A Fênix escrita por potterlovegood


Capítulo 2
O primeiro jantar




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Aquele trem parecia não ter fim, depois de caminhar um monte, Cindy achou um vagão quase vazio, só havia uma menina, tão loira que chegava a ter cabelos quase brancos, e lia uma revista. Cindy entrou e a garota nem percebeu, sentou e a garota nem ouviu. Achou muito estranho, mas não queria atrapalhar a sua leitura. Começou a olhar para a janela, a cidade já estava longe, agora via vastos campos, mas de repente viu um pontinho azul no céu. Ele foi chegando mais perto, mais perto... Era um carro! Para ser mais precisa, um Ford azul voando! Ela saltou do banco, só podia estar enlouquecendo, não podia ser um carro, não voando! O carro girava e dava piruetas no céu, até sumiu da vista dela, tão rapidamente que Cindy ficou boquiaberta.

- De-desculpe, mas você viu o q-que eu vi? – gaguejou Cindy à menina.

- Ah... O carro? Vi sim, bonito né? – respondeu a menina, sorrindo.

- Bonito? Isso é normal pra vocês? - disse Cindy, agora com os olhos arregalados.

- Não... – disse a garota agora pensativa – Você acabou de conhecer magia não é?

- É, conheci a menos de um mês, acho que não me acostumei com varinhas, vassouras e carros voadores. Meu nome é Cindy Collins, e você é...

- Luna Lovegood. Eu conheço magia desde que nasci, mas é meu primeiro ano em Hogwarts também.

Cindy mal tinha começado a conversa com Luna quando foi interrompida por uma menina, não muito alta, de cabelo cacheado, armado e castanho que parecia muito preocupada

- Desculpe, mas é que eu estou procurando dois meninos, um ruivo, mais ou menos do meu tamanho junto de um de cabelo preto, de óculos e com uma cicatriz na testa, vocês viram?

– Não, não vimos ninguém, eu sinto muito... – disse Cindy.

De repente tudo ficou preto aos olhos de Cindy. E quando a luz voltou, ela não estava mais no vagão com as duas meninas. Ela não sentia o chão, mas via um céu escuro, provavelmente era de noite. Via o carro azul novamente, só que desta vez consegue ver quem estava dentro, eram dois meninos, um muito ruivo e o outro com cabelo mais escuro e óculos. O carro começou a cair, eles gritavam, mas Cindy não ouvia nada. Eles pareciam apavorados, tanto que um deles tentou resolver o problema com sua varinha, que acabou quebrando. Gritando, apavorados, eles caíram em uma árvore muito estranha, porque ela começou a se mexer, e a bater no carro, a sacudir, estava quase matando os dois garotos. Cindy sentia dor, queria gritar, precisava pedir ajuda, mas não conseguia se mexer, não consiga chegar ao chão. Tudo ficou escuro novamente.

A luz voltou simplesmente do nada e ela estava de volta ao vagão do trem, Luna e a garota de cabelos cacheados estavam a sua frente pareciam preocupadas.

- Você está bem? Parece pálida. – disse a garota - Foi muito estranho, você parou, não piscava, nem parecia que respirava, parecia morta, só com olhos abertos.

- Ai... Estou bem, só estou com um pouco de dor de cabeça. – mentiu Cindy, que não estava com um pouco de dor de cabeça, sim com sua nuca queimando - Quanto tempo eu fiquei parada?

- Ah... Menos de um minuto.

– Acho que você teve um tipo de acesso pode ter sido causado por uns bichinhos, os besugs, que entram na sua mente e a fazem mergulhar em um sonho profundo, só que de olhos abertos, meu pai escreveu sobre eles uma vez e... – dizia Luna, quanto foi interrompida pela a outra garota.

- Toma um pedaço de chocolate, - tirando uma barra de chocolate do bolso – talvez isso ajude.

Cindy pegou um pedaço, não melhor muito, mas não quis dizer nada.

- Hermione, até que enfim te achei! O que você está fazendo? Achou eles?- disse uma menina muito ruiva que se aproximara do vagão.

- Não, ainda não. Desculpe Gina, mas é que esta garota tava passando mal, ai me distrai.

- Vocês estão procurando dois garotos, um muito ruivo e outro de cabelo mais escuro e de óculos, não é? - disse Cindy - Bem, eu acho que vi eles, sei que pode parecer loucura, mas eu não duvido de mais nada agora, mas eles estavam dentro de um Ford azul voador, acho que em direção a Hogwarts.

- Serio? – perguntou Hermione, com cara de “tenho cara de idiota, é?”– Você está brincando, não é? Acho dor de cabeça afetou você.

- Não, Hermione, ela pode ter razão, papai tem um carro voador, eles podem ter pegado. Mamãe vai ficar louca quando souber! – disse Gina.

– Ai aqueles dois, eles podem ser expulsos! E se alguém vir eles? E se eles se machucarem? Eles só sabem se meter em confusão! – berrou Hermione, agora mais preocupada do que antes.

Cindy e Luna passaram o resto da viagem com Hermione e Gina. Hermione que passava a maioria do tempo andando de um lado a outro, gritando e falando sozinha, era muito estranho, mas também muito engraçado.


Quando chegar em Hogwarts já era noite. Cindy não parava de pensar naquela sua visão. Pensou tanto nisso que nem percebeu como veio parar pra dentro do castelo e nem do que aquela professora com óculos e magra estava falando, aliás, só seguiu o resto dos alunos. Atravessou um salão com umas quatro mesas compridas aonde havia muitos outros alunos. Eles pararam, e a professora começou a chamar o nome das pessoas, e essas iam lá na frente de todos e a professora botava um chapéu esquisito na cabeça delas. Cindy nunca esteve tão por fora do que estava acontecendo, então voltou a pensar como os dois meninos estariam: o Harry e o Rony. Até que...

- Collins, Cindy?

– Oi? – disse Cindy

- Venha aqui, por favor – falou a professora

Cindy obedeceu, muito assustada e confusa. Sentou-se em um banquinho e a professora botou o chapéu velho e esquisito em sua cabeça e... Ela começou a falar! “Meu Deus do céu, como é que um chapéu fala? Da onde isso? Será que tudo fala nesse mundo da magia? É muito para mim” pensou Cindy.

- Grifinória! - foi o que o chapéu gritou depois de cochichar muitas palavras que Cindy nem ouviu, pois estava muito mais preocupada com o fato de um chapéu estar falando com ela.

Cindy caminhou até uma mesa onde Hermione estava, tentou falar com a garota, mas ela não ouviu. Gina logo foi acompanhá-las nessa mesa. Cindy estava muito zonza, e do nada apareceu a comida, “Em um momento essa mesa estava vazia e em outro, ZAM! Aparece um monte de comida!” pensava ela enquanto comia, e o mais estranho era que ninguém parecia muito surpreso com tudo aquilo. Depois de jantar, acompanhou um tal de Percy, que dizia que ia levá-los a sala comunal da Grifinória. Andaram por corredores velhos e escuros, subiram escadas que mudavam de posição, assustando os pequenos alunos do primeiro ano. Cindy era obviamente a mais assustada, ela estava zonza, tonta e com muito dor na sua nuca.

Até que chegaram à frente de um quadro de uma mulher gorda, ele disse “suco de abobora” e o quadro abriu, deixando exposto um buraco. Dentro havia uma sala muito grande e bonita, com sofás, lareira, e muitos alunos conversando, afinal, tinham passado dois meses sem se ver, tinham muitas novidades a contar. Cindy se sentiu bem, se sentiu em casa, algo que desde tinha chegado ali não tinha sentido.

Poucos minutos depois, dois meninos, Rony e Harry, os meninos que tinha perdido o trem, chegaram. Hermione ficou tão aliviada, parecia feliz, mas logo começou a xingá-los.

- Como é que vocês me fazem isso? Vocês podia ter se acidentado? Sidos expulsos, sabiam? Vocês são loucos?

Os dois levaram a garota histérica para um canto e começaram a falar. Cindy estava falando com Gina, as duas estavam muito interessadas no que tinha acontecido, então de tanto Cindy querer, ela começou a ouvi-los falar, mesmo estando muito longe dos três.

- Gina, está ouvindo? Eles estão falando! Um tal de Dobby... você o conhece? Elfo doméstico? O que é isso?

- Cindy, não estou ouvindo nada. Da onde você está tirando isso? Elfos domésticos são criaturas que trabalham na casa dos bruxos, fazem serviços domésticos, mas porque você quer saber?

Cindy não entendia como a amiga não conseguia ouvir, estava tão claro. Não deu bola e continuou ouvindo, “quando fomos passar a passagem estava fechada, não conseguimos passar...” falou o Harry, “então tiveram a brilhante ideia de usar o carro do pai do Rony?” falou a garota. ”Ai estou com tanta fome...” falou o Rony, ou será que falou? Porque ele não parecia ter mexido a boca! “Bruxos são loucos e imprevisíveis, se existe chapéu que fala, existe bruxo que fala sem mexer a boca” pensou Cindy.

- Cindy, o que você está fazendo? – perguntou Gina

– Ouvindo o que eles estão falando, sabia que o Rony acabou de falar sem mexer a boca? Isso é normal para vocês?

– Não... Vamos dormir, acho que você já está tão cansada que está imaginando as coisas - falou Gina puxando a Cindy, pois a garota ainda querida ficar lá ouvindo a conversa.

O que Cindy queria mesmo saber é se o que ela viu aconteceu mesmo, se os dois garotos bateram na árvore maluca que se mexia, mas a amiga puxou-a para o dormitório das meninas.

O dormitório era enorme e comprido. Parecia que eram muitas salas abertas e uma se conectava com a outra. Elas acharam os seus malões, e por sorte, dormiam uma do lado da outra. As camas eram todas iguais, com uma cortina vermelha com detalhes em dourado em volta delas, e era muito engraçado ver todas aquelas garotas, Cindy nunca imaginou como um dia ela poderia ver esse dormitório vazio.








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