sopa que a Cândida está fazendo pra você.

–Parece uma boa ideia. – ela respondeu se virando pra me encarar.

–É? – ela assentiu. – Então vou preparar e já te pego. – falei indo até o banheiro, enchi a banheira e joguei nela tudo o que a Elena gostava e então voltei para pegá-la. - Vem amor. – falei puxando o lençol e a pegando no colo. Ela entrelaçou, seus braços em meu ombro e eu a ouvi chorar baixo. – Amor fica calma, vai passar.

–Eu estou assustada, isso nunca aconteceu antes. – ela gemeu aflita.

–Mas é normal, o bebê cresce mais rápido agora e seu corpo responde de maneira mais agressiva, mas você vai se acostumar. Afinal você passa por algo parecido todos os meses. – falei colocando ela no chão devagar enquanto ajudava ela a se livrar de sua roupa.

–Eu estou enjoada. – ela falou de repente. – Acho que eu comi demais com você hoje a tarde.

–Pode ser. – falei cauteloso. – Venha entre na banheira. – pedi e ela entrou devagar, sentando e logo escorou a cabeça, tentando relaxar, sua expressão estava um pouco mais serena.

Ajudei-a no banho e depois a se vestir também, quando ela deitou na cama comecei a fazer uma massagem nela. Ela perecia estar muito mais confortável.

–Suas mãos são grandes, mas são tão macias e leves. – ela falou de olhos fechados, desfrutando de minha massagem.

–Mãos de médico. – falei sorrindo.

–E pianista. – ela falou rindo também.

–Verdade! – admiti meio sem jeito. – Está melhor? – ela se virou pra ficar de frente pra mim me fazendo parar a massagem.

–Você me dá um banho relaxante, depois faz esta massagem maravilhosa... Eu com certeza me sinto bem melhor. – sorri aliviado e lhe dei um beijo.

–Gostou do nosso passeio? – perguntei fazendo carinho no rosto dela.

–Eu adorei. Eu estava com você, nada melhor. – falou sorrindo e eu beijei sua testa.

–Vou deixar você deitada aí, vou tomar um banho e descer, trazer seu jantar e o analgésico, que por sinal ainda não chegou, espero que não demore tanto. – ela assentiu e eu a cobri com o edredom, depois fui em direção ao banheiro, tomei um banho rápido, me vesti e quando voltei Elena estava dormindo. Desci, Kol chegou logo depois, jantei com eles e seus pais e subi com a sopa para Elena. Ela ainda dormia, mas eu tive que acordá-la para ela comer.

Elena tomou toda a sopa e dispensou o remédio, ela disse estar se sentindo muito melhor e resolveu não tomar. Eu tentei argumentar, mas nunca dá certo quando se trata de Elena Gilbert. Ela voltou a dormir pouco tempo depois de comer, eu fiquei do seu lado e não demorou muito para eu adormecer também.

...

Damon acordou com um som irritante vindo de alguma direção do quarto, não era muito tarde, ele que havia dormido cedo demais, levantou da cama. O barulho era insistente, acabou acordando Elena, Damon estava andando de um lado pro outro tentando ver de onde vinha o som.

–É meu celular. – Elena falou assustando Damon que imaginava que ela ainda dormia.

–E onde está?

–Na minha bolsa logo ali. – ela apontou e antes de Damon alcançar o som parou. Mesmo assim Damon pegou o aparelho da bolsa e entregou a Elena.

–É a Caroline, eu pedi pra ela ligar ontem. – Elena falou já retornando a ligação.

–Vou descer, eu preciso de café. – Damon falou deixando Elena sozinha.

Ao chegar à cozinha, Damon se serviu de um pouco de café. Cândida sempre deixava pronto na garrafa a pedido dele. Esquecendo um pouco da agitação do dia, Damon resolveu ligar para Stefan. Saber como estava tudo em sua casa.

Diga irmão... Saudades?! – perguntou Stefan ao atender a chamada.

–Como estão às coisas por aí?

–Normais! E por aí? Desfrutando? – Damon revirou os olhos, Stefan não tinha jeito.

–Como posso. Elena está grávida e me dá um pouco de trabalho, crises de ciúmes, briguinhas, provocações...

–Ciúmes? Vocês estão no meio do mato. Ela vai ter ciúmes de quem? De uma vaca?– Damon gargalhou.

–Eu andei falando o nome da Kath enquanto dormia, digamos que ela não gostou muito disso.

–Sério?

Sério.

–Nossa irmão, vacilo isso.

–Não controlo meus sonhos.

–Pior que não. Elena é muito ciumenta, eu fico pensando o que ela faria se descobrisse que você e a Rose... Você sabe. Ainda mais agora que ela mora com você outra vez. Ela te mataria. – Damon coçou a cabeça só de pensar.

–Falando nisso...

–O que? Você contou?

–Não! Claro que não!

–Não acha que deveria?

–Não agora. Ela veio falar comigo sobre Rose hoje cedo. Ela realmente não gosta dela, o que só me dá mais medo de contar. Elena está grávida e se agita com facilidade, ela usou um tom bem sugestivo na conversa, dizendo que queria a Rose longe de mim e dela. Não posso falar nada, Não enquanto Rose estiver conosco. O pior é que ela vai ficar por mais um mês e meio e é quase todo o tempo que Elena e eu vamos passar aí.

–Você está muito ferrado irmão!

–Não exagera!

–Não é exagero. E se ela descobre?

–Stefan as únicas pessoas que sabem sobre isso sou eu e você.

–E a Rose. – Stefan lembrou a Damon que congelou um pouco.

–Ela não faria isso.

Sei lá Damon, ela gosta de você. E bem, ela é meio estranha é sério.

–Até você Stefan?

–Você mesmo já me falou isso cara.

–Eu sei. O pior foi que no dia do meu casamento ela falou uma coisa que me deixou arrepiado.

–Que foi?

–Uma conversa de nada dura para sempre e tal.

–Eu estou falando. Você tem essa coisa meio inacabada com ela, você tem que resolver isso antes que ela estrague seu casamento com Elena. Acredito que o ódio entre elas seja mútuo e você está deixando Elena na desvantagem se não contar a ela sobre o que houve entre vocês.

Damon sabia que Stefan tinha razão, em parte, mas tinha Rose realmente poderia fazer isto, se ele pensasse que ela ainda sente algo por ele, mas Rose nunca seria capaz de algo assim, afinal ela pareceu superar tudo aquilo e agora era uma amiga sincera, não havia tentado mais nada mesmo depois dele ter rompido com Elena. Ele imaginava que o que ela disse era apenas uma expressão nostálgica, afinal Katherine se foi e o casamento deles não durou como ele pensou que duraria. Ele tinha certeza que Rose não representava ameaça alguma.

–Eu vou contar na hora certa. Por agora vou apenas fazer o que Elena pediu.

–E o que ela pediu?

–Que eu conversasse com Rose a respeito de sua supervisão sobre mim. Basicamente ela não quer que a Rose cuide mais de mim como vem cuidando.

–Eu vou repetir Damon.Você está ferrado!

–Eu sabia que iria me sentir bem melhor depois de falar com você.- Damon ironizou e Stefan gargalhou.

–Sou seu irmão e digo apenas a verdade. Por isso você me conta as coisas, pra ouvir as verdades que você não tem coragem de admitir. – falou convencido.

–Está certo senhor eu sou maduro agora. Eu vou voltar para a Elena, ela não está muito bem.

–Algum problema?

–Mal estar de grávida, normal. Um abraço!

–Outro. Cuida-te!

–Você também. E falando de estar ferrado e tudo mais. Já pensou no que vai dizer pra Rebekah quando ela descobrir seu amasso na lanchonete com a Caroline, talvez a própria Carol conte. Afinal ela ama a Bekah. – Damon falou ironizando com vingança.

–Damon vê se vai... – Damon desligou a chamada gargalhando muito. Ele subiu de volta pro quarto, mas parou na porta ao ouvir Elena falar o nome de Rose, provavelmente ela ainda estava no celular com a Caroline.

Eu sei disso Carol, já estou me preparando psicologicamente. Mas ele me disse que vai conversar com ela. Eu fico mais tranquila assim. Eu não sei o que acontece comigo, ela nunca fez nada muito sério assim, se for pra ter tanta cisma que fosse da Rebekah que já foi até noiva dele. Mas eu não sei. É o jeito que ela me olha sabe, como se fosse superior, ou soubesse de algo que eu não sei sobre ele. Algo forte. Pudera, ela viveu com ele em Paris por anos, sabe tudo o que ele gosta e como gosta. Talvez isso me irrite, conheço o Damon a minha vida toda, mas não tão bem quanto ela.

Damon estava estático e ouvia com atenção a tudo e percebia cada vez mais o quanto seria complicado ter Elena e Rose embaixo do mesmo teto.

É eu sei. Bem eu te ligo amanhã. Um beijo Carol, mande beijos para a minha mãe e meu pai. Boa noite!

Damon ouviu Elena terminar a chamada, mas hesitou um pouco antes de entrar, embora ele odiasse admitir isso, Stefan tinha toda razão. Ele estava ferrado. Elena sentia algo estranho vindo de Rose, algo que ela não entendia e isso a deixava com o pé atrás e fazia Elena detestar ela. Damon ficava cada vez mais desesperado ao pensar como tudo isso pioraria se ele contasse o que houve entre Rose e ele. Talvez significasse o fim de seu casamento, pois Elena dificilmente o perdoaria, até porque ele vive dizendo que não tem motivos para ela ser assim com Rose, ao passo que esconde dela um bastante essencial. Damon estava diante de um fogo cruzado, isso estava começando a ficar insustentável.



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Notas finais do capítulo

Beijos! Até o próximo!