In Your Life escrita por MonicaCFCosta


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Dedicado á Joan Missing, leitora dedicada que sempre comenta a minha historia! Muito obrigado!
Este capitulo está um bocado grandito, espero que gostem! Nova personagem *~* xD



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    -A tentar mudar de assunto Sophie?

            -Eu não! E tu? – Perguntou Sophie sorrindo.

            -Tudo bem curiosa! Eu conto e depois tu contas!

            -Certo!

            Debbie contou como correu o seu encontro com Matthieu deixando Sophie eufórica.

            -Vocês beijaram-se?! Não admira que ele tenha ficado tão irritado! – Exclamou olhando para Dick.

            Debbie bufou ainda chateada com o que se havia passado com o seu amigo e bebeu mais um pouco da sua cerveja.

            -Mas conta, como é que vocês se lembraram de casar em Vegas? – Perguntou Debbie.

            Nesse momento, Yanid, voltou do bar com bebidas para ele e para Sophie e sentou-se numa cadeira perto da sua mulher.

            -Não fomos nós, foi mais a bebida! – Respondeu Yanid.

            -Já sei! Vocês embebedaram-se ao ponto de não saber os vossos nomes e depois foram parar naquelas capelas, onde se casaram?!

            -Mais ou menos isso! – Disse Sophie rindo.

            -Eu não acredito! – Debbie gargalhou, só de imaginar as cenas dos dois, bêbados em Vegas. – Pelo menos o casamento é válido? – Perguntou rindo.

            O casal olhou-se por minutos, confusos.

            -Como assim?!

            Debbie gargalhou mais ainda.

            -Algumas capelas de Vegas não tem poder para realizar casamentos concretos. Normalmente são como lembranças, esses casamentos. A não ser que vocês tenham obtido o certificado de casamento…

            -Se, com certificado tu queres dizer, uma grande dor de cabeça no dia a seguir…Bem nós tivemos! – Disse Sophie. – Bem, parece que vamos ter de casar novamente, amor!

            -Por mim… - Disse Yanid, dando aos ombros. – Contigo eu casava quantas vezes fossem necessárias!

            O casal selou os lábios lentamente, porém o beijo foi ficando mais…quente, e Debbie sentiu-se na obrigação de os parar, antes que fosse tarde demais.

            Debbie fingiu tossir, e o casal riu separando os lábios.

            -Desculpa, loira!

            -Tudo bem! Acho que está na minha hora!

            -Ah não! Não interrompes-te a nossa demonstração de amor para te despedires pois não?! Ah, haja paciência! – Disse Sophie fingindo-se indignada e voltando a beijar Yanid.

            Debbie gargalhou e levantou-se da mesa para ir embora. Mas antes a sua atenção foi desviada para Dick que a olhava. Ele levantou a mão acenando levemente e sorrindo, ela fez o mesmo, acenando para ele e sorrindo delicadamente.

            -Adeus! E quando marcarem a data digam!

            Yanid fez o gesto característico de “fixe” com o polegar e Sophie acenou com a mão como se “chutasse” a sua amiga já que os lábios do casal ainda estavam juntos.

            Debbie acenou a cabeça negativamente sorrindo e saiu do bar, dirigindo-se para sua casa.

            ~*~

            -Como é que está tudo a correr?

            -Está tudo bem! Eu vou aí na próxima semana, para empacotar mais umas coisas minhas e mandar para aqui! Eu bem tentei que alguém fizesse isso por mim! Mas nenhuma empresa se dignou a fazê-lo! Enfim!

            -Queres que te ajude com isso?

            -Ah não! Deixa lá! Tenho de desligar agora parola! – Monique gargalhou. – Thomas está a chamar por mim! Beijos!

            -Beijos besta!

            Debbie desligou o telemóvel sorrindo.

            O elevador abriu e ela saiu caminhando em direção ao seu escritório. O seu pai estava em frente á sua mesa e anotava qualquer coisa num papel que tinha em mãos.

            -Pai? Bom dia.

            -Ah! Bom dia querida! – Disse ele, olhando-a sorridente.

            Debbie pousou a sua bolsa e sentou-se na sua mesa.

            -E então pai, precisa de alguma coisa?

            -Era só para te pedir que logo vás lá a casa! Vou revelar a surpresa que te queria fazer. Lembras-te?

            -Como me poderia esquecer?! – Disse irónica.

            O seu pai sorriu acenando negativamente com a cabeça e por fim beijou-lhe a testa.

            -É importante para mim querida!

            -Tudo bem pai! Eu vou lá estar. A que horas mesmo?

            -Ás oito se tiver tudo bem para ti!

            -Pode ser pai! Eu apareço.

            -Obrigado querida!

            Debbie assentiu com a cabeça e o seu pai saiu do seu escritório, deixando-a confusa, a pensar o que poderia ser essa surpresa, que o seu pai tão bem escondeu dela.

            -Espero que não seja nada demais! – Disse para si mesma.

            Bufou e começou a trabalhar na próxima publicação da GQ.

            Mais tarde…

            -Debbie! Chegou a modelo e o fotógrafo está á tua espera na receção.

            -Obrigada! Leva a modelo até á Tricha e pede-lhe que se despache com a roupa, e leva o fotógrafo até ao estúdio…não deixa estar eu levo-o.

            A sua secretária assentiu e saiu do seu escritório. Debbie encaminhou-se á receção onde um homem de fato e de mochila às costas esperava por ela.

            -Boa tarde! Sou Debbie, designer fotográfica da revista.

            -Boa tarde! Adam, fotógrafo…Acho que posso dizer da revista também correto?

            -Depois da sessão de hoje, eu lhe direi! Como já lhe devem ter informado Adam, eu procuro um bom fotógrafo, capaz de fotografar sobre qualquer tipo de situação, faça chuva, sol ou mesmo neve, eu preciso de um fotógrafo capacitado para trabalhar sobre qualquer tipo de pressão!

            -É impressão minha ou a senhorita… – Disse Adam confiante. – … está a descrever o meu trabalho?!

            Debbie parou de andar e olhou nos olhos de Adam.

            -Eu espero que sim senhor Adam! Ou se não, jamais irá colocar os seus pés na minha revista! Estamos entendidos?

            Adam riu irónico.

            -Claro chefinha!

            -E não se atire para nenhuma modelo, estagiária muito menos as meninas da minha equipa, ou eu farei com que fique esquecido para o resto do mundo como fotógrafo.

            -Então quer dizer, que me posso atirar á senhorita? – Perguntou sorridente.

         Debbie sorriu sarcástica e caminhou para o estúdio deixando atrás de si, um Adam de boca aberta, admirado pela frontalidade da sua futura chefinha, e pelas curvas da mesma.

            -Bem aqui será o seu espaço de trabalho, se você chegar longe na revista! Nós todos os meses, como já deve ter conhecimento, temos uma nova publicação a sair para as bancas mundialmente. O seu trabalho, como fotógrafo principal, será visto por milhões de pessoas, por isso tenha a certeza de que irá ser competente.

            -Sim chefinha! – Disse olhando o estúdio á sua volta. – Espaço muito bom, a quantidade de luz certa e as tonalidades estão muito bem conseguidas.

            -Obrigada! E não me volte a tratar de chefinha!

            -Mil desculpas, Debbie!

            Debbie revirou os olhos e Adam sorriu.

            -A sua modelo, quero dizer a minha modelo chegará daqui a instantes… - Debbie olhou o relógio no seu pulso. - … Se Tricha não se atrasar. – Sussurrou.

            -Bem, podíamos começar com a senhorita! Que me diz?

            Debbie levantou o rosto para o encarar e sentiu um flash na sua direção.

            Irritada Debbie não se conseguiu conter e bufou, sentindo mais um flash sobre si.

            -Eu rezo, senhor Adam, para que o seu trabalho não seja tão bom como dizem! – Ela disse chateada.

            Debbie saiu do estúdio sentindo um flash na sua direção. Adam sorriu olhando para a câmara  vendo a silhueta da sua futura chefinha.

            Sim, porque ele iria-se certificar que seria contratado!

            ~*~

            -A sério não sei como alguém o consegue aturar ele é tão…tão…ah eu nem sei!

            -Tenho a certeza que isso é tudo tesão…

            -Claro! Para ti a para a Monique, é todo tesão! Bem tenho de desligar Sophie, o meu pai quer que eu vá á sua casa. Beijos!

            Debbie desligou a chamada e colocou o seu telemóvel de novo na sua bolsa. Estava agora a sair da revista e tinha menos de quarenta minutos para chegar á casa do seu pai. O estacionamento da revista estava quase vazio. Debbie seguiu para o se carro e guardou a sua pasta no banco traseiro. Quando ia a dirigir-se para o banco do condutor sentiu um flash atrás dela.

            Já imaginando quem poderia ser, Debbie virou-se para o encarar.

            -Sério? O senhor Adam é um bocado insuportável, não concorda?

            -Na verdade, eu acho que sou adorável! Mas se a chefinha não concorda comigo, então não poderei argumentar contra, já que ainda não me conhece. – Disse Adam, dando ênfase á palavra “ainda”.

            Debbie gargalhou irónica e mais um flash veio na sua direção.

            -Por favor! Para quem ainda não tem um emprego confirmado você é demasiado confiante, com a sua possível chefinha!

            -Chefinha, chefinha! – Disse Adam de forma sedutora, caminhando para perto de Debbie. – Foi impressão minha, ou ouvi você dizer ainda? E trate-me por tu, por favor! – Adam levantou novamente a sua câmara tirando mais uma foto de Debbie.

            -Eu juro por Deus que lhe dou cabo dessa câmara!

            -Desculpe chefinha! Mas eu acho-a irresistivelmente sedutora para não estar na minha lente. – Disse Adam piscando para ela.

            -Vá embora!

            -Trate-me por tu, deixa as formalidades para desconhecidos!

            -Como se fosses um conhecido?! – Irritou-se Debbie.

            -Ainda posso não ser, mas quem sabe um dia!

            Adam caminhou para o seu carro sorrindo. Depois de o seu carro ter desaparecido da visão de Debbie, a mesma pareceu retornar a si e lembrou-se do jantar do seu pai.

            ~*~

            Debbie encarava o portão da casa do seu pai, com grande confusão na sua mente. Estava curiosa, mas ao mesmo tempo apreensiva, poderia dizer que por vezes sentia as mãos tremer.

            -Menina? – Um barulho no vidro do carro assustou-a.

            Gustavo, o empregado do seu pai, batia no vidro do seu carro chamando a sua atenção. Ela desceu o vidro e cumprimentou Gustavo.

            -Boa noite menina! Pode entrar o seu pai está á sua espera.

            -Obrigada Gustavo! – Ela tentou sorrir verdadeiramente, porém não foi um sorriso completo, como dizia o seu pai.

            Ela avançou com o carro pelo caminho de areia até chegar á escadas que daria á porta da casa.

            Quando saiu do carro, depois de o estacionar, perto das centenas de carros ali presentes, a porta foi aberta por uma empregada que ela desconhecia.

            Ela entrou cumprimentando-a e foi guiada até á sala, onde pessoas conversavam alegremente. Ela procurou pelo seu pai entre todas aquelas pessoas, mas não o encontrou.

            As pessoas cumprimentavam-na assim que ela passava por elas, e ela gentilmente cumprimentava-as também, sempre com um sorriso falso no rosto. Sabia que todas aquelas pessoas estavam ali meramente por interesse.

            Quando um empregado passou por ela com uma bandeja de copos de champanhe imediatamente ela pegou um, dando um longo gole, sentiu a garganta arder um pouco com a bebida.

            Passaram vinte minutos e nada de ela encontrar o seu pai. Estava sentada num dos sofás que ficavam em frente ás escadas principais e ela só via gente á sua volta e o copo que pousava na sua mão e por vezes ia á sua boca.

            Estava distraída com os seus próprios pensamentos quando ouviu uma grande salva de palmas de todas as pessoas ali presentes. Levantou o olhar tentando perceber o que se passava e então viu o seu pai, descendo as escadas com uma belíssima mulher, que aparentava ter no máximo os seus vinte e cinco anos. Ela estava ainda mais confusa, todos ao seu redor pareciam perceber a importância daquela noite, e olhando a cara de alguns convidados ela pôde perceber que tinha razão. Alguns batiam palmas efusivamente olhando o seu pai, e a tal mulher que ela desconhecia, descer as escadas, alguns sorriam e outros apenas encaravam a cena com inveja, talvez.

            O seu pai viu-a e o seu sorriso conteve-se. Ela estranhou tanto mistério da parte dele para  depois aparecer naquela festa acompanhado por uma mulher que podia ser sua irmã. Porque não pedir a ela a sua companhia?

            As pessoas pararam de bater palmas e o seu pai começou a falar.

            -Antes de mais, meus caros, queria-lhes agradecer a vossa presença aqui esta noite. Todos foram informados da importância desta noite para mim e…para a minha acompanhante. – O seu pai olhou-a nos olhos sorrindo.

            Ela estava muito mais confusa agora. Acompanhante?

            -Eu convidei todos vocês para esta noite para poderem testemunhar o grande afeto, amor e ternura que eu conservo por esta mulher lindíssima que hoje me acompanha, e que eu pretendo que me acompanhe nos meus restantes dias, sejam eles sombrios ou os mais felizes que virei a ter. Eu apresento-lhes a minha noiva, Clarice!

            A estas palavras Debbie, só teve uma reação. Rir. Ela riu, como nunca tinha rido na sua vida. As lágrimas já estavam nos seus olhos de tanto rir, ela viu-se obrigada a sentar-se novamente para não correr risco de cair.

            Quando ela conteve o seu riso observou que todos no salão a olhavam, mas ela não se importou com isso. Olhou o seu pai que durante todo o seu ataque de riso manteve a cabeça baixa, e agora olhava para ela com um semblante tenso e furioso, isso só fez com que Debbie se revoltasse. Quem deveria estar furiosa naquele momento era ela!

            -Ai era a sério?! – Ela perguntou irónica.

            -Debbie…

            -Não venha com uma de pai chateado pelo meu comportamento! Não tem vergonha de, como você mesmo diz, “conservar um grande afeto, amor e ternura” por essa mulher a seu lado que tem a idade da sua filha?! Sabe uma coisa pai? Eu estou farta das suas crises de meia- idade! – Dito isto Debbie saiu da casa de seu pai sem olhar para trás.


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Notas finais do capítulo

E o que vocês fariam se fossem a Debbie? Aceitavam o noivado do vosso pai com uma mulher da vossa idade ou revoltavam-se com tal situação? Comentem e permitam-me saber mais um pouco de vocês, caros leitores ;)
Bjs,♥!



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