Me And You escrita por EllenGuedes


Capítulo 2
O cativeiro


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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POV’s Laura

Conforme a sua aproximação, fui podendo ver com um pouco mais de clareza o seu rosto, o tal homem parou em minha frente, me deixando ver perfeitamente seu rosto um tanto angelical, seus cabelos loiros, sua pele branca, seu corpo bem malhado, seus braços fortes, seus olhos cor de mel, seus lábios bem carnudos e rosados, seu nariz arrebitado.

“- Céus que homem é esse?” – Me questionei em pensamentos, analisei-o um pouco mais, o mesmo vestia uma camiseta regata da cor preta, uma calça jeans de um tom acinzentado, posta um pouco abaixo de seu bunda, deixando assim amostra sua cueca preta, seus tênis de marca da cor preta, uma corrente de prata no pescoço, brincos nas orelhas e um relógio preto no pulso esquerdo. Aparentemente ele não parecia um criminoso, e sim um belo de um filhinho de papai com mais ou menos vinte anos.

O mesmo se inclinou, ainda olhando em meus olhos, levou suas mãos ao apoio de braço da cadeira, deixando nossos rostos bem próximos.

“- Você faz perguntas de mais. Não acha?” – Sua voz era rouca e grossa. Uma bela voz pra um belo rapaz. Senti meu coração palpitar ao ouvir sua voz. Mantive-me fria, assim como o seu olhar também era.

“- Só quero saber quem são vocês e porque me seqüestraram.” – Disse sem me deixar abater pelo medo que aquele ser me metia pelo seu olhar.

“- Quem nós somos? Isso não interessa a você... Mas digamos que você apenas esteve na hora, no lugar e no momento errado.” – Concluiu voltando a sua posição anterior.

“- Me deixe ir embora, prometo não dizer nada a policia.” – Pedi calmamente. Mesmo sabendo que por dentro eu estava surtando de pânico.

Ouvi sua risada ecoar pelo local, uma risada um tanto irônica e debochada. O homem cruzou seus braços e pude notar que num dos seus braços estava escrito “Jay-B”. Logo deduzi que fosse seu nome. Voltei a olha-lo diretamente nos olhos.

“- Você acha mesmo que eu irei fazer isso?”­ – Perguntou ironicamente.

“- Me diga você.” – O retruquei, sabendo que eu poderia ser morta por fazer isso. Percebi sua feição mudar de irônico para irritado. “- Olha, não sei quem são vocês, só quero ir embora. Por favor, me deixe ir. Faço tudo que quiser, mas me deixei ir.” – Implorei. Ficamos em silencio e nos encarando, por um momento tive a duvida na minha certeza de querer ir embora. Mas logo sacudi minha cabeça de um lado para o outro tirando essa insana duvida de minha cabeça. Não havia cabimento, para que eu queria ficar ali? São assaltantes, criminosos, não sei do que eles são capazes.

“- Não...” – Concluiu serio e virou-se, me dando as suas costas. O fitei indo embora. Suspirei enquanto observava seu jeito de andar. E novamente senti meu coração palpitar. Confesso o cara era um puto de um gostoso assim como aquele outro loiro dos olhos claro. Mas sabia que não podia ter nem um tipo de contato com esse tipo de gente, ainda mais algum tipo de atração ou desejo.

Suspirei mais uma vez com meus ridículos pensamentos.

[...]

Já fazia um bom tempo que estava sentada ali, sozinha e amarrada. Minha bunda, minhas costas e meu pescoço estavam já doendo. Fechei meus olhos levando a cabeça para trás, estar ali sentada já estava me deixando pra lá de irritada.

Ouvi novamente passos depois de alguns longos e eternos minutos. Acho que depois que sair dessa, nunca mais vou desejar ficar sentada refletindo minha vida. Baixei minha cabeça abrindo meus olhos, encontrei o loiro dos olhos claros novamente a minha frente. Dei um meio sorriso discreto ao vê-lo. Por quê? Bom, eu também gostaria de saber.

O mesmo se aproximou e desamarrou minhas pernas. O que foi um alivio, pois aquelas cordas já estavam a me machucar.

“- O que vai acontecer comigo?” – Perguntei com a voz falha, minha garganta já estava seca, tão seca que mal podia falar.

O tal loirinho, não me disse nada, apenas me olhaste e logo me puxou para fora do galpão. Olhei em volta e percebi que só havia montanhas e arvores. Um lugar totalmente deserto. Fui posta novamente na van preta e com o saco de pano na cabeça. Suspirei e senti o carro dando partida.

Um celular tocou e então percebi que eu não estava com minha bolsa, muito menos com meu celular.

[...]

Senti minhas mãos livres, e logo tiraram o saco de pano de minha cabeça. Fechei os olhos com um pouco de dificuldade devido á luz do dia. Depois de alguns piscar de olhos para me acostumar com a claridade, eu avistei uma mansão linda a minha frente. O loirinho andou a minha frente e eu acabei por segui-lo.

A mansão por dentro era bem decorada, tinha alguns detalhes femininos. Aparelhos eletrônicos de ultima geração os moveis postos estrategicamente nos lugares. Em fim era tudo muito bem arrumado e limpo. Subimos uma escada com um pouco mais de dez degraus. Entramos em um corredor único cheio de portas. Continuamos a andar silenciosamente, até pararmos no meio do corredor, o loiro abriu uma das portas e me olhou.

“- Você dormirá aqui.” - Disse-me ríspido.

“- Como assim? Quando vou poder ir para minha casa?”- Perguntei confusa.

“- Pensei que já estivesse dado adeus a sua vida normal.” – Debochou-me.

Fiquei calada tentando pensar na sua ultima frase “- pensei que já estivesse dado adeus a sua vida normal”. O que realmente ele quis dizer com isso? Atravessei a porta e notei um quarto pra lá de lindo. Tudo muito bem decorado assim como a entrada da casa. Sabe aquelas casinhas de boneca que agente sempre sonhará um dia em ter?! Então, aquela mansão era exatamente uma dessas casinhas de boneca.

Sentei-me na beirada da cama, olhando fixamente para o chão. Sua frase ainda não saia de minha cabeça e, além disso, tudo que eu pensava é como seria minha vida dali em diante, já que pelo que deu a entender não irei nunca sair dessa casa. Suspirei e ouvi o loiro falar comigo.

“- Esteja pronta para o jantar as oito, Bieber não gosta de atrasos” – Disse-me com uma de suas mãos na maçaneta da porta.

“- Quem é Bieber? E eu não tenho roupas aqui.” – Eu parecia bastante calma e conformada para quem foi recém sequestrada. Mas pelo menos eu estava assim devido os meus “sequestradores” não estarem me batendo fazendo-me falar algo que não sei, eles até que estão pra lá de generosos me deixando viva e me dando um “cativeiro” melhor do que eu pensava para passar os dias que eu ficarei “sequestrada”.

“- Se abrir o guarda-roupa você vera roupas.” – Debochou e saiu apenas dizendo para eu ficar pronta as oito horas em ponto. Procurei um relógio que acabarei de encontra no criado mudo do lado direito da cama, marcavam recém quatro horas da tarde. Joguei-me para trás – deitando na cama -, fitei o teto branco pensando ainda como será a minha vida dali em diante e acabei por dormir.

[...Continua...]


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Notas finais do capítulo

Se gostarem comentem ou indiquem.



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