Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 53
Esfriando a cabeça


Notas iniciais do capítulo

Eu confesso que ri horrores com este, então espero que gostem dele.
Boa leitura!



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Damon desceu até a sala, foi em direção a um pequeno bar não muito distante da lareira e se serviu de um drink. Ele batia o pé no chão energicamente, passava das três da manhã. A chuva ainda caia furiosa e agora começava a trovejar.

-Não dou dez segundos pra ela vir atrás de mim. – falou pra si mesmo, sabendo o quanto Elena detestava tempestade.- Dez, nove, - começou a contar convencido, enquanto dava outro gole no seu copo.- cinco, quatro, três, dois, um... – e nada silêncio total, Damon entortou a boca surpreso. - Pelo menos nisso ela parecer ter amadurecido. – Falou indo se sentar de frente pra lareira, mal se sentou logo se sobressaltou, Elena havia soltado um grito horrível que o fez quase voar do sofá. – Falei cedo demais. – ele disse jogando o copo em um lugar qualquer e correndo de volta pro quarto onde largara Elena. – O que foi? – perguntou pro nada e ouviu Elena chamar quase chorando.

-Damon, eu to aqui... – a voz dela vinha do quarto que era pros dois estarem. Damon se virou e foi na direção certa encontrando Elena abraçada aos joelhos com uma expressão apavorada.

-O que foi que aconteceu? – ele perguntou ainda da porta, encarando ela confuso.

-Eu... Tinha... – ela tentava falar, mas tremia muito e não dizia nada coerente.

-Dá pra ficar calma? – Damon falou se aproximando da cama e sentando na ponta ficando de frente pra Elena. – Fala devagar. – pediu sério. Elena respirou fundo, fechou os olhos e uma lágrima escapou deles. Ela abriu devagar e encarou um Damon totalmente angustiado. – Elena, está me assustando. – ele disse num tom meio frio.

-Tinha um rato no outro quarto, quando eu levantei da cama ele passou por cima do meu pé e... – ela respirou tentando se recompor. – Nem sei como acertei a porta desse quarto e entrei aqui. – ela suspirou pesadamente, estava trêmula.

-Você deu um grito. Um grito terrível. Por causa de um rato? – ele perguntou perplexo e neste momento outro trovão cortou o céu fazendo Elena voar pra cima do colo de Damon.

-Por favor, não me deixa sozinha... – ela falava agarrando-se a ele como se não houvesse amanhã. Damon puxou ela devagar a afastando dele.

-Calma! Não pode se alterar assim Elena, faz mal pro nosso filho. – ele disse com um tom tão sério que Elena franziu a testa.

-Eu não me assustei de propósito Damon! – ela falou raivosa enxugando as lágrimas. Damon revirou os olhos e se levantou da cama. -O que tá fazendo? – Elena perguntou voltando a ficar aflita.

-Eu vou descer e pegar água com açúcar pra você. – ele disse num tom calmo, se virando pra porta, Elena quase atirou um travesseiro nele.

-Que parte de NÃO ME DEIXA SOZINHA, você não entendeu? – ela gritou histérica e depois de falar isso, outro trovão acompanhado por um relâmpago clarearam o quarto, fazendo Elena soltar outro grito de pavor.

-Meu Deus Elena, pare com isso! – Damon pediu voltando pra cama, Elena se jogou outra vez em seus braços.

-Não me deixa sozinha. – ela pediu desesperada.

-Minha nossa você está tremendo. – Damon falou enquanto esfregava as costas dela, ele deu um beijo no topo da cabeça de Elena. – Vamos fazer o seguinte, você precisa da água pra se acalmar, então você desce comigo e depois voltamos pra cá. Tudo bem? – ele perguntou segurando o rosto dela, que com olhos marejados e extremamente atordoada apenas acenou concordando.

Damon pôs Elena de pé a envolveu com o roupão dela e a guiou até a cozinha do chalé. Sentou Elena numa das cadeiras da mesa, ela estava assustada olhando pros lados, abraçando-se a si mesma protetoramente. Damon preparou a água com açúcar e levou até ela, ficando de joelhos diante dela.

-Toma, bebe devagar! – ele pediu passando o copo pras mãos dela, Elena tremia tanto que quase conseguiu derramar toda água nela até fazer o copo tocar seus lábios. – Respira Elena! – Damon pediu acariciando as pernas dela. Ela tomou dois goles longos. – Isso, termina! – ela obedeceu e tomou toda a água e passou o copo de volta pra Damon que colocou em cima da mesa e voltou a encarar Elena com cautela. – Tudo bem? – ela respondeu que sim com a cabeça. – Vamos subir. – Damon falou se pondo de pé e estendendo a mão pra Elena, ela segurou e foram de volta pro quarto.

Damon deitou Elena na cama e devagar se pôs ao lado dela. Elena virou-se e descansou a cabeça no peito de Damon, que sem nada dizer ficou tentando fazer Elena dormir outra vez, dado o fato de que ela ainda tremia um pouco. Ele começou a fazer cafuné nela e depois sentiu a tensão dela ceder aos poucos e a respiração dela se normalizar. A última vez que encarou o relógio passava das quatro da manhã.

...

Eu acordei um pouco dolorida, eu tinha dormido mal e não havia conseguido descansar o bastante, olhei pro lado e Damon não estava na cama, um pouco atordoada ainda me inclinei pra olhar o relógio e me sobressaltei, marcava quatorze da tarde.

-Nossa! – dei um pulo da cama, indo direto pro banheiro. Escovei os dentes, tomei um banho, vesti uma roupa confortável, calça jeans e camiseta branca, prendi meu cabelo e desci, encontrei a senhora Cândida na sala.

-Boa tarde senhora! – era estranho ouvir alguém me chamando assim, eu era acostumada com senhorita ou Elena.

-Boa tarde Cândida. Onde está meu marido? – perguntei curiosa.

-O senhor foi com Xavier e Kol dar uma volta nas redondezas, ver se houve muitos estragos com a tempestade de ontem. – eu assenti, embora ontem quase o mundo todo estivesse tentado a desabar, o sol estava escaldante hoje.

-Faz tempo? – perguntei me sentando no sofá.

-Sim, eles já devem estar voltando. O senhor acordou cedo, deu um trato no carro dele ajudado por meu filho e depois saiu por aí a cavalo com ele.

-Entendi. – falei suspirando.

-Bem, o senhor ainda não almoçou, acho que estava esperando a senhora. Mas já está bem tarde, se quiser comer...

-Não Cândida, obrigada! Eu vou esperar meu marido. Mas eu aceito um suco, se tiver. Estou com sede. – ela sorriu gentilmente e foi até a cozinha. Cândida sempre foi um doce de pessoa. Na verdade todos os empregados dos Salvatore eram pessoas gentis que gostavam de seu trabalho, pelo simples fato dos Salvatore serem extremamente amáveis e generosos com seus empregados.

Cândida voltou da cozinha com meu suco e logo depois se despediu, dizendo ter muito a fazer. Ela estava apreensiva em me deixar sozinha, Damon parecia ter deixado ordens pra que não fizesse, mas eu a liberei, dizendo que estaria bem. Aproveitei para sair e dar uma caminhada. Claro que eu avisei a Cândida onde ia, caso Damon voltasse. Eu estava com fome, podia ser uma péssima ideia, mas eu não ia longe, eu conhecia um lugar bem perto dali, eu sempre ia até lá com Stefan para conversar a tarde. Havia algumas árvores e um tronco que servia de acento, eu amava sentir o clima desse lugar, a brisa era ótima. Enquanto estava lá sentada comecei a pensar na noite terrível e desastrosa que foi a passada. Eu me sentia horrível, depois que a cabeça fica fria conseguimos enxergar melhor o que fazemos e dizemos e bem, eu exagerei de novo com Damon e falei demais, principalmente o que eu disse sobre o Jeremy. Suspirei pesadamente encarando o chão e respirando devagar. Eu senti um mal estar forte, provavelmente por estar com fome e sair andando debaixo de um sol quente sem nada comer, estava suando frio e começava a ficar tonta, felizmente estava sentada, então apenas tentei ficar calma e respirar fundo, tentar normalizar meu corpo trêmulo e voltar pra dentro do chalé. Senti mãos fortes em meu ombro.

-Tudo bem? – Damon perguntou atrás de mim, me fazendo o encarar por cima do ombro.

-Um pouco fraca, não comi ainda. – falei rindo fraco, ele tocou minha testa, sua expressão estava séria.

-Você está gelada. Está enjoada? – eu assenti. – Vem, vamos entrar, você precisa comer. – ele falou me estendendo as mãos, fiz força pra ficar de pé, Damon me apoiou segurando minha cintura com força. Não falou comigo até chegar na casa, entramos na cozinha e a mesa já estava posta. Cândida avisou que ia sair com Xavier até o mercado próximo, e que voltaria antes da janta. Damon e eu assentimos e ficamos comendo calados. Bem, eu comi, estava faminta, já Damon ficou mexendo na comida, mal tocando nela direito. O celular dele tocou.

-Alô! – ele atendeu. – O quê? – ele fez cara feia, a ligação parecia estar ruim. – Não estou entendendo Stefan. Fala mais alto!... Sim, chegamos bem sim... É que choveu muito aqui ontem e perdemos a linha do telefone – eu abri a boca encarando Damon descrente, estávamos sem telefone? - Verei se concerto amanhã, hoje sendo domingo não dá pra chamar ninguém... Entendo! ... Não pode tranquilizar eles, eu e Elena estamos bem aqui. Eu vou pedir pra ela ligar pra Miranda, pode deixar. – ele falou me encarando, eu fiz sinal que entendi tudo, certamente minha mãe estava histérica e ligando pros Salvatore procurando notícias minhas. – Certo. Pode deixar.  ... Um abraço! – ele falou desligando a chamada e voltando a me encarar sério. Ele estava muito sério. – Não trouxe o seu celular? – me perguntou sem me olhar nos olhos, tomando um gole de seu suco.

-Eu devo ter deixado dentro da bolsa. – falei enquanto mastigava um pouco de salada.

-Melhor checar ele depois e ligar pra sua mãe, ela está preocupada. – falou frio, quase sem me olhar, ele não comia nada.

-Não vai comer Damon? – perguntei, vendo que ele só enrolava a comida de um lado pro outro do prato.

-Na verdade eu comi um café da manhã bem reforçado e digamos que estou sem fome. – falou distante.

-Você precisa comer bem também Damon, ainda está sob tratamento, não queremos passar por aquilo outra vez. – eu falei séria e ele me encarou quase que com raiva.

-Eu já disse que comi mais cedo e agora estou sem fome, apenas não queria que sentasse a mesa sozinha, mas se você já terminou... – ele falou se levantando.

-Onde vai? – perguntei confusa.

-Você terminou? – me perguntou firmemente.

-Sim, já estou satisfeita! – falei dando um último gole no meu suco.

-Então eu vou subir, tomar um banho e dormir um pouco. Tive uma noite ruim. – ele disse me dando as costas.

-Certo. – falei baixo e nem sei se ele ouviu. Ouvi os passos dele subindo a escada e suspirei frustrada. Eu estava estragando tudo, mais uma vez, Damon afinal não tinha culpa sobre seus sonhos e eu estava sendo extremamente neurótica, tudo o que eu mais detestava.

Fiquei um pouco mais na cozinha, pensando e cada vez mais sabia te estava nas minhas mãos dar um ponto final nisso, mas eu ainda não sabia direito como, Damon era difícil e eu tinha magoado ele feio de madrugada. Pensei em dar uma volta por aí a cavalo, fui até o celeiro e encontrei Kol.

-Como vai Kol? – perguntei sorridente.

-Muito bem senhora... – ele disse rindo com ironia.

-É muito estranho ouvir isto. – disse sem jeito.

-Eu imagino. - falou ele virando pra terminar o que fazia, ele estava selando um cavalo.

-Você vai sair pra cavalgar? – perguntei curiosa.

-Sim, o senhor Salvatore e eu vemos umas coisinhas erradas por aí, então eu vou começara a dar um jeito na bagunça.

-E eu posso ir com você? – ele me olhou confuso.

-Quer sair pra cavalgar? – eu dei de ombros.

- Quero. Porque o espanto? Sabe que eu monto Kol. Não é a primeira vez. – ele deu de ombros. – Só me diga qual o animal mais manso que tem aqui.

-Bem, eu acho que é a Chuva. – ele disse apontando para uma égua linda.

-Bem, então sele a Chuva para mim. – eu disse rindo faceira e voltei pra dentro da casa, direto pro quarto pra colocar minhas botas de montaria. Damon estava trancado no banheiro, no seu banho relaxante. Desci e fui até o celeiro onde Kol terminava de selar Chuva pra mim.

...

Damon saiu do banho envolto na toalha e ouviu o riso de Elena vindo do lado de fora da casa, foi até a janela observar e quase tem um treco ao notar Elena montada num cavalo, sorrindo largamente na companhia de Kol.

-Elena?! – ele gritou da janela, fazendo Elena se virar em sua direção assustada. – Você está maluca? – ele gritou ainda mais alto. – Desce desse cavalo agora! – ele ordenou apontando para o chão.

-Damon?! – Elena falou perplexa pelo jeito que ele falou. – Que é isso?

-Como assim o que é isso Elena? Eu que deveria te perguntar isso. – ele ainda gritava. Kol escutava tudo totalmente sem jeito.

-Você é muito tosco. – Elena disse ignorando o show que Damon estava dando e voltando a cavalgar.

-Elena, não me obrigue a descer até aí. Você não tem noção? Desce já desce cavalo, é perigoso, você está grávida Elena! – Damon falava quase se jogando da janela. Kol arregalou os olhos com a fala dele.

-Você está grávida? – Elena encarou Kol encabulada.

-Damon é muito exagerado. NÃO TEM PROBLEMA ALGUM. – Elena falou gritando em resposta a Damon.

-Não senhora. Se está grávida o senhor tem razão. – Elena virou pra encarar Kol perplexa.

-Você mesmo disse, a Chuva é mansa. Nada vai acontecer.

-Ela é um animal senhora, é imprevisível. – Elena bufou e voltou a encarar Damon ainda bufando na janela.

-Desce, agora! – ele falou autoritário. Elena revirou os olhos irritada e desceu resmungando. Damon a encarou perplexo, enquanto a via voltando pra dentro da casa. Não demorou muito até ela cruzar a porta do quarto soltando fogo pelo nariz.

-Não precisava falar comigo daquele jeito na frente do Kol. – ela disse batendo a porta irritada e indo em direção ao banheiro.

-Que se dane o Kol, a única coisa que me importa é você e meu filho, você parece que esquece que está grávida. – Elena voltou ainda mais irritada, do banheiro.

-Eu odeio quando você faz isso, parece que você faz pra me irritar. – Ela gritava pra Damon. – NOSSO filho Damon, que droga!

-Ótimo! Que seja! Eu me preocupo com NOSSO filho caso você não o faça. Que ideia infeliz Elena. – ele bufou indo em direção a suas roupas já guardadas no armário perto da cama.

-Eu apenas queria sair pra cavalgar, esfriar minha cabeça. Kol me garantiu que aquela égua era a mais dócil, eu mesma fiz questão de saber, sei o que estava fazendo. – ela falou encarando as costas dele, levando as mãos até cintura indo de um lado para o outro.

-Com certeza você sabe sempre o que faz. Incrível! – Damon falava debochado, enquanto se vestia.

-Você consegue ser muito idiota quando quer Damon Salvatore.

-E você é a rainha a carência Elena Gilbert. Sempre parece fazer as coisas pra chamar a atenção pra si. – ele disse encarando Elena enquanto se virava para vestir sua camiseta.

-Rainha da carência? Eu? E você? – ela batia o pé indignada. – Você seria o quê? Ah... Deixa que eu falo...O rei da verdade. – ela revirou os olhos e se sentou na cama respirando fundo. Damon terminou de se vestir e foi em direção a porta.

-Vou dormir no outro quarto. Você deveria tentar dormir também. Se quer esfriar a cabeça, nada melhor não acha? – falou num tom irônico e saiu, batendo a porta com força, Elena saltou com a pancada da porta e depois jogou um travesseiro na direção dela urrando de raiva.

-Idiota! – ela falou irritada deixando lágrimas rolarem por seu rosto, se jogou na cama se agarrando as almofadas. Elena não sabia se chorava de raiva ou exaustão, ela já estava cansada daquilo, ela estava tentando achar um jeito de se reaproximar de Damon e mais uma vez acabara de brigar com ele, ela não aguentava mais, seu choro foi ficando desesperado e um tanto alto demais. Damon, que estava jogado de bruços na cama do outro quarto ouvia tudo e começou a ficar inquieto, ele também estava odiando tudo aquilo. Eles estavam descontrolados. Nada daquilo parecia certo. Não era certo, eles estavam enfim casados, se amavam mais do nunca e em breve seriam uma família, Damon não sabia lidar direito com o gênio de Elena, mas parecia uma boa hora pra aprender. Ele esperou um pouco até não ouvir mais choro e foi até a porta do quarto onde Elena estava, encostou a cabeça pra escutar, no outro lado Elena estava de frente pra porta tomando coragem para abri-la e ir até o quarto onde Damon estava pra conversar, ao mesmo tempo os dois tocaram na maçaneta, um impedindo o outro de abrir a porta, até que Damon perguntou:

-Você sai ou eu entro? – Elena ouviu a voz de Damon e ficou surpresa, ela achava que a porta estava emperrada ou algo do tipo.

-Nenhum dos dois. – ela falou cruzando o braço e se afastando da porta.

-Vamos lá Elena, precisamos conversar. – Damon falou num tom sereno. – Eu vou entrar. – Elena nada disse, apenas voltou pra cama e sentou-se nela abraçando seus joelhos de novo, quando Damon entrou no quarto ela encarou o lado oposto evitando olhar pra ele, ela secou outra lágrima que teimava em seu rosto. Damon suspirou e se sentou de frente pra ela.

-Agora já chega não é? – ele perguntou tentando encontrar o olhar dela. – Chega de briga, chega de farpas, chega de frieza. Eu te amo, odeio brigar com você, odeio te ouvir chorar e acima de tudo odeio estar finalmente casado com você e ter que me manter afastado. Posso ser orgulhoso e teimoso, mas acima de tudo eu amo você e não suporto mais ficar assim.

Elena não encarou Damon, estava estática enquanto ele falava, ela estava tentando de manter firme, mas ainda deixava escapar lágrimas e estava de cara virada pro lado fugindo do olhar do marido.

-Elena, por favor, olhe para mim! – Damon pediu com a voz afetada, ele parecia mesmo muito cansado. Talvez por não ter dormido bem, Elena nem sabia se ele havia comido direito, ela não o viu almoçar e não estava segura se tinha tomado café como ele disse.

-Eu também não quero mais brigar. – ela falou ainda sem encarar ele. - Eu não aguento mais. – ela finalmente o encarou, ainda chorando, mas sem desespero.

-Então não vamos mais brigar, por favor. – Damon pediu se aproximando mais. –Vem aqui Elena. – ele estendeu o braço pra ela, que relutou um pouco, mas depois se agarrou e ele fortemente.

-Desculpa por ontem. – ela disse chorosa. – A bobagem que eu falei sobre o Jeremy. – Damon suspirou pesado. Aquilo tinha doído muito.

-Esquece aquilo. Tenta me desculpar também, eu realmente não sei o que acontece comigo ultimamente. Eu nunca sonhei com ela antes. Você mesma falou. É recente. Eu já pedi pra você deixar a neura sobre ela de lado. – ele segurou o rosto de Elena a fazendo o encarar. – Eu amo você e ela está morta, já vive o que tinha que viver com ela, minha vida agora se resume a nós três Elena. Quero que sejamos felizes.

-Eu sei amor, me desculpa! Eu sou uma boba mesmo, ando muito descontrolada. – Elena falou se jogando outra vez no abraço de Damon. - Eu também quero que nós três sejamos muito felizes. – ela falou acariciando o rosto dele, surgiu uma ruga na face dela. – Você está muito quente. – ela falou encarando Damon notando como ele estava abatido.

-Eu estou com sono. – ele falou com calma, retirando a mão dela de seu rosto.

-Você está com febre. – Damon revirou os olhos.

-Eu estou com saudades. – ele respondeu jogando-se em cima de Elena na cama.

-Damon... – Elena relutou, ela sabia o quanto Damon era teimoso e não falaria se estivesse passando mal, pelo contrário ele faria exatamente o que estava fazendo, fingiria estar muito bem.

-Ah Elena, não começa... Estou com saudades de você e bem, nós ainda não... – ele fez uma expressão de malícia encantadora. Elena estapeou seu ombro. -Au! – ele reclamou sorrindo.

-Você não tem jeito... – Elena disse se rendendo e entrelaçando o pescoço do marido.

-Não mesmo. – Damon sorriu e a beijou com doçura.

Ele foi se encaixando aos poucos entre as pernas de Elena, que estava agarrada aos cabelos dele, o beijo de Damon era quente e saboroso, a boca dele seguiu fazendo um caminho que para Elena era  puro êxtase.

-Você está tão quente... – ela sussurrou, de alguma forma a febre dele tornava tudo mais prazeroso.  

Damon não falou nada, apenas seguiu seu caminho, erguendo a camisa da esposa, tocando com os lábios sua cintura. Elena fazia carinho nos cabelos dele. Ela estava totalmente entregue e sem muita ação, seu coração palpitava forte demais, Damon começou a se livrar da calça dela, logo ela estava apenas com roupa íntima diante dele, que de imediato se livrou de sua camisa e short, ficando só de cueca.

-A cada dia que passa você me deixa mais fascinado com seu corpo. – Damon sussurrou ao pé do ouvido de Elena. Virou-se pra encarar ela, Elena tinha os olhos no de Damon, desejo emanava de um pro outro. – Você me enlouquece! – ele disse alterado voltando a beijá-la.

Elena o empurrou. –Você quer dizer que me prefere gorda? – ela o olhou fazendo piada.

-Você não está gorda Elena. – ela falou voltando a beijar o pescoço dela.

-Ah é? E como você define? – ela perguntou tentando arrancar a cabeça de Damon do meio de seus seios.

-Eu defino gostosa. – ele respondeu impaciente, tentando voltar a beijá-la.

-Eu defino gorda! – Elena falou puxando Damon outra vez.

-Dá pra parar com isso Elena?

-Para com o quê?

-Eu te fiz um elogio, dizendo o quanto seu corpo me deixa louco, estou aqui pirando de desejo por você e você fica me atrapalhando me puxando pra ter uma conversa boba, olha o meu estado. – ele falou num tom de desespero e Elena caiu na gargalhada.

-Tudo bem nervozinho, eu não te atrapalho mais. Vem aqui! – falou puxando Damon pra um beijo que logo se intensificou restaurando o fogo de antes.

Damon se livrou do sutiã de Elena, segurando firme os seios dela, ela arfou no princípio com dor, pela urgência dos apertos que ele dava, mas toda a dor se entorpeceu com os gemidos ansiosos de Damon e suas mãos ágeis. Ele levou a boca até o mamilo de Elena e ela sorriu com um pensamento que lhe veio à cabeça. Damon ouvindo o riso lhe encarou confuso. – O que foi? – perguntou com a sobrancelha erguida.

-Fiquei aqui imaginando se daqui um tempinho quando você for repetir esse ato... – ela falava em meio a risos.

-Hum... – Damon parou o que fazia irritado para esperar a conclusão épica de Elena. – O que tem? – perguntou impaciente já que ela se entregou as gargalhadas.

-Estava cogitando te perguntar qual o sabor do leite materno. – ela voltou a rir descontrolada se contraindo de tanto rir.  Damon abriu os braços, incrédulo enquanto encarava Elena fora de controle, mole de tanto rir.

-Eu não acredito no que eu ouvi. – Damon falou levando as mãos até a testa, perplexo. – Isso é sério Elena? Você me interrompeu de novo pra isso?

-Me des- desculpa... – ela chorava de tanto rir e voltava a gargalhar outra vez. Damon se jogou pro lado encarando o teto frustrado enquanto Elena tentava se recompor do ataque de riso.

-Tá ... Já parei. – ela tentava voltar a respirar direito. – Parei... Pa-rei .... Hahahahaha!

-Qual é Elena? Fala sério... – Damon estava mais que irritado. Encarando Elena deitado com uma das mãos na nuca, ele respirava fundo...

-Apenas imagine... Tente... Imaginar... Você e eu... Daí você vem e ... Suga meus seios e... Hahahahahahaha. Desculpa!

Damon estava encarando Elena sério, ela olhava pra ele morrendo de rir e tentava argumentar com ele sem sucesso até que do nada Damon caiu na gargalhada.

-Que nojo Elena! – ele disse se arrepiando. – Argh! Como você é nojenta! – falou caindo num rido indignado.

-Ah! Eu sou nojenta senhor meu marido?! – perguntou com voz maliciosa, parando o riso, Damon estava sorrindo ainda. Elena subiu em cima de Damon acariciando o peito dele. Ela levou a mão até a cabeça dele e puxou seus cabelos com força. – Hein?!

-Ai! Que é isso Elena? – ele perguntou assustado com o puxão que levou.

-Responde! – falou puxando outra vez. Damon a olhou sentindo-se desafiado e se jogou em cima dela, prendendo os braços de Elena acima do ombro.

-Você já falou demais. – Damon falou e beijou Elena com fúria.

Ele beijou Elena tão intensamente que quando se desgrudou dos lábios dela, Elena estava totalmente sem forças, quase sem ar. Ele soltou os braços dela e foi mais delicado. Beijando seu corpo, desça vez passou longe dos mamilos de Elena, pra não correr o riso dela voltar a rir, lembrando de bobagens. Puxou a calcinha dela devagar, se livrou de sua cueca, sentou-se na cama e puxou Elena a encaixando em seu membro devagar, Elena gemia baixo arranhando as costas de Damon enquanto ele beijava seu pescoço até a linha de seu maxilar, depositando mordidas no queixo dela. Damon desceu com as mãos das costas de Elena até a cintura dela, ditando os movimentos dela, acelerando o rebolado de sua mulher, que logo viraram cavalgadas. Damon tinha as mãos presas na cintura de Elena, ela segurava os ombros dele fincando as unhas dela com força lá e gemia descontrolada.

-Elena... Que gostoso amor... – ele gemeu rouco e em seguida começou a respirar de forma desconexa. Elena sentia seu corpo inteiro pulsar, uma corrente passou por seu corpo e antes dela amolecer ela sentiu Damon explodir dentro dela exausto.

Elena estava braçada a Damon, que respirava com dificuldade, ele ergueu a cabeça encontrando o olhar da esposa e se deitando em cima dela, depois virou-se e puxou Elena pro seu peito. Ele estava ofegante, assim como Elena. Acariciava os cabelos de Elena totalmente desalinhados, o rabo de cavalo que ela fez mais cedo havia sido desmontado, ele puxou o elástico que prendia os cabelos dela e os tirou de cima das costas suadas de Elena, começou a fazer carinho nas costas dela, Elena apenas respirava devagar, tentando se recompor e acariciava o peito de Damon.

-Assim é bem melhor. – ela falou depois de um tempo rompendo o silêncio. Damon sorriu satisfeito, fazendo seu peito vibrar embaixo do rosto de Elena.

-Eu também acho! – ele disse com olhos fechados, se rendendo ao cansaço, os dois adormeceram juntos.


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Notas finais do capítulo

E aí? kkkkkkkkkk
Beijos!