Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 44
Acordando


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente obrigada a TheVampireBitch pela recomendação *-*
Obrigada a todas as minhas novas leitoras - e leitores - por seus comentários inspiradores.
Este capítulo parecesse um pouco por fora de tudo, mas eu espero que vocês se prendam em uma coisa que há nele e que será muito importante mais adiante...
Espero que gostem, boa leitura!
p.s.: Leiam as notas finais :D



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Damon e Elena voltaram para o hotel naquela noite mais apaixonados que nunca, mais felizes que nunca. Pela primeira vez puderam perceber os sentimentos um do outro plenamente. A volta foi silenciosa, não restava muito a dizer, em todo o trajeto só trocavam carícias, Elena com a cabeça no ombro de Damon, a paz entre eles era visceral e envolvente, para os dois só bastava estarem juntos, tudo ficava perfeito e completo assim. Chegaram ao hotel, subiram pro quarto, tomaram um banho lento e prazeroso na banheira juntos e depois foram dormir.

...

-Damon?! Damon, meu amor, acorde! Vai se atrasar! – eu ouvia a voz doce dela me chamar, mas eu estava atrasado? Para o que? – Damon, levante!

-Mais uns minutos Elena.

-Abra os olhos! – ela insistiu e eu tinha que me render.

-Tudo bem... – bufei irritado, abrindo os olhos lentamente enquanto virava para ela, eu estava de bruços. Ao limpar totalmente a vista percebi meu equívoco.

-Bom dia amor! – Katherine falou sorrindo para mim docemente. – Você vai se atrasar. – ela disse enquanto acariciava sua enorme barriga de grávida.

Eu arregalei meus olhos e olhei pros lados desesperado.

-Onde está Elena? – Katherine fez uma cara confusa, mas seu semblante era natural e leve.

-Não sei. – ela falou se levantando da cama com dificuldade – Levante, eu estou te esperando pro café. Amo-te! – então ela se foi, saindo de minhas vistas, deixando o quarto que eu só agora notei não ser o do hotel, era o meu antigo quarto, de minha antiga casa em Paris.

-Katherine! – eu gritei seu nome para que ela voltasse. – Katherine!

...

O relógio marcava três da manhã -Amor acorda! – eu pedi para Damon, ele estava suado e gritava o nome dela. – Damon? – ele não acordava e eu levei minhas mãos até seu braço, para sacudi-lo, mal toquei em sua pele e ele se sobressaltou gritando.

-Não! – eu me assustei, ele encarava o nada, totalmente ofegante e atordoado, depois de uns segundos ele começou a olhar pros lados, parecia não saber onde estava.

-Damon?! – eu falei quase num sussurro enquanto tocava de leve seu ombro, ele deu outro pulo com meu toque e me encarou assustado. – Tudo bem? – perguntei cautelosa. Ele encarou minha mão em seu ombro e me olhou logo depois com a testa franzida, pareceu ficar mais aliviado depois disso.

-Está. – ele finalmente falou.

-Você estava gritando. – eu disse enquanto esfregava seu ombro.

-Desculpe se te assustei, acho que tive um pesadelo. – ele falou encarando o nada novamente.

-Quer falar sobre?

-Não. – ele disse convicto levantando sua postura.

-Você gritava o nome da Katherine. – ele me encarou tenso, engoliu seco e se recostou na cama, estendendo os braços em minha direção.

-Vem aqui! – ele me pediu e eu me envolvi em seu abraço protetor. –Me desculpa mesmo meu amor, foi um sonho sem sentido. – ele me falou tentando normalizar sua respiração eu acariciava seu peito.

-Tudo bem, eu só me assustei porque você não costuma falar enquanto dorme, gritar muito menos.

-Eu sei. – ele suspirou.

-Lembra-se de alguma coisa?

-Nada concreto.

-Bem, agora que você me acordou tenho más notícias... – falei num tom sério e ele me encarou confuso, eu sorri. – Nosso bebê está com fome. – ele gargalhou me dando um beijo na testa, me abraçando mais fortemente.

-Bem isso é um problema, não creio que atendam no serviço de quarto a esta hora.

-Terá que dar seu jeito papai. – eu falei com malícia.

-Tem alguma coisa na cozinha daqui do quarto? – ele me perguntou sério.

-Hum... Pode ser, mas...

-Mas?! – ele me perguntou me encarando, seus olhos dentro dos meus.

-Meio que se trata de um desejo sabe? – ele arqueou uma sobrancelha.

-Hum... Isso muda tudo de fato. Bem, vai ser o primeiro desejo que terei o prazer de lhe satisfazer nesta gravidez, então sugiro que capriche. – ele falou divertido e desafiador, me sentei ao seu lado empolgada.

-Já que está tão disposto... – ele assentiu e fez um gesto com as mãos me encorajando para que eu falasse.

-Eu estou morrendo de vontade de comer jaca. – Damon franziu a testa.

-Comer o que? – ele estava visivelmente confuso.

-Jaca. Nunca ouviu falar? – Damon fez um não com a cabeça, entortando a boca.

-É uma fruta. Eu provei uma vez, faz uns anos, em uma viagem que fiz com seu irmão até a América do sul, na época eu nem gostei tanto dela, mas agora acho que consigo até sentir o cheiro dela e o sabor, e só de pensar... Ai! Me enche a boca d’água. – Damon me olhava perplexo, ele levou as mãos ao rosto esfregando com força, bagunçou até seu cabelo no processo.

-Pelo amor de Deus Elena! Eu falei caprichar, não inventar. Será que nem pra isso você deixa de ser complicada de satisfazer? – ele falou num tom de desespero, eu arqueei a sobrancelha fingindo irritação pelo o que ele quis insinuar, estava me divertindo com sua expressão de aflição.

-O que quer dizer com isso? – eu perguntei com puro cinismo embutido. Ele bufou.

-Onde eu vou encontrar isso, em plena madruga em Paris? Vocês dois não tem pena de mim não? – ele falou com uma expressão divertidíssima.

-Amor, o que posso fazer? É desejo Damon, se eu compreendesse ou pudesse escolher, certamente pediria croissant.  – ele passou a mão no rosto outra vez, e me olhou pidão.

-Tem certeza? – tinha olhos suplicantes.

-Tenho. Eu sinto muito. – eu falei tentando controlar um riso, eu estava quase explodindo. – Ele bufou e levantou irritado. – Obrigado papai! – eu falei e ele virou para me encarar franzindo o cenho, caí na gargalhada.

-Isso, ria do meu desespero. – ele falou e jogou um travesseiro em mim, eu estava cega com as lágrimas por conta do riso. Ele foi em direção ao closet do quarto e voltou de lá com seu notebook, sentou calmamente, envolto em seu roupão azul escuro.

-O que está fazendo? – perguntei a ele curiosa e tentando voltar de minha crise de riso.

-Estou tentando saber exatamente o que você quer e ver se é possível encontrar essa fruta aqui nesta cidade a esta hora. – ele falou sem tirar os olhos da tela. Fiquei na cama observando ele, estava focado, depois de mais ou menos uns dez minutos diante do computador sendo interrompido pela minha impaciência, Damon se virou pra mim e me perguntou:

-Precisa ser fresca? – ele fez uma cara de : “Por favor diga que não.” Eu entendi e sorri.

-Sendo jaca é o que importa. – falei risonha e ele suspirou aliviado.

-Bem eu encontrei um revendedor não muito distante daqui, ele fornece pra uns restaurantes, achei os dados dele aqui num site, mas estão em calda, tipo um doce ou algo assim. Problema? – ele perguntou sério.

-Acho que não, doce me soa até melhor. – fiz cara de prazer e ele sorriu.

-Ok, me dê algum tempo, talvez demore, eu vou tentar acordar o cara e explicar tudo no caminho até lá, vou demorar a voltar amor, mas estarei aqui o mais rápido que puder com sua... – ele parecia se esforçar pra lembrar o nome.

-Jaca. – eu completei.

-Isso! – ele fechou o notebook e foi pro closet, saiu de lá algum tempo depois, já vestido pra sair, foi até o banheiro e mais alguns segundos depois se despediu com um beijo e se foi. Eu estava ansiosa e também me alto repreendia.

-Você hein... – falei acariciando minha barriga – Que trabalho que você deu pro pobre do seu pai. – ria divertida.

Damon demorou tanto que acabei adormecendo, quando abri meus olhos, senti as mãos dele em minha coxa e sua voz aveludada me incentivava a me levantar, senti um cheiro familiar penetrar meu nariz e logo abri os olhos, já estava bem claro no quarto, tinha amanhecido. Damon tinha um vidro preso a sua mão enquanto o balançava embaixo de meu nariz.

-Prontinho mamãe, sua jaca. – ele falou quando eu finalmente o encarei risonha.

-Demorou. – eu falei enquanto me ajeitava na cama, ele fez bico.

-Não seja reclamona! Deu muito trabalho. – ele franziu a testa.

-Own, me desculpe! – eu falei sorrindo e acariciando seu rosto.

-Quer que eu te sirva? – ele me perguntou levantando o pote diante de mim.

-Não, apenas me traga uma colher. – ele me olhou perplexo.

-Vai comer direto? – eu assenti. -Amor não, você sofre de pressão baixa, isso é doce eu não... – pus meu dedo indicador em seus lábios.

-Só dessa vez, não faz mal. – falei fazendo bico, ele revirou os olhos.

-Certo, mas não exagera! Estarei de olho em você. – ele falou se levantando me dando o pote e indo pra cozinha. – Já volto!

Pouco tempo depois ele voltou com a colher e eu comecei a devorar o doce, os favos da jaca naquela cauda deliciosa, meu Deus, maravilhoso! Damon me encarava assustado, vez ou outra ele pedia pra eu ir com mais calma as eu estava numa espécie de frenesi. Depois de um tempo me observando deitado ao meu lado na cama Damon acabou adormecendo. Eu parei de comer, mas o conteúdo no pote estava menos da metade, porém eu estava enfim satisfeita, me levantei devagar e fui até a cozinha, guardei o restante na geladeira, lavei as mãos, depois fui tomar um banho. Ao voltar para o quarto ouvi meu telefone tocar, cheguei mais perto e vi que era na verdade o de Damon, com o mesmo toque que o meu, eu encarei o nome na tela e gelei instantaneamente: Rose. Resolvi atender.

-Alô!

-Damon?! – sua insuportável e melodiosa voz chamou.

-Não acredito que Damon tenha essa voz, mas enfim. Já percebeu que não é ele. O que quer?

-Elena. – falou firme desta vez. – Posso falar com Damon, por favor, afinal, para isto liguei pro número dele. É importante. – sem noção petulante, bufar foi inevitável.

-Ele está dormindo, posso avisar que você ligou e ele retorna. – ela ficou em silêncio e a ouvi bufar do outro lado da linha depois de um tempo.

-É melhor eu ligar mais tarde. Mesmo assim obrigada!

-Disponha. – e então ela desligou. Eu realmente não tragava esta mulher.

...

Elena ficou mais um tempo no quarto com Damon, ele estava demorando a  acordar e já eram quase oito da manhã. Ela estava ficando com fome, mas não queria acordá-lo pra tomarem café, estava com pena dele depois de seu desejo vespertino. Resolveu descer pra tomar café sozinha, mas logo lembrou-se de Jeremy e resolveu pedir que lhe fizesse companhia, ligou para o amigo que logo assentiu, deixou um bilhete para Damon e logo depois desceu para encontrar Jeremy.

...

Eu acordei e não vi mais Elena ao meu lado, tive a impressão de ter cochilado, mas olhei pro relógio ao meu lado no criado mudo e dei um salto, quase nove da manhã.

-Elena?! – eu não obtive resposta. Notei um bilhete ao meu lado.

“Senti pena de você papai, depois de sua aventura. Senti fome outra vez e resolvi descer e tomar café com o Jer. Não se irrite, apenas não gosto de comer sozinha.”

            Essa era boa, que me acordasse então. Levantei emburrado, tomei um banho bem rápido e desci, a encontrei sorridente com Fell. Sempre estavam assim juntos, aparentemente ele a fazia muito bem.

            -Bom dia! – falei surpreendendo os dois, que me encararam deixando o clima cômico um pouco de lado. Eu estava fuzilando o senhor amigo presente.

            -Bom dia, amor. – falou Elena com doçura recuperando o riso e se levantando pra me dar um beijo. Sentei-me em seguida ficando entre ela e Fell que estavam frente a frente na mesa.

            - O que eu perdi? – eles se encaram, eu revezava olhares entre os dois.

-Um café da manhã bem nutritivo. – Elena respondeu segurando minha mão. Eu me soltei de seu toque, nem sei bem o porquê fiz isso, mas foi visível que ela não gostou.

-Planos para hoje Fell? – perguntei me virando para o outro.

-Bem, os melhores. – ele disse sorrindo para Elena, que lhe retribuiu com um riso fraco. – É o dia da exposição de nosso amigo hoje e estamos bem animados. – ele encarava Elena sorrindo, eu a encarei bastante irritado.

-Estamos?! – perguntei olhando para Elena, que nutria um riso forçado.

-Oh! Deixe-me lhe dar os parabéns pelo noivado Damon, já parabenizei Elena. – Fell me falou tentando cortar o clima, ele sabia ser esperto quando queria.

-Obrigado! – respondi secamente, o encarando por meio segundo eu acho e voltando a encarar Elena meio impaciente, eu batia os pés no chão bem nervoso.

-Bem, te vejo mais tarde Elena. – ele falou se levantando, eu respirei fundo se dependesse de mim não a veria mais tão cedo.

-Até mais tarde Jer. –Elena respondeu sorridente e eu bufei perplexo.

-Damon... – ele falou dando as costas.

-Jeremy. – cuspi antes de vê-lo deixar minha noiva e eu a sós. Elena me encarava séria e sua feição era de repreensão.

-Pedi para não se irritar Damon. – ela falou firme.

-Eu não suporto ele. Se não se lembra ele já te roubou um beijo. – falei irritado, mas em tom de sussurro, me inclinei um pouco em sua direção. – Se bem que se eu pensar bem, ele não te forçou a nada, você até que cedeu. – Voltei a me apoiar na cadeira. Ela me fuzilou com o olhar.

-Sua amiga te ligou hoje cedo, quer falar com você – ela falava encarando a xícara com chá em sua frente e tomou um gole leve em seguida. –Disse que te ligava depois.

-Rose?! – perguntei franzindo a testa e ela assentiu silenciosa.

-A exposição será às vinte e duas horas, sairemos às vinte uma. – ela falou encarando um ponto qualquer do restaurante.

-Eu não vou. – falei firme e ela me encarou irritada.

-Não começa Damon, é importante pra mim.

-Pode ir com o Jer, acho que este era o plano inicial.  – falei sibilando pura ironia - Ficarei aqui pra resolver tudo pra nossa viagem amanhã e adiantar umas coisas de meu trabalho. Saí corrido de lá logo no primeiro dia de retorno, Alaric está sendo muito condescendente comigo, não posso abusar. Tenho coisas pra tratar com Stefan também, sobre um negócio que vamos assumir juntos.

-Pode deixar tudo pra volta e curtir comigo nossa ultima noite em Paris.

-Não, pode ir com o Jer. – eu frisava a ironia e ela bufou.

-Tudo bem Damon, eu vou deixar o endereço e um de nossos convites com você. Vou subir pro quarto, estou cansada. Avise-me quando estiver a fim de conversar. – se levantou visivelmente irritada e saiu pisando fundo. Levei minhas mãos a cabeça

-Droga! – saí correndo atrás dela e a alcancei no pé das escadas. – Ei! – falei segurando seu braço.

-O que foi? – ela me encarou firme.

-Sou um idiota às vezes. Desculpa! – falei sincero, ela suspirou.

-Jeremy é meu amigo amor, eu sei que não foi fácil você ver o que houve entre nós naquela noite, mas é você que eu amo.

-Eu sei, só... Eu não gosto dele. – tentei explicar.

 – Assim como eu não gosto da Rose. – ela falou voltando a subir as escadas e me dando as costas, mais uma vez eu fui atrás.

-Você também não gostava da Andie e hoje se entendem muito bem, eu pude notar isto. – estávamos lado a lado indo em direção ao elevador.

-É diferente! – ela me olhou dando de ombros.

-Por que? - perguntei desafiador.

-Porque eu estava errada sobre Andie, mas sobre ela... Tenho certeza de que tem algo que eu não sei sobre ela, ela não me inspira confiança. – Nossa isso deveria ser o sexto sentido feminino, imagine se ela descobre sobre o que houve entre mim e Rose?!

-Conheço ela a muitos anos, temos muita ligação. – falei para ela entrando no elevador, ela me seguiu.

-Assim como eu e Jer. – ela falou impaciente. – Não quer mesmo vir conosco esta noite?

-Não. Eu vou ficar, organizar tudo, vou ligar pro Stefan e pra Rose, vou pedir que minha mãe prepare um jantar para amanhã a noite e convide seus pais. Vamos anunciar a eles o nosso noivado e tenho que contar pros meus pais que serão avós. – falei risonho, ela sorriu largamente.

-Certo. Tudo bem então, eu irei com Jer. Voltaremos os três para Londres, espero que não implique com isso. – dei de ombros.

-Você veio com ele, eu estou de penetra nisso - falei fazendo bico e ela me deu um soco no ombro.

-Bobo. – ela disse sorrindo. – Já temos passagens confirmadas pra volta, talvez você tenha que ir em outro voo. – a encarei relutante.

-Cancele então e marcamos um novo onde podemos ir juntos. – ela sorriu.

-É brincadeira. – disse divertida – Aproveite que vai ficar para resolver isto e compre as dele também.

-Sim senhorita, mais alguma coisa? – perguntei irônico.

-Não, obrigado!

-Vamos demorar a nos ajustar... – pensei alto e ela me encarou confusa.

-Se ajustar a que?

-A nos dividir com os demais, trabalho, família, amigos. Acho até que vou sentir ciúmes do nosso bebê. – Elena me encarou perplexa e sorriu.

-É tudo uma questão de costume.

Chegamos ao nosso andar e o elevador abriu, notei uma mulher em frente a saída e a encarando bem dei um salto.

-Katherine! – falei assustado, ela sumiu em seguida, como fumaça.

-O que foi? – me perguntou Elena confusa.

-Nada. – falei sacudindo a cabeça e a encarando. – Vamos? - Ela assentiu.

-Posso de estar ouvindo coisas, mas tenho a impressão de ter te ouvido chamar Katherine. – Elena falou parando diante da porta de nosso quarto enquanto eu a abria.

-Impressão sua amor. – falei tentando disfarçar, seria muito complicado explicar, eu mesmo achava que estava pirando. Duas noites em Paris após anos, duas noites sonhando com Katherine. Nem depois de sua morte eu sonhei, mesmo tendo rezado inúmeras vezes pra que isto acontecesse e agora... Eu não entendia o porquê, eu lembrava de tudo o que acontecia nos sonhos, eles me assustavam e agora eu a vi. Loucura Damon!

...

Damon ignorou seus pensamentos, ele e Elena tiveram uma dia agradável juntos, quando a noite chegou Jeremy tocou a campainha.

-Olá Fell – atendeu Damon desanimado – Entre! Ela já está vindo. – Jeremy obedeceu, sentou-se na sala e encarou Damon confuso, ele estava de roupão, bem a vontade.

-Não vem conosco? – perguntou com cautela.

-Tenho coisas pra resolver, pra volta de amanhã. Elena me disse que traria os documentos.- Damon lembrou a Jeremy a ligação que Elena lhe fez mais cedo.

-Sim, estão aqui. – Fell entregou um envelope pra Damon. – E obrigada pelo favor.

-Que é isso. – Damon deu de ombros.

Elena surgiu na sala deixando os dois homens boquiabertos. Ela usava um vestido longo, preto com estampas com alguns detalhes em ouro velho, muito glamouroso. Era tomara que caia o que deixava seu colo quase todo a mostra não fosse o belo colar em ouro puro que cobria essa parte de sua pele elegantemente bem, brincos, maquiagem e salto discretos.

-Nossa! – Jeremy soltou involuntariamente, se levantando. Elena sorriu sem jeito enquanto o encarava e a Damon também.

-Não deveria fazer isto meu amor. – Falou Damon num tom sério fazendo Elena e Jeremy o encararem.

-Fazer o que? – perguntou Elena confusa.

-É uma exposição de arte. Não deveria reivindicar para si toda a atenção dos presentes, seu amigo pode se magoar. Afinal quem notaria mais alguma coisa assim que você cruzasse o salão? – Damon falou soltando um riso torto e fazendo Elena corar, se aproximou dela e beijou sua mão. – Está linda! – falou em um sussurro. E virou- se para Jeremy que ainda parecia anestesiado pela entrada de Elena na sala. – Fell, cuide de minha noiva, traga ela sã e salva.

-Pode deixar. – Elena foi até a direção de Jeremy entrelaçando seu braço no dele.

-Bem, me liguem quando chegarem, quando estiverem voltando e se acontecer algo me liguem a qualquer hora. – Falou Damon num tom meio desesperado.

-Tudo bem meu amor, voltaremos brevemente. – respondeu Elena sorrindo.

-Fell... – Insistiu Damon com um olhar firme.

-Pode deixar. – Jeremy piscou.

-Boa noite meu amor. – disse Elena.

-Boa noite! Se cuidem! – O casal já estava chegando na porta quando Elena voltou se soltando dos braços de Jeremy e dando um beijo longo em Damon, embora tivesse sido apenas um encostar de lábios, ela entrelaçou as mãos no pescoço do rapaz e sussurrou no ouvido dele.

-Deixei o endereço no criado mudo, caso mude de ideia. - Ela voltou a encararar Damon, lhe deu mais um selinho o fazendo sorrir e então se foi.

...

Eu adoraria acompanhar Elena esta noite, mas eu não estava me sentindo bem, na verdade, desde que acordei daquele pesadelo não me senti bem, um aperto no peito me pegou o dia inteiro e mesmo relaxando – ou tentando relaxar – com Elena, eu estava me sentindo pior, mais fraco. Minha cabeça doía, meu corpo doía. Era melhor ficar quieto, não confiava em mim como estava para sair a algum lugar. Fui tentar resolver coisas do meu trabalho e de minha sociedade com Stefan, liguei para Rose, fiz tudo o que me submeti mentalmente, quando o cansaço me venceu eu apaguei.


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Notas finais do capítulo

No próximo tem oficialização de noivado e um momento muito fofo. A dica destruidora é: não é com Delena, mas é fofo *-*
Beijos!