Conexão Seattle escrita por Karmen Bennett


Capítulo 23
Feira de Ciências


Notas iniciais do capítulo

♫ Oi oi oi oi oi oi oi ♪ E ai como estão? rsrs Olha só eu estou postando hoje em menos de uma semana, sim é verdade, mas como eu bem disse qd minhas aulas retornassem as atualizações seriam quinzenais, ainda assim eu ainda não to deixando isso acontecer. Eu não sei dizer com precisão qts cap faltam mas creio que a fic já se encaminha para o final. É vdd que qd eu digo isso ainda faltam uns seis cap, mas em breve poderei afirmar qts faltam! Queria agradecer aos reviews de vcs eles me deixam hiper feliz! Espero que gostem desse cap, se não gostarem tbm, pfv não deixem de dizer, heim? Boa leitura, nos vemos la em baixo!!



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Freddie saiu do carro e se pôs a caminhar ao lado de Carly em direção a escola. Quando se distanciaram do automóvel, começaram a falar da recente decisão tomada, pois Carly ainda tinha muitas duvidas. Freddie explicava que vender a loja seria complicado demais, alem de arriscado. O possível novo proprietário poderia não concordar com a política criminosa dos Bensons e denunciá-los. Fora isso, seria arriscado despertar a fúria de alguém que a tantos anos tentava se apoderar de algo. É certo que tentaria se vingar.

Freddie havia dado a poucos dias, um falso alarde de que a loja seria vendida no fim do ano, e que os interessados poderiam ir lhe enviando suas propostas. O combinado era que, se não obtivesse êxito em descobrir tudo nesse tempo, adiaria a tal data da venda por mais dois meses, dando uma desculpa, e assim ganhava tempo. Isso poderia deixar quem quer que estivesse por trás de tudo aquilo mais tranquilo, e tirava assim Freddie da situação de risco em que se encontrava. Ao menos por um tempo.

Pela reação das pessoas ao vê-lo quando entrou na escola, ele presumiu que a noticia já se espalhara. Já sabiam que ele se livraria do que era praticamente um patrimônio histórico da cidade. O dinheiro que aquelas pessoas imaginavam que ele ganharia era um valor alto, mas ainda assim não chegava perto do que de fato a empresa valia.

–Já terminou seu projeto para feira de Ciências? –Perguntou Freddie mudando de assunto.

–É claro. –Carly sorriu largamente. –É daqui a três dias, como não poderia ter terminado? E você?

–Também. Mal posso esperar pra apresenta-lo, passei meses fazendo aquilo!

–Freddie! –Chamou uma garota loira com os cabelos lisos e escorridos. –Não esquece da minha festa hoje ta? Estou fazendo 18 anos, já posso fazer tudo, sabia?

–Ah... Meus parabéns. Se der eu passo la.

–Passa. Vai ser super divertido.

–Que garota tímida. –Comentou Carly assim que ela se afastou. –Que bom que pelo menos ela me deu bom dia!

Freddie riu enquanto se perguntava se havia um jeito de disfarçar o rubor das faces em tais situações. Esperou que ela se afastasse e seguiu pra sala. Mais rubro que ele estava Sam, sentada em um banco, longe sozinha esperando alguém. Sentiu vontade de se aproximar, de beija-la, de conversar com ela. Aquilo já estava lhe saturando, não sabia quanto tempo suportaria.

Assim que viu quem esperava passar, Sam a seguiu. Shelby evitava falar com ela desde que Brad anunciou que estava saindo da banda. Evitava falar com todos. Era uma crise terrível, e a própria Shelby mais do que ninguém sofria com a situação que criara.

–Shelby! –Chamou quando estavam no banheiro.

–O que foi, Sam?

–Precisa falar com o Brad! O garoto ta destruído!

– Que morra!

–Não diz isso, você gosta dele...

–Vou aprender a desgostar. –Disse pegando um pequeno estojo de maquiagem. –É coisa de dias.

–Esta sendo infantil...

–Não, Sam, não estou sendo. –Ela checou se todos os cubículos estavam abertos. Vendo que estavam prosseguiu. –Ele pediu por isso, quando não me aceitou por bem.

–Mas daí a montar um plano, conquistar o garoto, e depois dispensa-lo só pra vê-lo sofrer... Por favor, volta pra ele enquanto é tempo.

–Ta falando isso pela Purple?

–Pega leve, garota... Nem vou responder a sua pergunta, mas faz o que eu to falando. Eu sei que você quer...

–Não Sam. –Disse finalizando a aplicação do rímel. –O que esta feito esta feito. É cada um por si e Deus por todos.

A garota saiu deixando a amiga sozinha, estarrecida olhando o espelho. Não bastava seu conturbado namoro escondido com Freddie, o declínio da Purple (que jamais esteve em ascensão) e agora aquilo. Seus amigos estavam se afastando um do outro. Saiu do banheiro suspirando demoradamente, pensando no que poderia fazer pra ajudar os amigos. Não conseguiu pensar em nada.

Shelby não conferiu todas as portas devidamente. Estava nervosa demais. Da ultima, que estava apenas encostada, saiu uma garota ruiva com um sorriso maldoso no rosto, certa de que aquela era a hora da revanche.

Quando Brad saia do clube Av, Brad sentiu uma mão puxando-o para um canto. Só teve tempo de ver quando já estava dentro da sala ao lado, onde Missy fechou a porta e se voltou pra ele com um ar anormalmente amigável.

–Que diabos quer comigo?

–Te ajudar.

–Conta outra. Não tenho tempo, abre a porta.

–É sobre a sua namorada. Ou devo dizer ex?

–Fala de uma vez. –Disse sem demonstrar interesse. – Não tenho tempo para intriga.

–Tudo bem. Sabe por que ela estava com você? Por que ela e a Sam, armaram um plano. Ela ia te dar o pé na bunda assim que você estivesse de quatro por ela, só pra se vingar...

–Se-se vingar? D-de que?

–Não sei. Parece que por você preferir a Sam a ela. Antigamente.

–Esta mentindo.

–Ouvi no banheiro agora de manhã, só to contando por que estou com raiva da Sam. Ela esta namorando com o Freddie sabia? Ela sabia de tudo, as duas estavam rindo de você.

–Não pode ser...

–Mas é. –A garota ergueu o celular na altura dos olhos do menino. –Olha aqui a foto que tirei deles na biblioteca.

Após ver a imagem, Brad se deixou cair sentado em uma cadeira completamente aturdido. A história fazia certo sentido. Shelby se mostrara compreensiva demais durante o namoro, em muito contradizia com a verdadeira personalidade dela. Estava manipulando-o. Envolvendo numa teia para depois soltá-lo deixando que ele caísse num precipício. O estranho era Sam ter sido conivente. E tão estranho quanto era ela estar com... Freddie!

–Meu caro, não gosto de você nem você de mim. –Disse sentando-se em frente ao menino. –Mas o que acha de recuperarmos o que é nosso? Você recupera a Sam, e eu o Freddie.

–Nem eu estou mais interessado na Sam. –Brad a encarou enquanto se levantava. –Nem o Benson já foi seu. Até onde eu sei. Vou cuidar disso sozinho.

–Ah, mas não vai mesmo. –Missy se pôs na frente da porta. –Preciso da sua ajuda. E você da minha.

–Ok. –Brad riu seco cruzando os braços. –Conte-me seu plano.

–Você vai trancar a Sam em algum lugar, e beijar ela na hora em que eu aparecer la com o Freddie e...

–Garota, use os seus neurônios se é que você os tem. A Sam e o Benson enganam todo mundo sabe Deus a quanto tempo, e você acha que eles vão cair nesse truque barato de novela mexicana?

–E você tem ideia melhor?

–Claro. Mas não vou querer uma garota estúpida que nem uma apresentação conseguiu sabotar ao meu lado. Você estragaria tudo.

–E você por acaso se acha muito inteligente, não é filhote de assassino?

Brad levou a mão ao pescoço de Missy com o olhar carregado de fúria. A garota tentou retirar o braço dele, mas foi inútil ele só apertava mais os dedos envolta do pescoço dela. Ela não conseguia falar, se debatia agoniada cada vez mais assustada com aquele brilho lunático nos olhos dele.

–Sabe... É Missy não é? –Dizia com os dentes cerrados enquanto esganava a menina. –Sabe por que eu não ponho umas roupas pretas, faço um belo moicano, ponho piercings e me torno o mais temido dessa escola, dessa cidade? Por que estou mais preocupado em estudar e me dar bem, do que perdendo meu tempo me importando com o que gente como você pensa de mim. Mas não se engane. Como você mesma disse, eu tenho sangue assassino correndo nas veias!

Ele soltou o pescoço da garota que já estava passando do vermelho pro roxo e a viu cair no chão arfando. Sentiu um forte arrependimento e a ajudou a se levantar, pondo-a numa cadeira. Nunca na vida sentiu tanto ódio, mas não daquela menina, e sim das que ele considerava suas amigas. Acabou por descontar em quem estava na frente.

–Sai. –Ela disse assim que reuniu forças. –Sai daqui agora!

–Olha, você provocou... Me desculpe.

–É. –Ela levantou ainda cambaleando. –E você vai se arrepender por isso. Pode esperar.

Ela saiu da sala, anda tossindo um pouco. Brad não soube dizer o que deu nele. Se deixou levar pela raiva, e pra completar, ela dissera uma coisa que sempre o deixava mal. Sentou novamente. Sua cabeça dava voltas, e ele não conseguia pensar direito. Mas sabia que Sam e Shelby iriam pagar, e já sabia o que fazer. De quebra, ainda acabaria com a alegria do casal Puckett/Benson.



Freddie chegou em casa mais cedo, pois não ficara para a reunião do clube Av. Se sentia cansado com tudo o que acontecia, e pretendia estudar, já que quando não era isso perdia muito tempo pensando em Sam. Era engraçado pra ele imaginar que estava apaixonado por alguém que a tão pouco tempo atrás apenas lhe causava medo e ódio. Que pisava em seu pé, que jogava todo o tipo de porcaria que estivesse ao seu alcance e lhe punha todos os apelidos mais bizarros que lhe vinha a mente. Foi engraçado pensar que apesar de tudo, nunca passaram um dia se quer, em que se vissem e permanecessem indiferentes um ao outro.

Freddie foi tirado de seus devaneios quando chegou na porta do seu apartamento. Ouviu vozes alteradas. Reconheceu uma como sendo de sua mãe, e outra de um homem. Parecia que discutiam. Ele passou a ouvir com mais atenção.

–Eu já falei com ele, o que mais você quer que eu faça?

–Que seja mais incisiva. A menos que queira que todos, inclusive o seu filhinho saiba do seu segredo!

–Esta bem –Assentiu a mulher amedrontada. –Eu vou falar com ele, eu prometo que vou falar.

–É bom que fale mesmo.

Freddie saiu dali e entrou no apartamento de Carly, cuja porta pra variar, estava aberta. Olhou pelo olho mágico, e esperou que alguém saísse. Alguns minutos depois, Steven Robinson saiu de dentro do apartamento com um ar aborrecido. Freddie se perguntava se aquilo era de fato tão óbvio ou se estava incrivelmente enganado.

Spencer o vira entrar e não disse mais do que um “oi” do sofá. Como se fosse a coisa mais normal do mundo alguém entrar na sua casa e começar a espiar a porta da casa em frente. Freddie sentou ao seu lado observando a TV em completo silencio. Mais uma vez sua mente doía em meio aos pensamentos perturbados.

–Amo essas novelas mexicanas. –Disse Spencer.


Quando Freddie entrou em sua casa, Marissa estava sentada no sofá, vendo TV com uma expressão absolutamente normal. Sorriu ao ver o garoto, e estranhou quando ele passou direto, indo para o quarto. Ainda assim não disse nada, temendo que ele tivesse visto o homem sair, e que este tivesse lhe dito algo.

O garoto tomou um banho se trocou, e foi até a cozinha pensando se perguntava ou não a mulher o que aquele homem fazia ali. Ela provavelmente mentiria, e se era capaz de manipula-lo daquele jeito para guardar o tal segredo, seria improvável que se abrisse tão facilmente.

–Freddie, querido. –Ela chamou por trás do balcão.

–Sim, mãe. –Respondeu preparando um sanduiche sem fita-la.

–Eu estive pensando. Em vez de vender a loja a quem puder pagar mais, por que não vendê-la a alguém que irá respeitar a memória do seu pai?

–Eu vou fazer isso.

–Vai? –Perguntou surpresa.

–Sim. Não se preocupe, mãe. Eu vou analisar muito bem o que fazer. Não a entregarei a qualquer um.

–Você é tão inteligente quanto o seu pai... –Disse afagando os cabelos do garoto.

–Obrigado.

–Estou indo trabalhar agora. Farei de plantão hoje, se ficar com medo, peça aos Shays que te deixem dormir la.

–Certo. Thau mãe.

–Thau querido.

Freddie pensou em ligar para uma das garotas. Mas Carly ia a um encontro, e Sam tinha que ensaiar. Sentou no sofá com seu lanche e ligou a TV. Se sentiu sozinho. Estava quase pegando no sono quando recebeu uma mensagem. “Queria estar com você. Bjo, Sam”. Sorriu ao terminar de ler e voltou a se deitar no sofá. Respondeu a mensagem dizendo que também queria estar com ela. E queria mesmo. Pensou que talvez não estivesse tão sozinho como pensava.



Na garagem, da casa de Sam, estava sendo discutido aos berros, o futuro da Purple. Deveria estar ocorrendo o ensaio da banda, mas o que se via ali era um clima extremamente desagradável. De todos, Jonah era o mais bravo. Não compreendia como todos podiam ser tão egoístas ao ponto de pôs seus interesses pessoais na frente da banda.

–A Sam e a droga do web show. –Gritava andando de um lado para o outro. –A Shelby e o Brad com essa briga patética! Sabe onde vamos parar? Exatamente, em lugar nenhum.

–Cara tenta se acalmar. –Pedia Griffin, também nervoso. –A gente vai chegar a um consenso, tenho certeza de que o Brad vai voltar atrás...

–Eu não. Já estou cansado disso. Vocês são uns sentimentais, já disse que não se pode misturar trabalho com relacionamento!

–Cala boca, você não manda em minha vida! –Gritava Shelby indignada.

–Não calo! Se é o outro, me aparece na minha frente com aquela cara de imbecil dizendo que não tem mais tempo. Nem sabe mentir o individuo! É um egoísta!

–Sempre o mais impaciente. –Disse Brad surgindo com um sorriso amigável. –Boa noite.

–O que é que tem de bom?

–Eu mudei de ideia. Quero pedir que me desculpem, não devia nem ter pensado em abandonar vocês por motivos tão pequenos!

–Cara, que bom que tu caiu na real. –Griffin se levantou sorrindo. –Diz ai, você foi à gravadora?

–Fui sim. Consegui marcar um teste pra vocês, na semana que vem. Então, acho melhor que comecem a ensaiar. A gravadora é pequena, mas é confiável e já tem alguns sucessos no mercado!

–Que bom que esta de volta, Brad. –Disse Sam sorrindo.

–Estou sim. E eu tava pensando. Que tal, se na feira de ciências da semana que vem, a gente preparasse alguma coisa?

–Você? Sugerindo isso? –Surpreende-se Jonah. –É claro que eu vou me divertir um pouco. Arrumei uns ratos que parecem mais capivaras pra soltar la! Vai ser da hora!

–Mas eu tava pensando na gente aprontar alguma coisa com aqueles babacas CDFs. O que acham?

–O que você tem em mente? –Perguntou Griffin interessado.

–Sabotar os projetos deles

–O que deu em você? –Perguntou Sam. –Sempre discorda das nossas brincadeiras...

–To querendo extravasar. –Respondeu se jogando num puff. –Tenho motivos não?

Todos silenciaram constrangidos. O garoto parecia tranquilo demais pra quem havia acabado de levar um fora traumático. Enquanto Shelby usava óculos escuros escondendo as olheiras por causa do choro, ele sorria planejando brincadeiras estúpidas.

–Muito bem. –Sam levantou quebrando o silencio. –Vamos ensaiar. Por mim, esse ano não rola nada ando muito cansada.

– Mas trate de ir se recompondo. –Avisou Jonah. –Vamos ajudar nosso amigo a curar a dor de cotovelo!

–Não gente. Eu estou trabalhando com a Carly e o Freddie e acho que devo respeita-los um pouco. Vi o esforço que eles empregaram em seus projetos.

–Sam, você anda esquisita. –Afirmou Brad. –Relaxa, vai ser só uma brincadeira. Ninguém vai sair prejudicado.

–Não Brad. –Disse com firmeza. –Deixa só os ratos no final, o que custa?

Os três garotos se entreolharam com risos discretos. Sam sabia que eles iriam aprontar alguma coisa. Um pressentimento ruim a invadiu, sabia o quanto o projeto de Freddie era importante pra ele, talvez devesse alerta-lo para ficar atento. A sensação de traição voltou a perturba-la. Aqueles eram seus amigos, aquela era sua gente. Mas ela amava alguém que não pertencia tampouco jamais compactuaria com tudo o que era dito. Só lhe restava esperar.




No dia da feira de Ciências, um clima estranho predominava na cidade. Estava chovendo, ao mesmo tempo em que um mormaço tomava conta do ar. A manhã foi bastante agitada, e a maioria só pensava na nota que tirariam. Aquele trabalho representava para quase todos o passaporte para ser aprovado. Assim que chegaram, alguns estudantes, cujos projetos eram muito desengonçados, foram orientados a deixar os trabalhos na quadra, onde seria realizada a feira, que teria inicio após o almoço. Durante esse período, os projetos ficariam sozinhos.

Houve quem se aproveitasse disso.

Sam não sabia exatamente o que os amigos haviam feito, mas desconfiava de que tinha levado o plano de sabotagem a diante, deixando-a de fora. Não teve coragem de comentar absolutamente nada com Freddie, e rezava para que os garotos tivessem desistido de perturbar quem já andava perturbado de mais.

Ela entrou e seguiu até onde estava sua lâmpada econômica, e sentou apreensiva. Do outro lado, via Freddie a lhe lançar olhares que ela mal tinha forças de corresponder. Fingia se distrair com a decoração. A quadra estava decorada com as cores da bandeira nacional, balões, bandeirinhas e cartazes. Os alunos arrumavam seus projeto, e aos poucos a quadra ia adquirindo um convidativo ar de feira estudantil.

Carly, Freddie Gibby estavam um do lado do outro. Começavam a montar seus projetos, preparando-os para o momento em que os professores fossem avaliar. Freddie havia desenvolvido um programa de computador que informava o humor das pessoas. Sua excitação em apresenta-lo era grande, ele sentia que aquilo lhe abriria muitas portas.

–Tem algo errado com meu gerador. –Dizia Carly.

–Meu cortador de grama também na funciona. –Reclamou Gibby.

Freddie lançou um olhar ao grupo de Sam, do outro lado da quadra. Ela estava cabisbaixa, enquanto os outros riam. Os professores se aproximaram para começar as avaliações. No instante em que tentou por seu programa pra rodar, Freddie não conseguiu. Lembrou-se de ter deixado , a dois dias atrás, o computador sozinho por cinco minutos no Clube AV enquanto foi ao banheiro. Brad estava la.

–Eu não entendo. –Disse Gibby nenhum dos nossos projetos funcionam. –A Missy disse que o projeto dela também não esta funcionando!

–Entendo o que esta ocorrendo aqui. –Dizia o Sr Howard. –É coincidência demais os projetos de vocês não funcionarem, os melhores alunos!

O homem caminhou até onde estavam as caixas de som e ligou o microfone. Um ruído agudo fez os que estavam próximos tamparem os ouvidos. Ele testou o som, e com voz grave e solene anunciou o cancelamento da feira pois, alguns estudantes haviam sido vitimas de vandalismos.

–Como é? –Gritou Jonah se aproximando. –Isso é injusto!

–Injusto seria deixar os melhores alunos dessa escola serem prejudicado por vândalos. Não nasci ontem, rapaz é melhor ver como fala comigo.

–O que houve? –Perguntou uma garota de cabelos curtos.

–Nossos projetos não funcionam. –Informou Missy. –Uma bala pra quem adivinhar por que.

De repente não se ouvia mais nada, pois quase todos decidiram falar ao mesmo tempo. Era um barulho enorme, de onde saia acusações, defesas, ou simplesmente algazarra por algo tão inusitado estar acontecendo.

–SILÊNCIO! –Pediu o professor fazendo o ruído ficar ainda mais alto. –Eu quero ordem! A feira esta adiada!

–Isso não ta certo. –Interveio Griffin. –Tem provas de que isso ai foi vandalismo?

–Não, um momento eu vou ligar para a Interpol... Ora, senhor Peterson, faça-me um favor, e volte ao seu lugar!

–O senhor esta sendo injusto. –Gritou Shelby! –Eu passei dois dias acordada fazendo essa droga!

–E eu passei dois meses! –Rebateu Missy!

–Por que é burra!

–Se eu sou burra, você é uma anta!

–Garota, você ta morta!

Um garoto, alto e forte segurou Shelby pelos braços impedindo-a de avançar.Mais uma vez todos começaram a falar de uma só vez. Estavam todos espalhados pela quadra sem se dirigir a ninguém em particular apenas tentando se fazerem ouvir em meio ao tumulto. Permaneciam calado apenas Sam e Freddie, de vez em quando trocando olhares. Ela estava ainda do outro lado da quadra, sozinha com sua lâmpada apagada.

–AGORA JÁ CHEGA! –Gritou o professor. De novo o ruído fazendo os alunos se calarem. –Esta cancelada e não se fala mais nisso!

–Não, não chega. –Disse Brad elevando a voz. –Eu conheço meus direitos, e até que tenha provas de que houve vandalismo, não pode cancelar. A menos que tenhamos uma votação. Aqui e agora.

–Pois muito bem. –O professor sorriu satisfeito. –Que fiquem do lado de ca, -Ele apontou para sua esquerda. –os que são a favor do adiamento. E do lado de la –Disse apontando agora para a sua direita. –os que forem a favor do prosseguimento.

Como o senhor Howard, e o próprio Brad esperavam, a grande maioria, inclusive partidários dos suburbanos viu naquilo um tempo a mais para aperfeiçoar seus projetos. Outros não querendo adiar, preferiam terminar aquilo logo, mas era a minoria. Haviam também aqueles que optaram pelo cancelamento, unicamente em defesa do grupo de elite, que resurgia novamente, naquela quadra.

–Satisfeito senhor Crawelt?

O garoto ergueu as sobrancelhas desafiadoramente. Quendo sugeriu a votação, ja epseava por aquilo, pois na verdade não planejava prejudicar ninguem.Todos começaram a falar de uma só vez novamente. A feira já estava adiada, e Brad, observou satisfeito Freddie sair silenciosamente da quadra com o semblante carregado. Sua única surpresa foi ver Sam indo atrás dele. Alias todo o comportamento dela o surpreendia. Parecia outra. No meio da algazarra, longe de terminar, ninguém os notara.

Brad começava a ter duvidas se seu plano de fato daria certo. Pretendia com aquilo, jogar um contra outro evidenciando suas incompatibilidades. Sabia da importância daquele projeto para Freddie, e ele não perdoaria Sam, que por sua vez não suportaria ouvir o que ele dissesse contra os autores daquele feito. Mas Sam além de não ter concordado, não os defendera durante a discussão, e agora saia atrás dele. Brad pensou em ir atrás para “botar lenha na fogueira”, mas isso o entregaria. E ele ainda tinha que se vingar de Shelby, e para isso precisava da confiança de Sam. A solução era aguardar. Não havia modo de continuarem juntos depois daquilo. A menos que o que os unissem fosse mais do que uma mera atração surgida do ódio. E Brad acreditava que não podia ser mais que isso.



Freddie caminhava a passos largos. Não acreditava que Sam ainda era capaz de coisa tão cruel, ou pior, pois antes eram apenas animais, ou insetos que ela soltava nas apresentações. Agora ainda se aliara a Brad para sabotar a ele e aos outros. Acrescido a raiva, sentia uma grande tristeza. Decepção, mágoa um pouco de tudo. Mesmo sabendo de todos os problemas pelos quais ele passava, não hesitou antes de fazer algo que poderia ter lhe prejudicado tanto.

–Freddie! –Chamou assim que saíram da quadra.

–Me deixa, Sam. –Disse com voz carregada de ódio.

–Freddie eu não tenho nada a ver com isso...

–Quer me dizer que não sabia?

–Eu desconfiei, mas eles me garantiram que não fariam nada. Por favor me ouve! FREDDIE OLHA PRA MIM!

–Não Sam. –Ele voltou-se furioso. –Você me critica quando falo mal dos seus amigos, como se eles fossem vítimas. Mas ainda que eles morassem em Beverly Hills, não faria diferença, seriam os mesmos animais!

–Freddie calma...

–Eu não vou me acalmar Sam. Esse projeto me ajudaria a entrar em uma faculdade muito mais rápido, e eles se acham no direito de fazer isso? E você compactua?

–Eu não compactuei! Você tem que entender.

–Se me contasse suas desconfianças, eu não os delataria. Apenas ficaria mais atento... Achei que havia cumplicidade entre a gente...

–E há. Me desculpa eu achei que seria traição... Ainda é tudo muito confuso, tenta entender.

–Se considera mais seus amigos do que o seu namorado, o que acha de sermos só amigos?

–Para com isso. –Pediu sentindo as lágrimas lhe virem aos olhos. –É diferente a minha relação com eles e com você.

–Eu preciso de um tempo, Sam. –Disse esfregando o rosto. –Um tempo sozinho.

–Ta me dando o fora? –Uma lagrima caiu dos olhos azuis. –Por uma coisa que eu não fiz?

–Não. Mas... Eu só estou nervoso, cofuso, chateado... –Freddie desviou o olhar pro alto. –Outro dia você quase me bateu por que eu falei mal dos seus amigos.

–Não foi bem assim...

–Foi sim. –Ele a encarou com olhar magoado. –Na verdade eu só tava falando do Brad. Ele foi o único que teve acesso ao meu computador. Aliás, nós dois sabemos bem que ele era o único entre os seus amigos que podia ter sabotado todos os projetos sem deixar vestígios. E você sabia Sam...

–Já disse que só desconfiava! O que você queria que eu fizesse?

–Que me alertasse. Ou ao menos que não defendesse tanto aquele projeto de marginal.

–Eu paro. Eu paro de defender ele, eu faço ele te pedir desculpas, eu faço qualquer coisa pra você se acalmar!

–Ah, e depois que eu me acalmar você volta a defender seus amiguinhos estúpidos?

–Eu garanto que os meus amigos não se meteriam com você se soubessem da gente. Se eles se metessem não seriam mais meus amigos!

–E quanto a Carly, ao Gibby... Não fui só eu o prejudicado.

–Freddie eu não controlo nenhum deles, só posso responder por mim. Não tenho nada a ver com isso!

–Mas podia ter evitado...

–Sinceramente, eu não sei... Só sei que a menos que me desse motivos, eu jamais faria algo que te prejudicasse, nem deixaria que fizessem.

–Tudo bem. –Disse após um longo suspiro. –Eu só preciso ir pra casa agora.

–Freddie. –Ela segurou a mão do garoto e o fez olha-la nos olhos. –Você acredita em mim?

Freddie sentia a raiva se esvair na medida em que mergulhava naquela imensidão azul lacrimejante. Ou ela era muito fria e calculista ou realmente gostava muito dele a ponto de não ter se importado com todas as ofensas que ele lançou contra os amigos dela preferindo persuadi-lo a acreditar nela de maneira tão gentil. De qualquer modo, diante daquela visão o projeto já não parecia tão importante. Não parecia valer nada. Ambos com os batimentos cardíacos acelerados aproximaram seus rostos um do outro unindo seus lábios em um beijo apaixonado sem perceber que a quadra estava sendo evacuada.

Tamanha foi a surpresa, ninguém foi capaz de emitir um único ruído que os alertassem quanto ao fato de estarem sendo observados por todos que estavam saindo da quadra. Apenas quando se afastaram (sorrindo olhando-se nos olhos) em busca de ar, foi que perceberam o que acabara de acontecer.

Dentro da quadra, havia acabado de ser travada uma verdadeira guerra entre os dois grupos inimigos da escola. A que podia ser denominada a líder do grupo de adolescentes rebeldes e economicamente menos favorecidos, estava ali, em seus trajes bizarros nos braços do garoto bem vestido e bem comportado, pertencente ao grupo rival, cujos integrantes que assim como ele eram alunos extremamente aplicados haviam acabado de ser sabotados.

Silencio.



Continua...







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Notas finais do capítulo

Esse cap acaba com nosso casal congelado. kkkkkkk Eu gostei do final de Av BR, diferente fugiu aos clichês original, e tudo... Fora que a novela toda foi muito boa ah eu to com saudades.... Só ta passando novela ruim agora, eu sou super noveleira mas tem que ser novela .... Ah quem quer saber né? kkkkkkkk Olha só eu postei uma nova fic, ai vcs devem ficar se perguntando: Isso Nõ vai atrasar CS? Não. Primeiro pq Cs é prioridade, é mais difícil, mais velha, já ta acabando.... E segundo por que a nova eu não fiz só. É isso espero que vcs tenham curtido, e deixem uns reviews por aqui, pfv, sim? Bjos gente até mais!!