Eu e Justin estávamos juntos a uma semana. Não era namoro oficial, mais era uma ficada bem seria. Só quem sabia sobre a gente era Jenny, e alguns amigos nossos. Eu não falava com meus pais, Adam me ligava todo santo dia, mas eu não atendia.

Era terça feira, 9h30 da noite. Eu estava voltando da casa da Jenny a pé (meu carro estava no concerto), decidi cortar caminho pra chegar em casa logo.

Estava andando por uma rua apertada e meio escura com meus fones de ouvido quando de repente alguém me puxou e me jogou contra a parede.

- Adam? – disse assustada.

- Emma, você tem que voltar comigo ta me ouvindo? – ele falava eufórico.

- Adam, acabou ok? Para. – Estava tentando esconder o medo em minha voz.

- Não acabou! – Adam deu um murro na parede ao meu lado.

Aterrorizada, não conseguir dizer nada.

- Emma, eu te amo. Você também me ama, eu sei! – ele segurou meus dois braços. – A gente tem que ficar juntos Ems. – Ele aproximou o rosto do meu.

Olhei nos seus olhos, suas pupilas dilatadas, seu nariz vermelho... Percebi.

- Adam, você ta drogado! – Ele riu.

- Ah Emma, você fala como se fosse uma santa e nunca tivesse feito isso. Eu mais do que ninguém sei do seu passado. – Ele tinha um sorriso no rosto.

- Exatamente. Passado. Você tem que parar com isso Adam...

- Emma, cala a boca ok? – ele aproximou o rosto do meu. – Você e eu... – Ele me apertou contra a parede. – é assim que tem que ser. – Ele tentou me beijar.

Desviei meu rosto e tentei me livrar dos braços dele sem sucesso.

- Adam, me larga. – Ele tentava me beijar de qualquer jeito. – Socorro! – comecei a gritar.

Pra minha sorte, um barulho de viatura se fez de longe e Adam se assustou. Ele me soltou e começou a se afastar devagar.

- Você é minha Emma. Minha. Se eu não posso ter você, ninguém mais vai. – Ele saiu correndo pelas ruas.