Rebekah aproximava lentamente a mão da irmã até a boca. De certa forma, a loira não queria fazer aquilo rápido. Ou talvez não quisesse realmente fazer, e estivesse relutando contra seus instintos.

A vampira controlou-se, e se afastou da irmã. Ela mesma não pudera acreditar em como conseguiu fazer aquilo. O sangue era tão tentador. E porque ela resolveu poupar a vida da irmã que ela tanto odiava?

As veias em sua face foram desaparecendo. Faye, ainda estava assustada. Ela secou seus olhos que estavam cheios de lágrimas. Não entendeu porque a irmã não a matou. Talvez ainda houvesse uma parte boa em Rebekah.

As irmãs se entreolharam por alguns instantes, até Rebekah quebrar o silêncio:

– Eu sei o que está pensando. E ainda te odeio. Apenas não te matei, porque já estava alimentada. – Rebekah disse, com um sorriso sádico nos lábios.

Faye se manteve calada. Talvez Rebekah fosse mesmo um monstro. Mas Faye sentia que no fundo, Rebekah se importava com ela, mesmo que ela nunca fosse admitir isso.

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– Teremos que adiar o jantar. Os Lockowoods irão dar uma festa particular de gala, para os membros das famílias fundadoras da cidade. – Disse Damon, andando de um lado para o outro na grande sala da mansão Salvatore, com uma carta na mão.

– Elas irão estar lá. A família Chamberlain é uma das fundadoras da cidade. – Stefan disse. O moreno estava sentado no sofá, com um livro antigo nas mãos.

– Eu sei disso, Stef. Teremos que ir de terno. Acho que você vai ter que fingir que está doente para não ir. Você de terno não é uma das coisas mais lindas do mundo. – Damon provocou o irmão, sarcástico como sempre.

– Será que Rebekah irá? – Stefan perguntou. Talvez ela não fosse, a garota aparentava não gostar de festas assim.

– Qual é o seu lance com a loira? – Damon perguntou curioso. Ele havia notado que Stefan estava estranho desde que voltaram á cidade. Talvez fosse a vampira, a causa dessa mudança.

– Nada. – Stefan respondeu ríspido.

– Tudo bem então. Vou lá pra cima ver se tenho algum terno. Até mais loverboy. – Damon disse, subindo as escadas da mansão em sua velocidade anormal.

Stefan bufou, e voltou a ler seu livro.

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Já estava de manhã. Finalmente o tempo se abriu em Mystic Falls. Um pequeno raio de sol entrava pela fresta da janela. O som do despertador acordou a morena. Ela ainda estava cansada. Não queria ir para á escola. Ela sabia que Elena se chatearia, mas depois ela podia ligar e pedir para a amiga visitá-la.

Faye lembrou-se que hoje era um dia especial. Era o dia do aniversário de sua mãe. E como uma pequena homenagem, ela levaria flores ao túmulo dos pais. Ela pensou por um instante em convidar Rebekah. Mas depois do ocorrido na noite passada, era melhor dar um tempo.

Levantou-se da cama, espreguiçou-se e caminhou até o banheiro. Fez sua higiene pessoal, e arrumou a sua cama que estava bagunçada.

O caminho até o cemitério foi curto. Faye decidiu ir a pé, precisava caminhar um pouco e sentir o ar. O cemitério estava vazio, ela era a única ali. Caminhou até o túmulo de sua mãe e se ajoelhou. Algumas lágrimas caíram de seus olhos, molhando-lhe a face.

– Sinto tanto a sua falta, mãe. – Disse com a voz embargada. Pegou as orquídeas que havia trazido e as colocou na sepultura.

Permaneceu ali por alguns minutos. Enfim se levantou. Limpou com as mãos, o pouco de terra que havia ficado em sua calça jeans.

Saiu do cemitério e deixou seus pés a levarem. Ela estava um pouco confusa. Seus olhos ainda continham algumas lágrimas. O caminho de volta para a casa era curto. Havia várias árvores ao redor da pequena estrada. Elas tampavam a luz do sol, deixando a estrada um pouco sombria. Faye teve a terrível sensação de que estava sendo observada. E de fato estava. Uma voz rouca e sensual a fez olhar para trás:

– Você é tão sentimental. – Damon disse. Ele estava parado perto de algumas árvores, não muito distante de Faye.

– Pensei que não iria mais me procurar. – Faye disse. De fato ela pensou que ele havia partido da cidade. Ela sentiu falta dele desde o último encontro, e estava feliz por vê-lo novamente.

– Mas não estou procurando. – Ele retrucou convencido.

– Se quer me evitar assim, porque está me seguindo então? – Ela revirou os olhos, e continuou a caminhar. Damon havia sido tão rude com ela. Mas ela não se deixaria abater. Era orgulhosa demais como a irmã para admitir que estivesse chateada.

Damon manteve-se calado. Faye virou-se para falar com ele novamente, mas ele já havia partido. Ela prosseguiu o caminho silencioso até a sua casa.

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A aula havia acabado, e Rebekah caminhava o mais rápido possível para sair do local agitado. A pressa a fez bater sem querer, em uma garota que ela nunca havia visto antes.

– Olha por onde anda idiota! – A garota estranha disse furiosa. Seus olhos eram dourados e brilhavam como o sol.

Rebekah não disse nada. Finalmente chegou á saída da escola. A vontade de Rebekah, era de ter arrancado o coração daquela garota. Mas Rebekah tinha a impressão que já havia a visto antes.

Um garoto alto de olhos verdes, parado em frente a uma árvore não muito longe de Rebekah, a tirou de seus pensamentos. Era Stefan. Ela não sabia o que ele estava fazendo ali. Apenas caminhou até ele, na esperança que o mesmo não partisse como da última vez. O que ela poderia fazer? Ela gostava dele. Mesmo se recusando a admitir a si própria, a presença dele a fazia muito feliz.