Enquanto caminho, terríveis fantasmas me sobressaltam, querendo me fazer acreditar que meu espírito está distante, porque o passado nunca está longe o bastante. Porém, existem também outras forças, que regem o bem, e foi nessas forças que procurei me fixar.

Meu reflexo foi refletido naquela estranha tela preta, eu juro que por um instante não reconheci, aqueles olhos intensos e vácuos, aquela feição não era minha, aquilo não era mais íntimo. Mas eu ainda não poderia desistir e me entregar a minha doce escuridão. Não ainda.

Sentada sozinha na sala, escutando o silêncio aceso. A noite persiste em ser fria, glacial e estranhamente mais negra que das outras vezes. As cortinas brancas voejam e mesmo com a atmosfera cortante lá fora, ela continua sedutora a mim.

Meu olhar continuava inquieto e impenetrável. Perdido em algum lugar, talvez nos labirintos da minha mente, eu não saberia dizer exatamente onde. Eu estava em buscas de respostas.

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