Speechless escrita por Paulinha Almeida


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Ainda é domingo ;D rsrs
Enjoy!



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POV Harry

Na sexta feira tivemos um problema complicado para resolver e eu precisei entrar numa reunião com o diretor. Queria ter me despedido dela, mas pelo horário que saí eu sabia que ela não estaria mais aqui. Quando o Sr. Dumbledore me liberou eu quase corri para minha sala, ignorando o sorriso exagerado que a Srta. Vane me lançou, mas ela de fato não estava mais. Fechei a porta e me sentei em minha mesa, abrindo um sorriso enorme quando vi um papel cuidadosamente dobrado sobre meu teclado.

"Desculpe, não pude esperar mais para me despedir, tenho aula hoje.

Nos vemos amanhã às nove.

Beijos, Gina."

"Com certeza nos vemos!", pensei sorrindo antes de voltar a trabalhar. Precisei sair um pouco mais tarde esse dia e fui direto para casa, quando cheguei Hermione já estava, então jantamos juntos enquanto eu contava a ela como havia sido meu dia e depois fui me deitar. Eu não estava com sono, mas queria ficar sozinho pensando em como meu dia tinha sido bom. Demorei bastante para dormir e acordei no outro dia um pouco mais tarde.

O sábado demorou uma eternidade para passar, e eu não tinha muito o que fazer para ajudar nessa tarefa. Quando o dia finalmente começou a escurecer eu decidi ir tomar banho logo.

Fiquei o que me pareceu horas no chuveiro, fiz a barba e quando saí percebi que ainda faltavam duas horas e meia para nosso encontro. Fiquei enrolando um pouco de toalha, comi um lanche, vi meus e-mails e às sete e vinte resolvi me trocar. Vesti minha boxer, uma calça jeans azul escuro lisa, passei meu perfume e sai assim do quarto para ir até a lavanderia pegar minha camisa que havia sido passada hoje e eu ainda não tinha guardado.

—Nossa, que homem cheiroso. - Reconheci a voz da minha irmã.

—Gostou? - Perguntei me virando para ela.

—Eu sempre gostei desse seu perfume. - Veio até mim, cheirou meu pescoço e me deu um beijo no rosto. - Vou dormir na casa do Ron hoje, divirta-se.

—Obrigada. - Retribui seu beijo e ela saiu.

Peguei minha camisa preta que ia até o antebraço, calcei meu sapatenis básico, tentei - sem sucesso - pentear meus cabelos e me sentei no sofá esperando que os ponteiros do relógio andassem. Quando eram dez para as oito e eu não agüentava mais ficar sentado resolvi sair logo de casa. Desci até a garagem pelas escadas para demorar mais, peguei o carro e dirigi pacientemente até a casa dela, quando cheguei eram oito e meia. Estacionei o carro na esquina e esperei mais uma eternidade até que dessem pelo menos dez para as nove.

Estacionei em frente ao condomínio onde ela morava exatamente oito e cinquenta e três. Quando o porteiro me anunciou ela já estava descendo, então não precisei subir.

Esperei parado na calçada com as mãos no bolso da calça e me virei apenas quando ouvi o som já conhecido dos seus sapatos de salto inseparáveis. Me virei dando de cara com a maior tentação da minha vida, linda naquela roupa que não mostrava nada mas evidenciava muito e os cabelos soltos meio esvoaçantes por causa do ventinho noturno típico de primavera. Não estávamos na empresa, então não contive o sorriso nem a vontade de encará-la descaradamente de cima abaixo.

—Olá. - Disse sorrindo quando chegou perto de mim.

—Está linda. - Falei antes de colar minha boca na dela em um selinho demorado, onde nos separamos com uma mordidinha no seu lábio inferior.

—Obrigada, você também está. - Disse me olhando já não tão tímida como antes. - Vamos?

—Hoje podemos, não é? - Perfuntei estendendo minha mão para que ela segurasse.

—Com certeza. - Me disse sorrindo antes de começar a caminhar do meu lado de mãos dadas comigo.

Como um perfeito cavalheiro eu abri a porta do carro para ela antes de entrar e começar a dirigir para nosso destino. Fora o dia que eu a vi com aquele pijama inesquecível, eu nunca havia visto suas coxas tão bem como agora, quando ela se sentou e sua saia subiu um pouco, e isso me desconcentrava consideravelmente. Fomos o caminho todo conversando e cada vez que ela se mexia no banco aquele roçar de pernas me instigava. Olhei discretamente, eu não queria desrespeitá-la e nem que ela se sentisse constrangida, mas era extremamente dificil ignorar essa cena.

Escolhi um barzinho um pouco mais discreto para nosso encontro, com uma musica agradável e comida leve, mas deliciosa. Assim que chegamos, como era de praxe, um manobrista abriu a porta para mim enquanto outro rapaz abria a porta para que ela saísse, entreguei a chave para que o carro fosse estacionado e notei com um sentimento de extrema posse as cabeças masculinas se voltarem para ela. Não me apressei, mas sorri vitorioso quando eles viram eu me aproximar por trás dela e a abraçar como nunca havia feito antes, não cheguei a encoxá-la, mantive uma mínima distancia entre nós e deixei a seu critério encostar-se em mim ou não.

Notei com muita satisfação como ela se arrepiou no momento em que meus braços passaram por sua cintura e a abraçaram carinhosamente, e ela não saiu de imediato do meu abraço, mas também não se encostou mais em mim e quando a entrada já estava um pouco mais livre peguei sua mão novamente e entramos. Se ela reparava na atenção que chamava dos homens estava disfarçando muito bem porque em nenhum momento desviou sua atenção de mim ou na nossa conversa.

Pedi uma mesa para dois e que de preferência ficasse no canto, pois essas tinham sofá ao invés de cadeiras. Nenhum de nós dois quis beber nada alcoólico, eu nunca gostei e descobri que ela também não. Comemos alguns aperitivos, ela não quis lanche e eu a acompanhei, não paramos de conversar um minuto durante o tempo que estávamos comendo e rimos muito juntos, como se estivéssemos juntos há meses. Durante o jantar trocamos alguns carinhos, um selinho de vez em quando e toda hora eu alisava seus cabelos, acho que eu tenho uma tara até então desconhecida por ruivas.

Quando terminamos nosso jantar ainda conversamos um pouco, depois não agüentei mais - ela aparentemente também não - e a beijei com muita vontade, sendo imediatamente correspondido. Estávamos em um local um pouco escuro, então dessa vez foi um pouco mais quente.

POV Gina

A mesa onde estávamos sentados era um local mais reservado, de canto, com um sofá em formato de meia lua onde eu e Harry estávamos sentados, e um tanto escura. Deste modo, não me importei com a maneira que ele me beijou - e que eu estava esperando pacientemente durante o dia inteiro - nem com o modo como apertou minha cintura enquanto sua outra mão entrava pela minha nuca me arrepiando deliciosamente. Ao mesmo tempo minhas mãos foram para seu cabelo, arranhando-o cuidadosamente enquanto a outra entrou por baixo de sua camisa, acariciando-o na altura da cintura.

Notei quando ele se arrepiou ao meu toque por baixo da sua roupa ao mesmo tempo em que mordeu minha boca um pouquinho mais forte, quase me fazendo entrar em combustão espontânea. Era tentador demais tê-lo ali, tão gostoso, tão perto de mim e não fazer nada. Não era que eu estivesse me fazendo de difícil, mas eu não precisava ficar mais apaixonada do que já estava para depois descobrir que ele se enganou com relação ao que supostamente sente por mim.

Dizer que não estava gostando era impossível, suas mãos apertando minha cintura e acariciando minhas costas, mesmo por cima da camiseta, estavam me excitando demais. Inesperadamente ele a desceu para a parte da minha coxa que a saia não cobria, e me apertou, logo começando a me acariciar enquanto deslizava lentamente suas mãos para dentro da minha roupa, o gemido baixo que eu soltei foi involuntário. E ai eu soube que era hora de parar, ou não pararia mais.

Tirei minha mão de seus cabelos e coloquei delicadamente por cima da dele, empurrando-a carinhosamente para mais perto do meu joelho, enquanto transformava nosso beijo em algo mais calmo. Não precisei dizer ou fazer mais nada, ele compreendeu imediatamente o que eu quis dizer com esse ato, tirou sua mão da minha perna e quebrou nosso beijo acariciando meu rosto, antes de dizer.

—Desculpe. - Falou me olhando nos olhos.

Embora eu soubesse que ele não havia se arrependido, soube também que ele não tentaria mais fazê-lo.

—Não tem problema. - Respondi também acariciando sua bochecha e voltamos a nos beijar.

Ficamos muito tempo namorando assim, fazendo carinho, com calma e em nenhum outro momento ele tentou passar a mão em mim novamente. E cá estava eu - de novo - me sentindo especial. Dei alguns beijinhos no seu pescoço, intercalando algumas chupadas discretas que não o deixariam marcado e notei que ele estremeceu um pouco e delicadamente evitou que eu fizesse isso novamente. Entendi que esse era seu limite, totalmente compreensível não querer ser provocado para depois ir para casa dormir sozinho, então não me importei. Saber que ele gostava disso já era muito bom.

Saímos de lá quase uma hora da manhã e durante o caminho conversamos normalmente, aquele constrangimento perto dele já havia passado e nada do que fizemos me parecia errado mais. Ele parou em frente à minha casa, desligou o carro e se virou para mim.

—Está entregue. - Falou me fazendo rir.

E eu estava morrendo de vontade de perguntar se ele queria subir, mas não o faria.

—Obrigada, adorei a noite. - Falei sinceramente acariciando seu rosto.

—Ela pode terminar de maneira bem melhor se você fizer uma coisa... - Falou me olhando.

O primeiro sentimento que me veio com essa frase foi decepção - que eu não deixei transparecer - pelo que ele me diria no final dessa frase. Então estava explicada tanta gentileza, no final era só sexo. Esse pensamento se passou rápido por mim e eu só continuei olhando-o da mesma maneira que estava, quando ele interrompeu meu fluxo de idéias continuando o que estava dizendo.

—Me passar seu celular. - Disse pegando o dele de modo a anotar algo. - Aparentemente eu sou o único que não tem seu telefone.

E o encanto todo voltou, claro! Como eu não demonstrei minha quase decepção, também não poderia demonstrar alívio, então apenas sorri e ditei meu numero para que ele anotasse. Quando terminou nos beijamos mais algumas vezes, nos despedimos e antes de sair do carro me virei para ele:

—Pode me ligar quando quiser. - Falei e lancei-lhe uma piscadinha.

Ele sorriu, esperou que eu entrasse e saiu. Eu ainda esperei para olhar enquanto seu carro virava a esquina. Subi sorrindo para minha casa e quando entrei estava tudo silencioso e pela bolsa em cima do sofá eu soube que Hermione estava dormindo aqui. "Coitadinho, vai dormir sozinho em casa!", pensei enquanto ia para o meu quarto. Provavelmente em breve ele teria companhia para dias como esse, se tudo desse certo. Tirei a roupa e nem me preocupei em procurar o pijama, dormiria só de calcinha hoje. Pela primeira vez na vida eu tive insônia, a sensação daquela mão na minha coxa não saia de mim.

 


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Notas finais do capítulo

Finalmentee, que bonitinho né! haha
Bom, como vocês sabem não estou mais de férias, mas vou tentar postar o próximo ainda no meio da semana, se não der sábado tem mais.
Comentem, opinem, recomendem ;D
Até o próximo.
Beijinhos