Esquecidos escrita por Josh La Rue


Capítulo 31
Somos um só- Josh




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_SSSSaiam ele é meu ssss.

Não sei quem gritou, mas sei que nenhum dos monstros ficou perto de mim, todos eles se afastaram e dirigiram sua atenção pra outro semideus.

A velhinha estava na minha frente, um rabo de cobra saia de seu vestido branco com flores, e seus olhos eram como os de um assassino psicopata frente à oportunidade perfeita.

_que bondadesss a sssssua sssemideussss, ajudar uma pobre veelhhhinha que caridosssso, masss tenho uma novidade eu não precisssso da ssssssssua ajuda.

Já falou com uma cobra? Eu também não mas acho que seria o mesmo que falar com essa mulher, pensando bem, era o mesmo, a aparência de velhinha me fazia esquecer que aquela era Equidna, uma mulher cobra de 4m que era mãe da muitos monstros, perdendo apenas pra Gaia...que por sorte não estava do lado inimigo

_Então garotiiinho parecccccce que está tentando me capturar sssss.

_Na verdade eu queria mesmo é que ficasse a alguns metros para a esquerda, perto daquela linha de arqueiros sabe?

_Semideusss ousssado._ gritou a velha.

_Na verdade semideus inteligente, em segundos você vai estar em uma prisão, não a que nós preparamos, mas uma que virá bem a tempo.

_Do que esssta falandoo?

_Uma luta um contra um, sem trapaça ou poderes, seu eu contra meu eu, juremos pelo estinge.

_Ótimo, _disse ela, e nós dois juramos.

E em segundos estávamos lutando, ela estava com a forma de uma dracanae só que de dois metros e meio, disse que se assumisse sua forma normal a luta não teria qualquer graça, suas unhas tinham o comprimento de uma espada e eram de um material negro e venenoso. Meu braço direito ainda estava inútil, acho que por causa da mordida, por isso eu levantei a espada com a mão esquerda, eu não sabia nem se podia lutar assim, mas tinha que tentar.

Corri até a monstra e lhe desferi um golpe em diagonal, com a espada, ela levantou uma das mãos aparando o golpe com as garras, eu continuei usando a mesma tática, aquele era o único golpe que sabia desferir com a mão esquerda, um corte diagonal.

Uma luta nada interessante estava acontecendo ali, eu manejava a espada como quando era criança, e Equidna nem se preocupava com meus golpes, apenas os aparava com as garras, algumas vezes atacava, mas o olho das Greias me fazia bloquear facilmente os ataques, na verdade sem ele eu já teria morrido a tempos.

Equidna levantou a mão e lançou suas garras em direção a minha cabeça, a espada mostrou-me o ataque e eu a levantei bloqueando-o. Quando as garras e a espada se tocaram eu mais uma vez desejei fogo, e uma onda de fogo saiu da espada e foi até a mulher cobra que começou a se contorcer de dor.

_Você disssssse que não usssssaria poderesssss.

_E não usei, é a espada.

_SSSSSS

Não sei oque aquilo queria dizer, mas não era coisa boa, no mínimo um palavrão.

A luta se estendeu por alguns longos minutos e então o chão tremeu e uma fenda para o submundo se abriu, para não seu sugado tive que dar um passo para o lado fazendo a espada passar a centímetros do rosto da mulher-mãe-cobra.

_Eu disse que só nós dois poderíamos lutar.

_Não, voccce disse o seu eu contra o meu eu, quem fezzzz issssso foi meu pai, ele éee minha famiiiilia, somos um só.

_SSSSS_ eu disse.

Eu avancei novamente, evitando a rachadura e então meus olhos se encontraram com os de um campista de Apolo, por alguns segundos não compreendi, mas então tudo ficou claro, eu olhei para mulher cobra e disse.

_Como eu disse não era a prisão que queríamos, mas a sua nova casa está pronta.

_Você nunca vai me prender, é só um garoto e não pode usar seus poderes contra mim, jurou pelo estinge.

_Verdade...mas...

_Mas Nada, Cale-se._ gritou a velha.

E então eu sorri, o grito dela foi acompanhado por uma flecha dourada cujas penas tinham um estranho brilho verde, a flecha fez a trajetória em segundos. Olhei para trás e vi um filho de Apolo se lançando ao chão, os poderes que recebeu do pai não o deixavam imune ao fogo grego e parece que um pouco do que estava na flecha pegou em sua roupa.

Me voltei para Equidna que tentava se livrar das labaredas esverdeadas que a cercavam e faziam nela uma espécie de gaiola.

_Meu pai vai libertar-me dessa prisão de fogo, isso não se compara aos poderes de Tártaro.

_Sim, eu concordo, mas ... se ele quiser te resgatar terá de enfrentar todo o reino submarino de Poseidon.

Equídna agora novamente no corpo de velhinha pareceu confusa, e então eu apontei para o chão, uma grande fenda se abriu na ponte deixando a mostra o mar lá embaixo, e fazendo-a cair.

_Você morrerá, jurou pelo estinge que seria uma luta um contra um, e que não usaria seus poderes em mim.

_ E não usei, eu ataquei a ponte... e a luta era do meu eu contra o seu eu..._ olhei novamente para perto da ponte, toda a luta havia parado para ver Equidna cair. Vi o filho de Apolo se levantando sem a roupa que ainda queimava, e o garoto de Hefésto bebendo um pouco de néctar (parece que controlar fogo grego era cansativo) olhei novamente para o mar e vi uma garota boiando._ como eu dizia, a luta era do meu eu contra o seu... os deuses, eu e os semideuses somos uma família, Nós somos um só.

Alguns barulhos que se seguiram

*silencio absoluto dos monstros
*o barulho de Equidna caindo no rio e indo rapidamente em direção ao mar.
*Cascos, rabos, e pés passando pela ponte, os monstros estavam fugindo...
*Gritos eufóricos de semideuses, e a ultima saraiva de flechas em direção aos monstros. Havíamos ganhado a batalha.


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