O Secretário escrita por LuM, Needy


Capítulo 3
Capítulo 1




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Capítulo 1

Desde que recebera a notícia de que eu era pai venho arrumando as minhas coisas para voltar para Nashville. Agora que eu tinha motivos para voltar, uma filha, eu voltaria.

Eu não mediria esforços para me aproximar dessa menina que eu só sabia o nome e a idade.

De início eu não acreditara naquilo tudo que Jasper dizia, afinal, eu e Tanya só passamos uma noite juntos. Era apenas uma pequena aventura, uma aposta idiota que fiz comigo mesmo que eu “pegaria” a prima gostosa de Jasper. Mas agora, seis anos depois, eu descobria que possuía uma filha, uma menina chamada Sofia no auge dos seus cinco anos.

Todas as peças começavam a se encaixar agora. Só agora eu entendera o repentino desaparecimento de Tanya, dois meses depois de termos transado. Ela estava apenas fugindo, fugindo de mim, o pai da criança. Certamente ficara com medo que eu fosse rejeitá-la, afinal, eu só tinha dezoito anos e ela, dezessete.

É claro que eu ficaria surpreso e assustado com a notícia, mas não negaria em momento algum fazer meu papel de pai. Eu seria o pai que aquela criança precisava (precisasse?).

Suspiro lembrando a conversa que tive com Jasper naquela noite.

Flashback

– Você tem uma filha. – ele fala rápido e se eu não tivesse prestando tanta atenção não teria entendido nada.

Mas por que Jasper estava falando aquilo? Uma filha? Eu? Isso é impossível!

– O-o que? De onde você tirou isso? - Falo nervoso.

– Tanya. – Diz simplesmente.

– O que tem ela? – Falo receoso. Fazia seis anos que não tinha nenhuma notícia dela, ela simplesmente desaparecera desde que dormimos juntos.

– A encontrei. – vendo que eu não falaria nada ele continua. – Foi por acaso. Estava no mercado com Alice quando vi a minha prima, ela estava sozinha, fui falar com ela. Cumprimentei-lhe, perguntei das novidades, afinal, estávamos seis anos sem nos ver, apesar de sermos primos você sabe que nunca fomos próximos e que toda a minha família não tinha nenhuma notícia de Tanya, apenas os pais dela,mas eles só diziam que ela estava bem e nada mais...

– Tudo bem Jasper, eu sei disso, pule para a parte importante.

Bom, ela estava meio estranha... Parecia que queria se esconder ou que sairia correndo dali a qualquer momento.

– E... – o incentivo.

– Bem, de repente chegou uma menina e chamou-a de mãe. Eu estranhei, é claro. Perguntei para menina qual o nome dela e ela falou que era Sofia, enquanto isso Tanya estava estagnada ao lado da menina, nervosa

e até mesmo assustada, acho que mesmo que quisesse não conseguiria dizer uma palavra.

– Continue Jasper! Não dê tantos detalhes. – falo cortando Jasper, sua demora para contar aquela história estava a me irritar demais.

– Calma, não é algo fácil de se contar. – ele respira fundo e continua – Eu e Alice ficamos alguns segundos olhando para a menina, nem Tanya ousava dizer nada e a menina apenas nos olhava sorrindo.

– Ok Jasper, já entendi, ficou um silencio constrangedor, por favor, vá direto para a parte importante. – digo sem paciência.

– Ok, ok. Bem, Alice resolveu perguntar quantos anos a menina tinha, e ela mais que rapidamente respondeu que tinha cinco anos.

– Cinco anos? E o que eu tenho com isso? Foi por isso que chegou a essas conclusões? Se ela tem cinco anos não quer dizer que sou o pai. – Digo desenrolando aquela história. É claro que eu não era o pai. Que tipo de pessoa esconderia uma filha do pai?

– Espere, eu não acabei.

– Não acabou porque não quis! Continue! – falo já nervoso com o meu amigo.

– Ei, ei, esse tom não vai me fazer terminar a história mais fácil.

– Jasper! – digo num tom de alerta.

– Mas esse vai. – rapidamente Jasper fala – Como é que você não se tocou ainda Edward? A menina tem cinco anos! E faz quase seis anos que vocês transaram!

– E daí? Você nem sabe se depois ela transou com alguém...

– Mas é claro que sei meu amigo, Jasper não valha, ele vai atrás de toda a notícia.

– Pelo amor de Deus Jasper! Quantas vezes terei que te mandar contar logo tudo e parar de enrolar?!

– Eu estou nervoso! Não me culpe! Bem... Depois que a menina falou a sua idade Tanya ficou mais pálida do que estava e eu já desconfiado da origem e da semelhança da menina lhe perguntei se Sofia era sua filha.

– E??

– Sim! Ela falou que sim!

Flashback off


Desde daquele momento eu não parei de pensar na minha filha. Mesmo não a conhecendo, sem nem ter nenhuma noção de como ela era eu não parava de imaginá-la. Até mesmo fizera uma lista dos possíveis gostos de Sofia.

Suspiro. Eu tinha só tinha mais duas pizzas para entregar para poder sair do expediente e com a minha mente sempre vagando para Sofia ficaria difícil me concentrar no trabalho. Gostaria que fosse meu último dia trabalhando, mas eu não poderia me demitir sem ter dinheiro para voltar para Nashville. Então enquanto isso eu continuaria trabalhando no meu emprego medíocre, mas era o único que eu conseguira.

Minha vida não era fácil em New York, mesmo tendo me formado numa boa faculdade de Publicidade eu só conseguira o emprego de entregador de pizza, sem opções acabei aceitando. Mesmo com todas as dificuldades eu não voltara para casa, não por vergonha por ser um fracassado, afinal teria vergonha de quem? Se a única pessoa que eu tinha era o meu amigo Jasper? Então apenas a esperança de subitamente ter uma vida melhor me manteve aqui.

Toca a campainha do apartamento a minha frente. Entregaria a pizza do meu melhor cliente; Aro Volturi, um italiano pra lá de estranho. Quer dizer, ele era gente boa... Mas estava meio velho para ter tantas mulheres mais novas na sua casa e ainda por cima, velho demais para comer tantas pizzas. Era praticamente uma por dia! Se eu tivesse lucro com ele lhe aconselharia a parar de comer tantas pizzas.

– Edward! Meu garoto! Entre, já sabes o caminho. – Aro diz logo que abre a porta. Logo que entro encontro três jovens sentadas no sofá do Volturi, para mim elas eram iguais, nem digo pela aparência, mas também pelo modo irritantemente vulgar de se vestir. Logo que me veem elas sorriem. – Essas são Aria, Lucy e Brooke.

– Oi. – elas falam em uníssono logo depois que Aro as apresenta.

– Oi. – respondo meio tímido.

– Venha rapaz, vamos deixar essas pizzas na cozinha. – Aro me chama e logo depois ele começa a anda em direção a cozinha e eu o sigo. Viera tantas vezes aqui, para entregas pizzas, que já decorara alguns poucos cômodos desse apartamento. Ao chegar à cozinha coloco as pizzas em cima da mesa, onde Aro já havia sentado em umas das cadeiras, ele faz um pequeno sinal para que eu me sentasse também e assim eu faço. – Alguma novidade? – ele pergunta mordendo um pedaço de pizza.

– Bem... Vou voltar para Nashville... – digo meio tímido, a verdade era que eu realmente era tímido. Acho que pela a minha aparência também se notava isso, desleixado, cabelo esquisito, roupas estranhas... É, esse sou eu. – Só tenho que arrumar dinheiro para voltar.

– Você não tem dinheiro? Posso arrumar para você.

– Como assim?

– Bem... Você precisa de quanto? – ele fala pegando outra fatia de pizza.

– Apenas para pagar a passagem do avião.

– Posso pagar. – ele fala decidido.

– O que? Não precisa se incomodar Aro, eu dou um jeito.

– Não é incomodo nenhum, há uma boa razão para você voltar e eu quero ajudar o melhor entregador de pizzas de New York. – ele fala sorrindo.

– Obrigada Aro, obrigada. – falo feliz.

– E por que você vai voltar?

– Descobri que tenho uma filha. – digo sorrindo.

– Uou. Então prepare-se que daqui a pouco você vai conhecê-la. – ele gargalha, pega uma fatia de pizza da embalagem e a levanta – À sua filha!



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