Doce Amargo escrita por WaalPomps


Capítulo 9
Cap. 8 – Família


Notas iniciais do capítulo

PASSEI EM TEORIA DA COMUNICAÇÃO POHA!!! FECHEI INTRODUÇÃO AO JORNALISMO, JORNALISMO INFORMATIVA ♥ Agora é só sambar e escrever muuuito nas férias!!!
Capítulo agora só na sexta, fechou?



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O décimo dia do ano amanhecia nublado e sair de casa estava fora de questão pela nevasca. Ian estava no telefone há horas e Beth estava começando a se irritar.

_ Dá pra você desligar essa merda? - gritou ela. Ele a olhou espantado, mas se despediu rapidamente e desligou o aparelho, erguendo as mãos em sinal de rendição - Obrigado. - e saiu do cômodo.

_ Qual é Elizabeth, você me manda desligar o telefone por nada? - esbravejou o noivo, indo atrás dela - Eu tenho negócios a tratar.

_ Você sempre têm Ian, e esse é o problema! - berrou a menina - Faz três semanas que a gente não transa, você esqueceu nosso aniversário de namoro, que por acaso foi ontem, e no Natal você me deu um brinco de diamantes. VOCÊ SABE QUE EU TENHO ALERGIA NA ORELHA E NÃO POSSO USAR BRINCOS!

_ Eu já pedi desculpas! - disse ele cansado - Eu estava atrás do vídeo game para o Peter e nem me lembrei e...

_ Esse é outro ponto. - interrompeu ela - Eu adoro os Puckerman, verdadeiramente, mas eles não são nossa família Ian. Nós dois somos. Mas se você não mudar, não mais seremos.

_ Você está me dando um ultimato? - perguntou ele, espantado.

_ Se é como você enxerga... - sussurrou ela, segurando as lágrimas - Eu te amo Ian, te amo mesmo, sempre amei, mas eu preciso pensar em mim também. Nós estamos noivos há quatro anos, e namorando há nove. Você foi o primeiro que eu amei, beijei, dormi... E eu sempre torci para ser o único. Mas se você continuar a colocar os negócios à frente, terei que me abrir para quebrar esse desejo.

~*~

_ Está vendo isso Ian? É sangue... Mamãe disse que isso quer dizer que eu virei mocinha. - sussurrou a menina loira, encolhida no pufe do canto do quarto. O rapaz olhava a pequena mancha na cama da prima, abismado.

_ Quer dizer que você pode engravidar! - observou ele e a menina se chocou.

_ Que horror Ian, para isso eu precisaria... Ai meu Deus, nem me permito pensar nisso! - arrepiou-se ela fazendo o sinal da cruz.

_ Eu não tive a intenção... Digo, eu não queria... - tentou se corrigir o menino, corando bravamente. Por fim desistiu, sentando-se ao lado de Beth. Ele a olhou e sorriu.

Os cabelos loiros caiam em ondas pelas costas e ela usava um pijama de corações. A mãe sempre queria que ela usasse algo com estrelas, mas ela não as suportava. Também havia rejeitado aprender piano, preferindo guitarra e violão, para o desespero de Shelly.

Ali estava ela, sua prima e melhor amiga. Agora não mais uma criança de 13 anos, mas sim uma mocinha, uma mulher. Sua mulher. Ele se aproximou tremendo e pegou uma mecha de seu cabelo, colocando atrás da orelha, sentindo-a arrepiar.

Ele já havia beijado outras garotas, a maioria delas no trepa-trepa dos fundos do colégio, mas jamais havia se sentido assim. Talvez porque não fosse apaixonado por nenhuma delas desde os oito anos de idade.

Ele aproximou-se dela e sentiu-a endurecer. Sorriu. Sabia que ela nunca havia beijado outro. Acariciou sua bochecha e então beijou-a.

~*~

O ano dos Puckerman não podia estar em melhor começo. Apesar dos enjôos constantes de Quinn, tudo o mais nela parecia saudável e as crianças pareciam estar aceitando bem a chegada de um novo membro na casa.

_ Mamãe, se for menino, ele pode se chamar Link? - perguntou Peter enquanto jogava vídeo game. Isabelle estava lendo na poltrona e os pais estavam abraçadinhos no sofá, envoltos por um cobertor.

_ Link? Como o projetinho de Peter Pan do Zelda? - perguntou Puck rindo - Você gostaria de ter sido batizado assim?

_ Não... - admitiu o menino - Mas eu vou ser o irmão mais velho, tenho o direito de escolher. Foi a Belle que escolheu meu nome.

_ Por causa do filme Peter Pan. - disse Belle - Achei que você ia ser que nem o Peter: sumir no parque e ir para a Terra do Nunca. Mas não deu muito certo.

_ Chega os dois. - sentenciou a mãe e Peter parou de mandar a língua à irmã - Pete, querido, que tal desligar esse jogo e assistirmos um filme, os quatro juntos aqui no cobertor? Eu faço pipoca e chocolate quente.

_ EU ESCOLHO O FILME! - gritaram as crianças em uníssono, enquanto a mãe ia para a cozinha.

~*~

_ Russel mamãe? - resmungou Quinn, acariciando a grande barriga - Porque eu daria o nome daquele lixo ao meu filho?

_ Porque ele é seu pai Lucy. - frisou ríspida a mãe.

_ E daí? Não vamos batizá-lo de Nicholas só porque é o nome do pai do Puck, nem batizamos Belle de Ruth ou Judy por causa das avós. - respondeu a loira mais nova revirando os olhos.

_ Mas meu bem, é o costume da família, que o primeiro neto homem tenha o nome do avô. - tentou novamente a mãe e Quinn riu.

_ Tenho dó mamãe. Frannie tem dois meninos e Jason e Zachary não são nem de longe parecidos com Russel.

_ Você sabe que sua irmã não conversa mais com seu pai. - respondeu a mãe e novamente Quinn riu, dessa vez sinicamente.

_ E realmente, eu converso muito com ele desde que ele me expulsou de casa por estar grávida. Ou quando ele foi me ver no hospital depois do acidente e riu, dizendo que era castigo divino. Pra não mencionar meu casamento, ou quando a Beth morreu... - esbravejou a menina, se levantando da mesa da cozinha da sogra e indo para a sala.

Estavam em Lima para a comemoração dos 14 anos da 1ª competição regional do New Directions. Haveria um jantar na casa de Will e Emma, e mesmo as vésperas de dar a luz, Quinn fez questão que comparecessem. Ajudaria a esquecer a tristeza do 14º ano de Beth.

Ali na sala, Noah e a irmã sentavam-se abraçados no chão, enquanto Belle, no auge de seus quatro anos, dançava balé, como a madrinha Rachel havia lhe ensinado. A loira sorriu, sentando-se no sofá e colocando a mão sobre o ombro da cunhada, que sorriu e apertou sua mãe. A sogra estava ajoelhada em frente a neta, fotografando tudo alegremente.

_ Amor, vamos, senão chegaremos atrasados. E Tina me mata se demorar mais um pouco para ver Belle. - disse Quinn após um tempo e o marido concordou, levantando-se e apanhando a menina de surpresa, que gargalhou enquanto o pai lhe dava pequenas ’mordidinhas’ na barriguinha.

Despediram-se das mães e de Sara e entraram na mini-van que usavam para os passeios de fim de semana. A modesta casa dos Schuester era do outro lado da pequena cidade, então não tardou a estarem lá.

_ Quinn do céu, como está grande! - gritou Sugar, apanhando Belle de Tina, que dançava com a pequena nos braços - Tanto a Belle quanto o garotão ai.

_ O garotão aqui pode nascer a qualquer momento. Mas pergunta se a senhora aqui quis ficar quietinha em NY? - disse Puck, abraçando a esposa e acariciando a barriga - A resposta é claaaaaaaaaaaaaaaaaro... Que não!

Todos riram e continuaram a conversar. Já havia se passado três dias da data do aniversário, mas deixaram para comemorar no sábado. Todos se esforçavam para manter o papo para cima, pois Puck já havia avisado que a menor menção de Beth era o bastante para Quinn ruir em lagrimas.

_ Peter Pan? - perguntou Sam rindo - Sério Kurt? Você vai estrelar Peter Pan? Nem sabia que era um musical.

_ E não é... Mas o brilhantíssimo J.A. Kupet adaptou e transformou! - disse o rapaz abraçado

ao marido.

_ A principal musica será “Fly With Me” dos Jonas Brothers. J.A era fã da banda e fez a adaptação com base na musica.

_ Na verdade, J.A. Kuait é Joseph Adams Jonas, o Joe da banda, com um pseudônimo. - disse Quinn e todos a olharam espantados - O que? Fiz essa matéria semana passada.

_ Canta a musica tio Kurt? - pediram Belle e Caroline e o homem concordou. Como negar algo para suas garotinhas?

E ali, enquanto ele cantava, Belle sentou-se na perna do pai, que abraçava a esposa.

_ Que tal Peter? - disse a menina, acariciando a barriga da mãe e os pais sorriram.

_ Eu acho perfeito. - sentenciou Puck, beijando carinhosamente a cabeça da filha e a boca da esposa.

_ Eu também. Porque eu não queria ir novamente para a maternidade sem um nome. - e quando Puck a olhou espantado ela soltou - A bolsa estourou. Nosso pequeno voador vem ai.

~*~

Beth estava sentada com as pernas cruzadas. Ela lia fixamente o livro em suas mãos, mas não realmente prestava atenção nas palavras. Fazia quase três horas que o noivo havia saído após a briga e ela não sabia quando ele ia voltar, se é que voltaria.

Mas ele voltou. Silencioso e cabisbaixo. Largou as chaves e se aproximou, abaixando-se em frente a ela. Eles se olharam, ambos com lágrimas nos olhos.

_ 26 de setembro. - disse ele, segurando a mão dela - Eu acabei de marcar na catedral central. Nós dois vamos nos casar em 26 de setembro e eu te ajudarei em cada uma das decisões.

_ Para mim é perfeito. - sussurrou ela - Mas antes, precisamos esclarecer algumas coisas.

_ O que? - perguntou ele, surpreso.

_ Meu passado. Você precisa descobrir as mentiras que há nele.


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Notas finais do capítulo

Eae? Que tal? Até sexta ;@