Lost escrita por Detonator Extermination


Capítulo 11
Eleven;


Notas iniciais do capítulo

Depois de tanto tempo...dãn dãn dãn. rsrs
Esse é do Douglas para vocês.
E o próximo está a caminho.
Boa leitura crianças.
OBS: Fiquei muito feliz que tenham gostado do capítulo que escrevi. *-*



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Tom encontrava-se deitado em sua cama, o garoto continuava pensando no sonho que teve.

Não conseguia parar de pensar na tal mulher em seu sonho confuso, Jamia... Esse era seu nome, ele sabia que o nome era familiar, mas não conseguia identificar da onde o mesmo vinha.

Suspirou ao ouvir alguém bater na porta.

–Entre! – Gritou sem animo nenhum.

–Oi?-Era Mikey,o mesmo segurava uma caixinha de tinta para cabelo.-Vim terminar meu serviço!

–Mikey,desculpe.Não estou com animo para isso.-Murmurou cobrindo-se ate o pescoço.

–Por isso mesmo eu vim,oras.-Revirou os olhos.-Talvez uma conversa amigável te anime.–Sorriu para o menor que continuou o encarando sério.

–Sinto muito,acho que isso é o que menos quero no momento.–Olhou para os próprios pés.-Estou muito confuso,não tenho animo para nada.

– Ei. – Sentou-se ao lado do mais novo. – É sobre aquela lembrança? – Tom assentiu. – Bem, no que uma lembrança de uma ex-namorada irá mudar sua vida? É apenas uma lembrança de muitas! Você não devia ficar ai sentado sem fazer nada por causa disso.

– Mas... – suspirou. – Eu sinto que ela é mais do que uma ex-namorada!

– Tomas! – Pousou a mão no ombro do menor. – Você perdeu a memoria. A primeira lembrança vai ter esse efeito em você. E, você acha que uma lembrança de uma ex-namorada irá fazer alguma diferença na sua vida? Ela nem deve querer ver sua cara...

– Eu... Ér... -Gaguejou.Pensou um pouco nas palavras do maior e voltou a fechar a cara. - Não importa! Quero qualquer lembrança.

– Sabe Tom. - Mikey sorriu. - Você me lembra muito do Gee na adolescência.

– Jura? -Por um minuto os olhos do menor brilharam,mas voltaram como estavam antes. - Sim, ele era assim: infantil, chato. - Tom fez uma careta e Mikey riu. - E, principalmente, teimoso! Sei que quer suas memórias logo, se estivesse no seu lugar também iria querer, mas isso não quer dizer que tenha que se lembrar de tudo.

– Como assim? - Franziu o cenho, Mikey suspirou.

– Todo mundo tem algo que quer esconder ou ate mesmo que queria esquecer. Você até que tem um pouco de sorte. - sorriu triste. - Minha vida nem sempre foi assim, eu já fui um garoto excluído na escola, já apanhei muito e...- Parou de falar fitando os próprios pês.

– E? - Tom o olhou com certa curiosidade. Mikey olhou para o teto e deu um sorriso de lado. - Não sei se devo lhe contar isso. - Olhou o menor desconfiado.

– Conta. - Sorriu. - Por favor, Mi.

Mikey arqueou uma sobrancelha e riu do apelido.

– Tudo bem. - O sorriso desapareceu. - Bem, como posso começar isso? Ok, quando eu estava na adolescência meus pais eram muito ausentes, e sempre que eu os via, eles brigavam ou entre si ou até mesmo comigo e Gerard. Sempre discutiam sobre a farsa que era o casamento e tudo mais. - Suspirou. – Não era fácil ver os pais brigarem tanto desse jeito e no dia seguinte fingirem que nada havia acontecido. Ninguém sabia que meu irmão tinha problemas na escola, apenas minha avó. Bem, era o que ele achava. - Sorriu. - Eu sempre ouvia murmúrios baixos do quarto dele depois da escola, e sempre ia ver o quer era. Eu nunca contei para que eu sabia, porque por mais estranho que pareça, eu sabia que era meio que invisível para ele. Não nos falávamos muito, eram apenas um "oi" ou um "tchau, estou indo para a escola" e raramente nós nos víamos. Eu me sentia muito mal por isso, sabe? Por seu próprio irmão não confiar em você. Doía muito, Tom! Depois de um tempo ele começou a namorar uma garota loira, uma vizinha nossa na verdade. Eu não confiava nela, pois sempre a via com outros caras, e não pareciam apenas amigos, eu nunca me intrometi nisso, pois eu via que ele a amava e iriamos acabar brigando. E também porque eu tinha medo de ele ficar do lado dela em vez do meu.

– E porque ele faria isso? – Tom franziu o cenho.

– Porque ele nunca teve amor de outra pessoa sem ser da família! Ele estava meio que "cego" – Fez o símbolo de aspas com os dedos. - De amor. – Revirou os olhos indignados. – Continuando... Em uma época, nossa avó morreu. Todos nós sofremos muito, principalmente Gerard, ele era muito apegado a nossa avó e os problemas dele eram muitos para ele suportar tudo junto, mas na cabeça dele, ele ainda tinha a sua namorada. Depois de um tempo, eu não sei o que havia acontecido, ele havia sumido, vivia trancado no quarto. Ele saiu uma vez quando eu o chamei desesperado, ele saiu do quarto para me ajudar e vimos nossa mãe apanhando do nosso pai! Ele tentou ajudá-la, mas foi em vão. Daí em diante apenas me lembro de ficar em uma cama de hospital esperando-o acordar.

– Sim, então ele lhe contou tudo, certo?

– Sim. Como sabe?

– Ele me contou. – Sorriu tristemente.

– Certo, mas eu apenas ouvi, eu nunca contei meus problemas para ele. Sabia que os problemas dele eram maiores. - Deu de ombros. - Eu apenas apanhava diariamente na escola, me apaixonei por uma garota na escola que me humilhou e... – Olhou para a parede que havia ficado muito interessante em sua opinião.

– E?

– E apenas apanhava do meu pai. Depois das brigas com minha mãe, ele queria descontar em alguém, e a pessoa mais fraca na casa era eu.

– Isso é horrível. – Arregalou os olhos. - Sua mãe sabia?

– É claro que não. – Coçou a nuca. – Apenas você sabe.

– Eu sinto muito.

– Não, não sinta. Eu daria tudo para perder essas memórias que tenho guardadas tão profundamente em minha cabeça Tomas. Você tem certa sorte, como disse antes. Enfim, o passado está morto para mim, minhas preocupações são o presente e o futuro.

– É você tem razão. – Sorriu se levantando da cama.

– Venha, vamos pintar esse cabelo e depois ir dar uma olhada no jardim. – Sorriu de orelha a orelha. – Ele fica muito bonito durante a noite.

– Legal! – Falou alto e se jogou na cadeira, Mikey preparou o resto para a pintura, colocou as luvas e começou o trabalho.

.

.

.

Jamia olhava o céu estrelado e suspirava tento lembranças de seu amado.

Fechou os olhos e rezou para que isso fosse um sonho e que quando acordasse Frank estaria ao seu lado da cama dizendo que estava tudo bem...

– Querida?

– Sim. – Abriu os olhos olhando a sogra.

– Trouxe um pouco de chá, você está aqui há muito tempo.

– Obrigada. – Sorriu para Linda. – Queria que tudo isso fosse um sonho.

–Eu também, mas iremos encontrá-lo. Meu marido está falando com a policia agora mesmo pedindo noticias.

– Espero que esteja certa. – Olhou para a xicara de chá. – Sinto tanta a falta dele.

– Todos sentimos. – Abraçou a nora.

– Queridas? – Frank, pai de Frank/Tom entrou na porta com um enorme sorriso. – A polícia acabou de dizer que estão suspeitando de uma família.

– Quem? – Linda perguntou.

– Não sei, eles foram agora mesmo a casa dessa família ver se nosso pequeno está lá. – Sorriu mais ainda. – Vamos encontrá-lo bem rápido.

Jamia sorriu e rezou mais uma vez, só que dessa vez, rezou para que o encontrassem.

.

.

.

– Vai Ray! Sai da frente. Não! – Gerard gritava furioso sem tirar os olhos da televisão.

– Sai dá frente você sua anta! Para de bater em mim, seu idiota! – Ray também gritava sem tirar os olhos da tela, os dois garotos jogavam videogame sem perceber que Bob estava acabando com a comida da casa.

– Vocês não têm mais nada para comer não? – Perguntou com um pedaço de bolo nas mãos.

– Pede uma pizza. – Gerard disse despreocupado. Bob deu de ombros e foi até a cozinha. Ray e Gerard continuaram brigando por causa do tal jogo, até que Mikey desceu as escadas, feliz da vida.

– Gente! – Chamou. – Acabei!

– Legal Mikey. – Ray murmurou sem aprestar atenção no que o mais novo dizia.

– Eu sei que é legal. E... – Olhou o irmão e o amigo. – Dá para pausarem o jogo?

– Sim, você é muito inteligente Mi. – Gerard murmurou sem dar atenção ao que o irmão mais novo dizia.

Mikey revirou os olhos e foi até a televisão e desligou a mesma.

– Mikey! – Gerard e Ray gritaram ao mesmo tempo.

– Não acredito, eu estava quase ganhando! – Gerard choramingou.

– Ganhando? Você tinha apenas 10% de vida. – Ray riu.

– Calem-se. Bem, eu já terminei e... Bob?

– Espera um pouco. – Gritou da cozinha.

Minutos depois o mesmo voltou com uma garrafa d’água nas mãos.

– Oi?

– Hm... Ok, Tom! – Gritou. – Desce!

Os três ergueram uma sobrancelha, e viram o menor descer as escadas, ele usava um moicano com uma franja caída em um olho e nas laterais estava pintado de loiro.

– Que porra é essa? – Bob riu. – Porque só as laterais estão pintadas?

– Isso é arte, ok? – Revirou os olhos. – O que achou Gerard?

– Você está lindo. – Disse fazendo o menor corar.

– Ér... Vamos para a cozinha? – Ray murmurou e puxou Mikey que resmungava algo sobre querer falar mais sobre o cabelo.

– Eu disse que você ficaria bem de qualquer jeito! – Sorriu e foi até Tom.

– Obrigado, eu... – Riu amarelo. Gerard aproximou-se do menor e o mesmo apenas fechou os olhos, até que ouviram a companhia tocar.

– Quem deve ser a essa hora? – Gerard franziu o cenho e foi até a porta. Abriu a mesma e franziu o cenho mais ainda para a pessoa que estava na porta.



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