Got My Heart In Your Hands escrita por Julia


Capítulo 37
Evidências


Notas iniciais do capítulo

Eu queria deixá-lo maior, mas minhas ideias acabaram. Não tinha um nome muito melhor para o capítulo, então vai esse mesmo. Foi o melhorzinho que encontrei, hehe. Boa leitura. :*



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Com a blusa decotada, saia curta e salto alto, caminhando ao interior do hotel, Lachelle encontrava-se. Os hóspedes que saíam de seus quartos miravam nela, pois sua expressão facial aparentava ser sarcástica, como se estivesse planejando algo para dar um fim na banda Simple Plan. Aquele olhar frio, como de uma selvagem, que precisava alimentar-se da ambição.

Narração: David

– Meu amor, você já contou para os seus pais sobre ser gay? – Perguntei.

– Não, amor. – Respondeu Pierre.

– E você não pretende contar?

Pierre suspirou por breves segundos.

– Um dia.

– Mas é bom você contar, amor. Antes que seja tarde demais.

– Eu tenho medo.

– Medo de quê? – Eu disse entrelaçando nossos dedos. As mãos dele estavam mais frias que um cadáver. Ele tentou conter o nervosismo, mas não conseguiu, ele suava frio diante de minhas palavras.

– Medo de que eles não me aceitem.

– Eles são seus pais, te amarão da mesma forma.

– Eu não consigo ter essa mesma opinião. – Ele ainda suava frio.

– Amor, você tem que tentar. E eu estou aqui para tudo o que precisar. – Eu dei-lhe um beijo na testa, e sorri.

– Mas David, não é tão fácil se assumir assim, de uma hora pra outra.

– Pierre...

– Ah, para de me incomodar, já chega disso. Eu conto a hora que eu quiser e você não tem o que se meter! – Ele gritou comigo e saiu do quarto, batendo a porta furiosamente.

Ainda não consigo entender porque Pierre havia me tratado daquela maneira. Eu só quis ajudá-lo, sugerindo o que poderia ser melhor para nós dois. Agora eu estou aqui, sozinho, meu namorado deve estar com raiva de mim, e eu não sei mais o que eu faço. Sentei-me na cama e encostei-me à cabeceira da mesma, repensando no que havia feito de errado. Infelizmente, nada me passou pela cabeça, ele que me maltratou. Meu coração está sangrando, eu estou me sentindo culpado por tudo. Talvez eu tivesse sido rude, ele se sentiu pressionado, como se eu estivesse o ordenando. Mas eu não faria isso com ele. Alguns instantes após a discussão, Pierre voltou. Estava com um olhar de cachorro sem dono, mas o ignorei. Fiquei muito bravo.

– Amor, me desculpa. – Disse ele ajoelhando-se na minha frente, segurando as minhas mãos.

– Pierre, não precisava ter dito tudo aquilo.

– Eu sei, sou mesmo um idiota. Você só quis me ajudar, e eu não reconheci isso.

Permaneci fitando-lhe, sem dizer uma palavra, apenas ouvindo o que ele tinha para me dizer.

– Eu te amo. Não consigo me imaginar amando ninguém além de você.

Tentei repreendê-lo novamente, mas não resisti. As palavras sinceras de Pierre me cativam, e aquele sorriso lindo... É impossível se conter.

– Eu também te amo. Vem aqui pra mim, vem. – Abri os braços esperando que ele viesse em minha direção.

Pierre observou meus braços que já estavam abertos, e correu para me abraçar. Dei-lhe um selinho demorado, mas ele entreabriu os lábios, me dando passagem para que, assim, nossas línguas pudessem se encontrar. Não fiz por onde, e adentrei minha língua em sua boca, movimentando a mesma com a dele, em uma lenta sintonia, para poder sentir o gosto de seu beijo. Ele dava leves mordidinhas em meu lábio inferior, e sugava enquanto me beijava. Eu brincava com a língua dele, e sugava para a minha boca, tornando o beijo mais caloroso. Alteramos a velocidade, e nos beijamos de forma mais rápida. Eu já estava enlouquecendo com aquele momento, ele beijava muito bem, de uma forma sensual. Deslizei uma de minhas mãos até o seu abdômen definido. Resultado de muita academia. Fui levando a minha mão até o seu peitoral, e o arranhei levemente, porém deixando marcas vermelhas no local. Ele, como vingança, aproximou o seu rosto de meu pescoço, e beijou o mesmo. Pierre sabia de como eu ficava arrepiado quando ele fazia isso. Sugou o meu pescoço, e eu liberei passagem à nuca, colocando o meu cabelo de lado. Ele foi levando sua mão até a minha nuca, o arranhando, também levemente. Depois, ele sugou o meu pescoço e o mordeu. Gemi de dor.

– Amor, não precisava morder de verdade.

– Isso torna mais sedutor.

Confesso que fiquei com um pouco de medo do que ele ainda podia fazer, mas continuei, pois era muito bom fazer essas coisas com ele, o homem que eu amo. Levantei a sua camisa até onde conseguia, e ele me auxiliou erguendo os braços. E que braços! Não pensei duas vezes e comecei a beijar o seu peito, que já estava nu, e descia meus lábios até a barriga dele. Ele se arrepiou bruscamente, e soltou um leve gemido. Em seguida, retirei a calça dele, abaixando a boxer dele junto. Mas isso foi sem querer, eu juro. Pierre riu e fez o mesmo comigo. Com as calças arriadas e o membro já rígido, o joguei na cama. Ele ficou de joelhos sobre a mesma, e levantou o indicador, indicando que eu me aproximasse. Dei um sorrisinho malicioso e fui de encontro a ele, também me ajoelhando sobre a cama. Ele descia as mãos até o meu traseiro, e o apertava, fazendo com que a marca de suas unhas ficassem ali. Dei uma risada e logo passei minhas mãos por todo o seu corpo. Ele beijava as minhas pernas, e quanto mais ele fazia isso, mais eu gemia de prazer. Pierre era sedutor. Logo após, ele me deitou de costas, e penetrou em meus fundos. Minha respiração já se encontrava ofegante, e a dele também. Era tanto amor, que tudo com ele era perfeito, até os tapas que ele costumava me dar. Ordenei-lhe para continuar, e ele, ainda com o membro penetrado em mim, beijava as minhas costas. Eu já não tinha mais reações, eu gemia tanto que o mundo inteiro podia ouvir.

Ficamos ali horas e horas, e ao terminar, ele me algemou.

– Por que isso, Pierre?

– Sou seu policial, e agora você está preso, bandido.

– Mas já terminamos.

– De transar sim, mas de resto não.

Ele nem me deixou falar e já foi arranhando o meu peitoral. Minha vontade era de agarrá-lo, mas não podia, estava preso na cabeceira. Pierre contornava meus lábios com a língua, e sorria maliciosamente, mordendo a minha orelha em seguida.

– Assim você me mata. – Eu disse mordendo o lábio.

– Delícia.

Rebati-me para soltar-me, mas não consegui. Até que ele pegou a chave e abriu as algemas. Demos o último beijo e fomos para o banho, juntos. Ligamos o chuveiro e começamos a fazer guerrinha lá dentro. Enquanto a água escorria pelo corpo de Pierre, eu não pude evitar olhar. Ele pegou o sabonete e começou a se ensaboar, enquanto eu pegava o shampoo. No mesmo instante que pus o produto em minha cabeça, também pus na dele, mas acabou escorrendo pelo olho. Senti-me culpado.

– Desculpa, amor. – Já estava formando-se um olhar triste em minha face,

– Ai, isso arde muito. – Ele disse colocando o seu rosto debaixo do chuveiro, lavando-o depressa, e abrindo os olhos lentamente.

Dessa vez, eu saí antes de Pierre do banheiro, e vi Lachelle mexendo em suas gavetas, parecia estar procurando algum documento, pois sabíamos de que ela era interessada na fortuna de Pierre. Arregalei os olhos diante da situação.

– O que está fazendo revirando as gavetas do Pierre? – Exaltei-me.

Lachelle me olhou apavorada.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram do capítulo? Merece reviews? Digam que sim, por favor. ;-;



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