The Immortal escrita por Laís di Angelo


Capítulo 4
Segredos abalados


Notas iniciais do capítulo

Oioi gentem! Obrigada pelos reviews, tah? Eu amei!!!!
Espero que deixem mais! *--*
*Enjoy*



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Eu confesso que ficar com as Caçadoras de Artemis é IN-CRI-VEL!
Para todos elas devem ser tipos as Amazonas, sabe? Mas nããão! Elas são hilárias, pelo menos quando estão entre elas. E, sinceramente, aturar aquilo pelo resto da eternidade ainda era melhor que ficar trancada no Palácio.

- É incrível como isso chega a ser divertido! – Falei a Alyss, uma das Caçadoras mais legais.

- É, mas eu tive que arrumar um jeito dele achar que estava morta! – Ela revidou.

- Romeu e Julieta! – Gritou Thalia.

Metade das Caçadoras tiveram vontade de vomitar à menção do romance. Eu gargalhei.

- Mas diz, Eleanor, o que aconteceu para Artemis deixar você ficar aqui sem ser uma de nós?

Dei de ombros e expliquei o porquê.

- Alguem entendeu? – Perguntei esperançosa.

Elas trocaram olhares.

- Você não? – Perguntou Alyss. – Como ela disse, é uma pequena guerra civil, o que diria que apenas os homens estão envolvidos. Enquanto você estava no Palácio permaneceu fora do alcance dos deuses, mas agora… Bem, eles meio que… Querem você.

Novamente uma onda de náusea passou pelo rosto das Caçadoras. Caí na gargalhada.

- Jura? Eu? Okay… Se você esta dizendo. Mas eu não quero ninguém! – Falei entre risos.

- Então, junte-se a Caçada. Aí eles vão ver que não podem mais com você.

- Não é porque eles querem que isso precisa ser feito. – Soltei com amargura.

Décadas atrás essas palavras foram ditas para mim em outras circunstancias. E em vez de amargura, eu as ouvi em um tom doce, hipnotizante e incrivelmente belo. Sacudi a cabeça como se isso me ajudasse a me afastar destes pensamentos torturantes.

Novamente, começamos a conversar. Elas me contavam algumas coisas sobre como encontraram Artemis e coisas do tipo e eu apenas as ouvia e fazia comentários. Como se percebessem que eu não falaria nada sobre mim, elas também não perguntaram. E mesmo que o fizessem não obteriam respostas. Ainda há segredos em mim que nem eu mesma estou disposta a acordar.

{…}

Enquanto caminhava pela floresta me perdia em pensamentos. Os semideuses treinavam arduamente para a tal Captura a Bandeira. Eu poderia jogar nos times das Caçadoras, obviamente. E por falar desse nosso relacionamento, todas nós temos que nos desviar de perguntas que sempre chegam aos nossos ouvidos… Sobre mim, claro. Ninguem sabia o que dizer sobre mim e nenhuma das duvidas ganhava uma resposta.

Cheguei até um pequeno descanso de arvores. Era um circulo grande provocado pelas raízes grossas e velhas das arvores que estavam ali em volta e não havia nenhuma arvore ali. Não era tão grande como uma clareira, mas era calmo. Era como uma... mini clareira rodeada de raízes malucas. E era mais calmo do que a praia com aquele enxame de filhas de Afrodite. Não que eu não goste de Afrodite, apenas odeio o que ela me causou.

Infelizmente, aquele lugar calmo já estava ocupado.

- Se perdeu? – Perguntou delicadamente a garota. Devia ter a minha idade… Não, ela tinha uns quinze anos, a idade que eu aparentava. Tinha cabelos incrivelmente lisos em um tom dourado e os olhos eram esverdeados. O que me encantou foi a pele bronzeada. Não sei porque, adoro coisas que tenham a ver com Sol.

- Ah me desculpe. Eu estava só andando, e sim, acho que me perdi.

Ela me analisou. Olhou para meus anéis, minhas pulseiras e me encarou.

- Você é a protegida de Artemis, não é? – Ela sorriu.

- Protegida de Artemis? – indaguei.

- Temos muito nomes pra você, mesmo que você tenha chegado aqui há dois dias. – Ela se aproximou. – A Filha de Artemis, a Farsa, a garota das jóias, a que ninguém sabe nada à respeito…

- Gosto do ultimo, é o único verdadeiro. – Eu lhe devolvo o sorriso. – Sou Eleanor.

- Sou Isabela. – Nós apertamos a mão. – Então, você esta na Caçada?

- Sim. – Respondi rápido demais. Ela apenas ficou em silencio me encarando. Por um momento vejo seus olhos mudarem de cor e ficarem amarelos, mas só por um momento.

- Você não entrou na Caçada. – Ela diz dando um passo pra trás, mas algo me dizia que ela estava mais assustada da forma como soube disso do que o que ela soube.

Meus olhos começam a estuda-la. Será que Apolo estava voltando a fazer isso? Ela me parecia normal, não como as outras… Ela não era doida nem parecia que gostava de espiritismo.

- Você é filha de quem? – Perguntei me aproximando dela.

- Apolo. – Respondeu como se fosse obvio.

Solto um riso. Era tão improvável!

- Oh, por Zeus! Uma sibila! Apolo abençoando os próprios filhos! – Eu disse admirada. – Isso é tão incrível quanto improvável.

Ela fica com os olhos arregalados.

- Como sabe?

- Seus olhos. Quando ficam amarelos é porque você esta escutando ou vendo coisas, não é? Algo te disse que eu não sou da Caçada.

- Por favor, não conte para ninguém! Não estão acostumados com isso… Meus irmãos iriam me julgar e brigar...

- Tudo bem! – Me apressei para acalmá-la. – Se você não contar o que ouviu sobre mim eu não conto sobre você.

- Obrigada, eu acho. – Ela disse ainda com um pouco de medo.

- Só pra ter certeza, - eu pedi – o que você ouviu?

Ela engoliu seco e novamente seus olhos ficaram amarelos. Em volta da íris colorida o branco de seus olhos se tornou preto. Em menos de dois segundos ela voltou ao normal, mas eu ainda estava assustada. Ela estava novamente escutando coisas… Vendo coisas.

- Você fez coisas terríveis. – Ela disse. – Mas se arrependeu. - Acrescentou sorrindo.

- Não esta com medo de mim? – Perguntei receosa por ela ter visto aquilo.

- Não. Você não é ruim e o que fez…

- Não termina a frase. – Pedi com os olhos fechados.

Senti minhas pernas tremendo. Elas queriam desabar. Olhei pra cima para não deixar as lágrimas caírem.

- Você esta bem? – Isabela veio até mim.

Fechei os olhos e quando voltei a abri-los já era novamente a quase inabalável Eleanor.

- Sim. Só um pouco…

- Ah, fala serio! – Ouvimos uma exclamação incrédula e nos viramos. Encontrei Nico com uma careta idiota no rosto. – Como vieram parar aqui?

- Vish… Compartilhamento de Lugar Secreto agora, é? – Perguntou Isabela debilmente. – O que o caveira esta fazendo aqui?

- Bela, cala a boca. – Nico lhe deu um olhar cortante, mas a filha de Apolo apenas riu.

- Esse seu olhar não funciona comigo não, idiota. – Disse feliz.

Olhei para ela curiosa.

- Ele podia te matar, sabia? Ou torturar você. – Falei em um tom cuidadoso, mas isso apenas a fez rir mais.

- Nico di Angelo? Me matando? Duvido que ele ia me querer no Mundo Inferior, sendo que ele passa a maior parte de sua vida medíocre lá. – Isabela deu de ombros.

Fiquei perplexa com aquilo. E O PIOR É QUE EU ESTAVA NO MEIO DOS DOIS!

- Acontece que agora eu sou obrigado a passar meu tempo aqui, projeto de purpurina! – Nico revidou.

Isabela retirou sua expressão fria e cativante e fez uma careta de pena.

- Ah, sim, por causa dos Primordiais querendo te pegar, não é?

Ela disse isso de uma forma verdadeira. Não havia sarcasmo ou ironia em sua voz e isso assustou tanto a mim quanto a Nico. O filho de Hades me encarou por um momento até que gritou estupefato.

- Contou pra ela? Assim a gente vai ficando mais vulnerável e diferente de você eu vou ser torturado a toa!

- Eu não contei nada à ela, Caveirinha! – Gritei de volta um tanto ofendida. – Ela é uma… Garota muito esperta.

- Até parece que essa coisa aí ia sacar alguma merda! – Nico falou como se Isabela nem estivesse ali.

- Mais respeito com ela, garoto! – Eu a defendi.

- E por que eu teria?

- Por que ela é uma… - Eu fiquei quieta. Estava quase falando, Nico parecia me controlar.

- Pois é. – Ele chegou mais perto de mim. – O que ela é?

- Uma sibila. – Isabela respondeu por mim.

Graças aos deuses! Era impossível guardar segredos desse garoto com aqueles dois buracos do Tartaro como olhos te encarando.

- O quanto isso muda as coisas? – Ele perguntou olhando para ela.

- O quanto você consegue ser insuportável? – Perguntei me intrometendo entre os dois. Ele estava beeem mais legal noite passada.

Ele riu e se aproximou mais.

- O quanto for preciso.

- Pensei que você não fosse como os filhos de Hades.

- Quantos filhos de Hades você conheceu?

- O suficiente para que acabassem com a minha vida.

- Sinto muito. Mas, não, eu não sou como eles. E eu ainda tenho uma divida com você, o que me deixa mal por estar discutindo com você. – Ele se virou.

- E ainda nem me agradeceu!

- Eu gosto de você! – Ele disse como se fosse obvio. – Você é legal!

- E por isso não vai nem me agradecer?

- Você disse que já conheceu um filho de Hades. Ele te agradeceu algum dia?

- Ele não teve motivos.

- Sinto muito. – Repetiu. – Prefiro pagar minha divida, como te disse ontem na praia. Não espere um obrigado vindo de mim.

- Isso seria a ultima coisa que ia esperar. Eu queria dizer. Mas apenas sorri.

- Hã… Será que você podem parar com a discussão? – Perguntou Isabela me puxando para trás – Eu ainda estou aqui.

- Infelizmente. – Completou Nico. O sinal para o jantar tocou e ele se virou indo para o Refeitório, provavelmente.

- Por que ele te odeia? – Me virei para Isabela.

- Longa história.

- Você sabe da minha vida inteira, mesmo que não queira. Não acha justo eu ouvir um pouco sobre você? Consequentemente sobre ele?

Ela me olhou bem e se sentou em uma das raízes. Me sentei ao seu lado e comecei a ouvir a história.

- Bem… Foi por causa da missão…



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Notas finais do capítulo

Eaí? Gostaram? Vomitaram? Amaram? Odiaram?
O Nico esta aqui pedindo pra vocês dizerem o que acharam, tah? Reviews! Reviews! Reviews! Reviews! Reviews! Reviews! Reviews! Reviews! Reviews! Reviews! Reviews! Reviews! Reviews!
Enfim, meus amores, muuuuuuuuuiiiiiitoo obrigada por terem lido até aqui!
Adoro vocês! Sabado eu posto mais, ok?
Beijinhus!



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