Conexão Seattle escrita por Karmen Bennett


Capítulo 33
Sem saída


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo. Primeiramente muito obrigada pela compreensão daqueles que me compreenderam. Nunca pensei em sentir tanta saudade de amigos virtuais como sinto de vocês, sabe talvez esse nosso novo sistema dê certo, torço pra que dê. Não dá pra esperar todos os leitores responderem ao aviso, mas como sugerido pela maioria teremos capítulos quinzenais e mais curtinho. QUINZENAIS? uma semana CS, outra semana MMV. Podem haver mudanças ao longo do percurso. Vamos rezar pra dá tudo certo. Muita calma, ok? Foco.Espero que gostem, boa leitura!



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–O que? –Perguntou atônito. –Que brincadeira é essa, como assim levaram...

–Não é brincadeira Freddie, sinto muito. Olha só, tenta ligar pro seu tio...

Sentindo as forças se esvaírem do corpo, Freddie caminhou alguns passos e se apoiou no balcão da recepção, que naquele momento se encontrava vazia. Só então se recordou de que estava a horas sem comer, de que dormira pouco na noite passada, e que não se encontrava minimamente disposto a ir a uma delegacia naquele momento. Mas era preciso. Ele sentiu as mãos de Sam apoiando-o pelos ombros no instante em que achou que ia cair, e se endireitou, encarando as duas meninas que o olhavam preocupadas.

–Vão pra casa. –disse esfregando o rosto. –eu vou pegar um táxi e... Deus, não sei pra onde a levaram... Carly, por acaso você na viu ou ouviu...

–Quando eu cheguei ela já estava entrando na viatura... Algemada...

–Carly!

–Me desculpe...

–Está tudo bem. –Disse sentindo-se zonzo. –Eu vou... Tentar ligar pra ela...

–Como se mal se aguenta em pé? –Perguntou Sam. –Você tem que ir pra casa, se alimentar e descansar...

–Mas é a minha mãe, Sam!

–Eu sei! Mas nem ao menos sabemos pra onde a levaram, então... Por favor, vamos subir, ela não deve demorar a ligar aí nós vamos, está bem?

Sem responder absolutamente nada, Freddie se deixou conduzir pela garota, que o fez caminhar até a porta do elevador, onde se puseram a guardar o equipamento. Carly permaneceu próxima à recepção, planejava sair ainda aquela noite, mas resolveu espera-los subir.

Assim que os dois subiram, Carly saiu do prédio pensativa tentando inutilmente imaginar por que a senhora Benson e encontrava naquela situação. Mas teve, rapidamente os pensamentos retirados daquele problemas e focado em outro, talvez muito mais grave. Missy havia acabo de ligar, extremamente nervosa, afirmando estar precisando de ajuda. Não imaginava o que havia acontecido, e foi em meio a esses devaneios que se esbarrou com um corpo na rua.

Ela pediu desculpas e tentou se, afastar sem encarar a outra pessoa, mas foi contida pelo pulso esquerdo.

–Não fala mais com os amigos, Carly? –Perguntou o garoto.

–Ah, é você. O que você quer Griffin, estou com pressa!

–Tem ideia do quanto está linda essa noite? Consegue se superar a cada dia!

Ela sentiu as maçãs do rosto afoguearem e aquilo a irritou ainda mais. Achava inadmissível a forma como aquele garoto conseguia mexer com ela.

–-Cai fora daqui! -Gritou desvencilhando-se.

–Por que todo esse ódio, eu te fiz um elogio!

–Não te autorizei a me elogiar, o que, acha que fico dando intimidade a qualquer um?

–Não sou qualquer um. -Disse aproximando-se. -Sabe disso.

–Chega pra lá! Se encostar em mim, eu chamo a policia e digo que tentou me atacar.

–Ok... Mas se mudar de ideia, passa lá em casa. Minha mãe não vai dormir em casa hoje, então...

–Que se dane você e a sua mãe! -Gritou acenando pra um táxi.

–Grossa!

Sem responder, ela entrou no veículo que parava e bateu a porta com força, sentindo todo o corpo tremer de raiva. Mais inadmissível do que a forma que Griffin mexia com ela, parecia ser o fato dele só procura-la quando a mãe não estava por perto, chegava a ser ridículo.

Ela lançou um breve olhar pra traz e o viu se afastando lentamente. Teve que admitir que ele parecia ficar mais atraente a cada dia que passava. Odiando-se por sua fraqueza, ela se encostou no banco e voltou a direcionar os pensamentos para problemas mais série, que pareciam dispostos a se multiplicar a cada dia.


Após rejeitar mais uma chamada de Shelby, Sam voltou a mexer os ovos na panela tentando inutilmente não se deixar abalar pela culpa que sentia. Era ciente de que quando aquilo tudo passasse, ou mesmo antes, poderia ver Freddie se distanciando, e mesmo assim não se importava em prejudicar a banda para ajuda-lo. Sabia que ele não era uma propriedade sua, que era livre pra fazer o que bem entendesse, mas ainda assim, gostava do que estava fazendo. De apoia-lo naquela situação difícil, de cuidar para que ele não sofresse ainda mais. Era uma coisa que não gostava de dizer em voz alta, sentia-se constrangida, mas era fato: Amava-o a cada dia mais.




Assim que terminou de preparar a comida, ela a dispôs na mesa, e aguardou que o garoto terminasse o banho. Não demorou muito e ele surgiu com uma blusa de manga azul, uma vermelha e chinelos da mesma cor. O topete estava desfeito e uma franja se formava sobre a testa do garoto, escondendo-lhe os olhos um pouco, ao que ele vinha tentando ajeitar enquanto caminhava.




–Está melhor? –Perguntou a garota.


–Defina melhor.

–Ok, vou encarar isso como um sim.

–Alguma ligação? -Perguntou ele parando na entrada da cozinha..

Ela baixou a cabeça e a balançou negativamente.

–Senta aí, preparei um lanche pra você.

Ela aguardou ele sentar na mesa, mas ele não o fez. Permaneceu encostado a porta da cozinha, fitando-a. Ela então sorriu confusa e se voltou a pia a fim de limpar o que havia ali.

Enquanto passava a esponja ensaboada por dentro de um copo, Sam tentava captar qualquer som as suas costas, mas não ouvia nada. Preocupada, ela virou-se e teve que conter um grito ao ver o garoto a poucos centímetros dela, ainda fitando-a.

–Se eu estivesse lavando uma faca, você estaria morto agora, sabia?

–Deixe isso aí, posso lavar depois.

–Você não me diz o que fazer, Benson.

Dizendo isso, ela tentou se voltar a louça, mas o garoto a girou pela cintura, e a puxou pra si, deixando o roto muito próximo ao dela. Embora sério, ele permanecia atraente e com o mesmo ar ingênuo que inexplicavelmente, a deixava fora de si.

–E se eu disser que quero um beijo. Agora?

–Eu repito. –ela baixou a voz deixando-a num tom provocante. –Você não manda em mim.

Os dois permaneceram se encarando por um tempo, numa espécie de duelo silencioso, Sam tentava não se perguntar o que havia dado nele, afinal, pouco importava. Num movimento rápido, ela o puxou pela nuca e colou os lábios aos dele, odiando-se por ter se entregado tão facilmente. Ele a prensou contra a pia, e iniciou uma dança frenética entre suas línguas, ao mesmo tempo em que deslizava as mãos para baixo da blusa dela.

Sentia uma pontada de culpa por estar se aproveitando da ausência da mãe, naquelas circunstâncias, mas não sabia como controlar o que sentia por aquela garota. Prometia a si mesmo que passaria a noite procurando a mãe em cada delegacia, nos presídios se necessário, mas aquilo não eliminava nem um pouco a vontade que tinha de ter Sam em seus braços.

A certa altura, a preocupação voltou a domina-lo por completo, e ele interrompeu o beijo, afastando-se.

–Desculpe. –Disse. –Eu não...

–Tudo bem. –Sam tentou disfarçar a frustração. –Sei como é. Minha mãe já foi presa duas vezes.

Ele riu baixo, enquanto sentava-se a mesa.

–Freddie –começou a loira após um breve silencio. –Já pensou em ligar pro seu tio?

–Acha que ele vai querer ajudar?

–Então o que pretende? Sair procurando em todas as delegacias da cidade?

Ele ia respondendo convictamente que sim, mas foi como se no mesmo instante, a ficha caísse e ele percebesse o quão inútil seria aquilo. Estava num beco sem saída, e não havia outra solução que não fosse ligar para Arthur.


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Notas finais do capítulo

E ENTÃÃÃÃÃÃO?????? Gente, por favor, não deixem a fic, ela precisa de vocês! Nem digo por mim, sei que a vontade da maioria é de me jogar de um penhasco. Agora deixa eu ir fazer os trabalhos da facul semana que vem, posto o cap de MMV, com fé no Senhor do Bonfim!! Deixem reviews e palpites, sugestões e até mesmo xingamentos, sim, sintam-se livres para todo o tipo de desabafo! ainda vou tirar uma horinha pra responder os reviews pendentes, afinal essa é minha parte favorita, né? rsrs vou aqui gente, até mais!



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