O Herdeiro Dos Peverell escrita por Ditto, athena no seinto


Capítulo 8
Corujas + Coisa misteriosa


Notas iniciais do capítulo

Para aqueles que ainda tem um tempinho extra, poderiam dar uma olhada nos capítulos anteriores?
Estou adicionando imagens para tornar a história mais dinâmica



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Rosa PVD

- Diga Scorpius – pedi a ele, evitando olhar aquela cara de ‘viajando no hipogrifo’ do Lorcan – O que ele viu?

- Bem, tecnicamente eu não sei direito. Me contaram, afinal, não posso entrar na Sala Comunal da Corvinal – respondeu.

- E, quem contou? – perguntou Alvo.

- Uma corvinal segundanista, Huié Chang.

- A menina do coral? – Lysander esquecera completamente o pudim.

- Ela mesma! – Scorpius também esquecera o assunto.

- Quem ela é? – perguntei, para acabar com estes olhares cintilantes.

- Ah! Vocês não estavam aqui no começo da Seleção – disse Lysander, óbvio – Ela canta muito bem, praticamente ofuscou todos do coral.

- E como você a conheceu? – indaguei Scorpius.

O que eu não percebi, é que eu tinha berrado e fechado a cara. Agora, os quatro olhavam para mim assustados. “Será que é a adolescência que está mudando minha voz?”. Na verdade, eu estava nervosa com Scorpius. Mas o porquê eu ainda não sabia:

- Err... ela me... – parou e virou para trás.

Uma revoada de corujas invadiu o Salão. Várias aves indo de cá para lá, cheias de jornais entrelaçados e alguns pacotes. Uma delas quase que arrancou meu brinco:

- Ei, tome cuida... Ah! É você Pichitinho! Vamos, me dê o Profeta! Quero ver o que minha tia postou sobre o início do campeonato!

E ela descansou o embrulho sobre meu ombro. Escolhi-a no Beco Diagonal há alguns dias. O nome foi dado pelo meu pai.

Todo mundo lia seus jornais, até Scorpius voltara para a mesa da Sonserina. “Ainda bem, vai que ele acha que eu sou histérica ou algo do tipo?”:

- Posso ler com você? – era o Alvo.

- Ué, cadê a sua coruja? – olhei para os lados, procurando.

- A Edwiges não veio, muito estranho.

- Tudo bem, pode ler comigo – “Não, não está tudo bem, eu tenho o péssimo hábito de ler alto, e você vai descobrir logo”

Não deu outra, lá estava eu, recitando tudo como se fosse a própria colunista Gina Weasley – “E como atuais campeões, os Tutshill Tornados, contam nessa temporada com o neto de Rodrigo Plumpton...bláblá... os Falmouth Falcons ficarão de fora das primeiras três rodadas por espancarem os jogadores do Monstrose Magpies na temporada passada – Alvo soltou um palavrão – blablá... e é claro, o também favoritíssimo Holyhead Harpies, meu antigo time...

- Posso falar com você Alvo?

Alvo Severo PVD

- Teddy?

Eu, Rosa, Lorcan e Lysander nos levantamos. Teddy mantinha uma expressão de preocupação:

- Podem se sentar e aproveitar o café – começou – o assunto é apenas com Alvo.

- Comigo? Por quê?

Essa foi a pergunta mais paradoxal que já fiz. Se Teddy quisesse falar para todos o assunto que queria ter comigo, já haveria de tê-lo dito. Mas para minha total surpresa – e felicidade por não ser um xingamento – ele respondeu:

- É sobre... – pensou – a coruja!

Estava claro que era mentira, porém, eu o segui mesmo assim. Parece que nenhum dos meus amigos tinha engolido. Realmente ele não sabia mentir. Seguimos pela Escadaria Principal até o andar da Sala Comunal da Grifinória, em total silêncio. Comecei a pensar que iriam me castigar sobre a confusão no primeiro dia, ou sobre a bagunça no Expresso, ou será que realmente o problema era a Edwiges? ”Preciso quebrar este clima agora, antes que eu exploda”:

- Alvo, a Edwiges foi emprestada por seu pai para o Ministro da Magia, o Schaklebolt – Teddy falou primeiro, ainda sem olhar para mim - Tudo bem não é? Você não fica chateado?

- Chateado? Não. – “Chateado? Minha coruja agora está fazendo entregas para nada menos que o Ministro da Magia, deixe só Scorpius saber dessa!”

- No entanto, o que eu tenho a falar deve ser mantido em segredo. – parou e proferiu a senha para o quadro da mulher gorda – Pela sua aura, não me parece propenso à balbúrdias como seu irmão.

- Eu passo longe de baderna – “Como eu minto bem!”

- Venha, o que vou lhe entregar agora é uma relíquia da sua família, que me foi emprestado quando entrei no primeiro ano aqui em Hogwarts. Não pude aproveitá-la muito.

Subimos as escadas para os quartos. “O que será este objeto misterioso?”. Me segurou. Tinha um certo sorriso no seu rosto:

- Lembra-se da Capa de Invisibilidade que foi queimada há sete anos?

- Sim, foi papai que me contou isso.

- Então! – o riso rolou solto.

Não era preciso dizer mais. A Capa de Invisibilidade, meu sonho de consumo para trapaças e trambiques ficara sã e salva em Hogwarts por todos estes anos. ”Como ele a escondia de mim na época de férias?”. Não importa, pois eu também cai na gargalhada junto ao monitor da minha casa:

- Haha... Bem, vamos pegá-la! Está na sua mala? – tentei, contendo a risada.

- É claro que não! Você acha que eu deixaria este objeto valioso na minha maleta depois que virei monitor e não paro no dormitório? – dando a impressão de estar me ensinando o bê-á-bá.

- Com quem ficou?

- Com o Fred e a Roxanne é claro!

E com um batido forte, abriu as portas do dormitório do sexto ano, onde os dois irmãos já esperavam minha chegada. “O que ela está fazendo no dormitório masculino?”, pensei. Mas não estava tão preocupado assim. Já avistei minha capa nas mãos mulatas de minha prima, que por uma sorte – ou infortúnio – nasceu no mesmo ano que Fred, ela em Dezembro e ele em Janeiro.

Sim, era agora a hora de enrolar, enrolar e enrolar até não dar mais! Eu ia conseguir esta Capa e com ela iria invadir a Sala Comunal da Corvinal nesta noite de Domingo!


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Notas finais do capítulo

Será que Alvo conseguirá enganar os primos para ficar com a Capa?
Será que o grupo de sonserinos e grifinórios vai conseguir invadir o Salão Comunal?
Será que Rosa é parte veela?
Será que o quadro corvinal só viu um mero jogo de xadrez?
Descubram no próximo episódio da emocionante saga com bruxos, waffles e monitores!