Love Me? escrita por Forbidden Gate


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

( Um beijo da rosa vermelha para resolver a pele branca. Um espinho de fé perfura meu peito e meu coração...A dança da tristeza e do amor, levados a loucura por uma pele branca. O espinho da fé, selado pelo tempo no meu coração, agora... Ah . . . A dança da tristeza e do amor levados a loucura por uma pele branca. Um espinho de fé perfura meu peito atravessando meu coração choroso. )



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/231965/chapter/4

O sinal tocava novamente, indicando a hora da saída de todos os alunos. Mana se levantava no mesmo segundo que eu, caminhando em minha direção e segurando minha mão esquerda. Selou meus lábios com carinho e suspirou levemente. Segurei a mochila do namorado e a minha, apoiando ambas nos ombros. Caminhando para fora da sala vazia, Klaha passava por mim como um redemoinho. Abraçando Mana e marcando sua fina cintura com as mãos... de mulherzinha... argh. Mana apenas ria e se afastava, me olhando de canto.


– Nós podemos ir? – Dizia Klaha me olhando vez ou outra, com aquele ar falso.


– Oh, é claro... Gackt! Klaha me convidou para ir até o estúdio ver um de seus trabalhos. Você... Vem? – Disse Mana, meio receoso.


– Não... Eu só quero ir para casa, tomar um banho e descansar. Boa sorte para vocês... Eu levo suas coisas, não vá muito tarde para casa, Mana.



Disse, entre suspiros, caminhando novamente para além do portão da escola. Klaha, ah, aquele ser... Eu vivia o observando por Mana. Ele era mais velho, tinha os cabelos negros curtos, os olhos em um tom de mel incrivelmente atrativos. Tinha um sorriso elástico e sedutor, era rico, delicado, romântico e tinha uma voz... Invejável. Ele além de ser o melhor amigo de Mana, é também, o seu EX. Mas, por algo consegui vencer dele. Acho que, meu jeito bobo e infantil. Ele tinha tudo, e eu, tinha ciúmes. Era muito difícil aceitar a forma como ele tratava Mana, tão cuidadoso. Sem falar que, fiquei muito bravo quando soube que Klaha estaria naquela escola só porque Mana foi transferido para lá. Mana então correu atrás de mim, segurando a mão de Klaha. Selou meu rosto carinhosamente e suspirou, sussurrando. - Eu te amo demais, nee... Eu posso te ligar mais tarde... E,


– Não se preocupe Gackt-sama. Sua bonequinha de porcelana está à salva comigo. Ele vai se alimentar bem e vou deixá-lo em sua casa.


Mana fora interrompido por Klaha, que pronunciava as palavras em um tom sínico, tanto quanto seu sorriso. Notei que, no mesmo segundo, as maçãs do rosto de Mana, ganhavam uma cor mais viva. Arqueei uma das sobrancelhas e continuei a andar calmamente, fitando o céu vez ou outra. Após alguns minutos, estava em minha casa, E Mana, no estúdio.


[ K L A H A ]



Já estávamos dentro do estúdio que Mana conhecia na palma da mão, Mana era meu melhor amigo e mesmo que, ele tenha Gackt, eu nunca vou desistir de roubar ele para mim. Eu o amo da mesma forma que a três anos atrás, nada mudou entre nós. Caminhando com calma, ele empurrou a porta alegremente, correndo e sentando-se na mesa principal e colocando os fones beats. Era tão bom vê-lo daquela forma, sorridente. Isso, era bem raro de se ver, principalmente quando estava trabalhando, na escola ou analisando algo, mas comigo, ah, eu tinha esse privilégio.



Caminhei do outro lado do estúdio principal, fechando a porta e ligando alguns aparelhos. Mana conversava comigo através do microfone, me ajudando e me lembrando de tudo. Sentei-me e ajeitei o microfone principal, respirando fundo. Naquele dia mais cedo, havia dito para Mana, que havia escrito uma música em sua homenagem. Estava nervoso e ele me observava atentamente. Minha garganta estava bem úmida, minha voz estaria grossa e majestosa como sempre esteve.


Furishikiru… ame, to kaze. Mori wo, kakenukeru yoru… Kane no shirabe, no naka. Toki wa, IMAAAA …


[ . . . ]

Yasashiku, kageru tsuki. Koyoi kiri, to tomo niii... Inorisasagu, ARIAAAAH.



Naquele momento, Mana acompanhava a letra da música e me olhava vez ou outra, na pausa, fechou os olhos e ficou a balançar o corpo durante toda a sinfonia da música. E eu o observava, tentando agradar o outro, fechando os olhos vez ou outra para me concentrar completamente, chegando a parte final da canção.


– Shiroiii, hada ni kuruu. Ai to kanashimi, no RONDO!!! Unmei no. Toge ga, mune no. tozashita, toki WO imaaaa...


Meus olhos pareciam atravessar aquele vidro que nos afastava no último momento da música, fixos aos dele. Que pelo que notei, estavam marejados. Tentando conter as lágrimas, certamente, perdido em lembranças profundas. Senti um enorme nó na garganta e pensei que não poderia continuar, mas precisava mostrar a ele o que tinha em meu coração. Tratei de deixar a voz suave e calma. Porém, grossa, em seu natural.


– Shiroiii . . . hada ni kuruu, Ai to kanashimi no, RONDO!!! Unmei no. Toge ga mune wo, tsuranuki . . . kokoro wo, HIKISAITA.


( Um beijo da rosa vermelha para resolver a pele branca. Um espinho de fé perfura meu peito e meu coração...A dança da tristeza e do amor, levados a loucura por uma pele branca. O espinho da fé, selado pelo tempo no meu coração, agora... Ah . . . A dança da tristeza e do amor levados a loucura por uma pele branca. Um espinho de fé perfura meu peito atravessando meu coração choroso. )


Deixei um sorriso simples se desenhar por entre os lábios delicados ao término da música. Mana ficava com as mãos apoiadas no mixer, me olhando com os lábios tingidos em negro entreabertos. Estava louco para ouvir seus comentários sobre a nova música. Quando me aproximei, ele secou as lágrimas, me abraçando forte, e me agradecendo por algum motivo, em um sussurro levado em instantes. Minha expressão séria tomava a dele, e meus olhos refletiam Mana agarrado a minha cintura. Apenas deslizei as mãos em sua cintura, em silêncio. Levantei seu rosto com os dígitos em seu queixo, notando lágrimas escorrendo sem cessar.


– O que houve Mana-sama? Você, não gostou?


– É claro que eu... Gostei Klaha. – Disse, com a voz chorosa e fraca.


Ele era tão irresistível e seu jeito me fez perder o controle. Tomei os lábios do outro em apenas um selo, pois ele, com as mãos em minha cintura, me afastou de seu rosto.


– A letra é incrível e... uhn! Klaha... – Murmurou em um tom de reprovação.


– Gomenasai, Mana-san. Perdoe-me... Então...


– É, a coisa mais incrível que alguém já fez por mim, nee... e... Eu estou... Impressionado com você, Klaha...É incrível como... Essa música consegue tocar o coração... Ah.


E então passamos alguns minutos conversando, mal me lembrava da hora quando estava ao lado de Mana. Após muito tempo rindo, conversando e brincando juntos, pedi por telefone alguns Yakitoris (Hasamis) que não demoraram muito para chegar. Apreciei aquele delicioso jantar ao lado de Mana, quando marcou meia noite e meia no relógio. Mana escondeu os lábios e eu pensei que o outro tinha se queimado com os espetinhos. Ele se levantou, curvando-se em agradecimento.


– Estava ótimo, mas, é muito tarde... eu preciso ir, Klaha.


– Oh, Mana... eu vou levar você... venha. Eu sinto muito por te prender aqui comigo.


– Klaha, não é culpa sua, vamos rápido, por favor.



Ele saiu correndo para fora do estúdio e eu o acompanhei, já abrindo a porta do carro e partindo com o outro em direção a sua casa. O pequeno se preocupava tanto com obrigações... mas, não importa o quanto durou. Tive a chance de tocar aquela linda pele pálida, tão delicada... ver seu doce sorriso, e tocar seus lábios gentilmente, com os meus, como desejava. Ah, fui levado a loucura por aquela mesma pele branca novamente. Minutos depois, Mana estava em frente a sua casa.  Selei sua bochecha como despedida e ele me agradeceu pela noite. Eu apenas sorri, enquanto o outro caminhava para dentro de casa, acenando por fim. Tenho certeza de que, poucos minutos depois... já estava a dormir tranqüilamente. Pronto para voltar para os braços de Gackt, pronto para mais um longo dia, um longo dia ...  naquela escola que odiava.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tive a chance de ver e tocar aquela linda pele pálida, sorrir com seu doce sorriso, e selar seus lábios. Ah, fui levado a loucura por AQUELA pele branca novamente.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love Me?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.