Speechless escrita por Paulinha Almeida


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a mais uma leitora linda que considera Speechless digna de uma recomendação maravilhosa. Milenabreu, muito obrigada!
Eis o tão esperado reencontro ;D
Notas finais



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POV Gina

Enfim, depois de uma semana angustiante, estressante e muito lenta sexta feira chegou, e conseqüentemente Harry também chegaria. Seu vôo de volta estava previsto para chegar às dez da noite, então eu iria para a faculdade e depois nos veríamos, ou talvez só amanhã caso ele chegasse cansado.

Acordei no meu horário de sempre, tomei um banho caprichado para acordar e me vesti mais simples hoje, uma camisa social vermelha que fechava com zíper na frente (o qual eu deixava bem fechado enquanto estava na empresa), calça jeans escura e salto alto preto. Cheguei ao trabalho no horário de sempre, almocei no escritório mesmo e fiz as mesmas coisas de todos os dias. Com a diferença que a hora não passava.

Duas e trinta e dois da tarde meu celular tocou, era Harry. Atendi pensando que ele estava em horário de almoço e tinha tido um tempo para me ligar antes do embarque que aconteceria dali a pelo menos cinco horas, de modo que a real noticia me deixou um pouco sem reação. Mesmo assim em momento nenhum pensei em recusar seu convite.

Desliguei meu computador e passei as pressas pelos corredores em direção aos elevadores. Ninguém fez nenhuma pergunta ou qualquer comentário (pelo menos na minha frente). Era estranho como tudo hoje estava demorando e eu pareci ficar eternidades dentro daquele cubículo de aço. Desembarquei no térreo e praticamente corri até a rua de trás do prédio. Eu sabia que Harry voltaria hoje então achei melhor vir com o carro, mas preferi não deixá-lo aqui.

Nem eu sei por que dessa decisão, só me veio na cabeça quando estava saindo de casa. Agora agradeci muito à Deus por ela. Tentei dirigir calmamente, sem pressa, sem correr, sem fazer nenhuma cagada e sem bater o carro justo no ultimo dia do empréstimo. Depois de enfrentar todos os faróis por que passei fechados, quase quarenta minutos depois cheguei à casa dele.

Como eu estava com seu carro pude entrar na garagem e deixá-lo ali. Antes de descer virei o retrovisor para mim, arrumei os cabelos, vi que a maquiagem estava Ok e abri descaradamente o zíper da blusa para que o decote ficasse provocante. Ele não gostava deles? Pois bem, que os apreciasse. Desci e andei em direção aos elevadores. Estranhamente eu não estava nervosa, só um pouco ansiosa.

Desembarquei no seu andar e toquei a campainha. A porta foi aberta um segundo e meio depois disso e um Harry lindo, forte, gostoso e apenas de calça de moletom, com os cabelos molhados e exalando um cheiro delicioso de homem-gostoso-recém-tomado-banho me atendeu. Assim que meus olhos terminaram a inspeção por seu corpo e voltaram ao seu rosto notei que ele estava fazendo o mesmo comigo, para evitar que qualquer possível constrangimento surgisse eu puxei assunto.

—Aqui está. - Estendi a chave do carro para ele. - Exatamente da maneira como deixou.

Ele sorriu levemente e estendeu a mão para a minha, mas ao invés de pegar a chave ele agarrou meu pulso, me puxou fortemente para dentro da sua casa e me beijou de um jeito quente enquanto fechava a porta com uma mão, me abraçava com a outra, me prensava na parede com seu corpo e depois atirava a chave do seu carro em um lugar qualquer. Sem nunca tirar sua boca da minha.

Dez segundos depois de ter sido arrastada para dentro de sua casa minha bolsa já estava largada ali do meu lado, minhas mãos desarrumando seu cabelo molhado e as dele passeando de qualquer maneira pelo meu bumbum, meus quadris e minhas coxas. Eu já sentia sua ereção pressionando minha barriga e a quase inundação em minha calcinha. Com certeza seria hoje.

—Você quer que eu pare? - Perguntou isso um tempo depois, com a testa encostada na minha, seus olhos verdes cravados nos meus e após ter passeado sua mão pelo cós da minha calça e parado antes de abrir o botão.

—Eu te mato. - Foi o que me vi respondendo.

—Ótimo. - Finalizou nossa conversa com um sorriso lindo.

Ele olhou meu decote, que do seu angulo de visão provavelmente estaria avantajado, e eu não consegui ver exatamente, mas senti muito bem o zíper da minha blusa sendo aberto em velocidade recorde. Suas mãos voaram para minha cintura e eu me senti sendo levantada do chão e grudada de novo na parede alguns centímetros acima. Seu corpo prensou o meu novamente enquanto eu passava minhas pernas ao redor de sua cintura.

Agora meus seios estavam só um pouco abaixo da sua boca e ele os olhava de um jeito excitante até para mim. Eu estava bem segura por seu corpo, que só não estava mais grudado no meu por falta de espaço, e olhei enquanto ele subia as mãos da minha cintura para eles, acariciando-os da forma mais gostosa que eu já senti. Não era carinhosa, longe disso, ele usou a força certa para me dar um tesão enorme sem nenhuma dor, só foi decidido, experiente, adulto. E eu gemi alto.

Não foi planejado, mas curiosamente hoje eu estava usando um sutiã preto que abria na frente. E contradizendo todas minhas expectativas, a primeira coisa que ele fez não foi abri-lo, e sim acariciar e beijar onde a peça não me cobria. Enquanto beijava minha boca, meu pescoço ou meus seios suas mãos estavam passeando pelas partes baixas do meu corpo, ainda por cima da calça jeans.

Depois de alguns minutos encostada naquela parede a posição começou a tornar-se desconfortável e eu me mexi delicadamente para descer, o que fez nossos sexos se esfregarem fortemente, ambos gememos dessa vez. Ele entendeu minha atitude e antes de me arrastar para seu quarto terminou de tirar minha camisa e a jogou no chão. No caminho ele me virou de costas para ele, me fazendo andar em sua frente enquanto suas mãos me apertavam e acariciavam em todo canto.

Ele fechou a porta com o pé ao passarmos e me empurrou para sua cama grande. Eu me sentei na beirada do colchão e ele veio por cima de mim, me arrastando para que nos deitássemos no meio dele. Eu por baixo, ele em cima de mim explorando meu corpo como quisesse. Meu sapato havia ficado em alguma parte do caminho e nesse momento os botões e o zíper da minha calça estavam sendo habilmente abertos por aquelas mãos grandes e que sabiam o que estavam fazendo.

Aproveitei quando ele se ajoelhou para me despir, me sentei já com as mãos no elástico da sua calça de moletom e a puxei para baixo. Ele estava usando uma cueca boxer branca que evidenciava muito bem sua masculinidade, e assim que ela ficou visível e o acariciei por cima da peça enquanto olhava seus olhos rolarem. Ele terminou de tirar a própria calça e inverteu nossas posições, fazendo com que eu ficasse por cima de seu corpo. Aproveitei para me esfregar mais ainda nele e beijar muito seu pescoço e seu peito.

Entre ficarmos apenas de roupa íntima e totalmente nus se passaram poucos minutos, mas muito bons. Depois de já ter tirado meu sutiã e se sentido uma criança de dois anos faminta, me vi de novo deitada em seu colchão e com seu peso sobre mim. Ele esticou uma mão e puxou algo de uma gaveta, depois eu reparei que era um preservativo, o deixou do lado e voltou a me beijar como se nem houvesse interrompido o ato. Quando levou as mãos à minha calcinha para tirá-la ele se dirigiu a mim de novo.

—Você quer fazer amor? - Perguntou com os olhos ainda mais verdes do que eu conhecia, e com um brilho de malícia que eu adorei ver.

—Não. - Nem precisei pensar antes de responder.

Ele sorriu apenas, mas eu entendi que essa também não era sua intenção. Minutos depois já estávamos totalmente despidos, suados, nos movendo em sincronia, gemendo cada vez mais alto (mas sem escândalos desnecessários), em meio a alguns puxões de cabelo por parte dele (e que devo admitir eram uma delicia), mudando de posição sempre que possível para prolongarmos o ato e chegando ao ápice não juntos, mas com a mesma intensidade para ambos.

Ele havia me perguntado se eu queria fazer amor, de fato não queria. Não agora, quando eu estava (e acredito que ele também) sem fazermos isso há um tempo considerável, não hoje que queríamos matar a saudade e que o ritmo estava tão rápido. Nós tínhamos feito sexo. Dado e recebido prazer, ouvido gemidos, algumas palavras impróprias de ambas as partes, algumas mordidas mais fortes, uns puxões de cabelo que eu descobri gostar muito. Só sexo, o que não significa que não houve sentimento.

Quando gozamos eu estava sentada em seu colo, suas mãos cravadas nas minhas nádegas e eu apoiei minha testa em seu ombro até que minha respiração se normalizasse, ele fez o mesmo no meu. Eu só havia transado com uma pessoa até hoje, e a pontada de vergonha que eu sentia quando tinha que olhá-lo depois que terminávamos era muito parecida com a que eu estava sentindo agora. Aos poucos ele foi ficando mais relaxado, mais calmo, e suas mãos subiram da minha bunda para um abraço apertado, que me derreteu toda.

—Estava com saudade, amor. - Falou isso e me deu um beijo na bochecha.

Seria muito broxante dizer nessa situação uma frase como "oooooowwwn, você me chamou de amor!", mas o tratamento não me passou despercebido e eu abri um sorriso que por pouco não racha meu crânio. Ainda assim, preferi ficar com o rosto seguramente escondido dele.

—Eu também, meu lindo. - Achei que seria repetitivo chamá-lo da mesma coisa, mesmo eu já quase tendo deixar a palavra escapar várias vezes.

Ele acariciou minhas costas mais alguns segundos depois me levantou delicadamente, se desencaixou de dentro de mim, tirou a camisinha da maneira adequada e a colocou em cima de um lenço sobre seu criado mudo. Nessa movimentação toda foi impossível me manter escondida e eu estava sentindo minha bochechas um pouco quentes. Quando ele se virou de novo para mim (que ainda estava sentada em seu colo, nua, com as pernas abertas, um tanto ofegante e com as bochechas vermelhas), sorriu carinhosamente e me disse:

—Não acredito que está com vergonha agora. Parecia muito confiante pedindo mais. - O sorriso de canto finalizou a frase perfeitamente bem e nós dois rimos.

—Bobo! - Retruquei dando um soco em seu ombro.

—Podemos nos cumprimentar agora se você quiser. - Continuou tentando me deixar mais a vontade.

—Por favor, sem esquecer os bons modos. Cadê seu cavalheirismo inglês? - Perguntei divertida e já mais relaxada.

Ele me puxou para trás, me colocou deitada em sua cama, se apoiou em cima de mim sem me deixar sentir todo seu peso, puxou um edredom fino para cima de nós dois e me deu um selinho antes de começar.

—Oi linda, estava com saudades! - Falou empolgado.

Eu gargalhei antes de responder.

—Oi lindo, eu também estava, com muita saudade! - Tentei imitar sua empolgação, mas não me saí tão bem.

Contamos como haviam sido nossas semanas longe um do outro, eu falei sobre a faculdade (ele se interessava muito por isso, acho que mais que meu pai), ele me deu alguns detalhes das reuniões e um pouquinho de como era Paris. O tempo todo ficou me fazendo carinho, em diferentes lugares (eu notei uma atenção especial aos meus seios). Quando ficamos dois segundos quietos ele levantou discretamente a coberta e me deu uma olhada longa.

—Tenho que te confessar uma coisa. - Disse assim que seus olhos encontraram os meus.

O incentivei a continuar.

—Tenho uma tara por mulher baixinha, já tinha te falado isso ou não? - Sua cara de dúvida me fez rir.

—Ainda não, mas isso explica sua reação no aeroporto quando nos conhecemos e a insistência de sempre para que eu tire o salto.

—Eu tentava ser sutil. - Justificou-se, depois olhou para os meus seios novamente. - E amo seus seios.

—Você os conheceu hoje. - Argumentei arqueando uma sobrancelha.

—Mas era difícil não olhar quando você eventualmente tinha que se abaixar na sua mesa para pegar algo. Devo confessar que a visão que eu tenho da minha cadeira é privilegiada. - Piscou ao terminar. - Ah sim, amei sua calcinha de hoje.

Eu ri do seu tom exagerado ao falar.

—Algo mais em mim que te desperte algum fetiche? - Arqueei uma sobrancelha ao perguntar.

Ele fez cara de pensativo e depois respondeu sinceramente.

—Acho que por enquanto só. Eu vou me lembrando...

—Tem certeza, chefinho? - O cortei e frisei bem minha ultima palavra.

Primeiro ele fez uma cara de tarado que eu teria fotografado para olhar sempre que quisesse uma inspiração a mais para trabalhar em dias frios, depois me olhou incrédulo.

—Como me esqueci desse? É o mais forte de todos, eu acho.

—Eu sei, já reparei. - Confessei sorrindo de canto.

—Então chama de novo, vai. - Pediu em tom de falsa brincadeira.

Nós dois rimos enquanto eu o puxava perto de mim e falava em seu ouvido com a voz mais provocante que consegui:

—Faço o que você quiser chefinho.

E depois disso nossa brincadeira recomeçou, nem um pouco mais calma do que antes.

 


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Notas finais do capítulo

Finalmentee! haha
Primeiro me desculpem não postar no fim de semana, como prometido. Tive alguns imprevistos que impossibilitaram.
Espero que o que aconteceu no retorno do nosso protagonista tenha atingido as expectativas de vocês, eu me esforcei ao máximo pra fazer esse capítulo!
Enfim, como sempre espero ver suas carinhas nos comentários ;D
Opinem, critiquem, dêem sugestões, recomendem.
Obrigada a todos que gastam um tempinho aqui.
Beijinhos.