Clan of Vampires - Dagger escrita por weednst


Capítulo 3
2 Fuga




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Pouco depois das sete horas, entrei dentro da casa e, depois de trancar tudo, na ponta dos pés subi as escadas. Eu estava, perturbada, no meio do meu quarto por um momento, sem saber se ele viria me ver, se teríamos mais um momento “fraterno”. Abri a minha gaveta do meio, onde eu também guardava minhas calcinhas, leggings e alguma camisola, e procurei meu canivete, o avistei no meio das roupas, prateado e brilhante.

Troquei minha roupa e estendi um bocejo, voltei-me para a cama. Eu estava no meio do caminho, quando meus pés chegaram a um impasse. Uma folha de papel descansava no meu travesseiro. Aquilo não estava lá quando eu saí.

“ Roc,

Deixo-te um poema de minha própria autoria. Você me inspira, faça desse alento uma canção de ninar. Volto logo.

Eu estive vagando na noite escura, perdido

No isolamento da minha natureza morta,

Por trás dos inabitados túmulos, do cemitério

Mas agora eu quero refugiar-me no teu caminho!

E tudo que eu sinto é esse aspirar cruel por ti

Não se afaste do meu coração decomposto

Corte-me e arranque minhas vísceras

O aço me faz querer gritar seu nome”

Eu queria vomitar. Minha cabeça girava totalmente enojada, enjoada e tonta. Amassei o papel, jogando-o na parede por causa do asco e frustração. Caminhei até á janela, e verifiquei a trava para me certificar de que era seguro. Mas não era, você não pode impedir um vampiro que já foi convidado de adentrar nos seus aposentos. Ele disse “Volto logo”. Eu não conseguiria descansar, eu não conseguiria ter paz.


Eu saltei da cama. Peguei uma camiseta que estava jogada no chão e vesti rapidamente, minhas mãos tremiam. Joguei um casaco sobre meus ombros, decidida a sair dali o mais rápido possível. Antes que o “Volto logo” se cumprisse.

Abri a porta sem fazer muito barulho. Fiz uma pausa na porta do meu quarto, como se para chegar, se ele já não tinha adivinhado meus planos. O corredor de fora estava tranqüilo. A porta do quarto de mamãe não estava muito fechada, mas nenhuma luz derramava para fora. Estava-se ouvindo o suficiente, eu poderia apenas ouvir o suave ronronar do seu ronco. Além do mais, mamãe ficaria muito mais segura se eu estivesse longe, bem longe.

Eu desci silenciosamente as escadas, peguei uma lanterna e a chave do carro do meu pai, além do controle do portão da garagem, e saí.

***


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Notas finais do capítulo

Comenta vaie *-*



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