Two Worlds Collide escrita por FamousFanfictions


Capítulo 3
Três




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In home, feeling so lonely

O dia anterior havia sido difícil para Demi. Ela não gostava de sorrir para as pessoas e dizer que estava bem, sabendo que não estava.
Sua cabeça estava cheia, seu coração estava partido e ela não queria conversar com ninguém sobre isso porque sabia que não agüentaria e choraria. Demi odiava chorar.
Costumava dizer que além de se demonstrar fraca ao chorar, ficava com muita dor de cabeça depois. Nunca concordara com a teoria das pessoas de que chorar faz bem.
E pensando por esse lado, ela estava certa. Se chorar fosse algo bom, as pessoas choravam quando se sentiam bem, e sorriam quando se sentiam mal.
Agora, em seu dia de folga, ela estava sentada no sofá mudando os canais da televisão.
O cantor Jeremy Hunter desembarcou em Nova York ontem à noite e parecia bem feliz ao cumprimentar os fãs que o encontraram no aeroporto - A reportagem passava na TV.
Demi não conseguiu mudar de canal, ficou apenas olhando para a TV. Diferente do que a repórter havia dito, Demi conseguia ver a tristeza de Jeremy.
Essa era uma das ligações que eles tinham. Sabiam quando um não estava bem, mesmo que daquela forma, através da televisão.
Como costumava fazer, ela inclinou a cabeça para a direita e mexeu nos cabelos enquanto prestava atenção na reportagem que ainda falava sobre Jeremy.
A campainha tocou fazendo com que Demi pulasse de susto no sofá. Ela jogou o controle de lado e foi até a porta. Ali estavam Lindsay e Harry. O pequeno logo a abraçou, e mesmo o abraço sincero de uma criança a fizera se sentir - muito pouco - melhor.
- Não é sempre que a Madrinha dele está em casa! - Lindsay disse - Eu tive que contar os dias em que você estaria em casa Srta Demetria Devonne Lovato Hunter!
- É... A gente precisa conversar sobre isso também...
- Sobre a sua folga? O que tem de diferente nela?
- Não exatamente sobre a folga... Vamos, entre!
Quando Harry completou um ano de idade, Jeremy e Demi haviam arrumado um dos quartos da casa deles para o pequeno afilhado. Nesse quarto havia brinquedos que Harry desconhecia o modo de brincar, mas ele sempre se divertia quando ia à casa dos padrinhos.
- Você parece tão preocupada! - Lindsay comentou enquanto sentava-se ao lado de Demi no sofá.
- É o Jeremy... Ele foi embora!
- Embora? Embora como?
- Nós brigamos outra vez e dessa vez as coisas foram feias... Eu perdi a cabeça e o mandei sumir da minha vida e ele prometeu que faria isso!
- Meu Deus! E pra onde ele foi?
- Provavelmente para Nova York... Ele comprou um apartamento por lá para passarmos as férias. Era um ótimo lugar por estar perto tanto da família dele como da minha família. E nós nos desentendemos quando nos encontramos na volta dele da Turnê.
- Vocês escolheram a profissão de vocês. Ele escolheu ser cantor e você atriz, a falta de tempo é um obstáculo que vocês vão ter que aprender Driblar, Demi! Mas não fica assim, tenho certeza de que logo vocês vão se acertar!
Naquele momento foi impossível Demi conter suas lágrimas, mas ela foi amparada pela amiga que tentou ao máximo lhe passar segurança e positividade.
Mal Sabia Demi que a parte ruim de tudo ainda não havia chegado.
No dia seguinte, quando Demi abriu a porta de casa, havia um envelope na porta dela. A julgar pelo tamanho do envelope e do peso, Demi soube que havia algo importante ali dentro.
Mal pode acreditar no que seus olhos viam.
Ela esperava que aquilo acontecesse, mas ainda assim ficou completamente paralisada ao ler os papeis que estavam em suas mãos.
Precisou sentar-se para ler com mais cuidado o que ela já avia lido e re-lido milhares de vezes. Suas mãos tremiam e seus olhos estavam ficando embaçados por conta das lágrimas que se acumulavam.
Aquele era o papel que Demi temia receber em casa... O papel com o pedido de Divórcio.
Demi não assinou nada do que havia ali. Precisava de um advogado para ajudá-la compreender exatamente o que aqueles montes de termos significava.
Ela pegou o envelope amarelo nas mãos e olhou dentro para certificar-se de que nenhum papel - menor que os outros - havia ficado ali, quando viu algum objeto brilhando.
Aquilo foi o suficiente para que Demi desabasse.
Ao pegar a aliança de Jeremy nas mãos, Demi se sentiu completamente vulnerável. Não era aquilo que ela planejou para eles dois...
Demi apoiou os cotovelos sobre a mesa da cozinha e escondeu o rosto entre as mãos, ainda segurando a aliança que havia o nome dela gravado.
Vários momentos passaram pela cabeça de Demi. Momentos onde Demi nem sequer imaginava que as coisas chegariam àquela altura.
Depois de muito chorar, Demi suspirou fundo limpando as lágrimas do seu rosto e levantando-se da cadeira à procura de um copo para que ela pudesse beber água.
Era difícil passar pelo que ela estava passando, e todas as oportunidades de amenizar isso, eram consideravelmente tentadoras.
Enquanto pegava um copo, algo caiu no chão e ela olhou. Ficou parada por um tempo analisando as possibilidades, mas algo dizia a ela que aquilo não era uma boa idéia.
Demi abaixou-se para pegar a cartela com doze comprimidos brancos.
Com a cartela nas mãos, os comprimidos pareciam pesar toneladas. Era quase como se ela pudesse ouvir de um lado o anjinho dizer para ela desistir da idéia, e o diabinho dizendo para ela seguir em frente.
Ela balançou a cabeça tentando afastar as vozes de sua mente e decidiu dar ouvidos na hora ao anjinho. Pegou a cartela com comprimidos e a colocou dentro da primeira gaveta do armário, indo para o outro lado da cozinha para pegar sua água na geladeira.
- Está tudo bem... - Demi repetia para si mesma quase em um sussurro.
Assim que tomou sua água, ela voltou ao balcão e pegou as chaves do seu carro, indo direto para a garagem.
Para outras pessoas, até mesmo a opção de dirigir iria parecer uma decisão suicida, mas para Demi, era uma boa forma para se acalmar. Seu carro era como uma cápsula protetora, como se junto a ela nenhum problema pudesse entrar.
Era onde ela costumava pensar com mais calma, e de fato, o carro era o primeiro lugar que ela pensava quando estava com problemas.
Às vezes ela apenas entrava dentro dele, travava as portas e ficava lá, apreciando o silêncio, aproveitando a paz que o carro lhe proporcionava. Outras vezes, era necessário que ela o ligasse saísse com ele, mesmo que para uma simples volta no quarteirão... O carro era sempre sua primeira opção para se acalmar.

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