A Fênix escrita por potterlovegood


Capítulo 1
Família Collins


Notas iniciais do capítulo

É a primeira vez que escrevo uma fic, espero que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/229901/chapter/1

Numa casa azul, no subúrbio de Southend, ouvia-se a alegria infantil transmitida em vários gritos e risadas. Anna Collins, de apenas quatro anos, corria pela casa. Por onde passava a garotinha alta e magricela, deixava os rastros de um furacão. Seus cabelos lisos e compridos dançavam com a brisa que vinha da janela aberta. Atrás dela, um homem e uma mulher gritavam e tentavam não deixá-la fazer maior bagunça, uma tarefa um tanto impossível. O homem, chamado Jeremy Collins, era alto, um pouco barrigudo por causa da idade, tinha bigode e cabelos lisos num tom caramelo, já a mulher, Vivian Collins, era mais baixinha e magra, de cabelos lisos e dourados iguais a os da filha.

Sentada em um sofá da sala, Cindy Collins, a filha mais velha do casal, que havia completado onze anos no final do ano passado, tentava se concentrar na leitura de um livro, mas o livro e o barulho tornavam isso outra tarefa praticamente impossível. “Leitura obrigatória de férias, tem algo mais chato que isso?” resmungava a garota por dentro. Ela não era muito alta, mas era magra, de cabelos ondulados quase crespos muito negros, que escondiam uma secreta marca de nascença. Uma marca borrada em tons de vermelho e dourado, que desde seu aniversário anterior ficava cada vez mais nítida, parecendo uma estranha ave vermelha e dourada.

Depois de toda essa bagunça, Jeremy e Vivian desistiram de alcançar a filha e se jogaram no sofá, acabados. Mal tinham se acomodado quando a campainha tocou. Jeremy levantou-se e abriu a porta.

– Boa noite senhor Collins, que noite agradável, não? – perguntou um homem velho, de barba comprida. Usava uma túnica azul e tinham um sorriso sincero estampado no rosto. – Precisava conversar com o senhor, será que eu poderia entrar?

– Sim, claro...– disse o Sr. Collins estranhado uma vista a essa hora da noite – Senhor...

– Dumbledore. Alvo Dumbledore. Obrigado

Ele entrou. Passou por um pequeno corredor de entrada e seguiu Jeremy até uma sala bem grande onde estavam sentadas Viviam, Cindy e Anna

– Bom, será que poderíamos conversar a sós? O senhor e sua filha mais velha? – falou Dumbledore

– Claro. – disse o Sr. Collins mais desconfiado, o que será que este velho queria com sua filha? – Vivian será que poderia subir com Anna e nos deixar a sós?

Vivian olhou preocupada para o marido, mas obedeceu, tendo alguma dificuldade em conduzir a pequena Anna para cima, ela estava eufórica. Ao fechar da porta, Dumbledore sentou-se e começou:

– Eu estou aqui para ter o prazer de lhe informar que sua filha foi aceita para estudar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

– O quê? – perguntou o Sr. Collins boquiaberto – O senhor está bêbado?

– Não, senhor. Creio que estou muito sóbrio. – disse Dumbledore, agora encarando Cindy com os seus olhos azuis brilhantes – Sei que bem no fundo, você sabe que eu não estou falando besteira, não é querida? Magia existe e eu fico feliz em dizer que sou um bom bruxo, aliás, sou diretor de Hogwarts.

– Não, me leve a mal, mas Sr. Dumbledore, o senhor está blefando. – disse Jeremy, começando a ficar irritado – Acho melhor levá-lo a um hospital ou...

– Deixe-me mostrar ao senhor como falo sério – interrompeu Dumbledore. Ele virou-se para a lareira, que, ao encontro do olhar do homem, ascendeu. Cindy olhou para o fogo, maravilhada. Então magia existia mesmo, todas aquelas coisas inexplicáveis que aconteciam com ela vieram à tona. Ela era uma bruxa, não uma criança estranha. Mas Jeremy Collins ficou muito assustado, quem era realmente aquele velho que parecia tão simpático?

Dumbledore pôs uma das mãos no bolso, tirou uma carta do bolso e entregou a Cindy. Sr. Collins olhava enviesado para Dumbledore, não estava gostando dessa ideia de bruxaria.

A carta dizia exatamente o que Sr. Dumbledore acabara de dizer, ela fora aceita na tal escola Hogwarts. Ela deferia comparecer na plataforma 9 e ¾ no dia primeiro de setembro, na Estação de King’s Cross, às 9 horas da manhã. E depois vinha um anexo de todo o material necessário, que incluía uma varinha, diversos livros, um caldeirão, coisas que Cindy antigamente achava que mal podia existir. Mas mesmo assustada, ela sorria.

Dumbledore ficou muito satisfeito com o sorriso da garota. Explicou a ela e a seu pai, que parecia muito aborrecido, onde comprar os matérias, um lugar chamado Beco Diagonal, como encontrar a plataforma 9 e ¾.

– E a minha outra escola? – perguntou a garota, recheada de novas informações.

– Sinto muito, mas vai ter que deixá-la. – disse o diretor, fingindo chateado.

– Não, isso não. Minha filha precisa ir à escola normal! Qual vai ser o futuro dela sem a escola?- disse o Sr. Collins, rispidamente – E quem disse que eu deixei você entrar nessa escola esquisita? – e fitou Cindy, brabo.

– Desculpe a grosseria, senhor, mas a sua filha vai sim para a minha escola. É muito importante que ela vá. Lá ela é o futuro dela. Ou o senhor achou que bruxos só por serem bruxos, não trabalham ou ganham dinheiro? – disse Dumbledore, num tom mais alto.

– Pai, por favor, me deixa ir... – choramingou Cindy.

Jeremy encarou a cara chorosa da filha, ainda não convencido. Depois uma longa hora, Jeremy cedeu, mas com uma única condição.

– A condição é que isso não afaste você da nossa família, querida. Das coisas normais, das coisas daqui. Nós te amamos tanto... Não queremos perdê-la... – disse Jeremy, com seus olhos azuis brilhando em lágrimas, abraçou Cindy.

– Bom, a minha missão está comprida. – disse Dumbledore, depois de alguns minutos – Adeus, querida. Vejo você no dia primeiro de setembro. – e piscou para Cindy, abrindo a porta da sala.

Jeremy acompanhou o homem até a porta, ainda tinha dúvidas se havia feito a escolha certa.

– Professor! Professor! – gritou Cindy, saindo da sala e indo atrás do velho que já estava na porta.

– O que foi querida? – perguntou o professor, surpreso.

– Por favor, me responda só mais uma pergunta... – disse Cindy, seu coração estava acelerado, como se esperasse todos esses anos para fazer essa pergunta.

– Todas as que você quiser. – respondeu o senhor, gentilmente.

– Por que eu?

Dumbledore calou-se, imóvel, surpreso. Sr. Collins encarou o velho, temendo a resposta. Cindy olhava preocupada para os dois homens, não era essa a reação que esperava.

– Acho que... – começou Dumbledore, um pouco atrapalhado- Acho que não posso lhe responder esta pergunta agora, mas... Mas eu prometo que, quando eu tiver certeza absoluta, terei muito prazer em lhe responder– e sorriu – Adeus, Sr. Collins, adeus Srta. Collins, obrigado. – e saiu.


As semanas passaram, o silêncio e o nervosismo podiam ser visto rodeando aquela bonita casa azul. E o dia primeiro de setembro chegou. Cindy e sua família foram para Londres, mais precisamente, para a Estação King’s Cross, passaram pelo pilar entra a plataforma nove e dez e se surpreenderam com um enorme trem, o Expresso Hogwarts, e com muitos alunos e famílias de despedindo. Cindy despediu-se também, e quando o relógio marco nove horas, ela embarcou. Não, não era um sonho. Sim, magia existia.





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Contários, please!