Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 47
Paciência...


Notas iniciais do capítulo

Capítulo de hoje...
Estou escrevendo o do casamento e os pré-casamento, eles estão me dando trabalho, escrevi este pra não deixar vocês na mão.
Espero que gostem!



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Acordei aborrecida, eu estava ficando mal acostumada em Paris e agora afagava meu travesseiro esperando encontrar Damon ao meu lado. Levantei da cama frustrada e fui direto pro meu celular, queria ouvir a voz dele.

-Alô – ouvi sua voz grave falar.

-Bom dia meu amor! – disse animada.

-Bom dia Elena!

-Nossa! Bom dia Elena?! – perguntei bufando, não gostei.

-É o seu nome não? – me perguntou com ironia, detestei ainda mais, mas não queria me aborrecer mais ainda.

-Dizem. – respondi secamente. – Já está no trabalho?

-Sim. Acordou bem?

Eu poderia dizer a ele que acordei com saudades, mas ele estava tão seco comigo, resolvi fazer o mesmo. Damon tinha esse jeito durão, eu não gostava nada e agora com a gravidez, estava cada vez mais afetada com isso. – Muito bem, obrigada!

-Sua consulta com a doutora Smith será as nove, certo?

-Sim. Eu vou tomar um banho, descer pro café. Passo na sua sala para irmos juntos?

-Não, você vai na frente, eu chego depois. Estou na ala de cirurgia com o Alaric. Pode ir direto pra sua consulta.

-Não vai estar comigo?

-Chegarei depois de você, mas estarei lá na hora.

-Tudo bem. – bufei vencida.

-Tenho que desligar. Até breve!

-Até. Te amo! – suspirei implorando um pouco mais de doçura.

-Te amo.

A chamada foi encerrada e eu respirei fundo, involuntariamente estava chorando. Damon não havia feito nada demais, mas eu estava mais sensível e a forma prática que ele falou comigo me deixou um tanto cabisbaixa. Fui tomar banho, em seguida desci pra tomar café. Caroline se ofereceu pra ir comigo, mas eu me recusei. Queria ir sozinha, dirigir e pensar um pouco nas coisas. Ao voltar pra casa ela me esperaria com muitas coisas a resolver sobre o casamento, eu queria pensar um pouco sobre toda esta virada que eu estava sofrendo em minha vida, me casaria com Damon em menos de dez dias, estava grávida dele. Minha vida tinha mudado tanto e ainda tinha a doença do Damon que volta e meia me assombrava. Eu fui todo o caminho pensando, refletindo, cheguei ao hospital extremamente calma, como Damon falou fui direto pra sala da Jenna, eram cinco pras nove da manhã quando estava diante da sala dela. Mandei uma mensagem pra Damon o avisando que já havia chegado, ele respondeu quase que instantaneamente, dizendo que estava a caminho. Fui chamada para entrar, suspirei, Damon não havia chegado ainda.

-Bom dia Elena!

-Bom dia Jenna!

-Como está essa mamãe e seu bebê? – me perguntou com doçura.

-Eu estou bem, tenho sentido muito sono ainda, mas pensei que já estaria livre dos enjoos. Ando comendo um pouco melhor, a comida tem ficado. – respondi sorrindo fraco.

-Hum... É relativo o caso dos enjoos, você está entrando no segundo trimestre Elena, vai sentir mais apetite e vai comer melhor, sua disposição vai aumentar cada vez mais, logo o sono vai embora também, seria bom começar com alguns exercícios leves. Você tem tomado os remédios pros enjoos que receitei?

-Sim. Eles dão contas às vezes, geralmente sinto logo ao acordar ou no final da tarde.

-Caso os enjoos insistam volte aqui pra eu mudar a medicação e também sua dieta, você precisa ganhar peso e o fato de enjoar pode te atrapalhar. – eu ouvia tudo atentamente, mas estava cabisbaixa, Damon não estava ali comigo, como prometeu. Jenna notou meu desanimo.

-Algum problema Elena? – me perguntou especulativa.

-Não, tudo bem. – respondi rindo fraco e o telefone dela tocou.

-Diga Loreta... Falou que estou no meio de uma consulta? ... Certo, então deixe entrar.

-Problemas? – perguntei confusa.

-Nenhum. – ela respondeu sorrindo e ouvi a porta atrás de mim abrir.

-Jenna! – era Damon, não me virei.

-Damon... Senta ai!

-Desculpa o atraso amor – ele falou me dando um beijo no rosto, eu quase me esquivei, estava irritada e óbvio ele percebeu e sabia o porquê. Ele sentou-se ao meu lado.

-Tudo bem. – respondi seca.

-E então Jenna... Tudo bem com meu bebê? – ele perguntou empolgado guardando uma caneta no bolso de seu jaleco.

-Nosso! – o corrigi irritada, odiava isso.

-Nosso! – ele repetiu me encarando e depois revirou os olhos voltando a encarar Jenna.

-Ah! Então você é o pai misterioso? – Jenna perguntou, eu bufei.

-Parece que sim. – eu o encarei cuspindo fogo. Ele soltou um riso debochado e torto. – Sou eu sim. – ele corrigiu. Jenna baixou a cabeça sorrindo. – E então tudo certo? Alguma recomendação?

-Ela já me falou tudo Damon. – interrompi irritada, antes que Jenna pudesse responder. Ele me olhou franzindo a testa, eu desviei o olhar dele.

-Eu ia levar a Elena para o novo ultrassom agora. – Jenna falou cortando o clima chato. – Vamos? – Damon acenou positivamente, assim como eu. Jenna levantou antes e foi pra outra parte da sala, arrumar tudo, eu teria que ir me despir, mas quando ela saiu da sala e eu me levantei atrás dela Damon segurou meu braço.

-Me desculpa. Eu estou aqui não? – ele falou com um olhar suplicante engolindo seco.

-Pelo menos isso. – falei me soltando de seu braço.

-Elena... – ele gemeu enquanto eu lhe dava as costas.

-Vou me vestir pro ultrassom, veja se não foge.  – cuspi deixando a sala.

Me vesti e Jenna me guiou até a maca, chamou Damon logo depois.

-Vamos ver o que conseguimos ver hoje. – disse Jenna e meus olhos foram para a tela. Assim como os de Damon, que se inclinou um pouco para olhar a tela.

Aquilo tudo sempre foi muito confuso pra mim, eu só percebia as coisas que Jenna me apontava e me explicava. Damon parecia perceber muito bem tudo, ele ficava apontando pra tela e sorria como bobo.

-Está tudo muito bem Damon. Ele esta medindo nove centímetros, bem dentro das perspectivas, o peso também está normal. Elena está tudo muito bem com o bebê de vocês. – eu sorri, eu comecei a chorar, eu escutava o coração de meu bebê emocionada. Damon segurou minha mão, eu não relutei, estava trêmula e minhas mãos suavam, o toque dele foi maravilhoso.

-É bem grande nosso filho. – Damon falou sorrindo bobo, eu estava um tanto nervosa, nem sei por que, ele estava tentando me acalmar. – Jenna dá pra ver o sexo? – ele perguntou com os olhos brilhando.

-Posso tentar, mas você sabe como funciona. Posição fetal, aparelho, minha visão... – Jenna falou docemente, sorrindo.

-Tente! – Damon falou sorrindo e olhando pra mim, eu assenti.

Ela ficou movendo o aparelho em minha barriga, mas não conseguiu ver nada. – Talvez na décima sexta semana, é mais seguro. – Jenna falou.

-É. – Damon falou meio frustrado, eu ainda estava meio trêmula. Ele me encarou.

-Tudo bem? – perguntou meio preocupado.

-Estou sim, só um tanto emotiva. – falei respirando fundo e com voz trêmula. Damon franziu a testa.

-Vou medir sua pressão. – ele falou incisivo.

-Não precisa Damon eu...

-Acho uma boa ideia Elena. – Jenna interrompeu convicta.

-Viu só, se não me escuta, escute sua médica. – Damon me repreendeu, ele mediu minha pressão e estava normal.

-Eu falei, foi apenas emoção. – falei levantando da maca.

Os dois assentiram e Damon voltou para a sala enquanto eu e Jenna finalizávamos tudo. Ao voltar pra sala encontrei ele falando no celular, ele desligou rapidamente.

-Bem Elena, está tudo certo. Vou apenas receitar algumas vitaminas, pois você ainda me parece um tanto pálida e como saiu a pouco de uma anemia...

-Entendo. – eu concordei.

-Ela está bem quanto a isso Jenna? – Damon perguntou cauteloso de pé a minhas costas.

-Sim Damon, é apenas uma precaução. – ele assentiu.

-Eu tenho que ir agora. Nos vemos amanhã? – Damon me perguntou, me fazendo virar para encará-lo.

-Tenho coisas a resolver com Caroline, não sei se posso almoçar com você amanhã. – falei num tom um tanto grosseiro, ele torceu a boca, Jenna fingia que não estava ali.

-Certo, me ligue quando acabar aqui com a Jenna, ou quando estiver em casa, ficarei preocupado. – eu assenti.

-Jenna. – ele falou cortês se despedindo da colega enquanto sorria.

-Até logo Damon! – Ela respondeu amigavelmente.

-Até breve amor. – ele falou vindo pra cima de mim e beijou minha testa. Eu não me movi, eu estava magoada ainda.

-Até! – foi só o que eu respondi.

Ele saiu e eu fiquei conversando um pouco mais com Jenna, ela havia notado o clima entre nós e conversou comigo, disse que seria difícil pra mim sentir a ausência do Damon, mas que eu teria que me acostumar, afinal era a profissão dele e ela sendo mãe sabia como todos a sua volta sentiam a falta dela, principalmente o filho, que era difícil pra ele também. Foi bom ouvir aquilo, eu entendia isso sim, mas eu estava tão vulnerável e Damon sabia ser tão frio quando queria, ou até mesmo sem querer me machucar era algo inevitável, embora não fosse intencional. Saí da sala ainda cabisbaixa, ao cruzar o corredor do consultório da doutora Smith, ergui a vista e me deparei com Damon, de braços cruzados.

-Não tinha que voltar pro trabalho? – perguntei arqueando a sobrancelha.

Ele desarmou os braços, respirou fundo, me encarando por baixo do olhar. – Me desculpa Elena! – ele pediu outra vez.

Eu suspirei arrumando minha bolsa no ombro. – Está tudo bem Damon, sei que o trabalho exige muito de você.

-Não só isso. – ele levantou as mãos vindo pra cima de mim, recuei um passo. Ele suspirou.

-Então o que? – perguntei cruzando os braços, impaciente.

-Quando você me ligou mais cedo eu tinha acabado de sair de uma emergência, eu estava nervoso, abandonei a sala de cirurgia, era um menino, muito jovem, eu meio que travei e Alaric pediu pra eu sair. Eu ainda tenho problemas de concentração, eu estava com a cabeça fora de lá. – ele explicava urgente, apressado. – Olha, eu sei que fui meio frio com você, mas...

-Tudo bem. – ergui a mão fazendo sinal para que ele parasse de falar. – Eu já entendi.

-Elena... – ele suplicava esfregando o rosto. – Desculpa, sério. – ouvi um bip vindo do seu bolso, Damon fechou os olhos em reprovação.

-Você tem que voltar. – falei acenando na direção do som, ele bufou.

-Por favor, meu amor, me desculpa!

-Nos falamos depois está bem? Quando estiver mais tranquilo e disponível. – Falei saindo da frente dele e voltando a andar.

-Elena... Mas que droga! – ele reclamou ao ouvir o bip outra vez, eu continuei a andar, sem olhar pra trás, já estava chorando outra vez, nem sabia direito o porquê. Droga de hormônios.

Cheguei ao meu carro e ao girar a chave meu celular vibrou, era o nome dele na tela, ignorei a ligação. Queria apenas chegar em casa, me enfiar no quarto o resto do dia, comendo bobagens e vendo filmes de romance.

Ao chegar em casa contei sobre a consulta pra minha mãe, que estava com a Car vendo coisas para o casamento. Elas tentaram me persuadir a ficar com elas, mas eu disse que queria descansar. Depois de um tempo Caroline veio até o meu quarto, trouxe um lanche e passou o resto do dia comigo lá, minha mãe também veio, elas me convenceram a descer pra jantar, mas depois eu voltei pro meu quarto e Carol comigo outra vez, escolhemos uns filmes para assistir, faríamos uma espécie de noite de pijama, Caroline queria me distrair e eu achei ótimo, estava precisando de atenção. Carente.

-Sei que não vai querer falar sobre, mas... – Car começou a falar no meio do filme. – Brigou com o Damon, não foi? – eu apenas assenti, sem olhar pra ela, que suspirou. – Foi sério? – neguei com a cabeça.

-Acho que sinto as coisas com mais intensidade agora. – suspirei aborrecida, Caroline me olhava docemente, ela soltou um sorriso e me abraçou.

-Minha grávida carente. – sorrimos juntas.

Continuamos a ver o filme e o relógio já marcava quase meia noite quando Caroline disse ouvir um barulho de carro.

-Você não ouviu? – ela me perguntou arqueando a sobrancelha. Decidimos ir até a janela e olhar, eu me surpreendi ao ver quem era.

-É o carro do Alaric. – falei confusa encarando Caroline, depois de pensar um pouco arregalei os olhos. – Será que aconteceu alguma coisa com o Damon? – Caroline arregalou seus olhos também, descemos quase que correndo e paralisei no meio das escadas ao olhar quem havia chegado.

-Olá! – disse Damon sem jeito. Meus pais já estavam dormindo e o mordomo abrira a porta para ele. Caroline me encarou risonha.

-Oi! – eu falei meio abobalhada.

-Eu vou... na cozinha beber água. – Falou Caroline taticamente, piscando discreta pra mim. Desci o resto das estacadas e o encontrei no meio do hall.

-Aconteceu alguma coisa? – perguntei a ele enquanto me encolhia ao fechar meu roupão, estava frio, ele não falou nada, apenas se aproximou de mim e me deu um abraço apertado, ele me prendia com força em seus braços, enquanto cheirava meus cabelos, aos poucos eu retribuí o abraço, na verdade ele estava me assustando. – O que foi Damon? – perguntei outra vez, fazendo ele me soltar e me encarar.

-Eu fiquei tão mal o resto do dia. Você não atendia minhas ligações, nem respondia minhas mensagens. Odeio brigar com você. Odeio. – ele falou agoniado levando a mão ao cabelo no final, ele segurou meus braços e me olhou firme. – Por favor, vamos parar com isso. – me pediu suplicante, olhos quase marejados.

-Eu falei que está tudo bem, eu estou apenas mais sensível e carente, posso ter exagerado e...

-Não amor, é culpa minha, eu meio que negligenciei com você, eu sei disso. Vem aqui! – ele falou me puxando pra sala e sentando-se comigo no sofá. Respirou fundo segurando minhas mãos e continuou. – Me desculpe pela frieza ao telefone e me desculpe por me atrasar na consulta. Eu esqueço como você está mais sensível agora e como coisas que antes eram simples se tornam o fim do mundo. Eu estava estressado no trabalho e respingou em você. Sinto muito. Como eu disse, não sou tão frio para um médico. – ele falou sorrindo sem graça no final.

-Tudo bem, meu amor. Eu estou meio descontrolada, nem sei explicar. Claro que te desculpo. – sorri sincera. – Me abraça? – pedi sem jeito e ele estendeu os braços.

-Que pergunta... Vem! – eu me aninhei em seu colo, ficamos assim por uns minutos eu apenas recebendo o carinho dele em minha cabeça e retribuindo no seu peito.

-Posso perguntar uma coisa? – rompi o silêncio.

-Claro. – ele disse sem hesitar.

-O que está fazendo com o carro do Ric? – senti ele abafar um riso.

-O meu deu defeito e eu pedi o dele, precisava te ver ainda hoje. Então quando encerrei o plantão vim correndo pra cá. Andie ficou feliz em dar uma carona a ele. – ele falou em tom sugestivo e me fez sorrir.

-Pensei que ia trabalhar durante toda a noite?!

-Bem eu ia mas... na verdade, precisava te ver, só que antes precisava passar em um lugar, pra pegar uma encomenda. – me fez o encarar confusa, ele soltou um sorriso torto e levou a mão até o bolso do casaco, eu me afastei um pouco mais e ele retirou de lá uma pequena caixa branca, era uma embalagem na verdade, um presente. Ele me deu. – Abre! – ordenou sorrindo.

Eu estava curiosa, era um embrulho simples, um pouco maior que um cd. Eu abri a caia o sorri largamente. Era um sapatinho de bebê.

-Que lindo amor. – falei boba, quase chorando.

-Eu pedi branco, porque não sabemos o sexo ainda. – ele explicou.

-É lindo. – falei retirando o par da embalagem, eram tão pequenos e macios.

-Eu queria ser o primeiro a presentear meu filho. – falou dando de ombros. Eu o encarei já deixando lágrimas escaparem de meus olhos.

-Eu adorei! – falei e ele soltou um riso fraco, eu lhe dei um selinho. – Obrigado! – fiz carinho em seu rosto.

-Disponha! – ele deu um sorriso lindo.

-Bem... – eu disse guardando o sapato de volta na caixa. – Você interrompeu uma festa do pijama sabia? – falei risonha e ele levantou as sobrancelhas.

-Sério? – perguntou descrente, eu assenti.

-Não seja por isso... – falou Caroline do nada, nos assustando.

-Carol! – eu a repreendi.

-Já estou indo dormir, se me dão licença...

Eu balancei a cabeça perplexa, Damon gargalhava e quando ela saiu pela sala subindo as escadas, voltei a encarar Damon.

- Essa Caroline não tem jeito mesmo ela... – ele me interrompeu com um beijo inesperado, quando se separou de meus lábios eu estava sem ar.

-Caso não tenha dito ainda... – ele falou segurando meu rosto. – Eu te amo.

Eu sorri largamente. – Precisava apenas disto. – ele sorriu e eu voltei a o beijar, Damon me pegou pelo colo, me erguendo do sofá.

-Seus pais ficariam muito bravos se amanhã me encontrassem na mesa do café da manhã sem prévio aviso? – ele perguntou enquanto me guiava para as escadas.

-Acho provável, mas quem liga? – falei provocativa, sussurrando em seu ouvido.

-Elena... – ele me repreendeu baixinho.

-Que foi? Você liga? – perguntei com malícia. Ele negou com a cabeça. – Então?!

-Então vamos pro seu quarto por que estou morrendo de saudades de você. – ele falou me dando um beijo.

Subimos as escadas devagar. Ao entrarmos no meu quarto, Damon se livrou do casaco, depois da camisa, tirou os sapatos, o cinto e se jogou na cama, eu já estava o esperando apenas de camisola. Ele me beijou novamente, depois saiu distribuindo beijos por todo o meu corpo, massageou minhas pernas, apertou minha cintura, Damon era terno na cama, paciente, experiente, ele não precisava fazer muito para me deixar totalmente enlouquecida por ele, eu sempre sentia que tinha que me empenhar mais e a cada dia que passava eu estava mais ansiosa por seu corpo, estava ficando cada vez mais pervertida, eu sorria ao pensar assim, mas era verdade. Aquele homem me deixava louca. Eu queria causar o mesmo a ele. Depois de inverter as posições, eu estava em cima dele e comecei a tirar sua calça de vagar, depois suas meias, subi em seu corpo, ele estava tão quente e suado, o cheiro dele era maravilhoso. Distribuí beijos por seu peito, enquanto beijava seu pescoço o notava revirar os olhos, eu o ouvia gemer baixinho enquanto se entregava a minhas carícias.

-Adoro quando faz isso. – falei ao seu pé do ouvido.

-O que? – ele perguntou ainda de olhos fechados e voz alterada pelas sensações.

-Geme por mim. – ele soltou um riso breve, enquanto voltava a gemer.

-Você mexe muito comigo, não me controlo perto de você. – ele falava devagar, entre gemidos.

-Isso deve te incomodar muito, você sempre me pareceu gostar de ter tudo sob controle. – Falei levando minha mão até sua intimidade e o ouvi soltar um grunhido de puro prazer.

-Com você é impossível se controlar Elena, embora eu tente. – falou respirando pesado.

-Então não tente mais. – provoquei mordendo seu lábio. – Se entregue por inteiro, pois é o que eu quero. – Falei voltando a o beijar com urgência, Damon tinha as mãos presas a minha cintura, depois tocou toda a extensão de minhas costas e coxas com elas, enquanto eu massageava sua intimidade, ele estava totalmente excitado.

Desgrudei nossos lábios, desci beijando seu corpo, ao passo que puxava sua cueca, até enfim livrá-lo dela. Ele afundou a cabeça nos travesseiros ao sentir minha boca no meio de suas pernas, eu beijava sua virilha até que o abocanhei por completo, usando minha língua e movimentos leves. Eu ouvia apenas a respiração alterada de Damon, se intensificando cada vez mais, ele levantava a cabeça e a afundava outra vez nos travesseiros, seus gemidos aumentaram, no seu rosto havia uma expressão de agonia, ele estava sentindo o clímax se aproximando e rebolava embaixo de minha face.

-Elena... Aahh ... – ele tentava falar alguma coisa que fizesse sentido, eu estava adorando ver o tamanho do tesão que ele sentia. Ele ergueu a cabeça outra vez, respiração ainda mais acelerada, levou um de seus braços até a base da cama acima de sua cabeça e eu o senti explodir em minha boca.

Levantei a cabeça, o encarei devagar, ele estava totalmente mole, jogado aos travesseiros. Subi beijando seu corpo, seu suor deixava tudo mais prazeroso.

-Deveria ser crime... você... fazer isto comigo.... depois de um dia... difícil no trabalho. Eu posso não resistir e... morrer de exaustão. – eu sorri com seu esforço pra falar, me deitando sobre ele. – Você ainda está vestida, que desvantagem. Como ficou assim? – me perguntou erguendo a cabeça, procurando me encarar e sorriu, eu sorri com ele.

-Culpa sua. – falei provocante e o beijei delicadamente. – Mas você sempre pode me pagar a altura. – sugeri com malícia, ele me encarou com ardor no olhar.

-É o que tenho em mente.

E quando eu penso que estava diante de um homem rendido ao êxtase, Damon se  levanta abruptamente e me leva com ele, me sentando na cama e arrancando minha camisola, sem me dar tempo pra pensar me deita na direção oposta da cama e cai em cima de mim já retirando minha calcinha, suas mãos e movimentos eram tão urgentes, eu estava totalmente atônita e sem ar.

-Nossa! – foi só o que consegui falar, sua boca me invadiu, sua cabeça estava no meio de minhas pernas, me fazendo delirar, ele não demorou muito lá, pois eu não demorei muito para quase atingir meu clímax e quando ele percebeu isso retirou sua boca de minha intimidade e me penetrou, eu achei que iria enlouquecer, ele fazia movimentos lentos que me deixavam ainda mais maluca, eu rebolava tentado acelerar, mas ele segurou meus braços acima de meu ombro e começou a beijar meu pescoço, eu fui perdendo as forças, ele ditava o ritmo, eu sequer conseguia respirar direito, aos poucos ele foi aumentando as investidas, desceu suas mãos pelo caminho de meu braço até minha cintura enquanto beijava meus lábios com voracidade, seguiu com a boca até meus seios, eu não gemia, eu praticamente gritava de tanto prazer. Ele voltou a diminuir o ritmo e eu não aguentava mais.

-Damon... – resmunguei suplicante.

-Que foi? – ele falou entre beijos em minha barriga.

-Estou tão perto... – ele me olhou e aumentou um pouco mais as investidas, levei minhas mãos até seu ombro, enquanto me contorcia em baixo dele, Damon jogou a cabeça para trás e quando voltou a me encarar eu vi em sua face que ele também estava chegando ao ápice, ele aumentou as estocadas e alcançamos juntos o prazer máximo. Damon se jogou ao meu lado na cama, respirou por alguns segundos, depois sentou e me puxou para o outro lado da cama. O lado certo. Aninhei-me em seus braços, ele puxou o lençol e nos cobriu. Beijou o topo de minha cabeça enquanto acariciava meus cabelos.

-Eu sempre  vou te amar. – ele falou com uma voz extremamente rouca e doce.

-Eu também. – falei quase em sussurro.

Ficamos assim até nossas respirações normalizarem e acabei adormecendo com as carícias que ele fez em minhas costas. Era tudo que eu precisava depois de um dia inteiro de insegurança e carência. De uma maneira inexplicável, Damon sempre supria as minhas necessidades.


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Notas finais do capítulo

Beijos! Até o próximo...