Sweet Revenge escrita por Lolanita


Capítulo 1
Boulevard Of Broken Dreams


Notas iniciais do capítulo

Hello amores! Tive esse ideia faz um tempinho, aí deu a louca e resolvi postar. Espero que gostem!



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Olá. Não vou escrever “Querido diário”, pois diário é coisa de criança. Isso aqui é mais um conto de vingança. E como a vingança é um prato que se come frio, vou ter tempo suficiente para contar-lhes a minha história e o porquê dessa vingança.

Primeiramente, me chamo Emily. Emily Howard, filha do mega-empresário Tom Howard e da veterinária Jenna Smith. Não me pergunte o que levou minha doce e adorável mãe à se apaixonar pelo riquinho mimado do meu pai, só sei que depois de dois anos juntos, eles se separaram e agora eu moro com a minha mãe em uma pequena vizinhaça em um afastado bairro de New Jersey.

Tenho 15 anos de puro sofrimento e não sou o que se pode chamar de “garota bonita”. Mas, felizmente, aprendi com o tempo que garota bonita é só um termo criado pela sociedade para infernizar nossas vidas. Continuando, sempre fui baixa e meio gordinha. Nunca liguei para cuidar de meus cabelos e meus óculos fundo-de-garrafa nunca me foram um problema. Isso, é claro, até que entrei para THC High School, uma escola para adolescentes da elite que não ligam para quanto você tem de cérebro, só quanto você tem de peito. Aí foi que o terror começou. Olha, ser chamada de pobretona, ridícula, idiota, vadia, vaquinha e um bando de outras coisas calada. Só que eu aturava, engolia em seco, tentava esquecer, ignorava. Até um ponto de não deu mais. A pressão era demais e eu tive de mudar. Dependendo do ponto de vista, para melhor.


Quatro de maio, o dia infernal

Acordei cedo, mais uma vez tentando ignorar o enorme nó na minha garganta e uma imensa e descontrolada vontade de chorar. No entanto, eu não podia sequer choramingar, havia o risco de acordar minha mãe, que dormia tranquilamente no quarto ao lado.

Olhei para o relógio sobre a cabeceira. Estava cedo demais e eu precisava voltar a dormir urgentemente. Caso contrário, as memórias voltariam à minha mente como um filme de terror. Virei para o lado, tentando sem sucesso pensar em algo bom e voltar à dormir. Passados dez minutos naquela mesma posição, levantei desesperada e começei a andar pela casa, tentando inutilmente não fazer barulho. Desci a escada no escuro e sentei no chão da sala, coloquei o meu mais novo livro no piso frio e deitei-me de bruços.

A história era ótima, os personagens envolventes, o cenário ideal, mas nada disso parecia conseguir minha atenção. Tudo que vinha à minha mente era o inferno que eu teria de enfrentar em algumas horas.


I walk a lonely road

The only one that I have ever known

Don't know where it goes

But it's home to me and I walk alone

Senti um costumeiro enjoo quando mamãe me deixou na porta da escola. Lá estavam eles, os adolescentes idiotas que sempre me humilhava, rindo e se divertindo. Sinceramente, não dá para descrever o que eu sentia ao vê-los felizes. Talvez um misto de ódio, nojo e mágoa. Porque eles tinha o direito de rir e eu não? Por acaso eles são superiores à mim?

Mamãe pareceu notar minha tristeza, pois perguntou com a voz mais doce e delicada que consegui tão cedo:

–Está tudo bem, Emmy?

Emmy. Só ela me chama assim. Talvez seja porque não tenho muitos amigos, ou pois não confio neles o suficiente para deixá-los me chamar desse modo.

Dou o sorriso mais simpático que consigo e faço força para conter meu choro.

–Está tudo ótimo, mãe. Só um pouco de sono mesmo. Melhor eu ir, né? Até mais.

Saltou do carro e respiro fundo. Conto até dez. “Vaí ficar tudo bem” prometo à mim mesma, mesmo sabendo que não é verdade.

Caminho de cabeça baixa até meu armário, esperando que as pessoas não me notem. Mas elas notam, elas sempre notam. Especialmete ela. Hannah Olsen, o diabo em pessoa.


I walk this empty street

On the Boulevard of broken dreams

Where the city sleeps

And I'm the only one and I walk alone

I walk alone

I walk alone

I walk alone

I walk a...


Hannah dá um sorriso e posso ver o veneno escorendo por seus lábios. Suas “amigas”, Cassie e Andrea dão risinhos. Posso prever o estrago e fecho os olhos, inultimente tentando sair daquele lugar.

–Posso te perguntar uma coisa, querida? Você achou essas roupas no lixo ou comprou numa promoção de brechó?

Seus capachos dão risadas e Cassie me encara, pronta para seguir sua mestra e espalher seu veneno.

–Ouvi dizer que sua mamãezinha é veterinária, certo? Será por isso que você é igualzinha à uma porca? E o seu papaizinho, hein? Nunca viu ele, né? Deve ser um drogado, awn coitado. Ou será que sua mãe era uma puta quando engravidou?

Ouço várias risadas debochadas e alguns susurros. Aquelas vadias não parecem ter ideia de quanto aquelas palavras doem em mim. Ou talvez tenham. Não que isso faça sequer diferença. Elas não se importam mesmo.


My shadow's the only one that walks beside me

My shallow heart's the only thing that's beating

Sometimes I wish someone out there will find me

'til then I walk alone

Ahh Ahh Ahh Ahhh

Ahh Ahh Ahh Ahhh...

I'm walking down the line

That divides me somewhere in my mind

On the borderline of the edge

And where I walk alone


Andrea finaliza a brincadeira, olhando com desprezo para mim e pegando meus óculos, me deixando parcialmente cega.

–Olha isso, deve ter custado dois dólares! Será que quebra fácil? –Consigo ver a morena jogando meus óculos no chão- Ops, quebra sim.

Grossas lágrimas escorrem por meu rosto, enquanto saio correndo para o banheiro. Suas risadas são como em eco em minha cabeça. De repente, só consigo sentir um baque e cair no chão.

De imediato, não levanto. Fico lá, soluçando com dor. Então, uma mão grande e quente me ajuda a levantar.

–O que houve? Você se machucou?
Aquelas palavras são um remédio para mim. Finalmente alguém parece realmente se preocupar comigo. Mesmo sem meus óculos percebo que é um garoto.

–Hey, meu nome é Zack Harries. E você?

Tenho medo daquilo ser uma brincadeira, dele estar fingindo ser simpático comigo, mas estou tão desesperada que respondo gaguejando.

–E-emily, Emily Howard.


Read between the lines of what's

Fucked up and everything's all right

Check my vital signs to know I'm still alive

And I walk alone

I walk alone

I walk alone

I walk alone

I walk a...

My shadow's the only one that walks beside me

My shallow heart's the only thing that's beating

Sometimes I wish someone out there will find me

'Til then I'll walk alone

–Toma. É melhor secar essas lágrimas. –Ele me estende um pano e uma garrafa d’água- Beba um pouquinho, vai ficar tudo bem, certo?

Não, nada vai ficar bem Zack. Você não faz ideia de como nada está bem e nem nunca vai ficar. Não digo isso somente agradeço e me dirijo ao banheiro, me trancando em uma box e chorando até que minhas forças acabam e tudo que consigo fazer é encarar o ar.

Ah-Ah Ah-Ah Ah-Ah Ahhh

Ah-Ah Ah-Ah I walk alone, I walk a...

I walk this empty street

On the Boulevard of broken dreams

When the city sleeps

And I'm the only one and I walk a..

My shadow's the only one that walks beside me

My shallow heart's the only thing that's beating

Sometimes I wish someone out there will find me

'til then I walk alone!



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Notas finais do capítulo

A música do cap é Blvd Of Broken Dreams, do Greenday. E aí, continuo? Gostaram? Odiaram? Preciso de opiniões.



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