You Are Not Alone escrita por Debby Poynter Malik
A Thais foi abrir a porta e…
- Pai? Mãe? O que estão aqui a fazer? – perguntou ela surpreendida assim que abriu a porta.
- Pois, não queriam que nós viesse-mos não era, queriam esconder-nos isto para sempre era? – gritava o meu pai, mas não era muito alto, porque eu estava na cozinha com o Dougs e não ouvíamos nada. O meu pai tinha atirado à cara de Thais, uma revista onde vinha aquela foto minha e do Dougie na piscina e vinha a dizer que eu era a nova namorada dele.
- Pai, isso é treta dos paparazzis, eles estavam apenas na piscina, sabes perfeitamente que os paparazzis e os jornalistas inventam muito…- disse Thais, a minha mãe ficava calada e assistia a tudo.
- DÉBORA CRISTINA, ONDE É QUE ESTÁS?! – gritava o meu pai, e depois veio para a cozinha…e apanhou-me aos beijos com o Dougie.
- Pai? – perguntei surpreendida e assustada.
- Eu sabia, eu SABIA! LARGA A MINHA FILHA SEU PEDOFILO, ANTES QUE EU CHAME A POLICIA! – gritou com o Dougie.
- Pai, por favor, deixe-me explicar. – pedi eu já com lágrimas a cair dos olhos.
- Não há nada a explicar, eu vi tudo… e tu minha menina vens comigo, e é já! – disse, agarrou o meu braço com muita força e puxou-me.
- Ei, assim vai magoa-la tenha calma. – disse-lhe o Dougie.
- Agora não me vais dizer o que é que eu devo de fazer com a minha filha pois não?! Alice, vamos embora, Thais e Lara Vocês também vêm!
- A Lara não vai a lugar nenhum consigo! – disse-lhe o Harry.
- O rapazolas, não te metas!
- É tio, eu não vou a lado nenhum, sou maior de idade, e vocês não são meus pais! – disse Lara.
- Eu e a Debby também não vamos a lado nenhum pai, vocês nunca quiseram saber de nós, a única coisa que vocês nos dão é dinheiro e prendas, nem um pouco de atenção, nem de amor nem de carinho. – Disse Thais e o meu pai deu-lhe um estalo que a fez cair no chão, mas felizmente o Danny agarrou-a.
- Ei, tenha calma. – disse o Danny.
- Ninguém aqui me vai dizer se devo ter calma ou não, e vocês as duas podem não vir, mas ela vem! – disse meu pai.
- Josh, tem calma. – disse-lhe a minha mãe, a primeira vez que abria a boca.
- Não tenho calma nenhuma, esta menina vai para onde já devia de ter ido há muito tempo!
- O que é que me vais fazer pai? – disse eu já deixando cair algumas lágrimas.
- Vais para um colégio de freiras! – todos ficaram chocados e eu desabei em lágrimas.
- Mãe, por favor ajuda-me, não o deixes fazer isto!
- Senhor Josh, tenha calma, elas não fizeram nada de mal. – disse Sara.
- Tu cala-te Sara, tu, eu sempre pensei que fosses uma boa amiga para as minhas filhas, mas pelos vistos estava redondamente enganado.
- Pai, não fales assim com a Sara, ela não tem culpa nenhuma…e amanhã é o meu segundo dia de aulas na escola de música, não podes fazer isto… - disse eu e já quase que inundava a sala.
- Ai se posso, não quero saber da música nem de nada, já o fiz, vamos embora, amanhã voltas cá, mas para vires buscar as tuas coisas…Tenham uma boa noite meus senhores. – disse ele.
- Desculpa filha. – disse a minha mãe baixinho para a Thais, e já choravam as duas.
Depois saímos, o meu pai saiu e arrastou-me com ele até ao carro.
Quando chegámos ao carro, ficou tudo em silêncio.
- Pai, porque me fazes isto? – interrompi aquele silêncio.
- Está calada…amanhã mesmo vais para o colégio de freiras! – gritou ele.
- Amanhã?! – chorei ainda mais e a minha mãe também chorava. Fomos o resto do caminho todo até o hotel onde eles estavam instalados em silêncio.
Thais Pov:
Estávamos todos em “choque” com o que se tinha passado, o Dougie estava muito mal, e eu e a Lara não estávamos nada melhor.
- O teu pai é louco, só pode ser! – dizia-me Dougie transtornado.
- Ele nunca tinha feito uma coisa destas, ele nunca se preocupou connosco, e agora que somos felizes, estraga-nos a vida… - disse eu a chorar, e Danny abraçou-me forte.
- Se for assim bruto como estava, tenho medo do que lhe possa fazer. – disse Dougie super preocupado com a Debby.
- Não te preocupes, ele era incapaz de fazer mal à filha. – disse-lhe eu.
- Viu-se, no estado em que ele deixou a tua cara. – disse Danny.
- Mas isso…
- Mas isso nada amor, se eu não te tivesse agarrado, podias ter batido com a cabeça. – disse novamente Danny.
- Isto é tudo culpa minha, se eu não a tivesse inscrito naquele maldito programa, não estaríamos aqui, e a minha irmã não iria para nenhum colégio. – lamentei-me
- Ah, estás a querer dizer, que mais valia não nos termos conhecido, nem a Lara e o Harry. – Danny falou desiludido.
- Oh Dan…não é nada disso, só que… - perdi as forças, já não conseguia falar e desabei completamente em lágrimas.
- Pronto, pronto… - disse Danny atirando-me contra o seu peito e abraçando-me forte.
- Não suporto ver o meu irmão assim, caramba, fogo ele gosta mesmo dela. – disse Joana, vendo o irmão a dirigir-se até ao jardim com a cabeça baixa. Ela foi ter com ele.
- Bem, isto foi muita emoção para um só dia, vou deitar-me, estou muito cansada. – disse Lara enxugando as lágrimas com as pontas dos dedos.
- Eu vou contigo princesa. – disse Harry e subiram os dois.
- Nós também vamos subindo. – disseram Tom e Sara.
- Esta noite ficas comigo no meu quarto amor. – disse-me Danny dando-me um beijo na testa.
- Ok amor. – respondi-lhe e fomos para o seu quarto, eu estava super exausta, e por isso assim que me atirei para a cama, deixei-me dormir que nem uma pedra.
Dougie Pov:
Estava deitado na relva, com a cabeça no colo da minha irmã, e não conseguia parar de pensar na Debby, e em como ela estaria naquele momento.
- Mano, eu percebo o que estás a sentir, e que tens uma vontade enorme de chorar, e sabes que comigo, podes deitar tudo cá para fora. – disse a Joana enquanto acariciava a minha testa.
- Ai mana, eu nunca tinha gostado assim de ninguém, e agora que gosto mesmo muito e verdadeiramente dela, tiram-na de mim. – não contive as lágrimas.
- Sabes Dougs, a Debby é muito querida, uma rapariga cinco estrelas, e apesar de ter 14 anos, já é muito madura, e vocês estão há altura um do outro, aliás, vocês ficam perfeitos juntos, sinceramente, vocês são almas gémeas, e por isso mesmo digo que hão de ficar juntos, mais cedo ou mais tarde e vão ser muito felizes com certeza.
- Joana, tu tens a noção que és a melhor irmã do mundo?!
- Hum… tens mais alguma? Não, mas a sério, eu adoro-te meu tolinho, e sabes que podes sempre contar comigo.
- Eu sei, e tu também maninha. Eu também te adoro, e muito, e tens razão, eu hei de arranjar um maneira de ser feliz com ela.
- Bem, vamos subindo que já se faz tarde. – disse Joana.
- Vamos. – levantámo-nos, sacudimos as mãos por causa da relva e fomos para cima.
- Boa noite Dougs. – disse Joana.
- Boa noite Jo. – disse eu dando-lhe um beijo no rosto.
Na manhã seguinte, alguém tocou à campainha ainda de madrugada, mas não fui eu a ir abrir a porta, foi a Sara.
- Bom dia Sara. – disse Debby quando Sara lhe abriu a porta.
- Olá Debby, vieste buscar as tuas coisas, certo? – perguntou Sara.
- Sim…o Dougie?
- Está no quarto. Ele ontem ficou super mal. – disse-lhe Sara.
- Pois…bem, eu vou…subir.
- Ok.
Depois, sinto alguém a entrar no meu quarto, mas eu estava com a cara tapada com os lençóis.
- Por favor, deixem-me dormir mais um bocado. – pedi eu, ainda sem saber quem entrara no meu quarto.
- Eu, vinha só despedir-me. – disse Debby. Assim que ouvi a sua voz dei um salto da cama.
- Debby, como é que estás? Ele magoo-te? – perguntei eu super preocupado.
- Não, quero dizer, pelo menos não por fora. – disse ela com algumas lágrimas a caírem-lhe dos olhos.
- Eu só quero que saibas, que gosto mesmo muito de ti. – disse-lhe agarrando-a.
- E eu de ti.
- O que eu mais quero é que sejas feliz, não queria estragar a tua vida ao ter-te conhecido…se nunca nos tivéssemos conhecido, nunca irias para um colégio, e serias super feliz… - disse eu puxando-a contra mim.
- Shiuu… Dougie, não digas uma coisa dessas, conhecer-te foi a melhor coisa que me aconteceu, aliás, tu foste a melhor coisa que me aconteceu. – disse ela encostando a sua testa contra a minha.
- Miúda, eu amo-te, eu já não vou conseguir estar bem sem ti, sem te ver.
- Eu vou estar sempre contigo. Toma. – disse ela arrancando do seu pescoço um colar com uma pedra linda e entregando-me – é o meu amuleto, fica com ele, e assim saberás que estarei sempre contigo.
- Nunca vamos estar sozinhos, vamos ternos sempre um ao outro, tens de levar a Snake contigo, assim também saberás que estarei sempre contigo. – Beijámo-nos, daqueles beijos muito fortes, mas também muito diferente dos outros, era como um beijo de…despedida.
- Agora, tenho de ir buscar as minhas coisas e ir embora, e está descansado que levo a Snake. – lançou-me um sorriso ainda assim com os olhos lavados em lágrimas – e Dougie, não quero que chores, não por mim, eu vou ficar sempre bem se souber que tu estás bem.
- Está descansada, e eu vou arranjar uma maneira de te tirar daquele colégio, PROMETO! – ela sorriu novamente e saiu.
Atirei-me novamente para cima da cama e pus-me a olhar fixamente para o colar que ela me dera.
Debby Pov:
Fui até ao quarto buscar as minhas coisas. Escondi a Snake dentro de um caixa.
Despedi-me de todos e fui embora.
- Porque demoras-te tanto? – resmungou o meu pai assim que entrei no carro.
- Estava a despedir-me deles. – respondi educadamente.
- Pois…
- E posso saber porque é que vou para um colégio cá e não em Portugal? – perguntei.
- Mudámo-nos para cá.
O resto da viagem até ao colégio seguiu-se toda em silencio.
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