O Inicio Do Apocalipse Zumbi escrita por Pancre, Vincy


Capítulo 2
13/02/2012




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13/02/2012 - 7h15min

Eu acordei sem saber onde estava, meus pensamentos estavam meio confusos, só lembrava apenas de uma explosão de sangue em meu rosto e de ter desmaiado em seguida. Olhei em volta e percebi que estava deitado em uma cama, era um quarto escuro com tabuas pregadas nas janelas, um homem estava sentado em frente à porta segurando uma arma de cano longo, ele era forte e tinha a pele morena, não parecia ser muito amigável e me encarava esperando talvez que tentasse fugir para me acertar um tiro:

– Onde estou? – Perguntei ao me levantar

Ele me olhou com certa raiva e me fez um sinal com a cabeça indicando para que eu o seguisse, saiu do quarto e eu com certo receio o acompanhei.

Fui seguindo ele pelos cômodos, passei por quartos onde vi todas as janelas pregadas da mesma forma, gavetas reviradas e camas desarrumadas. Paramos em frente a uma porta fechada ele se virou de lado abrindo espaço para que eu passasse, empurrou a porta com a arma e falou com sua voz um tanto quanto grossa:

– Entre! – indicou novamente com a cabeça.

Desci as escadas vagarosamente, pois ele vinha com aquela arma atrás de mim. Olhei o lugar e vi algumas pessoas, dois homens não muito fortes, um deles ferido, uma mulher usando uma saia rasgada e uma criança agarrada a ela.

– Sorte sua de estarmos lá,se não fossemos nós você teria morrido! – Disse a mulher vindo em minha direção.

– Eu não pedi a ajuda de vocês! – não pensei direito quando falei, esqueci que tinha um homem armado atrás de mim.

–Então porque você não vai embora?!

– Nós estávamos à procura de algumas pessoas. – interrompeu o homem ferido - ontem à noite no momento da contaminação nós os perdemos de vista e ficamos procurando eles até agora.

– E vocês sabem onde eles estão?

– Nós matamos uma dessas pessoas para te salvar – disse o homem atrás de mim.

Agora entendo a sua raiva.

–E agora vocês estão me culpando por isso? Idiotas... Ela já estava morta!

– Nós sabemos disso! – Disse a mulher dando as costas. - Devíamos ter o deixado morrer...

–Tem mais alguém lá fora que vocês estejam procurando?

O homem armado colocou a mão sobre meu ombro.

–O filho dela- disse- Você não tem ninguém? Oque estava fazendo correndo de carro por ai?

–Eu não tenho família, estava apenas tentando fugir, eu e eu mesmo.

–Imagino o porque você não tem família. – Disse a mulher em um tom irônico, enquanto analisava o ferimento do homem no chão.

–O que aconteceu com ele? –perguntei me aproximando.

–Ele foi atacado por uma daquelas... Pessoas. - disse a mulher.

–Você ainda chama aquilo de pessoas?

Um silencio tomou conta do lugar

– Mas alias quem são vocês? – Perguntou quebrando o silencio.

– Somos meio que uma família, o homem que está ferido é o meu irmão Raphael, o que está do lado dele é amigo do meu irmão, Christopher, essa garotinha aqui é minha sobrinha Katy e eu sou Vanessa. – Ela me responde em tom baixo.

– E você? – Dirigiu-se ao homem com a arma.

– Eu sou Rychard! – respondeu.

– Onde você conseguiu isso? – Apontei para a arma.

– Peguei em uma viatura abandonada.

– Ei, valeu por ter me salvado. – Falei de uma forma irônica.

– Não foi nada...

Escutei algo batendo contra a parede e virei-me para onde se encontravam as outras pessoas. O barulho se originava de Raphael, que antes parecia bem, mas agora se debatia, tremia e suava. Seus olhos estavam revirando e ele gemia absurdamente alto, sua força foi acabando, seus olhos fechando e o desespero de Vanessa amentando.

–Oque foi isso? – perguntei ainda assustado.

–Ele teve um ataque. –respondeu Vanessa. – Sua respiração está fraca, precisamos de ajuda.

–Não temos mais energia, os hospitais não estão mais funcionando, com certeza. – Rychard dizia como se pudesse prever o que ela queria.

–Nós precisamos tentar, aqui ele não vai sobreviver, é meu irmão. – Seus olhos já se enchiam de lagrimas.

Christopher olhou para Vanessa, mas não se comoveu, levantou-se e se dirigiu a escada:

–Eu não vou sair lá fora com aqueles monstros. –Virou-se e subiu as escadas.

–Está na hora de ver se podemos confiar em você.- Disse Rychard jogando uma chave de carro em minha direção.

Chegamos perto de Raphael, eu peguei pelos braços e Rychard pelas pernas, ele estava mole, provavelmente por estar desacordado, estava também um pouco gelado. O carregamos até o porta-malas, Christopher estava lá esperando por nós.

–Você não disse que não iria sair? – Perguntou Rychard.

–É que precisava de um pouco de sol – Falou ironicamente.

–Sei...

–Pode ir atrás com ele? – Perguntei.

–Mas eu quem iria atrás! – Falou Vanessa.

–Não você fica aqui, caso o Mick volte. – Alertou Christopher.

Todos entraram no carro e Dei partida, Vanessa correu desesperada para dentro, parecia que aquelas pessoas estavam se guiando pelo som do som. Acelerei passando por cima de vários deles, indo em direção ao hospital. O sol estava forte, e os vidros todos fechados, oque estava me fazendo soar como um porco.

Comecei a ouvir gemidos vindos de trás:

–Ele esta acordando? –Perguntei.

–Parece que sim... – Disse Christopher.

Foi questão de segundo, ele falou, e foi puxado. Levou uma mordida um tanto quanto apetitosa em seu pescoço, por mais estranho que isso pareça. O sangue escorria nos lábios de Raphael, e sua mordida arrancou um pedaço, parei o carro, Rychard pulou para o banco de trás, sacou uma arma menor da cintura e fez o que devia ser feito. O sangue espirrou para todo lado.

Christopher respirava com dificuldade e ofegante, acelerei o carro novamente em direção ao hospital.

–Mais que merda que aconteceu aqui?! – Perguntei euforicamente.

– E você acha que eu vou saber?!

– Não! Isso não pode estar acontecendo....

–Você já sabe que vai acontecer de novo não é?

Ouço um disparo.



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