Clan of Vampires - Dagger escrita por weednst


Capítulo 5
4 Garoto, vamos ser honetos?




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Então, Lucas e eu fomos surpreendidos pela conspícua presença de Anabela, no topo das escadas, com os cabelos totalmente desgrenhados — Vestida apenas com um baby doll rosa claro e transparente, na companhia de uma calcinha micro.  Minha vergonha de outrem estava em alta. Mirei Lucas com um olhar de inteira desaprovação e funguei.

Os olhos azuis de Lucas imploravam com uma intensidade feroz para que sua amada voltasse para o cômodo de onde tinha saído — Mas Anabela era audaciosa o bastante para descer e me cumprimentar em tais vestimentas. Uma petulante.

— Lucas meu amor, acabei cochilando — disse descendo a escada descalça.

— Roc, como vai? Desculpe estar vestida desta forma, é que Lucas não me deixou escolha.

Eu queria sumir dali. Honestamente três era demais. Demais.

— Realmente vir aqui foi um erro. — Eu corei.

— Não foi isso que Anabela quis dizer. — Lucas se virou para encará-la. Ele parou e olhou para ela com seus olhos azuis profundos, uma represália, eu acho. — Você se importa de nos deixar a sós, Anabela?

— Não, amor. Mas não demora. Eu estou muito excitada. — Chão abra agora. Vamos, me engula e me cuspa longe daqui.

Ele aquiesceu com a cabeça, não menos constrangido que eu, provavelmente aquela foi uma forma de dar pé a ela, antes que ela dissesse mais asneiras sexuais. Anabela ia começar a caminhar, mas não sem antes me contar a novidade — Uma tatuagem.

— Roc, Lucas te contou a prova de amor que eu dei a ele? — Eu franzi o cenho.

— Ah, acho que não.

— Bobinho, não se preocupe, não é segredo meu bebê. — Ela disse isso para Lucas, que deu um risinho encabulado.

Ela exibiu o pulso para mim — E uma enorme letra azul saltava em seu pulso, acompanhada por um tribal que a envolvia. A letra “L” de Lucas. Santo Deus, como ela foi fazer uma merda daquela no corpo? Lucas também tinha uma? Eu duvidava.

— É uma tatuagem de rena. NE? — Eu e meu inexplicável otimismo.

— Não NE, é uma tatuagem imutável como minha paixão pelo Luquinhas. — disse totalmente feliz. Uma boba alegre.

— E você Lucas, também fez a sua tatuagem? — disse cruzando os braços.

— Ele não fez — Respondeu ela, mas ela não parecia decepcionada, nem nada parecido — Na verdade Lucas ficou surpreso com a minha tatuagem, disse que foi uma atitude radical. Mas o amor é radical, NE? Estou completamente gamada nesse menino.

— Parabéns, ficou ótimo — Mentira. Aquilo era uma total falta de bom senso.

— Ele é o homem da minha vida, Roc — Segregou ela a mim. Eu sorri torto.

Ela caminhou em direção as escadas, mas antes de subir olhou para Lucas de forma extremamente apaixonada, como para ter certeza que ele ainda estava no mesmo lugar — Pobre menina. Se ela soubesse metade das coisas que eu sabia sobre ele, ela ainda o amaria com a mesma energia? Ela ainda aprovaria seu lado funeral e insolente? Provavelmente sua veemência e seus hormônios ainda assim, fariam com ela pulasse de cabeça nesse mar azul tenebroso. Ela era louca e gostava de se iludir — Combinação perigosa e letal.

Quando finalmente ficamos a sós, eu caminhei apressadamente em direção ao garoto lívido e agarrei-o pelos ombros, sacudi e disse.

— O que você fez com ela? Seu biruta, ela marcou o corpo com sua inicial, você sabe a bagunça que está fazendo na mente e no coração dela?

Eu me afastei. E comecei a andar de um lado para o outro. Preocupada. Espantada e totalmente inquieta.

— Lucas você está agindo como um doido.

— Eu? Hã, eu não pedi para ela fazer aquilo. — Se defendeu.

Não percebi quando Lucas agarrou meus ombros e suas mãos desceram até minha cintura. Ele deixou nossos corpos próximos.

— Roc, — Meu nome parecia derreter na boca dele.

Por um instante, quase pareceu que estava voando — Aquele azul me enfrentando, aqueles lábios descorados próximos aos meus, ansiando pelo toque. Aquele ar de respiração. Imediatamente lembrei-me dos olhos castanhos e apertados — do sorriso de sol aberto — do som daquele coração bem maior que o meu. Recordei aquele cara que conhecia meus sentimentos. Sentimentos que eu não tinha conseguido mudar. Pequenas gotas transparentes desceram pelo meu rosto -— Apenas por um momento, eu quis que aquilo fosse real, mas não com ele, não com Lucas. Não ali, não naquele turbilhão de mentiras e sobras. Então o momento passou e agitou-se ferozmente dentro de mim. E éramos somente eu e Lucas. Eu o empurrei. Ele me soltou.

— Lucas, nunca mais faça isso. Você tem uma namorada, ou seja, lá o que ela for para você. Talvez ela não signifique nada, talvez você esteja confuso na melhor das hipóteses — Minha voz agora era carregada de desgosto. Eu realmente estava decepcionada com ele, como nunca estive antes.

 — Só nunca mais faça isso, ta bom?

 Os olhos dele se voltaram para mim, trêmulos.

— Me desculpe.

 Eu saí de lá perturbada. Deixei-o para trás. Bati a porta com força.

Era muita decepção, depois de todas aquelas coisas que ele escutou de Anabela há poucos instantes, ele tentou me tocar, me beijar? Fala sério, meninos eram tão difíceis de confiar. Como é que você entra em uma casa para resolver um problema e acaba saindo com dois? Só eu mesma, para ter essa incrível e inútil capacidade.  

***


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Notas finais do capítulo

*-*



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