Depois que Stefan partiu, Rebekah pensou por um instante em voltar para casa. Seu coração doía, mesmo lutando contra isso, continuava sentindo uma dor profunda no peito. Parecia que havia uma estaca cravada em seu coração.

Dois jovens correndo para trás do local, chamaram a atenção dela. Pareciam ser um casal de namorados. Em sua velocidade anormal, a loira correu até os jovens e drenou o sangue do corpo de ambos.

– Salvei vocês de uma vida horrível. O amor é um sentimento que acaba rápido, e não vale a pena ser sentido. – Disse, com um sorriso sádico nos lábios.

Após levar os corpos até um matagal próximo, a loira voltou para casa em seu carro prateado.

– Demorou a voltar. Os coelhos estavam ariscos hoje? – Perguntou Damon, com uma taça na mão.

Stefan apenas o ignorou, e caminhou até o antigo sofá.

– Estive pensando. O que acha de um jantar com Faye e a.. como é mesmo o nome dela? - Perguntou Damon, esperando que o irmão respondesse. Na verdade, ele sabia o nome de Rebekah. Apenas gostava de importunar Stefan.

– Não sei se é uma boa ideia. Você é um vampiro masoquista, e tenho medo que machuque qualquer uma delas. – Ele disse, esperando que Damon se cala-se.

– Nossa. Assim você me magoa Stef. Não irei fazer nada com elas. Eu prometo. E Então? Por favor, irmãozinho. – Damon implorou, colocando a taça com um líquido que provavelmente era sangue, e logo se jogando no sofá.

– Tudo bem. – Stefan concordou. Ele sabia que Damon não desistiria.

– Amanhã, iremos nos deliciar na casa das irmãs. - Damon disse, comemorando.

– Eu estou bem, Elena. Só não quero sair de casa hoje. – A morena disse pelo celular, esperando que a amiga entendesse.

– Tudo bem então. Nos vemos amanhã na escola. Tchau! – Elena despediu-se, com uma voz gentil do outro lado da linha.

A morena colocou o celular no criado-mudo que ficava ao lado da cama. Sua garganta estava seca. Ela precisava ir até a cozinhar, pegar água. Mas, estava sem vontade alguma de sair da cama. Finalmente decidiu levantar-se da cama. Desceu as escadas vagarosamente. Deu uma breve pausa na sala de estar para descansar. Alguma coisa estava errada com ela. Estava cansada, mas não havia feito esforço algum. Seu rosto estava pálido como papel. Sentiu suas pernas moles por um momento.

Assustou-se quando sua irmã abriu a porta abruptamente. Sentiu um frio na espinha, quando viu a boca de Rebekah coberta por sangue.

Decidiu continuar caminhando. Desviou o olhar da irmã e prosseguiu até a cozinha. Pegou um pequeno copo, e o encheu com água da torneira. Estava um pouco tonta. ‘’Talvez eu melhore com a água’’ pensou positivamente.

Soltou um grito quando se virou e Rebekah estava a sua frente, sem expressão alguma no rosto. Ela estava incrivelmente assustadora. As pernas de Faye estremeceram, e o copo com água caiu no chão se despedaçando.

– Onde esteve? – Perguntou Faye, com o olhar firme. Ela não podia ter medo de Rebekah, afinal, ela era sua irmã.

Rebekah manteve-se no mesmo lugar, sem expressão alguma no rosto.

Vendo que a irmã não iria lhe responder, Faye abaixou-se para coletar os cacos de vidro. Pegou cuidadosamente alguns e colocou na mão. Ao pegar um caco maior, cortou a mão. Foi um pequeno ferimento, mas o suficiente para deixar exposto um pouco de sangue.

O cheiro daquele sangue chamou a atenção de Rebekah. Essa era a oportunidade que ela esperava, poderia matar Faye e não tê-la mais em sua vida. Poderia viver-se livre dela para sempre. Mas será que era isso mesmo que ela queria? Será que seria capaz de matar a própria irmã? Veias negras começaram a se formar no rosto dela, dando lugar á sua face vampíristica. Seus olhos estavam negros e cheios de desejo. O sangue correndo nas veias de Faye, era o que ela precisava. Ela queria sugar cada gota.

Faye deixou os cacos que havia catado no chão, e levantou-se. Deu alguns passos para trás, ao ver a face da irmã. Seu coração estava disparado, ela nunca havia visto a irmã dessa forma. Rebekah se aproximava cada vez mais. Faye continuava andando para trás, até que não havia mais saída. Ela estava contra a parede. Ela pensou por um instante em usar seus poderes, mas estava fraca e o medo a possuía.

Rebekah pegou brutalmente a mão ferida de Faye. Levou até perto de sua face. O cheiro do sangue era tentador. O medo e o desespero da irmã, só aumentavam seu desejo.