( musica do capítulo: http://www.youtube.com/watch?v=6gGS0gO7tCE )

–Tenho. - retribui o abraço, eu me sentia segura assim, nos braços do Patch, mesmo querendo admitir que o Ian estava certo.

–Eu acho melhor tu descansar um pouco. - disse ainda me abraçando.

–É uma boa ideia.

–Uhun. - ele falou olhando nos meus olhos e se aproximando o seu rosto do meu.

–Não Patch! - disse me afastando.

–Por que não? - ele me puxou pros seus braços de novo.

–Porque eu acabei de perder uma pessoa muito importante pra mim e porque eu to um pouco confusa.

–Confusa com o que?

–Com tudo que ta acontecendo, o Ian morreu e eu to aqui quase ficando contigo enquanto exércitos se preparam pra batalha!

–E por isso tu não pode ficar comigo? Sabe as vezes é bom dar uma relaxada.

–Relaxar? Não dá pra relaxar ago... - Ele me interrompeu com um beijo, muito bom por sinal. - Ótimo jeito de fazer uma garota calar a boca. - falei contra os seus lábios.

–É mesmo! Se tu quiser continuar falando eu vou ter o prazer de continuar te calando.- disse contra os meus lábios.

–Eu ficaria muito feliz se tu fizesse isso.

O Patch deu um sorrisinho mais do que malicioso e me beijou, o beijo foi se ficando mais intenso, ele me levantou e eu coloquei as pernas em volta da sua cintura e ele parou idiota ( isso me lembra uma coisa)

–Tem certeza? - não respondi só o puxei para outro beijo.

Nós fomos indo em direção ao quarto dele, quando chegamos ele me deitou na cama sem parar de me beijar, eu tirava a camiseta dele e ele a minha, e foi assim até mais nem uma peça de roupa restar, nós chegamos ao ápice juntos, foi a melhor noite da minha vida.

No dia seguinte me acordei e percebi que o Patch não estava lá, me levantei e fui tomar um banho, vesti as roupas de ontem e fui pra cozinha, me apoiei no balcão e fiquei o olhando cozinhar.

–Bom dia! - ele disse quando me viu.

–Bom dia ... - a minha vontade era de chorar, eu teria que fazer a pior coisa da minha vida, eu teria que magoa-lo.

–O que foi Nora? - me olhou preocupado.

–Eu... eu tenho que ir – disse em um sussurro.

–Tudo bem, eu te levo pra casa.

–Tu sabe que não é só disso que eu to falando.

–É, eu sei ... Nós podemos conversar quando chegarmos na tua casa?

–Claro.

Ele subiu para trocar de roupa e logo desceu. Nós não falamos nada o caminho inteiro, eu me preparava pra dizer palavras que me machucariam e que o machucariam também, e que não queria dizer.

–Quando tu volta? - disse encostado no carro na frente da minha casa.

–Eu não sei se volto. - falei tentando segurar as lágrimas.

–Como assim?

–Eu não sei se vou sobreviver a viagem.

–Tu tem que sobreviver. - ele se aproximou de mim e colou nossas testas. - Tu tem que voltar pra mim.

–Eu prometo tentar.

–Eu vou te esperar.

–Não! Tu não vai! - as lagrimas já rolavam pelo meu rosto. - Tu não pode.

–Eu posso e vou!

–Patch nós dois sabemos que tu não aguentaria muito tempo, tu é um homem e não importa o quanto tu goste de mim alguma hora tu vai ceder.

–Prometo resistir o máximo que der.

–Não me promete nada.

–Por que tu ta fazendo isso?

–Porque quando se ama de verdade e tu percebe que vai fazer a pessoa amada sofrer, tu deixa ela ir, porque tu fica feliz em ve-la feliz.

–Não me deixa.

–Eu tenho. Adeus Patch!

–Até logo Nora!