Era um anjo, meu verdadeiro anjo.

— O que faz aqui? — eu queria dizer como ela era linda, e como sentia falta dos beijos, mas foi à única frase que emiti.

Os olhos dela estavam molhados, lembrava a pedra Água-marinha, minha mãe tinha algumas bolas de cristal dessa pedra.

— Eu pedi você, desejei que pudesse me isolar e pensar só em você Draco, e sala me trouxe aqui.

Ela disse emocionada.

Não iria estragar sua empolgação dizendo que eu já me encontrava bem antes na sala. Nunca faria isso.

O máximo que consegui foi me aproximar e tomá-la nos braços.

Ah, como era bom beijar Astoria. Era tão proibido quanto gostoso.

Logo nosso corpo estava urgente, as mãos em vários lugares, e as roupas caindo pelo chão.

Doce, úmido, aconchegante... Era o mínimo que sentia quando estava com ela, quando nos tornávamos um só.

Eu sabia que ela gostava de mim, se não nunca aceitaria tamanha intimidade.

Na verdade, mesmo querendo me enganar, sabia que Astoria me amava. Era nítido e envolvente. O mínimo que poderia fazer era mandar que ela esquecesse esse sentimento absurdo, mas o máximo que conseguia era beijá-la mais, e fazer amor durante toda noite.

No outro dia, antes de amanhecer, eu já tinha voltado para nosso dormitório. E fingido que nunca a tinha visto.

— Não tenho tempo para você. — disse seco, num período do dia.

— Draco preciso falar com você, é sobre aquela poção. — ela disse inquieta.

Seria inútil ignorá-la, Astoria era persuasiva.

— Que poção?

— Aquela que você fez para mim da outra vez.

Ótimo, agora ela finalmente tinha conseguido minha atenção.

Já não bastasse ter tentado falar comigo durante todo café da manha? Dormimos a noite inteira juntos, na verdade não dormimos, e essa era a razão de meu mal humor. Queria estar ainda com ela.

Mas sobre a poção da outra vez, isso me interessou.

— O que tem? — murmurei, agora falando um pouco mais baixo.

— Sabe que tenho que tomar novamente, não sei como fazer. — ela disse aflita.

E tinha razão. Mas ela era mulher, e eu tinha outros assuntos, muito mais sérios para resolver.

— Astoria, se vire. Encontre a receita, os ingredientes e faça.

— Não sei como conseguir Draco, são só vinte e quatro horas, lembra?

— Se vire.

Disse saindo de perto dela.

Sabia que os comensais estariam do outro lado do armário prontos para invadir a escola, não poderia me preocupar com uma poção, ela tinha mais necessidade dessa poção do que eu.

Minha missão foi bem escolhida. E matar um dos bruxos mais poderosos da atualidade era intimidador.

Na verdade eu nunca quis mata-lo. Matar ninguém. Mas era isso, ou minha família morta.

Os comensais ao meu lado, Bellatrix exigindo que eu fizesse logo.

Tudo isso subindo a minha cabeça, e os olhos. Os olhos de Dumbledore eram cálidos. E eu nunca teria coragem de fazer mal a ele.

O desarmei, num susto. E foi claro sua surpresa.

Agora era só conjurar o feitiço. Não seria tão mal. Ou seria? Como era mesmo a pronuncia? Avada...

Eu já estava habituado com maldições imperdoáveis, ate mesmo a Imperios era simples para mim.

As palavras de Dumbledore me atingiram.

Um flash verde cortou ao meu lado, quando Severo Snape conjurou a maldição da morte. Fazendo meu trabalho.

— Fora daqui. Rápido. — Snape disse me puxando pela roupa.

Então passei a correr. Tinha destroços, os comensais que entraram já faziam arruaça. E eu ainda estava em choque com a morte do diretor.

Passamos correndo entre os feitiços, passei por Neville, por professores, alunos. Mas não via Astoria.

Será que os comensais diferenciariam os alunos da Sonserina? Afinal tem filhos, netos de comensais ali.

Tia Bela tinha conjurado a marca negra, nesse ponto, aurores chegavam à escola.

Percebi que Harry Potter nos seguia e tentava atacar Snape.

Um dos comensais ateou fogo na caba de Hadrid, e queria correr logo dali. Aparatamos no portão da mansão.

Entramos correndo, reparei que meu pai estava na mesa de jantar, minha mãe lançou um olhar de alivio para mim, e eu sabia que sua vontade era me abraçar.