Uptown Girls - Patricinhas - escrita por Bru20014


Capítulo 40
Dress, Fight and Poker




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Elyse foi cedo até a casa de sua mãe como prometido ela iria junto de Sophia acompanhar Jackie para mais uma prova de seu vestido. E hoje também Elyse e Sophia escolheriam o seus vestidos na loja.


Assim que Elyse chega ela se depara com Sophia fumando na porta de casa. Elyse em um ato impensado arranca o cigarro das mãos de Sophia e pisa nesse.


“O quê...?” Sophia estava sem palavras.


“Você está louca?” Pergunta Elyse “Quer dar um ataque cardíaco na mamãe e arranjar um câncer de pulmão para você?”


“Elyse, mamãe não está olhando, não precisa fazer teatro para mim.” Sophia diz.


“O que é que você está fazendo com você?” Pergunta Elyse olhando a irmã de cima à baixo. Sophia vestia tudo preto, a saia, a bota de combate toda ferrada, uma blusa meio rasgada, as unhas eram pretas e a maquiagem também era pesada “Achei que eu devia ser a irmã louca e sem nenhum juízo e não você.”


“Eu cansei de bancar a santinha, a certinha ou de tentar impressionar você!” Sophia disse “Estou seguindo seu exemplo, será que não vê? Estou jogando tudo para o alto porque cansei!”


“Sophia...”


“Não, Elly.” Sophia diz “Minha decisão está tomada. E daí se você estragou um cigarro? Eu tenho outros!”


Sophia diz pegando um de dentro da sua bolsa, que imediatamente Elyse pega e joga fora dizendo: “Vamos ficar fazendo isso até quando? Porque eu não estou cansada.”


“Quando você ficou tão careta?” Sophia perguntou à irmã “Você voltou a ser como antes. Ou quase.”


Elyse não respondeu nada, apenas revirou os olhos e entrou dentro da casa de sua mãe.


Subiu as escadas e foi até o quarto de sua mãe. Assim que chegou a porta estava entreaberta, mas mesmo assim bateu nessa.


Jackie olhou para a porta e viu Elly, então mandou-a entrar.


“Ansiosa?” Elly pergunta à sua mãe.


“Um pouco.” Jackie diz, mas Elyse não podia deixar de pensar que ainda tinha esperanças de sua mãe e seu pai... Bom, voltarem “Elly, não faz essa carinha, por favor.”


“Eu sei.” Elly força um sorriso “Eu estou feliz por você, realmente estou, mas ainda sou um ser humano egoísta por mais que me esforce para mudar.”


Jackie se aproxima de Elly e pega no rosto dessa dizendo: “Querida, você não é um ser humano egoísta.”


Elly sorri tentando fugir daquela conversa dizendo: “Podemos ir?”


“Podemos.” Jackie diz pegando sua bolsa.


Do lado de fora, assim que Sophia ouve as vozes saindo da casa, joga o cigarro fora e pega de dentro de sua bolsa um perfume e espirra um bocado em si para disfarçar o cheiro.


“Já podemos ir?” Sophia pergunta à sua mãe assim que ela aparece na porta com Elly, que encara Sophia com reprovação.


“Sim, querida, nós podemos.” Jackie diz trancando a porta.


 


 


Por todo caminho, Sophia ignorou Elyse e Elyse ignorou Sophia até chegar a hora de escolherem o vestido, quando Elly resolve abrir uma exceção e dá um ‘conselho’ não muito bem vindo à irmã.


“Vê se não escolhe um vestido preto.” Diz Elyse em um tom um pouco que debochado “Sua emo.”


Sophia atira mil adagas apenas com o olhar, mas resolve ignorar o comentário de Elly.


“Meninas!” Jackie as chama “Venham vê o meu vestido.”


As duas foram até Jackie, que já vestia o vestido branco comprido com leves detalhes. Era a cara de Jackie. Um simples e elegante tomara que caia que lhe caiu como uma luva.


“É lindo.” Sophia diz deslumbrada com sua mãe.


“Tenho que concordar com Sophia.” Diz Elly com o mesmo deslumbre até que duas mãos cobrem seus olhos.


“Ai, meu Deus, quem é?” Elly diz apalpando as mãos fortes e coberta de anéis até dizer “Erik Burton.”


Ele tira as mãos de seus olhos, quando Elyse vê há um buquê de rosas vermelhas em sua frente.


Ela agarra o buquê se virando para Erik e perguntando-o o que ele estava fazendo ali.


“Apenas uma visita.” Ele diz com seu sorriso apaixonante.


Elyse sorrir e o beija.


“Acho que vou vomitar.” Diz Sophia olhando para o outro lado.


“Jacqueline, você está linda!” Diz Erik olhando finalmente para Jackie.


“Obrigado, Erik.” Jackie diz com um brilho nos olhos que há muito Elyse não via.


“Mãe, eu já escolhi meu vestido, será que eu...” Diz Elly.


“Claro.” Jackie diz sorrindo “Eu já terminei aqui.”


“Obrigado.” Elly diz saindo da loja com Erik de mãos dadas.


Sophia acompanha aquilo com um inveja visível em seu olhar. Ela queria Erik Burton, mas não podia entender porquê. Ela apenas o queria e não era apenas por ele ser seu ídolo televisivo, mas tinha algo a mais, que nem ela poderia entender o que era.


“Sophia, tem que superá-lo.” Diz Jackie a filha “Além do mais, você nem o conhecia para estar tão apaixonada assim por ele...”


“Eu sei.” Sophia diz em tom compreensivo “Eu não vou me vingar de Elly ou tentar roubar o namorado dela. Eu só quero um cara! Só isso. Por que ela consegue e eu não, sabe? É isso que mais me irrita.”


Bom, pelo menos Sophia acabou de descobrir o outro ‘porque’.


Jackie tinha um olhar de pena e Sophia não gostava de se sentir ainda mais inferiorizada. Então se mandou dali.


“E vou dar uma volta por aí, ok?” Diz Sophia saindo da loja.


 


 


Enquanto isso no apartamento de Peter, ele e Erika poderiam ter uma conversa definitiva a qualquer minuto. Mas os dois a evitavam. Erika evitava Peter e ele a ela, mas chegou o dia em que as coisas deveriam ser postas em pratos limpos de uma vez.


Erika estava na cozinha comendo, como sempre, um cachorro quente. Peter passa pela cozinha e ao vê a cena diz: “Nosso filho vai nascer uma bola se continuar comendo desse jeito.”


Ele disse tentando fazer com que fosse engraçado, mas Erika não rir. Ela apenas suspira colocando o cachorro quente de lado e diz: “Nós temos que conversar.”


Peter entra na cozinha e se senta numa cadeira em frente à ela dizendo: “Eu sei.”


“Isso não está dando certo.” Erika disse “Somos muito diferentes, Peter.”


“Mas é por isso que nos amamos, não é?” Peter diz “Por sermos diferentes...”


Erika suspira pensando que isso seria mais difícil do que imaginou.


“O que é, Erika?” Peter pergunta um pouco desesperado “Você quer que eu largue a faculdade? Se quer que eu faça isso, eu posso...”


“Não, não é isso.” Erika responde tentando se manter paciente.


“Então o que é?” Ele a pergunta.


“Tenta me ouvir sem me interromper, por favor.” Diz Erika quase implorando e Peter apenas assente “Bom, vou direto ao ponto sem rodeios. Eu não nasci para me casar ou para ter filhos. Eu sou um espírito livre que não pode ficar enjaulado aqui...”


Peter se preparava para falar algo, mas Erika o lança um olhar de reprovação, então ele desiste do que ia dizer.


“Eu não vou criar essa criança.” Erika diz enfim.


“Espera.” Peter diz tentando processar aquilo “Você disse que iria direto ao ponto, mas em nenhum momento consegui enxergar qual é o seu ponto.”


“Eu vou dar essa criança à adoção.” Diz Erika “A não ser que você ache que tenha condições de criar sozinho, o que duvido muito.”


Peter não pôde dizer nada por alguns minutos, mas quando conseguiu havia confusão misturado com dor em seu olhar. Era como se tivesse imaginado uma vida perfeita em sua mente e de repente sua ficha cai e... Ah, não vai mais ter porra nenhuma.


“Você não pode tomar essa decisão sem me consultar antes!” Peter diz “Essa criança é minha também!”


“Eu não tomei decisão nenhuma!” Erika diz “Será que não ouviu o que eu disse? Se você quiser foder com sua vida e criar esse bebê sozinho sem a mínima condição... Porque nós dois sabemos que nenhum de nós dois tem condição de criar essa criança. E não digo financeiramente, antes que deduza isso. Digo, psicologicamente.”


“Crianças não são felizes em orfanatos.” Diz Peter “Não podemos...”


“E quem aqui falou em orfanato?” Perguntou Erika “Eu arranjei um casal, que não pode ter filhos e estão interessados. E eles não desejam saber o sexo do bebê, e sinceramente nem eu... E eles parecem ser bem legais.”


“Você não fez isso pelas minhas costas.” Peter disse enojado.


“Eu os disse que tudo dependeria de você, portanto a criança ainda não é teoricamente deles.” Diz Erika enxugando uma pequena lágrima que escapou.


“Como assim ‘teoricamente’?” Diz Peter.


“Quando fui visitá-los... Quando aquela mulher de mais ou menos 30 anos tocou na minha barriga os olhos dela brilharam de uma forma... Você não entende, era como se aquele fosse o tempo todo o filho dela e ele apenas veio parar na barriga errada.” Diz Erika não podendo evitar as lágrimas “Foi aí que me bateu aquela coisa, esse filho nunca foi meu. É dela.”


“Você só pode estar louca.” Disse Peter.


“Não, não estou.” Diz Erika segurando na mão de Peter “Peter, visite-os e verá que o que digo tem todo sentido!”


“Eu tenho que pensar.” Peter diz “Não, quer saber? Faz o que você quiser! Eu não ligo!”


Peter se levantou furioso e saiu andando. Tudo que Erika pôde ouvir foi a batida forte da porta.


Ela suspirou e foi até o quarto arrumar suas malas. Pegou todas as suas coisas e enfiou dentro de duas malas bem grandes, mas antes de partir olhou para todo o apartamento e mandou uma mensagem de texto para Daph, a qual dizia:


‘Tem algum quarto vago aí para mim? E.”


Cerca de dois minutos depois no visor aparece:


‘Sempre. D.’


Erika sorriu e saiu do apartamento arrastando as malas. Mas começa a se sentir cansada até que...


“Ei, ei!” Um cara de mais ou menos 35 anos corre até Erika “O que pensa que está fazendo?”


“Me mudando?” Erika responde e quando olha nos olhos do homem não pode evitar um arrepio. O cara era meio louro, olhos azuis e forte. Oh, Deus! Era um tremendo gato!


“Brigou com o seu marido?” Ele a pergunta.


“Não tenho marido.” Ela diz.


“Entendi, se separaram.” Ele diz.


“Não, eu nunca me casei.” Erika responde já começando a achar a situação divertida “Apenas engravidei e tentei um test-drive como namorida, mas não deu certo.”


“Eu te ajudo a carregar as malas.” Ele diz “Também te dou uma carona, se quiser.”


“Ah, obrigada.” Erika diz apertando o botão para chamar o elevador.


“Sou Matt.”


“Erika.”


“Quanto tempo falta para a criança nascer?”


“4 meses.” Erika diz passando a mão em sua barriga.


“E então?” Ele a pergunta “A separação é definitiva?”


“Acho que sim.” Erika diz e o elevador chega, ambos entram e ela continua “Deu o que tinha que dá.”


Matt não pode deixar de olhar para a barriga de Erika e ela ri.


“Sei, o que está pensando.” Ela diz rindo “E o que tinha que dá era um bebê, não foi isso?”


“Você me pegou.” Ele disse sem graça.


“Fica tranqüilo.” Erika diz “No fim das contas, fiz um bem em fazer esse bebê.”


“Já sabe se é menino ou menina?”


“O casal que irá adotá-lo não deseja saber, então não vi porque deveria saber também.” Diz Erika “Só sou a mãe biológica.”


Matt ri, o que intriga Erika.


Ambos andam até o carro. Ele coloca as malas no porta mala e depois que entra no carro, Erika pergunta-o: “Do que estava rindo?”


“Quantos anos você tem?” Ele a pergunta “19, 20?”


“17.”


“Como consegue levar uma gravidez assim tão na... Na esportiva?” Ele me pergunta.


“Não vou ficar me matando, e sofrendo por causa de uma coisa que aconteceu há cinco meses!” Diz ela “Não adianta nada eu ficar mal, já aconteceu, entende? E também, hoje, me sinto livre, por isso estou feliz particularmente.”


“Feliz por ter se livrado do seu namorido?” Ele a pergunta.


“É.” Erika diz e o resto da viagem os dois conversam sobre outra coisa, que não seja a gravidez de Erika. Ambos descobrem que tem muito em comum, como comidas prediletas, músicas, cores, estilo de... Bom, digamos a pessoa ideal.


Mas para a tristeza, não apenas dela, mas dele também, a casa de Elly e Daph não fica assim tão distante.


Ele ajuda com as malas e Erika toca a campainha.


“Vai precisar de ajuda com mais alguma coisa?” Ele a pergunta.


“Não.” Erika diz e de repente a porta se abre com Daphne de cabelo preso, sem maquiagem e apenas uma calça de moletom e uma blusa branca de malha sem nada especial. Daph choca em vê Matt e fica boquiaberta, então diz fula com Erika: “Você não disse que traria alguém, Erika!”


“Desculpe, Daph, mas...” Erika é interrompida por Matt.


“Bom, eu já to indo de qualquer forma.” Ele diz “Prazer em conhecê-la, Erika. E...?”


“Daphne, Daphne Taylor.” Daph se apresenta rapidamente.


“Daphne.” Matt diz descendo as escadas e finalmente desaparecendo.


“Ai!” Daph diz colocando Erika e suas coisas para dentro “Quem é o gostosão?!”


“Um cara lá do prédio, que por incrível que pareça eu nunca tinha visto.” Diz Erika intrigada “Será que ele tem uma amante no prédio ou coisa parecida?”


“Não sei, mas que eu daria tudo pra ser amante dele... Ah, bem, eu daria!” Diz Daphne.


“Ok, mas eu vi primeiro.” Erika diz “Portanto pode ir tirando o olho, Taylor!”


“Olha para o seu tamanho, meu bem!” Diz Daph.


“Olha a sua cara!” Erika contra-ataca “E seu cabelo, então, por favor!”


Daph apavorada se olha no espelho e diz: “Muito,.. Muito melhor do que a sua jamais será!”


“Ta bom.”


No exato segundo entram no apartamento Erik e Elly, que não entendem a briga toda.


“Ok, o que está acontecendo aqui, por favor?” Elly pergunta e imediatamente Erika e Daph a encaram.


“Que ótimo mais um gato me vendo nua!” Daph diz frustrada escondendo o rosto e indo direto para seu quarto.


“Ela estava nua?” Pergunta Erik à Elly sem entender nada.


“Ela estava sem maquiagem.” Explica Elly.


“Bom, El, espero que você não tenha problema em, sabe, eu me mudar pra cá com vocês.” Diz Erika.


“Claro que não, Erika!” Elly diz abraçando a amiga “Depois de todos os conselhos que me deu? Jamais a deixaria na mão!”


“Obrigada.” Diz Erika soltando Elly.


“Ah, vocês ainda não se conhecem, não é?” Diz Elly “Erik essa é minha amiga, Erika e Erika esse é meu namorado Erik.”


“Gostei da semelhança de nomes.” Diz Erik tentando ser simpático e cumprimentando Erika.


“Fazer o que?” Diz Elly “Acontece muito na minha vida.”


Passou-se uma vaga lembrança de Elliot pela mente de Elly, que logo espantou-a.


De repente Daph entra na sala com um vestido preto, maquiada e com os cabelos louros e ondulados caindo sobre seu corpo.


“E então? O que vamos fazer?” Pergunta ela.


“Que tal pôquer?” Pergunta Elly.


“Ai, vou ligar para Dylan.” Diz Daph pegando o celular e discando o número de Dylan.


“Liga para Mary Jane também.” Diz Elly e rapidamente Daph encara Erika, que diz: “Sem problemas por mim.”


“Ok, então.” Diz Daph com o fone no ouvido.


“Alô?” Dylan responde.


“Pôquer na casa da Elly.” Diz ela.


“Strip-pôquer?” Dylan pergunta safado.


“A gente resolve aqui, mas é uma ótima idéia.” Diz Daph “Tchauzinho.”


Depois, Daph ainda liga para MJ, que dá uma desculpa e diz que não pode ir assim que ouve que Erika estaria no jogo. Então ela liga para Steve que na hora topa, dizendo que com certeza ele faria rolar um strip-pôquer.


“Todo mundo a caminho.” Diz Daphne.


“Vamos arrumar a mesa.” Diz Elly.


E esse jogo de pôquer rolou até altas horas. E os meninos gostaram e, claro, Erika e Daph também...


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