O sol raiava em Ikebukuro como sempre, iluminando aquela cidade gigante que abrigava tantos mistérios. Um deles, passava com sua moto negra em alta velocidade. O capacete em forma de gato já dava um brilho ao ser tocado pelo sol, e a primeira pessoa que encontrou foi...

-Hey.

-Hey, Shizuo. - escreveu em seu celular

-Acordada tão cedo?

-Eu que o diga. O que faz nas ruas a essa hora?

-Patrulhando.

Ela olhou para o lado, e começou a escrever em seu celular. Se Celty tivesse um rosto, com certeza ela teria rido. Afinal, mesmo sendo estranho, se caso Shizuo estivesse trabalhando de policial da patrulha porque ele ainda estaria de smoking?

-Para o que?

-Para ver se aquele bastardo não cause mais violência.

Ah, é... Shizuo era contra violência...Menos quando o assunto era ele. O vento bateu silenciosamente nos cabelos dourados, arrancando uma esperança... Esperança? Para o que? Acho que a pergunta na verdade era, para quem?  Virou os olhos esperançosos e brilhantes para trás, e quando deu sua volta completa sentiu um completo vazio.

A essa hora, já era para ele estar ali. Causando problemas, causando raiva, causando violência, causando caos, causando destruição... "POR QUE DIABOS O IZAYA NÃO ESTÁ ALI, para matar... a minha saudade?" Oh, Izaya, menino de cabelos negros que finalmente conseguiu descobrir a fraqueza de seu inimigo... mesmo que ele ainda não saiba.

-...

"Shizuo?"- Celty pensou.

-Merda...

Shizuo logo começou a correr, deixando Celty "plantada" olhando para o estranho movimento de Shizuo. Ele estava triste, mas de alguma forma entendia afinal, sua esperança tinha ido longe demais. Mas porque essa esperança era tão grande, sendo que ela queria logo acabar com ele... Então pensou: estou ansioso para matá-lo e acabar com essa palhaçada, é isso! Mas o que ele não pensou foi: Depois disso, depois de matá-lo, o que Shizuo faria?

~xx~

Irritado. Shizuo estava irritado. Suas mãos tremiam de tanta raiva que ele tinha. Já eram as benditas duas horas da tarde, e cadê Izaya? Neste momento, Ikebukuro já estaria de ponta a cabeça. Além de estar com raiva, Shizuo estava com mais dois sentimentos: 1° Estranho. Porque diabos Ikebukuro estava tão quieto? 2° Aquele, era um sentimento estranho afinal ele nunca havia tido. Era preocupação...?

Ele riu. Riu e acendeu um cigarro, logo depois ao olhar pro céu e lentamente ver a umaça escapar falou:

-Hmph... Vou acabar procurando ele no final das contas.

Logo, ao acabar a frase ouviu o "cavalinho de pau" que Celty havia dado com a moto dela. Estavam num lugar escondido, um beco. Onde ninguém via os dois. Então ela rapidamente peu se celular e escreveu:

-Vem ver!

-Eh? O-Ok.

Celty parecia empolgada, ou pelo menos Shizuo sentia isso afinal a feição de Celty não mudava... né? Então subiu na moto da mesma e rapidamente pararam. Afinal não ia precisar ir para a casa de Celty para ver o seguinte anuncio numa loja de televisões:

"Finalmente, Orihara Izaya foi preso. Preso, encontrado em Ikebukuro agora fora enviado para Tokyo"

Não precisou de mais nada. Mais nada que fizesse Shizuo estragar seu cigarro, tacá-lo no chão e amassá-lo com a ponta de seu pé. Logo após disso, deu um soco na loja e as pessoas ao redor se assustaram e correram. O vidro estava caindo, dando um toque reluzente ao redor do loiro. Logo virou para Celty e disse:

-Por favor... Me leve!

~xx~

Existe moto mais rápida que a da Celty? Não, não existe. E dentro de cinco minutos já estavam em Tokyo. Eles já sabiam até onde era a prisão, mas Celty estava estranhando. Não era para Shizuo ficar aliviado e feliz? Então por que ele estava tão distante e solitário?

Quando lá chegaram, viram o quão o lugar era grande. Era uma das prisões mais famosas de Tokyo e não era para menos. Andou até a recepcionista que ficou encantada com a beleza do homem, mas ntou sua solidão e raiva então resolveu nem tentar nada. 

-Deixe-me ver... Ver Orihara Izaya..

-Quê? Você faz parte do grupo dele?

-Não. Sou um... Amigo. E estou aqui para encher a cara dele de murro.

-Hm... Sim... Seu nome?

- He... Orihara Shizuo. -mentiu

-O senhor é da família dele?

-Sim, sou. Por parte de mãe, sou irmão dele.

-P-Pode entrar...

E entrou, escoltado por muitos homens ele entrou. Ninguém perguntou quem ele era, mas se era irmãos eles deveriam ter uma conversa  à sós e assim os deixaram. O lugar da conversa era amplo. Diferente de muitas, não tinha uma mesa e cadeira para se sentar. Era um vidro blindado que separava os dos lados da sala. Logo ali haviam microfones que os faziam ouvir a vós um do outro mesmo que houvesse o vidro.

-Izaya... -disse em tom raivoso

-Shizu-chan~ Veio me ver! - os olhos brilharam ironicamente.

-SEU BASTARDO, COMO VOCÊ FICOU PRESO SEU FILHO DUMA ÉGUA?

-Ora Shizu-chan~ um mago sempre tem suas fraquezas. Hidoi... Shizu-chan~ xingando minha mãe? Nananina não. Têm de voltar para a escola.

-Viado! Como você foi preso sem minha permissão?

-Heeeeh? Desde quando eu preciso fazer algumas coisas com sua pemissão?

-Desde...

Resolveu não falar nada., não podia falar nada...Afinal, o que ele tinha que falar mesmo? Deu um soco no vidro blindado, o que deu um medo em Izaya e uma face meia desapontada.

-N-Não tem como me atacar Shizu-chan~.

-Não quero te atacar seu bastardo. Estou tentando quebrar esse vidro...Porque... Ele não me deixa te tocar. MERDA!

Chutou, socou e chutou, e o vidro nem sequer rachava. Izaya estava olhando todo o esforço de Shizuo. Os olhos vermelhos acompanhavam as mãos que logo abriam feridas, e foi quando Shizuo levantou os olhos que percebeu os olhos cor de rubi que tanto amava, deixar cair alguns diamantes que eram chamados de lágrimas. Shizuo também podia jurar, que sentia aquela mão que estava aberta sobre a mão machucada do loiro. 

A outra mão posicionava-se em sua boca, Izaya não queria por nada nesse mundo que alguém o ouvisse chorar, muito menos ele. Shizuo, sem pensar duas vezes fechou os olhos e colocou seu lábio no vidro, abriu sua mão machucada e quando o fez Izaya corou, colocou o lábio no mesmo lugar que Shizuo havia colocado. Com um certo esforço pois estava na ponta dos pés, era como se aquele vidro não existisse. 

A cena seria, Shizuo beijando os lábios doces, agarrando o pequeno corpo e cruzando os dedos com os dedos de Izaya num movimento leve e cheio de saudade.

-Shizu-chan~ nande...?

-Izaya...

-Acabou o tempo os dois.

Eles não estavam mais se "beijando" então não levantaria suspeitas. Mas logo depois de seu tempo ter acabado, Izaya olhou fundo nos olhos do loiro, ainda estava chorando e é como se dizesse "Por...favor".

-Izaya! IZAYA! NÃO O LEVEM! NÃO! - era puxado para fora do recinto pelos guardas, mas não queria sair dali nem que fosse o fim do mundo.

~xx~

Logo depois, Shizuo foi tirado da policia viu Celty esperando por ele lá fora. Olhou para aquele capacete, e tinha visto uma mulher preocupada. Shizuo estava bom hoje em perceber.

-Shizuo, o que aconteceu?

-Você já deve saber né? Eu não posso deixar ele ali...

-Mas também não tem como tirar ele de lá. Precisaria de uma grande contia de dinheiro, e você não tem.

-Me ajuda...

-O que eu faço com vocês dois? Então, se você cometer desacato pega dois anos de cadeia e.... Em dois anos eu consigo o dinheiro.

-Mesmo? - preste atenção, Shizuo virou outra pessoa - EU TE AMO CELTY! - e logo voltou, andou para frente do policiamento e virou com um sorriso: - Obrigado, Celty.

Celty podia jurar que havia corado. Então, ela saiu de lá, não ia querer ver o estrago. Então, quando Shizuo entrou novamente naquele recinto deu um soco no primeiro policial que viu. E logo foi preso. Por acharem que irmãos devem ficar juntos, a menina recepcionista ajudou {sempre é bom uma fujoshi nessas horas né?} e colocou eles numa sela só deles. Onde também não havia ninguém naquele corredor. Era como se fosse para eles. Quando entrou Izaya, virou com os olhos vermelhos após ter chorado tanto. Olhou sem acreditar.

-O que você fez Shizu-chan?

-Ah dei uns soquinhos e tals.- riu

-Você descobriu né? Então está aqui só para me matar... -sussurrou baixo demais e alto o bastante para Shizuo ouvir

-O que?

-Descobriu minha fraqueza! Agora virá me matar, pois você sabe que eu não consigo te matar!

-Heh?

-Eu... não... -soluçou.Estava começando a chorar de novo - vou me entregar!Não vou deixar que você me ma...

Foi interrompido. Shizuo, agarrou o pequeno corpo contra o seu excitando-o cada vez mais. Colocou uma mão na coxa do menino e a outra no pescoço de Izaya, provocando um beijo de lingua muito mais do que cheio de saudade e sensualidade: cheio de amor. Izaya não aguentou, deixou que as lágrimas rolassem e que Shizuo tomasse conta de seu corpo,  envolveu os dois braços no pescoço do mesmo e levantou a perna que Shizuo estava segurando, deixando os dois cada vez mais excitados, mais e mais. E se fosse morrer ali, que se dane, pelo menos ia morrer feliz... Né? É. Então logo separou o beijo pois precisavam de ar, apenas um fio de saliva separavam os dois.

-Você... Fala demais Izaya.

-Shizu-chan~...

-Eu te amo seu bastardo, mesmo não querendo. E não ia te matar nem que eu quizesse. Afinal, você é o meu entretenimento, você é meu Izaya e de mais ninguém.

-Shizu...Shizuo!

Izaya se surpreendeu, foi atirado na cama e tentou impedir... Mas ele queria impedir?

-É hoje, que eu vou entender o que eu sinto Izaya.

-Shizuo...Eu te amo~.

Provocou. Bom, depois disso acho que devem saber o que tenha acontecido. Mesmo sendo estranho, eles se odiavam tanto que acabaram se amando. Estranho não? Pois é, mas como matar alguém que você ame tanto? Aquela noite fora um tanto sensual, iluminada pela luz da lua que presenteava aquela noite. Fora cheia de amor.

Depois daquele dia, dois anos depois Celty havia conseguido o dinheiro. Libertou Izaya no mesmo dia que Shizuo saiu da cadeia, logo depois de manhã e de tarde Ikebukuro era o caos, e de noite Ikebukuro era festa. Afinal...

"Desde... Desde que eu fiquei preso em você..." 

~xx~

Um dia estranho

"A noite ainda estava quieta. A lua estava com medo, por isso não aparecia, mas suas corajosas guerreiras estrelas estavam lá e os titães nuvens estavam a protegendo. Duas silhuetas femininas entravam no recinto de Izaya, ele não via os rostos mas sentia a presença.

-Izaya, ou você vem preso, ou nós matamos Shizuo.

-E como vocês podem me provar isso?

-Olhe atentamente para seu corpo.

Havia uma faca cravada em seu tronco, ele não viu quando ela foi atirada... Será que... elas eram mais rápidas que ele?

-Do mesmo jeito que isso aconteceu, pode acontecer com ele.

-Geez... Vamos me levem suas bastardas"