–Não se preocupe meu amor. Pedi que Lucan cuidasse de Nicholas. Nada de ruim ira acontecer ao nosso filho – disse o deus, sorrindo de um jeito maroto – Agora, venha cá, ainda temos que recompensar 10 anos de saudades.

Capitulo 24 – E que comecem os jogos de Cattleya

Acordei sentindo lábios em meu pescoço.

–Bom dia, meu amor – disse Poseidon quando abri os olhos.

Sentei na cama, sorrindo.

–Bom dia? – perguntei

–Bem, você dormiu por um bom tempo – disse ele, sorrindo – E não se preocupe com Nicholas, ele esta no quarto dormindo.

–Quarto? Que quarto?

–O quarto dele, é claro – respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

Talvez fosse.

–Poseidon, sei que nos acertamos, mas tenho uma vida agora e não posso simplesmente larga-la apenas porque disse que me ama.

–E nem estou pedindo isso – disse o deus - Sei que a loja, seus pais e seus amigos são importantes pra você. Não quero que largue tudo pra ficar. Não seria a mulher que amo se fizesse isso. Só peço que nos de uma segunda chance. Que me considere, não como o deus do mar, mas como eu sou realmente.

Eu sorri, envolvendo meus braços ao redor de seu pescoço e puxando ele para mais perto de mim.

–Já esta cansado, querido? – perguntei maliciosa

O deus apenas sorriu, e enfim colou nossos lábios.

–*-

Percorri a metade do castelo ate chegar ao quarto que Poseidon havia dito que era de Nicholas. Havia dois guardas na porta que me cumprimentaram quando passei.

–Nick – chamei, dando algumas batidas na porta – Nicholas? – Bati mais algumas vezes – Nicholas, abra a porta ou vou entrar!

Silencio.

Entrei no quarto, mas ele estava vazio. Franzi o cenho e chamei seu nome mais uma vez, apenas para confirmar que ele realmente não estava ali. Quando já estava saindo, vi algo brilhando em cima da cama que chamou minha atenção.

Era meu colar. O calor que Poseidon havia me dado no dia do nosso casamento. O colar que havia sumido e que estava com Cattleya.

Cattleya

Pelos deuses, o que ela havia feito com meu filho?

Sem pensar em mais nada, sai correndo pelos corredores do castelo chamando por Poseidon e tentando, inutilmente, fazer as lágrimas pararem.

Se ela machucasse meu filho... Se encostasse um dedo nele...

O que faria, Annabel? Perguntei a mim mesma e a resposta veio no mesmo instante: eu a mataria.