21st Century Breakdown escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 7
Last Night On Earth


Notas iniciais do capítulo

HEY, estou atrasada pra escola, não vou falar muito aqui >.>
Sugiro que ouçam Last Night On Earth quando aparecer a letra.
http://www.youtube.com/watch?v=83UgrAzeCBI
Enjoy!



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E lá estava eu.

Sentado na beira de uma maca do hospital de Detroit.

Ao lado de um Frank desacordado.

Tinha como ficar melhor?!

O negócio é o seguinte: logo após Gloria me beijar, eu deixei a casa sem me importar em ouvir as desculpas dela, afinal, eu estava muito confuso para isso. Como eu não tinha para onde ir, fui até a casa de Frank e não o encontrei lá. A única coisa que encontrei foi um bilhete com uma letra desconhecida. Estava escrito algo como “Eu sou a bomba atômica, eu sou o escolhido”. Demorei um tempo para entender o significado disso mas, de repente, me dei conta.

Christian.

Ao entender tudo, saí correndo para a casa do tal Christian, tentando me lembrar do caminho que Frank me mostrou, que levava até a casa de Christian. Quando cheguei, encontrei uma cena horrível: Frank jogado no chão, envolto em uma poça de sangue. Seu rosto estava mortalmente pálido, e sua boca estava entreaberta. Tive que me segurar para não soltar um grito de terror, pois aquela imagem era simplesmente horrível de se ver. Liguei rapidamente para a emergência e eles levaram o pobre Frank. Esperei por cinco longas horas, até que os médicos disseram que ele ficaria bem, mas que ainda estava desacordado pela perda grande de sangue e pelas doses de remédios. Resolvi ficar ao lado dele, esperando que acordasse.

–Anda, acorda... – murmurei, acariciando os cabelos lisos e negros de Frank, observando a todo momento suas pálpebras, tentando capturar um tremelique sequer, algo que sinalizasse que ele estava vivo, além de seu peito, que subia e descia em função de sua respiração. Porém, nada acontecia, não importava o tempo que eu esperasse.

–Sr. Way? – disse uma voz atrás de mim. Virei o pescoço e vi uma enfermeira baixinha e gordinha com cara alegre olhando para mim. Franzi a testa e caminhei até ela.

–Tem uma coisa que você precisa ver.

–Oh, okay.

Fiz carinho na mão esquerda de Frank antes de ir atrás da enfermeira, que me guiou até a sala de espera. Em cima da bancada lustrosa, havia uma carta selada, com meu nome escrito no canto.

–Achamos isso no bolso da calça dele... E como tinha seu nome, talvez achei que se interessaria.

–Oh... Okay, obrigado. – abri um meio sorriso.

–Mais uma coisa... A médica deseja examinar o paciente, e pede que você aguarde uns minutinhos antes de entrar lá. – disse ela, ao ver que eu me afastava em direção ao quarto novamente.

–Oh, claro. – assenti, me dirigindo ao banco ao lado de uma mulher com uma criancinha que chorava, segurando o próprio braço. Abri rapidamente a carta e li:

“Mandei um cartão postal endereçado a você, você recebeu? Mandando-lhe todo o meu amor. Você é a luz da lua de todas as minhas noites, dando-lhe todo o meu amor. Meu coração pulsante pertence a você, andei por milhas até te encontrar. Estou aqui para te honrar; se eu perder tudo no fogo, te mandarei todo o meu amor...”

Minhas mãos estavam tremendo tanto que eu não conseguia mais nem ler a carta. Continuei segurando-a, tentando entender o que estava acontecendo. Ele me... Amava? Mas... Como isso era possível? Quer dizer, nunca ninguém se sentiu atraído por mim, até onde eu sei. Além do mais, aquela carta parecia tão sincera até agora...

Dei de ombros e continuei a ler.

“Por cada respiração que eu valho aqui na Terra, estou mandando-lhe todo o meu amor. Então, se você ousar desconfiar, pode descansar com a certeza de que todo meu amor é só para você.

–Frank”

Encarei o papel, lendo e relendo diversas vezes as palavras escritas por Frank, até que praticamente memorizei tudo.

Aquelas palavras foram escritas por Frank.

Frank Iero.

Que estava apaixonado por mim.

–Impossível... – sussurrei para mim mesmo, ainda olhando para a caligrafia caótica de Frank.

–Sr. Way? – ouvi mais uma vez alguém me chamando – Acho que vai ficar feliz em saber que Frank Iero acordou. – disse a mesma enfermeira de antes, sorrindo timidamente. Arregalei os olhos e praticamente voei até o quarto onde Frank estava meio deitado e meio sentado na maca, conversando calmamente com a médica que havia cuidado dele. Ao me ver chegando, o baixinho abriu um sorriso enorme que eu retribuí. A médica, visivelmente acanhada, murmurou um “vou deixar vocês a sós” antes de sair rapidamente do quarto. Frank voltou a sorrir para mim e abriu os braços. Logo corri e abracei-o fortemente, tomando cuidado para não apertar muito por causa de seu corte.

–Frankie, eu sinto muito, eu deveria ter ido embora junto com você... Ah, me perdoe, Frankie, Frankie!

–Ei, calma, eu estou bem. – disse ele, rindo infantilmente. Nunca notei como aquela voz soava docemente em meus ouvidos, como se fosse uma melodia que só ele era capaz de reproduzir.

–Tem certeza?

–Claro que estou. Foi só um corte. – disse ele, fazendo uma careta divertida, mas que não esfriou meus ânimos.

–Frankie, ele quase te matou.

–Gee, para! Eu estou bem! – teimou ele, seu sorriso desaparecendo e dando lugar a uma expressão levemente irritada.

–Desculpa... É que eu realmente estou preocupado. – falei, acanhado, fitando o chão. O sorriso voltou a brincar nos lábios de Frank, que já voltavam à cor normal, e ele segurou minha mão.

–Obrigado por se preocupar, Gee. Mesmo.

Dei um meio sorriso tímido e sentei-me na borda da maca.

–Eu não queria perguntar isso, mas... O que aconteceu lá?

Frank suspirou tristemente, mas ele sabia que eu teria que perguntar; por isso, ele acabou contando de uma vez o que aconteceu. Ao fim de seu relato, senti uma raiva crescente contra Christian subindo.

–Ele... Ele não fez isso...

–Fez sim. – disse Frank, assentindo e sorrindo tristemente – Gee, acho que tem uma coisa que você não sabe sobre ele. Ele... Hmm... Tem problemas psicológicos.

–Jura? – falei, com um tom irônico.

–Você não entendeu. Ele é sociopata, sim, mas além disso, eu meio que fiz com que ele tivesse outra coisa, mesmo que sem querer.

–Como assim?

–Gee, ele...

Frank foi interrompido pela entrada da mesma enfermeira. O baixinho olhou para o lado, um pouco constrangido, mas nada disse.

–Você vai receber alta amanhã, Sr. Iero. – avisou ela.

–Não posso receber alta hoje? – perguntou ele, um pouco frustrado. A enfermeira sorriu envergonhadamente.

–Só podemos dar alta aos pacientes no mínimo 24 horas da chegada. Desculpe, são ordens do hospital.

–Oh... Okay. Tudo bem.

A enfermeira abriu mais um sorrisinho tímido e saiu do quarto.

–Ninguém merece, vou ter que ficar aqui mais 24 horas. – bufou ele. Dei um risinho e olhei a hora – Você tem que ir, né?

Fiz que sim com a cabeça.

–Desculpe. – murmurei baixinho e ele riu.

–Tudo bem, eu entendo.

–Eu venho te buscar amanhã, okay?

–Não precisa se incomodar, Gee...

–Mas eu quero. – interrompi-o.

–Eu... Ah, ok. – disse ele, desistindo de uma possível discussão.

–Mais uma coisa...

–Sim?

–Você disse que Christian sumiu. Sabe para onde foi?

–Pra lugar nenhum. Provavelmente ainda está aqui na cidade. Ou até aqui no bairro. – ele revirou os olhos.

Agradeci-o, dei-lhe um abraço e saí do hospital, com a mente cheia demais para termos uma despedida decente. Entrei no carro e dirigi até voltar à minha casa, ainda remoendo tudo que havia sido dito. Mas o que será que Frank ia dizer sobre Christian?

Argh.

Muitos pensamentos de uma vez.

O trajeto até em casa seria normal... Se não fosse pela apariçãozinha de alguém.


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Notas finais do capítulo

Ok, atrasada, atrasada, atrasada. Porém, tenho tempo pra falar:
COMPREI A BILLBOARD BRASIL COM O GREEN DAY NA CAPA ♥
MEU BEBÊ ♥
Enfim.
Cya.