Lucy ainda permanecia imóvel devido a surpresa de ser beijada, assim do nada e ainda por cima do Natsu, o cara que ela amava a estava beijando! Era bom demais para ser verdade, ela ainda deveria estar sonhando, e se fosse um sonho, que pelo menos nele ela aproveitasse um pouco disso, e foi com este pensamento que a loira retribuiu ao beijo do rosado.

 Nesse instante o rosado também se surpreendeu e não sabia dizer o quão estava feliz em sentir que a loira lhe retribuía ao seu beijo. Aos poucos ambos foram intensificando cada vez mais aquele beijo, que fora tímido de início e que agora queimava mais do que qualquer chama intensa em um incêndio.

 Quando finalmente lhes faltou ar nos pulmões, eles se separaram ainda ofegantes, mas sem desgrudar os seus olhares em nenhum segundo, apenas apreciando o que acabaram de vivenciar. Assim como imãs que se juntam, os dois se juntaram mais uma vez, e outra e outra... Até que finalmente Lucy tem um lapso de sanidade e empurra o rosado na cama.

 - N-Natsu... O que exatamente foi isso? – Ela tentava ao máximo escapar o seu olhar do dele, com o rosto em um tom avermelhado semelhante aos cabelos de Erza.

 - Um beijo, ou eu diria dois, três...

 - Não foi isso que eu quis dizer!

 - Então o que você quis dizer?

 - O que significou esse beijo?

 - 1° Foi mais de um beijo e 2° Significou exatamente aquilo que você deve estar pensando.

 - Eu não acredito! Natsu, você fez isso com medo de que eu descobrisse quem é o meu admirador secreto e perdesse a oportunidade de invadir o meu apartamento a qualquer momento!

 - Err... Nani?!

 - Que egoísmo da sua parte Natsu! Mas fique tranquilo eu não vou contar nada disso pra Lisanna.

 - O que a Lisanna tem a ver com o nosso beijo?

 - Você gosta dela ué, e se ela souber é bem capaz de querer me matar ou pior, mandar a Mira me matar e sem falar também que eu não posso partir o coração do meu admirador secreto, o que ele iria pensar se soubesse que o meu 1° beijo foi com você?

  - Eu não estou nem aí se a Lisanna descobrir, pra falar a verdade eu até que queria que a guilda inteira soubesse disso e... Espera aí! Também foi o seu 1° beijo?

 - Como assim, também?

 - Err... Bem... É que esse foi o meu primeiro beijo.

 - Eu... Err...

 - Fica tranquila Lucy, foi bom e se você quiser podemos repetir, o que acha?

 - Natsu! Isso é coisa que se diga!

 - Mas você não pode negar que também gostou do nosso beijo.

 - É... É claro que eu gostei baka! Se eu não tivesse gostado eu não o teria continuado.

 - Se você gostou, então...

 - Então o que?

 - Quer dizer que você gosta pelo menos um pouquinho de mim – Ao acabar de proferir tais palavras o rosado pode notar a coloração do rosto de Lucy mudar drasticamente para um tom muito avermelhado (N/A: quando eu digo muito, é MUITO mesmo! O escarlate do cabelo da Erza não chega nem perto).

 - ... – A loira ficou sem reação, conseguia simplesmente sentir o seu rosto arder e uma vontade enorme de encontrar um buraco para se enfiar naquele exato momento, mas sua reação seguinte foi de total espanto ao sentir novamente os lábios do rosado sobre os seus em um beijo mais sedento de desejo e que mais uma vez foi correspondido com igual intensidade.

 Depois de alguns minutos, assim que o ar lhes faltou nos pulmões, o rosado não perdeu tempo em ir distribuindo suaves beijos pelo rosto da loira até chegar a sua orelha e lhe sussurrar da forma mais terna possível algo que comprovasse que ele era o autor da carta que ela recebeu.

 -... Mesmo que você não me ame do mesmo jeito que eu te amo, eu vou ser capaz de te amar por mim e por você juntos, por que o amor que eu sinto por você vale por nós dois... E se eu não for o cara que você ama, me diz isso agora e nós paramos tudo por aqui e fingimos que nada aconteceu, apesar de eu saber que as coisas nunca mais voltarão a ser como eram antes entre nós dois.

 - N-Natsu... Como você... O que estava...

 - Como eu não saberia se fui eu que a escrevi para você? – ele disse com um pequeno sorriso se formando em seus lábios.

- Então...

 - Caramba Luce! Como você é lerda pra esse tipo de coisa... Depois o pessoal da guilda diz que eu é que sou lerdo nesses assuntos amorosos – ele faz uma cara de indignado de repente – Eu não acredito que você pode pensar que o striper do Gray ou o galanteador barato do Loke pudessem ter escrito a carta pra você, sinceramente, Luce como você pode pensar que eu deixaria que você se interessasse por esses manés?

 - Seu Baka! O que te deu na cabeça pra fazer isso comigo? Quando em milhões de anos eu poderia imaginar que algum dia você escreveria algo tão, tão... totalmente não Natsu pra mim! Tão oposto do que geralmente você faria... – as lágrimas da loira começam a rolar de seus olhos inconscientemente – E por todo esse tempo, você e a Lisanna...

 - Eu já te disse que não estou nem aí pra Lisanna, quem eu quero do meu lado é você! – disse se exaltando – Você sabe o quanto eu tenho me segurado pra não te agarrar? O quanto eu me seguro pra não te espiar tomando banho ou trocando de roupa? O quanto eu queria bater no Gray ou no Loke a cada vez que eles chegavam perto de você? O quanto o meu sangue fervia quando...

 Natsu foi calado... Calado por um súbito beijo... Beijo repleto de lágrimas... Lagrimas de alegria, e essas lágrimas não poderiam ser de ninguém menos do que de uma loira que estava agarrada em seu pescoço, e de onde ela não queria se soltar, de onde ela queria passar a eternidade a senti-lo, a contempla-lo.

 Mas como as leis físicas do nosso corpo não nos permite ficar sem oxigênio por uma infinidade de tempo, os dois tiveram de se separar, mesmo contra as suas vontades. De repente, em meio aquela explosão de hormônios, Lucy se lembrou de um pequeno detalhe.

 - Ne... Natsu, agora me diz como você soube que eu estava pensando de que esta carta fosse do Loke ou do Gray? Que eu me lembre eu não mencionei o nome de nenhum deles...

 - Err... Um passarinho vermelho me contou...

 - Você quis dizer uma titânia te contou, é isso? – “Eu juro que mato a Erza”.

 - É... Sabe Luce, eu não sabia muito bem como me declarar então... As meninas me ajudaram, e a Erza também...

 - Como assim a Erza também? Você não a considera uma garota?

 - Lucy, ela é um monstro! Aquilo não tem sexo, só uma aura maligna sedenta por sangue de jovens e indefesos magos.

 - Uhum e esse mago indefeso seria você?

 Ele dá uma pirateada – É claro que não, eu estava falando do Gray.

 Lucy começa a cair na gargalhada, com seus olhos já ficando marejados de tanto rir – Natsu, só você mesmo pra me fazer rir de algo tão bobo.

 - Você fala isso por que não foi você que passou o dia todo pensando em alguma maneira de se declarar pra pessoa que ama.

- Grande coisa, eu gasto todas as minhas noites pensando no idiota que eu amo e que até agora parecia que me via só como uma companheira de time, e eu jurava que ele estava apaixonado por uma amiga de infância e para completar quando eu chego em casa vejo a carta de amor mais linda da minha vida que eu jamais pensaria que um dia fosse ser destinada a mim.

 - Por que pesou que alguém jamais te enviaria algo do tipo?

 - Porque meu coração já tem um dono, e eu esperava do fundo no meu ser que viesse dele algum dia.

 - Então... Você já... – disse desapontado.

 - Já, e quer saber... Esse idiota está bem na minha frente agora e eu não acredito que ele ainda não me pediu em namoro depois de tudo que ele me escreveu naquela carta.

 Natsu deu um de seus famosos sorrisos de orelha a orelha e pula sobre a loira lhe beijando apaixonadamente, mas antes que perdesse a oportunidade novamente, Natsu se libertou a muito custo dos lábios rosados da maga estelar e sentou-se na cama, puxando-a para sentar-se em seu colo.

 - Sabe, eu não preciso te pedir em namoro.

 - E posso saber por quê?

 - Por que você já é minha, e eu tenho certeza que idiota nenhum vai querer se meter naquilo que já é meu.

 - E como eu posso garantir que você também será meu?

 - Simples! Eu venho morar de vez com você.

 - Isso é um pedido de casamento Natsu?

 - Humm... Droga! Prometi para o Happy que só te pediria em casamento no seu aniversario na frente de toda a guilda.

 - Você já tinha tudo planejado? – Ele acena positivamente – E se eu dissesse não pra você?

 - Aí eu tinha combinado com a Erza de te sequestrar e casar com você escondido e...

 - Natsu! Vamos com calma... por favor.

 - Ok, nos casamos no natal então.

 - Natsuuuu...

 - É brincadeira Lucy, eu quero me casar quando você estiver pronta, mas enquanto isso eu venho morar aqui.

 - Não tem troca ou devolução? – Ele fez beicinho – Ok, quem mandou eu me apaixonar por você?!

 - Seu coração!  Eu acho que com o meu aconteceu à mesma coisa – ele se inclina, e chega a centímetros dos lábios dela e sussurra – Namora comigo?

 - Sim – E selou os lábios de Natsu com os seus.

 O clima entre o casal estava esquentando, poderia dizer até que estava pegando fogo naquela casa. Ambos queriam explorar um ao outro, tocar, cheirar, sentir tudo que o outro poderia lhe proporcionar.

 Quando Lucy começou a despir as vestimentas do rapaz a sua frente, bem no calor do momento... Eis que escutam fortes batidas vindas da porta, e pequenas batidinhas insistentes na janela.

 Natsu e Lucy pararam tudo, e rapidamente tentaram se afastar um do outro, como quem diz “para apagar o fogo”. Enquanto Lucy foi abrir a porta, Natsu tratou de abrir a janela e se deparar com seu companheiro de assas entrar voando pela janela, e vendo que eram Gray, Wendy, Charlie, Levy e Juvia a entrarem pela porta desesperados.

 - O que aconteceu? Por que estão aqui tão tarde?

 - Fala logo o que você quer gelinho? – disse Natsu nervoso, e inconscientemente agarrando Lucy pela cintura.

 - O que você disse rosinha?

 - Olha seu...

 - Parem já com isso, temos algo importante pra fazer aqui – disse Charlie.

 - Isso mesmo, e Gray vista as suas roupas.

 - MAS QUANDO?

 - Deixe isso de lado, o que aconteceu Levy? – Perguntou Lucy aflita.

 - A Erza sumiu!

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Continua.....