–-- Você é completamente louca!! – Ana Júlia era a melhor amiga de Nina e parecia não entender o quanto 1D era importante. – Você não acha que é exagero sair por ai se oferecendo como ajudante??

–-- Exagero?? Falou a menina que ficou 1 semana sem falar com os pais só porque eles não queriam deixar ela ir no show do Justin...

–-- Mas... Ah ok! Só que eu ainda acho loucura...

–-- Bom, eu já ouvindo, não posso chegar atrasada no meu primeiro dia de trabalho.

–-- Boa Sorte, minha lokinha!

–-- Brigada, liamda!

“Maldito seja o trânsito! Não posso me atrasar!” Aquele seria o primeiro dia de trabalho, e o mais legal... amanhã Nina iria passear com o cachorro da dona Filó que fez isso mais para ajudá-la do que por precisar de ajuda.

“Chega! Vou ir correndo!” Nina nunca foi muito paciente, então resolveu ir correndo.

–-- AH, PUTA QUE PARIU! – Nina correu um pouco e viu que o trânsito era por causa de uma reforma na pista. Seu ônibus passou por ela e surgiu aquela ponta de arrependimento de não ter ficado lá dentro. – Sorte é para os fracos!

Cansada e mais suada do que desejava Nina chegou ao condomínio New York faltando 3 minutos para o horário combinado.

–-- Nina! – Disse para o porteiro.

–-- Casa número 100.

Correu mais um pouco, parou na porta, desligou seu Ipod e pensou: “Vamos lá Nina... pelos seus meninos!”.

DING DON

–-- Pensei que não chegaria no horário combinado... vamos entre! O meu filhinho é um amor, não te dará muito trabalho, tem 7 anos e se chama Marcelo. Nesse andar temos a cozinha, sala de jantar, sala de estar, hall e virando ali a sacada; no segundo andar temos os quartos Fique a vontade para comer. Eu volto às 19hs. – A patroa disse e saiu fechando a porta.

–-- Dahoran a vida néh? Nem pra dizer onde está a criança... Marcelo, onde está você? Sou a sua nova babá... eh... eu venho eu paz!

–-- Oi – Nina olhou para um canto e lá estava um menino loirinho com bochechas mordíveis – Eu sou o Marcelo...

–-- Oii, lindinho! Eu sou a Nina. Tudo bem com você?

–-- Não... EU QUERO A MINHA MAMÃE!

Nina largou a mochila e foi correndo abraçar Marcelo.

–-- Calma, por favor! Sua mamãe vai voltar!

–-- Mas eu quero ela agora!

Sem pensar Nina começou a chorar também.

–-- Ah eu também quero a minha mãe. – Disse entre lágrimas.

–-- Você tá chorando? – Marcelo disse parando de chorar.

–-- Estou! Minha banda preferida vem pro Brasil, estou lutando pra conseguir dinheiro, sendo chamada de louca e daí eu chego pro meu primeiro dia de trabalho você começa a chorar e agora eu estou desabafando com um pirralho que eu não conheço e pelo visto não vou em show nenh...

–-- Eu não sou pirralho!

–-- Me desculpe.

–-- Para de chorar! Você já é grande... só eu posso chorar, mas eu paro tá bom??

–-- Tá bom. Onde é o banheiro?? Vou falar o rosto e depois vamos brincar ok??

–-- Virando ali, ok! Vamos lá na sacada jogar futebol.

–-- Legal – “Futebol, é o que resta mesmo néh”... – Já volto

O resto da tarde de Nina foi dahoran... digamos assim. Depois de jogar futebol e brincar de carinho, Nina foi fazer um lanche para os dois e depois fez os deveres de casa enquanto Marcelo assistia televisão.

–-- Cheguei! – Enfim eram 19h, a tarde tinha sido boa, mas Nina estava exauta – Cuido bem do meu filhote?

–-- Foi ele que acabou cuidando de mim - Ainda era meio humilhante pensar que um menino de 7 anos tinha consolado –a – Seu filho é um amor!

–-- Agora me diga, ele chorou?? Eu e o pai dele estamos nos separando... tem sido difícil pra ele. – “Como Harry...” Nina pensou.

–-- Ele chorou quando a senhora saiu e dizendo que queria você, mas foi só isso.

–-- Entendo, bom agora vou dar banho nele e...

–-- Ele já tomou banho, depois que brincamos ele estava muito suado e pedi para que ele fosse para o banho, desde então ele está assistindo desenhos.

–-- Bom trabalho! Tome seu dinheiro. Eu ligo para confirmar os outros dias ok??

–-- Ok!

Nina estava muito cansada, dormiu no carro e foi pra cama cedo, mas não dormiu, ficou mexendo no seu fc e pensando o quanto teria que trabalhar para conseguir ir no meet&greet... sabia que passaria por poucas e boas, mas também sabia que valeria a pena.

O dia seguinte foi bem tranquilo, só teve que passear com o cachorro de dona Filó e aproveitou para fazer mil e uma pesquisas para a escola.

Já estava tarde quando algo E-X-T-R- A-O-R-D-I-H-A-R-R-Y aconteceu. A mãe de Marcelo ligou dizendo que o menininho amou ela e que queria que ela trabalhasse 3 dias por semana lá e pagaria um salário mínimo no fim do mês. Nem preciso dizer que Nina acordou o prédio com seus gritos de alegria.