21.12.12 - A Invasão escrita por Padalecki


Capítulo 21
A Guerra tem inicio


Notas iniciais do capítulo

Aii gente! Eu acho que esse capitulo ficou uma merda sabe, porque eu tava estudando pra biologia quando resolvi de ir fazer ele u.u
Aceito criticas, então aproveitem para me xingar KKKKKK'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/229168/chapter/21

Imagem do capítulo:



Não pude aproveitar da presença de meu meio-irmão por muito tempo.

Não sei de fato o que havia acontecido, mas os gritos de terror que podiam ser ouvidos livremente da sala ao lado me dizia ironicamente que estávamos sendo atacados.

E dessa vez eu tinha certeza de que eram eles.

Eu não sabia realmente como seria o plano de invasão de Kratos e Yano, porém, eu sabia que eles também queriam a mim. Como sabia disso? Não faço a mínima ideia, era só uma coisa que eu sentia.

Lembrei-me de uma vez em que Shawus dissera-me que nós, Plêiades, éramos muito intuitivos.

Acho que comecei a entender isso.

Shawus rapidamente correu até o painel de controle e acionou alguns botões, botões esses que nos ajudariam a sobreviver em meio aqueles ataques.

- Você. – Ele disse baixinho, olhando para mim. Quando retribui e sustentei seu olhar, ele prosseguiu. – Quero que saia daqui. Se esconda, e leve os Vórtex com você.

- Mas, Shawus... – Protestei. Eu não queria ficar fora da batalha. Era parte da batalha, ou melhor, eu era a batalha.

- Sem discussão, Gwen. – Sentenciou ele, voltando-se para os botões e acionando mais uma meia dúzia deles.

Revirei meus olhos e sai da sala de comando. Do lado de fora, os pufes tentavam, sem sucesso, se esconder atrás de meus amigos. Clark brincava com um deles, enquanto Orson e Kovu fugiam dos mesmos. O restante dos Vórtex parecia tranquilo, a não ser, é claro, quando éramos atingidos por alguma coisa e eles começavam a entrar em pânico.

Quando me viram, tanto Clark quanto Josh se postaram imediatamente ao meu lado. Orson tentava se defender de um dos pufes com uma cadeira flutuante. Seria uma cena realmente engraçada, se não estivéssemos no meio de uma guerra.

- Estamos sendo atacados. – Falei, tentando parecer o mais tranquila possível.

Clark me olhou de modo irônico e sarcástico.

- Jura? Não havíamos percebido... – E levantou ambas das sobrancelhas, enquanto um quase sorriso passava levemente por seus lábios rosados.

Mostrei-lhe a língua, mas logo me tornei séria novamente. Nós éramos adolescentes, a maioria alienígena, com um doutor entre nós, e estávamos totalmente sozinhos em meio a aquilo tudo.

Pelo menos por enquanto. O exército de meu pai estava vindo para cá, e só de pensar em vê-lo novamente... isso já me dava forças para continuar.

Ouviu-se um barulho cheio e grave, que inundou o lugar em que estávamos. Todos ficaram quietos, mal respirar respirávamos. Em seguida, a nave toda tremeu como se estivesse sofrendo um terremoto particular, e então... fogo.

Olhei desesperada, procurando por Genevra, mas ela entendera mais rápido do que eu e já estava no local do incêndio.

Minhas mãos tremiam e minhas pernas começavam a ficar bambas, e o mesmo, posso dizer, acontecia com a minha cabeça. Eu estava ansiosa, e ao mesmo tempo temerosa.

- Hey, Gwen. – Disse Josh, puxando-me para dentro de si em um abraço apertado. De canto de olho, pude ver Clark abaixando o olhar e olhando para as próprias mãos, que estavam tremendo tanto quanto as minhas.

Ainda sem soltar de Josh, aproximei-me de Clark e passei o braço livre por suas costas. Incentivei Josh a fazer o mesmo. Ao longo dos minutos, Dallas e Orson fizeram a mesma coisa, e então chegaram Genevra e Kovu. Nós ficamos lá, naquele abraço grupal, por minutos que me pareceram uma eternidade. A neve chacoalhava, a medida que éramos atingidos cada vez mais pelas naves inimigas à nossa frente. Desejei que Shawus pudesse estar entre nós, mas se ele saísse da sala de comando, provavelmente morreríamos em poucos segundos.

Troquei um olhar extremamente significativo com meu melhor amigo. Sorrimos um para o outro, e compartilhamos da mesma força, da mesma vitalidade. Eu achava estranho o fato de meu corpo e meus genes reconhecerem Josh e, de certa forma, saberem exatamente como lidar com ele. Entretanto, era impressionante o fato de minha mente e minha alma estarem tão conectadas com Clark.

Separamos-nos de súbito, quando Shawus lançou o primeiro ataque. Ficamos totalmente em silêncio, esperando uma resposta. Meu corpo ainda estava junto ao de Josh, e sua descendência Ariana me deixava relaxada. Ele era como um copo de chocolate quente no inverno: quente, relaxante e delicioso.

A resposta dos Grays ou dos Reptilianos, ou até mesmo de ambos, veio quase que imediatamente. Sobretudo, Shawus não se importou mais com os mísseis e os tiros que vinham das outras naves e começou a nos tirar dali.

Havia cerca de quatro naves no nosso encalço, pude ver isso porque elas começaram a nos rodear quando começamos a nos movimentar. Era uma espécie de dança intergaláctica, e Shawus se mostrava extremamente misterioso em relação aos seus próximos passos.

De repente, um alarme começou a apitar dentro da nave, e eu sabia o que viria a seguir.

- Todo mundo no chão! – Berrei, jogando a mim e a Josh no chão metálico da nave, e rezando para que os outros fizessem o mesmo antes de...

BOOOOOM! 

Isso fora a bomba traseira que Shawus acabara de lançar em nosso inimigos. Era uma bomba de gás, feita do material radioativo do nosso campo estrelar, e que realmente podia causar enormes estragos.

SWIIIISH!

Isso era Shawus dando um mergulho em direção a água. Na parte mais profunda do Triângulo das Bermudas, finalmente paramos de ser atingidos. As outras naves provavelmente pensaram que havíamos sido atingidos por nossa própria bomba, e que então finalmente não causaríamos mais problemas.

E estou absolutamente certa ao dizer que era exatamente isso que meu meio-irmão queria que eles pensassem.

Nos levantamos meio tontos quando o tremor de todos os impactos sofridos pela nave passaram, e vi que Orson tinha um corte na testa, e este sangrava bastante.

- Eu estou bem. – Ele me disse, quando percebeu o meu olhar.

Cutuquei Josh.

- Pegue o kit de primeiros socorros e vá cuidar dele.

Quando Josh fez o que eu pedi, aproximei-me do restante de meus amigos e sorri. Um sorriso totalmente nervoso que tenho certeza que passou algo muito ao contrário de confiança e liderança.

- E o que vem agora? – Perguntou Clark, confuso. – Estamos em que parte da profecia?

Dei de ombros.

- Eu preciso pegar o anel. O anel de meu pai que está com Kratos.

Meu melhor amigo assentiu lentamente.

- E então o alfa morrerá. – Murmurou ele.

Ele tinha um olhar distante, como se estivesse prestes a descobrir algo importante.

- Certo, Frodo, – Disse-me Genevra, com seu típico olhar irônico. – você precisa pegar seu precioso. E quanto a nós?

- Vocês vão me proteger. Eu... eu acho. Quer dizer, não entendi a profecia direito. Pelo menos não a parte dos Vórtex.

- Não tinha muito o que entender. – Dallas deu de ombros. – Só falava que você tinha que nos encontrar.

Assenti, concordando com sua argumentação.

Foi então que Shawus saiu da sala de comando e nos encontrou formalmente pela primeira vez naquele dia. Ele ainda vestia o uniforme do acampamento militar, e acho que havia tido sorte por os uniformes serem unisex.

Genevra sorriu encantadoramente para meu irmão, e Kovu revirou os olhos ao seu lado. Ela o cumprimentou com um beijo em cada bochecha e lhe fez diversos elogios.

Shawus estava mais vermelho que os cabelos de Genevra, e seu peito estava um pouco estufado, fazendo-o respirar com dificuldade.

Troquei outro olhar com Clark, e compartilhamos uma gargalhada secreta. Josh havia voltado e estava ao meu lado, com seus dedos entrelaçados aos meus. Por mais que aquilo me deixasse confusa em relação aos meus sentimentos, eu não queria tirar meus dedos dos dele. Realmente não queria.

Clark lançou um olhar longo para nossas mãos e então suspirou, saindo de perto de onde eu e Josh nos encontrávamos e indo conversar com Genevra, que estava discutindo alguma coisa com Kovu.

Shawus conseguira se desvencilhar de Genevra e veio até mim com passos longos e duros. Lançou um olhar de reprovação para meus dedos e os de Josh, e logo em seguida olhou-me como se fosse me enforcar naquele exato segundo.

- Gwen. – Ele murmurou, tentando parecer calmo.

Soltei minha mão da de Josh, temendo por nossas vidas e sorri.

- Sim?

Se Shawus fosse um pouquinho mais alto, ele estaria cara a cara comigo agora.

- Eu preciso entender o seu motivo insano de trocar a lealdade de Genevra por mim!  - Soltou ele, parecendo totalmente incrédulo. – Ela veio me dizer que terei de me casar com ela! Você se drogou ou algo do tipo quando foi falar com ela?!

Ao mesmo tempo, tanto eu quanto Josh começamos a gargalhar de sua perplexidade, e do modo como ele falava quando estava tentando parecer calmo, embora estivesse extremamente nervoso.

Meu irmão querido ficou com ainda mais raiva de nós quando começamos a rir dele. Ele bateu o pé e levantou uma de suas sobrancelhas, olhando-me com um semblante realmente muito parecido com o do meu pai quando estava angustiado comigo.

- Não faço a mínima ideia do que estão rindo. – Disse.

- Não faço a mínima ideia do que está falando. – Tornei.

Shawus bufou.

- É melhor eu nos tirar logo daqui. Kratos e Yano a querem viva, e quando descobrirem que os mercenários a “mataram”... Bom, precisamos chegar logo à Arcádia.

- O que é isso? – Perguntou Josh, um tanto assustado.

Shawus revirou os olhos e olhou para mim, intimando-me a contar alguma coisa.

Fiz uma careta.

- Hã... é... é uma cidade da Flórida, eu acho...

Meu meio-irmão comprimiu os lábios e coçou a nuca.

- Vocês não têm aulas de geografia nesse planeta? Francamente... Arcádia é sim uma cidade da Flórida, mais precisamente no Condado de DeSoto. Porém, a toda uma história por trás dela. História essa que você não encontra em muitos livros por ai... – Shawus mordeu o lábio inferior e então virou-se para onde Clark estava. – Hey, cabeludo! – Clark fez uma careta horrenda quando percebeu que o “cabeludo” era ele. – Diga-me que está com aquele livro que eu te dei.

Clark assentiu e foi até Orson, disse algumas poucas palavras para o mesmo e então pegou o livro, que estava seguramente guardado na bolsa de Clark, que estava agora na posse de Orson.

Em seguida, trouxe-nos o livro e o entregou a Shawus, que o agradeceu.

- Para que o quer? – Perguntou Clark.

Shawus sorriu. 

- Vamos testar sua inteligente, meu caro colega. – Ele começou a folhear o livro enquanto falava com meu melhor amigo. – O que sabe sobre a história de Arcádia?

Os olhos de Clark brilharam.

- É uma cidade comum da Flórida, mas não tão comum assim, pelo menos é o que diz ai. – Disse apontando para o livro. – Arcádia, na antiguidade, foi o berço dos primeiros contatos extraterrestres aqui nos Estados Unidos. Os aliens usavam o buraco de minhoca do Triangulo das Bermudas e logo desembarcavam em Arcádia.

Shawus sorriu.

- Você devia ser presidente. – Disse ele.

Clark riu.

- Prefiro ser apenas um ufólogo multiuso.

Shaw deu de ombros e devolveu o livro a Clark. Quando o mesmo foi guardá-lo, ele concentrou sua atenção em nós novamente.

- Então precisamos ir para lá. É onde começaram os ataques. E é daí para pior... Você sabe, aquela babaquisse toda de dominar o planeta Terra e tudo o mais.

Assenti.

***

Chegamos a Arcádia mais rápido do que pensei que chegaríamos. Segundo Genevra, isso era normal, pois o caminho feito nas águas era menor do que o que teria de ser feito no solo ou no céu.

Mas mesmo com a rapidez toda, já era tarde demais.

Cerca de dez ou quinze naves já sobrevoavam a cidade. Lançavam mísseis, bombas, lazers e tudo o que podiam para saquear e matar. Se entrássemos na batalha agora, seriamos mortos. Precisávamos de um contra-ataque, e precisávamos logo.

Os mercenários eram aqueles que vinham antes da nave mãe, e seu único propósito era matar e roubar o máximo possível, para que quando os realmente importantes chegasse aqui, estivesse tudo pronto.

- Estou achando estranho essa demora. – Disse-me Shawus quando sentei ao seu lado na sala de comando. – Kratos e Yano nunca demoraram tanto para saquear e roubar outros planetas.

- Talvez seja algo em nossa Galáxia... – Comentei.

Shawus balançou negativamente a cabeça.

- Algo me diz que papai tem muito haver com esse atraso. – Sorriu ele.

Retribui o sorriso.

Vi que as naves começaram a alçar voo novamente, e então começamos a segui-las.

Você deve estar se perguntando: E o que diabos estão fazendo ai, parados feito portas? As pessoas estão sendo roubadas e mortas lá em baixo!

Mas entenda, não podemos entrar na batalha agora, não enquanto os mercenários ainda estiverem em movimento. Somos só uma nave, enquanto eles são quinze. Temos apenas algumas pessoas aqui, enquanto eles têm uma frota inteira.

Continuamos com o percurso de os seguir então. Eu já podia imaginar a confusão que o planeta Terra se encontrava nesse momento. Toda a farsa da FAA sendo descoberta, toda a especulação sobre a área 51 ser finalmente revelada uma verdade. As pessoas provavelmente estavam endoidando nesse exato momento.

Pensei em mamãe e em Carson, e no meu futuro irmão ou irmã. Como eles estariam? Estariam bem? Teriam conseguido se esconder? Todas essas perguntas começavam a me deixar aflita.

Vimos cerca de mais dez cidades sendo saqueadas e sua população sendo brutalmente assassinada, dizimada. Vez ou outra eu me levantava de súbito, pronta para defender aqueles próprios terráqueos que mal sabiam direito o que os havia atingido, mas Shawus me advertia. Ele me dizia, toda vez em que eu ameaçava a pular para fora da nave, que todas aquelas pessoal tinham sido avisadas sobre o ataque extraterrestre iminente.

E de fato elas haviam, e até tinham tentado se defender. Os soldados e os policiais e até mesmo os militares, todos estavam apostos para tentar derrubar a frota dos mercenários, mas não tinham chance alguma de fazê-lo.

Sai novamente da sala de comando, cansada de ver tantos roubos e tantas mortes, e não poder fazer nada a respeito. Por sorte, Shawus havia tido a sagacidade de tampar as janelas daquela sala, de modo que só escutávamos os gritos e os barulhos de tiro. Não que isso também não fosse angustiante e terrível, é claro.

Sentei-me ao lado de Genevra e lhe perguntei o que eu havia perdido.

- Clark está nos ensinando algumas manobras. – Disse ela, apontando para Clark.

E de fato lá estava ele, ensinando Josh a controlar o fogo que emanava dentro dele. Achei engraçado vê-los cooperando um com o outro.

- Genevra, eu preciso lhe perguntar uma coisa.

Ela levantou as sobrancelhas.

- Onde Jonathan foi parar? E porque encontramos uma de suas estacas na barriga do capitão?

Ela abaixou o olhar, parecendo um pouco envergonhada. Quando falou, não me olhou nos olhos.

- Foi uma luta complicada, e infelizmente não consegui afogá-lo. Resgataram-no no último segundo. Quanto ao capitão... Jonathan o matou. Ele arrancou uma de minhas estacas quando joguei sua espada para além mar.

- Como não o pudermos ver matando o homem?

- Aquele garoto é esperto. Não sei como ele o fez, mas o fez.

De repente, a nave sacudiu, e por um momento eu fui tomada de um pânico colossal. E, para falar a verdade, tive razões de sobra para ter tido esse pânico.

Aconteceu tudo muito rápido.

Shawus virou a nave de cabeça para baixo, e tivemos que fazer o impossível para nos segurarmos. Josh segurava numa das dobradiças das janelas com um braço, e segurava Orson com o outro como se ele tivesse um peso equivalente ao de uma pena.

Clark estava ao lado da porta, segurando nela como se sua vida dependesse disso. E de fato dependia.

E então de repente, a porta cujo Clark estava se segurando foi arrancada. Clark gritou, se debateu, xingou, mas fora tudo tão rápido que não havíamos nem tido tempo de ter alguma reação plausível.

Seus gritos se tornaram distantes cada vez mais, a medida que uma das naves dos mercenários o carregava para dentro dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "21.12.12 - A Invasão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.