Eu estava na frente de Demeter, quando ela disse as palavras. Me sentei no trono, senti toda vida vegetal sobre toda a terra, em lugares que eu nunca imaginei, presenciei o nascimento de uma dríade e a morte de varias outras num incêndio, ponderei se Deméter não poderia ser escolhida como rainha do Olimpo, ela podia não demonstrar mas os seus poderes eram extremamente grandes, lembrei-me então de Pã, uma lembrança que o deus enviou a mim, de quando o mundo foi criado, o numero de dríades, era extremamente grande, o mundo era uma grande floresta gigante, Demeter é considerada deusa da agricultura, mas poucos sabem que seu poder excede esses limites, Demeter não é só da agricultura ela escolheu a agricultura porque representa a natureza controlada, seu poder verdadeiro é rustico, primitivo, mas por alguma razão ela esconde isso, talvez pra não se mostrar uma ameaça ou coisa parecida, ouvi as plantas e seu canto por minutos, e me revoltei contra os olimpianos.

Minha patrona deveria ter mais importância, ela tinha poder pra destruir muitos ali, ela venceria Ares e sua força bruta, Hermes e sua rapidez, e quem sabe até Atena e sua estratégia, e então como uma chuva de lucidez me veio que sentar no trono dos deuses, te faz ver seus melhores lados, Demeter era poderosa, mas mesquinha, isso é o que fazia ela não ter importância, eu sabia que no lugar dela usaria melhor os poderes, olhei para Thalia que balançava veemente a cabeça.

Percebi que mais uma vez ela me aconselhara, nós éramos muito parecidas, e ela sabia como era se sentir poderosíssimo, não era a primeira vez que ela recebia os poderes de Ártemis e na primeira vez, ela também deve ter pensado isso, assim como aprendi com ela nas caçadoras eu respirei fundo, cantei uma antiga canção, e então me concentrei, descemos do trono e ficamos um olhando para o outro, tínhamos agora contato com os deuses e estávamos prontos para guerra.

Ω Ω Ω

Mais uma vez em Manhatan, Todos os tuneis estavam novamente fechados, algumas armadilhas antigas, somadas as novas, alguns sensores de movimento, e até de pressão estavam espalhados pela cidade, o plano 23 utilizado na ultima guerra foi um dos primeiros recursos, mas quando nós chegamos aos pedestais alguns já estavam vazios, assim fomos direto aos leões da biblioteca, Annabeth os despertou-os e a iniciação começou, o nosso plano foi friamente calculado todos estavam em seus apartamentos ou casas, quando Morfeu os pôs a dormir.

Em segundos os inimigos chegariam até as pontes, eram por lá que eles vinham.

_Acreditamos que haja mais deles vindo pelo mar e pelo submundo._ falou Thalia ao meu lado, nós estávamos numa caminhonete enquanto passávamos a estratégia de guerra para os nossos soldados.

_ precisamos que o chalé de Demeter e os sátiros cuidem do Central-Park, o resto de nós ficara espalhado e o grosso de nossas tropas deve ficar aqui e ir onde precisarem de nós._ As palavras de Annabeth saíram em meio aos soluços, e ao choro. Eu mesma estava prestes a chorar com a noticia, havia uma semana que Percy estava desaparecido e não dava nenhuma noticia, mas tínhamos uma guerra pra lutar.

Em segundos todas as ordens foram passadas aos campistas e todos estavam prontos para guerra.

ΩΩΩ

O Central Park estava tranquilo desde que chegamos, eu estava com o chalé de Demeter e no controle dos sátiros e náiades, eles eram poucos, mas esperávamos que Grover chegasse com reforços, e eu ainda iria faze-lo engolir os cascos quando chegasse.

Nas pontes e tuneis tudo estava saindo como planejado, legiões de monstros foram mortos em menos de um dia, colunas de fogo grego, e setas envenenadas, estavam dispostas sobre as armadilhas prontas para serem acionadas, uma delas ruiu depois que o chalé de Apolo usou suas flechas explosivas para acionar as armadilhas que haviam falhado, dezenas de dracanae morreram afogadas e nem tiveram tempo de se recuperar, o rio as levava para o mar onde Jade cuidava para que os fragmentos nunca mais se encontrassem.

Dois dias depois do inicio dos ataques, as armadilhas cederam, o exercito inimigo enfim começou a avançar, e o primeiro alvo foi o Central Park, eles queriam chegar a porta de Orfeu, ao que parece a teoria de Thalia estava certa e reforços estavam vindo pelo submundo, e passagem mais próxima do Olimpo era a entrada do Central Park.

Dezenas de monstros estavam marchando em minha direção eu tinha o chalé de Demeter sobre meu comando, mas a pressão me impossibilitava de pensar.

_Em formação._ Gritei, era o mais obvio a fazer, os monstros se aproximavam mais e a cada segundo eu ficava mais apavorada, todos estavam prontos, mas eu não sabia bem oque fazer.

Olhei para a Conselheira do chalé em suplica e ela cochichou, “Atacar” foi oque eu disse, em seguida nossos 12 campistas corriam em direção ao exercito que tinha o triplo do tamanho, campistas corriam pelas arvores mantendo uma formação de ataque usada no treinamento na floresta, o objetivo principal era fazer o inimigo pensar que não tínhamos ordem e surpreende-lo com um ataque conjunto, usado quase sempre contra os chalés de Ares e Hermes que também são o triplo do nosso numero, a estratégia funcionou, os monstros saíram de formação, e foram trucidados, mas quando achamos que era o fim, eles voltavam se refazendo do pó, e continuavam a atacar, meus campistas lutavam bravamente, mas quando ouvimos o primeiro grito de dor humano, ficamos pasmos, nossa estratégia havia falhado uma vez desde que fora inventada... numa luta contra Ares, eles não caíram na armadilha, e nós nos descontrolamos quando nossa conselheira foi ferida, agora novamente havia acontecido, os monstros que se refaziam feriram um de nós, nossa formação de ataque iria se desfazer em segundos, se eu não agisse

Olhei para conselheira do chalé ela disse

_Não temos um plano B.

Fechei os olhos e senti uma lagrima descendo.

Resumindo nós não sabíamos oque fazer se um plano desse errado não tínhamos um plano B, em segundos estaríamos desamparados.