Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 16
Clínico x Homem


Notas iniciais do capítulo

Olá leiroras, leitores... Descupem a DEMORA n,aõ foi MALDADE eu apenas tive que dar um tempo por conta da Univaersidade, mas entrei de férias então... Espero que vocês gostem da continuação, vem muitas surpresas por aí, algumas coisas boas e outras nem tanto... Boa leitura!
p.s.: Agradecendo a Camila Aparecida de Jesus pelos comentários, eu me diverti muito lendo e que sejam bem-vindos os novos leitores :D beijos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/232162/chapter/16

(Andie)

Eu observava Damon enquanto estávamos a caminho do hospital. Eu pude entender enfim todo o sentimento que ele tentava me descrever em nossas conversas. Ele amava muito aquela mulher. Um amor puro, forte. Um amor que lhe tirava do chão. Eu tinha certeza de que ele faria de tudo para salvá-la, ele tem o potencial necessário. Eu só não sabia se ele estava ciente disto.

-Ela vai ficar bem Damon. Você sabe!

-Ela precisa ficar bem, e vai ficar. Eu sei que vocês farão o
possível.

Ele falava sem tirar os olhos de Elena e eu o encarei confusa.
Como assim vocês? Eu perguntaria, mas havíamos enfim chegado ao hospital.

Elena foi encaminhada a sala pré-operatória, ela havia rompido o
baço e uma cirurgia imediata seria necessária. Damon estava explicando a
situação a família, aos pais de Elena e aos seus, além de Stefan e alguns
amigos íntimos. Eu encontrei com Alaric, fazia parte de sua equipe, e nós
realizaríamos a cirurgia. Porém uma coisa estava me deixando confusa, Damon não parecia que iria participar.

-Alaric, porque Damon não está se preparando para entrar
conosco? – Ele me encarou sério e disse:

-Andie, você viu a atitude amadora que o Damon tomou no local do
acidente. Não é a primeira vez que me deparei com isto, entenda eu o conheço a anos e acredite ele não deve estar nesta cirurgia.

Eu não conseguia entender, Damon era brilhante, tinha um ótimo
desempenho dentro da equipe, era o braço direito de Ric, com seu raciocínio rápido e instinto impecável havia salvado a vida de muita gente, em um tempo recorde. Eu admito que retirar a Elena daquela forma foi muito amador, até pior, mas foi algo impulsivo, ele logo voltou a si, não a movendo tanto.

-Alaric não exagere, foi coisa de momento. Sabemos o que ela
representa pra ele.

-Mesmo assim Andie. Eu já disse, conheço o Damon, ele
simplesmente perde o controle quando algo envolve alguém a quem ele é muito ligado, ele não consegue. Não vou colocar ele na equipe e nem acredito que ele queira.

Era verdade o que Ric dizia, isto explicava o “vocês farão o
possível”.

-Alaric você sabe do que estou falando, ter o Damon na equipe é
fundamental, vocês trabalham bem juntos e...

-Andie... – Ele me interrompeu. – eu sei do que Damon é capaz
como também do que não é. Acredite ele ficará melhor fora daquela sala. Agora vamos, cada minuto que perdemos é essencial para Elena.

-Me deixa falar com ele! – Eu pedi.

-Andie não temos tempo...

-Por favor, Alaric, me deixa falar com Damon.

Ric me encarou impaciente, mas dai logo desviou o olhar se
rendendo.

-Eu sei o que você quer fazer, acredite eu já tentei muito. Vou
deixar você falar com ele. Tem cinco minutos. – Ele me disse e eu sorri em
agradecimento, ele seguiu para o centro cirúrgico.

(Damon)

Eu estava ao lado de Stefan, minha mãe estava com Miranda, meu
pai havia levado Grayson para pegar um café e Rebekah e Caroline, não sei como, estavam sentadas no mesmo sofá civilizadamente. Do nada Andie surgiu na sala de espera. O que diabos ela fazia aqui? Era para estar no centro cirúrgico com o Ric.

-Andie?! O que faz aqui? – Eu perguntei e de repente todos pareceram notar ela lá.

-Algum problema doutora? Como está minha Elena? – Perguntou Miranda estranhando tanto quanto eu a presença precoce dela ali.

-Tudo bem senhora Gilbert, apenas vim falar com Damon, estamos encaminhando sua filha para a cirurgia, ficará tudo bem.

Ela falou sorrindo e meio que tranquilizando Miranda, depois acenou pra mim me fazendo sinal para que lhe seguisse. Eu segui.

- O que está fazendo? – Ela me perguntou quando nos afastamos o suficiente e me fuzilando com seu olhar.

-O que quer dizer?

-Você sabe Damon, porque não vai participar da cirurgia?

Eu hesitei, não era como se eu pudesse explicar. Ela exigiu com o olhar.

-Andie, é complicado demais, basta saber que não conseguiria fazer muito e é melhor se afastar do que atrapalhar.

-Damon isso é ridículo, você é um profissional. Um clínico brilhante, jovem e intuitivo. Quem melhor pra ajudar e...

-Eu não consigo! – eu gritei e ela se assustou com a ação. – Só de imaginar que é a Elena lá, que a vida dela depende de mim, eu não focaria, não faria nada, eu já perdi a Katherine, não vou correr o risco de por a vida da Elena em jogo agindo por impulso ou travando num momento crucial.

-Você se culpa pela morte da Katherine por que não estava lá para ajudá- -la, porque sabia que ela estaria viva se fosse o contrário, porque você sabia o que fazer e ninguém faz melhor que você. Agora a Elena está lá, na sala de cirurgia, sua vida depende dos melhores profissionais deste hospital, você é um deles Damon e está aqui, você pode ajudá-la sabe como, vai se negar? Você queria ter tido a chance de salvar sua esposa, o destino agora lhe dá a chance de salvar a mulher da sua vida e você fica ai? Com medo de errar?

As palavras dela me arrancaram lágrimas descontroladas, eu não falei nada e ela continuou:

-Ótimo, fique aí então, mas você sabe que eu tenho razão, as chances da Elena aumentam com você dentro daquela sala. Deixe o homem aqui fora Damon – ela se aproximou segurando meu ombro e me encarando - leve apenas o clínico brilhante que eu conheço. Ajude-nos a salvar a vida da Elena, ela precisa de você lá, lutando por ela. Não fuja não a abandone.

Andie ficou esperando por uma resposta que não vinha, eu não parava de chorar. Que droga Damon reaja!

-Tenho que ir – ela se rendeu me soltando - o tempo é crucial, mas você sabe disto. Eu fiz o que achei certo.

Ela me encarou mais uns segundos, depois baixou a cabeça e se foi. Andie tinha razão, eu sempre tive dificuldades de lidar com a emoção no meu trabalho, mas tudo piorou depois da morte de Katherine, eu devia estar lá, eu a perdi, perdi minha filha, eu me culpava tanto, mas eu quis estar lá, eu sabia como salvá-la, não pude e desde então entendi que talvez fosse melhor não tentar com mais ninguém. Foi então que eu me aproximei cada vez mais de Elena, ela me inspirava tanto a voltar, eu queria também, medicina era minha paixão. E agora era Elena que
precisava de mim, mas acima de tudo eu precisava dela e não queria perdê-la, não iria perdê-la.

(Autora)

Andie enfim chegou ao centro cirúrgico onde Alaric a esperava, eles se encararam sem nada dizer, seus olhares falavam, um diálogo entre o “eu te disse” e o “eu tentei”.

A cirurgia era basicamente simples, Elena havia rompido o baço devido a forte pancada que recebera no abdômen no acidente, isso acarretou num tipo de hemorragia interna, a capsula externa do baço estava retendo o sangramento impedindo que a hemorragia atingisse um nível mais fatal, mas era questão de tempo para que a resistência da capsula cedesse, era uma corrida contra o tempo, Elena não podia entrar em estado de choque e tinha que resistir ao máximo e a tempo da equipe retirar o baço antes que tudo piorasse, pois ela corria um sério risco de sofrer uma parada cardíaca.

Estavam todos prontos para iniciar o procedimento, Andie, Alaric e mais um enfermeiro e um anestesista. De repente uma quinta figura surge na sala, era Damon. Sem nada falar, ele apenas assumiu o seu lugar na equipe.

-Vamos começar! – falou Alaric encarando Damon que depois encarou Andie e esta lhe dirigiu um aceno de aprovação com a cabeça.

Estava tudo correndo muito bem, Damon e Andie a todo instante davam o suporte que Alaric necessitava, vez ou outra Damon olhava para Elena, dividindo sua atenção entre ela, seus sinais vitais apresentados no monitor da sala e o fluxo de sangue da morena. Estava tudo indo perfeitamente bem, a retirada estava quase completada por Alaric quando de repente houve uma modificação no ritmo cardíaco de Elena, Damon encarou o monitor assustado e então travou. Alaric parou o que estava fazendo, ela havia sofrido uma parada.

-Damon! – Andie gritou, ele parecia não estar ali, apenas encarava o monitor, paralisado. – Damon!!!

Ele a encarou enfim. –Acorda! – Ela gritou outra vez.

-Ok Andie – Ele falou enfim, olhando para Elena e então balançando a cabeça como quem se concentra e logo continuou. – É uma parada por FV (*fibrilação vascular), preciso do desfibrilador, carga 120.

Andie foi até o desfibrilador, o outro enfermeiro ligou a carga e ela deu o choque direto no peito de Elena. Todos encaravam o monitor, mas nenhuma mudança ocorreu, após alguns segundos Damon fez compressões no peito de Elena. –Vamos lá Elena, não ceda agora, fique comigo! – Ele disse realizando em seguida uma ventilação nela.

-De novo Andie, aumente para 150! – Damon falou.

Um novo choque, novas compressões, ventilação, e nada. Andie balançava a cabeça em sinal negativo, ela não estava reagindo. Alaric ainda só olhava, ele não podia fazer nada a não ser que ela voltasse para ele poder continuar. Estavam sendo os quatro minutos mais longos possíveis.

-Vamos lá linda, vamos lá! Não vou perder você.

Damon falava esperando uma resposta dos aparelhos, mas nada.

- Certo Andie, prepare 1mg de adrenalina.

-O que? Não Damon, eu não acho...

-Faça isso! – ele insistiu, ela encarou Alaric que assentiu. Então ela preparou e injetou a dose.

Mais alguns segundos, Damon realizava mais uma série de compressões.

-Que droga, bombei! Vamos lá, bata! –Damon ordenava ao coração de Elena. –Fique comigo Elena, por favor, volte pra mim!

Foi então que uma pequena alteração surgiu, e logo aumentou, quase se normalizando, mas o quase não importa, ela tinha voltado, estava viva.

Alaric voltou ao foco, não demorando mais que poucos segundos para finalizar a retirada, o pior havia passado e Elena estava bem. Eles conseguiram.

(Damon)

Meu coração parecia uma bomba prestes a se romper, o som mais assustador de toda a minha vida invadiu minha mente e quase o fez parar. Eu não podia crer naquela parada, eu não queria crer, eu viajei por um momento, mas eu voltei e fiz o que eu tinha que fazer, pus o clínico contra o homem e o clínico ganhou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Logo logo posto o outro... Beijos!