- Não imagina, quem te deu a liberdade de entrar em meu quarto pela janela ainda mais a essas horas da noite?

- Eu sei, sou meio intrometido. Eu ri sentando em minha cama, Scott veio e se sentou ao meu lado.

- Mas e ai? O que devo a honra? Eu disse

- Bom já que não vai ao colégio amanhã e já que eu estava passando pelas redondezas resolvi vim conversar, porque saiu com aquele cretino, o que ele tem de bom que eu não tenho? Nós dois rimos alto.

- Ele me irrita menos que você é isso seu bonitão.

- Então sou um recordista. Ele riu, enquanto conversávamos o celular de Scott tocou, era sua ficante de verão como ele dizia – Nossa não tenho um minuto de paz com minha branquelinha que a Janne já me liga, não adianta já expliquei que estamos apenas ficando, mas ela me trata como namorado acha que já deu. Fiz bico e cara de brava. – Tudo bem vai lá com aquela desclassificada, já não tenho mais meu amigo mesmo não vai fazer diferença.

- Tenho que ir para acabar com essa historia logo minha Nina ai serei todinho seu. Lancei meu travesseiro em sua direção ele desviou com facilidade e me deu um beijo na testa logo depois saiu pela janela dizendo – Prometo que entro pela porta da frente à próxima vez.

- Te odeio, ah e cuidado com a vadia ela pode te convencer a virar namorado dela.

Depois que acordei na manhã seguinte fui logo tomar um remédio para gripe, depois daquele banho de água gelada de lago que só me serviu para me deixar doente e para descobrir que existe uma pessoa me perseguindo, isso me deixou com raiva revirei os olhos e fui até a geladeira pegar o leite, depois na bancada da cozinha peguei o celular do meu irmão para poder ligar para as minhas amigas e combinar um jantar hoje à noite.

- Cath como vai meu bem? Eu disse assim que ela atendeu

- Oi minha Nina, tudo bem? Fiquei sabendo do lago. Ela disse

-Ah é Scott o fofoqueiro, bom, mas e ai vocês ainda não entraram na sala de aula?

- Ah não, professores em reunião, tua mãe ligou para dar justificativa de falta?

- Ai é mesmo, ela não ligou. Eu ri – depois a aviso, bom estava pensando se você e as meninas e o Scott não querem vim jantar hoje aqui em casa?

- Perfeito eu falo com elas e com ele, e a propósito não levarei Pierre ele disse que tinha assuntos a tratar com Dhovanni em uma cidade aqui perto de Paris, não sei bem o que é.

- Ah sim. Fiquei surpresa com que Catherine me disse – As oito então beijos.

Assuntos a tratar? Óbvio não tem nada haver sobre todo aquele assunto de ontem, isso anda me deixando atordoada. Eram duas da tarde, me vesti e peguei a chave do meu carro e fui as compras, chegando ao supermercado que era há alguns quarteirões da minha casa fui a seção de peixes e carnes, comprei um salmão e alguns legumes, peguei o uísque Chivas Regal preferido de Scott, refrigerante e algumas cervejas. No caminho de casa resolvi pegar a rota ao centro de Paris e estacionei em frente ao cemitério Passy onde meu pai foi sepultado, o frio era intenso e o céu continuava nublado a dias, eu não sabia ao certo onde era a sepultura de meu pai então fui vasculhando os túmulos até que achei R.I.P Luidi Thomas Borghini , meus olhos se encherão de lágrimas, ajoelhei me.

- Pai você me faz tanta falta, mais tanta... Eu descobri que tem alguém me seguindo, descobri que andam acontecendo coisas sobrenaturais, eu realmente me sinto sem saída.

- Ele era um bom homem Nina. Meus olhos se arregalarão e me levantei, virando as costas vi Dhovanni de pé vestindo, sobretudo preto e calça jeans, seus olhos azuis me encaravam de uma forma inexplicável, ele se curvou e beijou minha testa, ficamos por alguns segundos nos olhando olho a olho, sua pele clara irradiava o sol, sacudi a cabeça e voltei a realidade.

- O que é agora, anda me seguindo? Olhei a sepultura de meu pai e comecei a caminhar e direção ao portão que por sinal estava bem distante.

- Sei que está zangada comigo, mas me de uma chance. Ele disse andando ao meu lado

-Será que você não entende, não tem como me proteger de um sei lá o que de Visionário, ele tem poderes não tem? Ai meu Deus isso é loucura. Parei e abaixei a cabeça.

- Sobre isso que eu quero falar, tenho que te mostrar uma coisa.

Caminhamos até o meio do cemitério onde não havia si quer ninguém perto, o cemitério estava quase vazio bem longe dali ainda dava pra se ver uma ou duas pessoas visitando túmulos, perto de nós haviam os túmulos mais exuberantes, deviam ser de pessoas bem ricas, cercas e portões cercavam placas douradas com os nomes dos falecidos que ficavam por cima das sepulturas de granito negro no centro havia uma grande estatua de um anjo, ele me puxou ao seu lado, e apoiou-se em um pilar.

- Esses cinco túmulos são de alguns de nossos ancestrais, aqui estão enterradas várias pessoas do século XIX.

- O que? Como assim?. Pisquei repetidas vezes.

- Isso mesmo que você ouviu bom nos somos da linhagem de mentalistas mais poderosos que já existiu, a Linhagem Puissance Maître que significa Máster Power e que traduzindo significa poder mestre, onde os poderes são mais intensos, pode se passar varias gerações mais os poderes sempre terão forte intensidade, por exemplo, um casal que são dessa linhagem, se tiverem um filho, esse filho terá o mesmo poder que os pais, sem a diminuição de poderes, já os mentalistas da linhagem Puissance moyenne e da Faible que são mais fracas se tiverem filhos os poderes serão menores que os do pais a linhagem Faible a mais fraca é totalmente extinta segundo organizações secretas de poderes da mente e além de não conseguirem transferir poderes para os Visionários raça maldita que a séculos chantageiam nossa linhagem para conseguirem nossos poderes assim conseguindo vida eterna.