O ônibus entrou no estacionamento e o motor foi desligado.

Deixem as bagagens no do ônibus, depois elas serão levadas até os seus dormitórios. –Ordenou a pequena motorista.

Eu ainda não entendia como ela conseguia alcançar os pedais. Logo uma fila se formou no corredor, eu não tinha colocado nome na minha bagagem e não queria correr o risco de ficar sem roupas, mas se eu levasse a bagagem corria o risco de uma punição, a que se dane! Prefiro minhas roupas. Eu ia me levantado do banco segurando a bagagem quando o moreno de sorriso encantador pairou a mão sobre meus ombros.

Pode deixar a bagagem ai, depois eles encontram o seu dormitório. Pode confiar em mim. –Gustavo disse com seu lindo sorriso no rosto deixando as covinhas à mostra.

Eu não sei o que tinha nele, mas me transmitia uma enorme confiança, deixei as bagagens no banco e entrei no corredor a garota gótica estava a minha frente comentando algo que não pude entender, descemos todos do ônibus e um guia nos esperava no estacionamento ele nos guiou ate o refeitório.

Bom-Dia a todos, sejam bem vindos ao acampamento Black Magic eu sou Oliday a diretora do acampamento e essa é Janine minha irmã e co-diretora. Espero que gostem do acampamento, estão todos dispensados voltem para o almoço ao meio-dia, por favor, retirem-se quero que apenas os novatos permaneçam. –Com uma voz suave disse Oliday, uma mulher de aparentemente 35anos com uma beleza devastadora, longos cabelos negros, olhos âmbar e pele branca como cristal sua irmã Janine, no entanto tinha curtos cabelos negros com leves cachos dourados nas pontas, olhos âmbar um pouco mais escuros e pele bronzeada.

O refeitório rapidamente ficou vazio eu estava muito nervosa, tinha apenas eu, a garota gótica, os gêmeos loiros, uma garota de pele morena e olhos verdes e ao seu lado um garoto muito alto. Gustavo ainda estava ao meu lado.

Eu vou ter que ir, mas lembre-se fique calma. –Disse Gustavo novamente com a mão sobre meu ombro.

Não sei o que ele fazia, mas me deixava muito calma, segura, me fazia confiar nele, talvez fosse a voz dele ou a mão dele sobre meu ombro ou talvez a união das duas coisas eu não sei muito bem, mas no local em que ele colocava a mão eu sentia certo formigamento. Em fim ele se foi e só me restou a duvida e uma enorme calma dentro de mim, Janine se aproximou de nós os “Novatos”.

Bom como minha irmã já disse, sejam bem vindos. Sentem-se a mesa. –Janine disse com um tom agradável.

Todos nos sentamos e Oliday se juntou a nós.

Então de vocês sabem por que estão aqui? –Perguntou Oliday, sem demonstra nenhuma expressão.

Ninguém respondeu.

E claro que não, foi o que eu imaginei. –Janine disse com um sorriso malicioso no canto da boca.

Dispensados, mais tarde eu converso em particular com cada um de vocês em meu escritório. –Disse Oliday se retirando do refeitório.

Não se esqueçam de olhar a lista na saída do refeitório para saber qual é, e onde fica o dormitório de vocês, boa noite. –Disse Janine também se retirando do refeitório.

Eu fui caminhando lentamente até a saída e dei uma olhadinha de leve no papel pendurado no mural próximo à porta, dormitório 12 junto com mais duas meninas.

O acampamento não parecia ruim, no pátio estavam evidentes os grupinhos. Permaneci andando lentamente observando cada detalhe para que eu não me perdesse o acamamento era enorme e eu nem sabia para que lado estavam os dormitórios.

Perdida Jenna? –Uma voz masculina suou ao meu ouvido.

Olhei por cima dos ombros para ver quem era e então o espanto era o Lipe (Felipe), não pensei duas vezes pulei em seus braços abraçando-o fortemente.

Nossa faz o que aqui? –Perguntei não sei por que mais temendo uma resposta.

Ainda não sei bem, coisas estranhas vinham acontecendo antes daquela dia em que fomos pegos pela policia e naquela noite tudo piorou. Não sei explicar do que se trata, desculpa. –Felipe disse um tanto confuso.

Tudo bem, eu te entendo. Algumas coisas estranhas vêem acontecendo comigo também e eu também não sei explicar. –Eu disse tão confusa quanto ele.

Precisa de ajuda? –Perguntou ele

Sim, não sei onde fica os dormitórios pode me ajudar? –Perguntei com um pequeno sorriso.

Sei sim, pelo menos isso eu sei onde fica. –disse Felipe com um sorriso largo.

Nós começamos a caminha por um caminho de pedras sempre em silencio.

Em fim pude avistar cabanas de madeira.

Aí estão os dormitórios. –Felipe disse olhando para as cabanas mais a frente.

Obrigada Lipe, deixe-me ir estou muito curiosa para conhecer minhas companheiras. Até mais. –Eu disse despedindo-me dele.

Até mais. –Felipe disse e eu já alguns passos a frente de onde ele estava parado.

Depois de alguns longos passos avistei o dormitório 12. Os dormitórios eram cabanas todas trabalhadas em uma madeira escura, eu abri a porta lentamente temendo o que estava por trás dela.

Pensei que nunca fosse conseguir chegar aqui novata. –Disse uma garota de pele clara cor de açúcar e médios cabelos loiros e lisos com mechas alternantes entre azul e rosa, seus olhos eram de um simples castanho escuro, mas ao me olhar nos olhos ficou cor de mel. Ignorei a mudança radical de cor de seus olhos e tentei ser gentil.

Bom antes tarde do que nunca. Esse acampamento e muito grande. –Eu disse sorrindo.

E realmente ele é enorme, desculpa meu nome é Kandellise, mas me chame de Kand o seu quarto e aquele ali. –Ela disse apontando para a porta de madeira clara

O meu nome é Jenna, obrigada pela recepção Kand. –Eu disse abrindo a porta do meu quarto e a fechando no mesmo momento.

Incrível a bagagem já estava lá. O quarto era uma suíte, então eu tomei um banho e coloquei uma bermuda jeans e uma blusa azul-marinho coladinha. Penteei meus longos cachos castanhos claros e como toda garota passei um blush rosado na minha pele branca para dar uma corsinha, passei também uma sombra verde-água para dar mais vida aos meus olhos marrons esverdeados.

Ao sair do quarto vejo Kand sentada à mesa junto à outra garota essa por sua vez tinha cabelos vermelhos fogo e uma pele bronzeada ela vira o rosto para me olhar e posso ver rapidamente que seus olhos são azuis.

Oi eu Jenna. –Disse me direcionando a menina.

Eu sou Marilly. –Ela disse e sorrio.

Eu ia me sentar à mesa junto a elas, mas ai então alguém bate a porta. Eu fui abrir e era Janine.

Era você mesmo que eu queria Jenna, venha comigo Oliday quer conversar com você agora. –Ela disse e virou as costas para que eu a seguisse.

Já volto meninas. –Eu disse e fechei a porta, estávamos aos um dez passos da cabana, mas eu ainda podia ouvi-las conversando sobre os garotos do acampamento.

Eu então entrei na sala de Oliday, e Janine ficou na porta.

Sim, Srt. Oliday me chamou? –Eu disse ainda sobre efeito da calmaria que Gustavo me passará mais sedo.

Sim eu chamei sente-se, vamos conversar sobre seus poderes. –Disse Oliday e as últimas palavras da frase me fizeram tremer. Como assim “CONVERSAR SOBRE MEUS PODERES?” eu tenho poderes?

Como assim meus poderes? –Eu perguntei temendo a resposta.

...