The Immortal escrita por Laís di Angelo


Capítulo 28
Talvez seja insanidade


Notas iniciais do capítulo

Rái, people! I'm back!
Muito obrigada pelos reviews, coisas lindas!
E de qualquer forma, desculpe pela demora!
*Enjoy*



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   Acordei em um sobressalto. Eu já tinha me acostumado a despertar dessa forma. Já fazia tanto tempo que eu não sabia o que era uma noite sem sonhos ou insônia. Ou simplesmente acordar como se algo estivesse errado. E, na verdade, estava. Estava tudoerrado.

   Me levantei e me arrumei para ir tomar café. Ainda estava muito cedo, o Acampamento estava bem vazio, o que acabou me animando de certa forma.

   - Olá, caveirinha. Acordado a essa hora? – ouvi Thalia perguntando atrás de mim.

   - Oi, Para raios. Não consegui dormir. – Respondi de mal humor.

   - Está todo mundo assim hoje. – Ela devolveu impaciente.

   - Nossa, me interesso tanto pela vida das pessoas. – Resmunguei.

   Thalia bufou.

   - Sabia que está sendo um saco aturar você nessas semanas?

   Me virei pra ela bruscamente.

   - Você é uma Caçadora. Não entenderia. Não entende.

   Ela apertou os olhos e me encarou de forma ameaçadora.

   - Não entendo? Você acha que não entendo o que é amar uma pessoa com todas as suas forças, mas a escolha de ficarem juntos está além de vocês? Sinto muito, mas sim eu entendo. E sei que nem você e nem Eleanor superaram isso. Mais de um ano e vocês continuam pensando um no outro, tentando se acostumar de que vão viver sem o outro em algum momento...

   - É sério, Thalia! Você não entende! – eu a interrompi. – Você não faz a mínima ideia do que sinto por ela. Talvez você até ache que é algo banal... Mas é algo que não me deixa viver. No fim das contas, todas as vezes em que vou dormir e não a vejo eu penso o mais otimista possível: menos um dia. Então, não tente me convencer de que vai ficar tudo bem como você fez ontem, antes de ontem e semana passada, ok?

   Dei as costas a ela e continuei caminhando em direção a floresta. Quando sou parado por uma figura nada amigável.

   - O que está fazendo aqui? – indaguei.

   - Adoraria ter vindo para matar a filha de Zeus, mas, infelizmente, esse assunto já morreu. Preciso de você no Mundo Inferior.

   - Você não está irritado comigo? Quer dizer... Seu coração não pode ter amolecido nessas duas semanas! – falei.

   Meu pai bufou.

   - Nico, eu vi o que você queria fazer. Eu... Acho que não deveria ter feito tudo aquilo com aquela menina.

   - Fiquei sabendo que você está com a Profecia. – Disse lentamente.

   Ele assentiu.

   - Fiz um trato com Zeus: eu não mataria a filha dele se a Profecia continuasse comigo. Apenas comigo. Mas, voltando ao assunto, preciso de você no Mundo Inferior. E preciso sair daqui rápido, Zeus me deu apenas uns poucos minutos aqui...

   - Não, não vou! Os deuses pararam de me perseguir, todos tem respeito por mim e finalmente eu consegui me enturmar nesse lugar!

   - Você não me deixa escolha! – Meu pai elevou o tom de voz. – Hécate está começando a se libertar e as fugas de espiritos estão mais frequentes que nunca. Estou tentado controla-los, mas não me sobra quase poder ou tempo para trancafiar Hécate devidamente. O numero de feiticeiros dela tem crescido a cada dia. Sabe aquela garota que você tanto ama e sofre por não ter? Pois é... Ela foi pega nessa madrugada por um feiticeiro. Então, é melhor você ir pra casa comigo e me ajudar antes que eles a obriguem mostrar onde está o Cetro e a matem em seguida.

   Eu vacilei. Não era possível...

   - Irei te esperar com um prato de frango frito, ok? – meu pai sorriu friamente e desapareceu.

   E de novo... Ela estava em perigo.

   De novo senti a melancolia consumir meus pensamentos me levando a um estado de quase insanidade. Perdê-la para distancia era extremamente torturante e fingir que ela nãp existia era quase suicídio! Agora... Vê-la virar pó era algo que meu corpo e mente não aguentariam.

   Eu não precisei esperar a ficha cair... Não precisei esperar meu cerbro processar o fato de que ela morreria a qualquer segundo naquele lugar... E eu não sabia nem em que lugar!

   Meus pés simplesmente seguiram de volta ao meu Chalé. Sob a cama, uma pequena caixa estava jogada.  Há duas semanas, dentro dela havia uma folha de papel e um anel... Hoje, havia apenas o anel de brilhantes.

   Quando o toquei, as pequenas palavras que ela tinha escrito no papel pareceram voar por minha mente como se tivessem a intenção de me deprimir. As mesmas palavras formavam a musica que Eleanor tinha cantado pra mim quando eu a deixei nas Ruínas... Quando prometi a ela que devolveria o anel. E era por causa dele que eu ainda mantinha algo dentro de mim aceso. Talvez ainda houvesse um modo de ficarmos juntos... E olha que eu achava que amar uma pessoa desse jeito era impossível.

   Mas qual seria o modo? Ela é imortal! Thalia me disse que eu devia ter como exemplo os mortais que tiveram casos com deuses. Mas eu tenho certeza de que eles não amaram ninguém como eu amo Eleanor. Não sofreram como sofremos todos esses tempos em que tentamos nos afastar e parar com os pensamentos recorrentes um ao outro... E como dizia... O próximo passo que nos espera é a morte. Quem sabe dessa maneira nós definitivamente nos separamos, porque, separados é o que não estamos.

   Mas, definitivamente, a morte não será a dela.

   - Qual é nossa situação?

   Os esqueletos reverenciaram.

   - Os espiritos dos Campos de Punição se rebelaram novamente com a ajuda dos feiticeiros; invadiram os Campos dos Heróis. Senhor Hades está tentando acabar com isso com a ajuda de Rainha Perséfone. Pediu que eu lhe dissesse para interferir nas magias de Hécate que está em sua prisão.

    - Não posso lutar contra Hécate no domínio dela. -  Resmunguei pra mim mesmo.

   - Mas o senhor também está no seu. – O outro esqueleto respondeu.

   Eu encarei os ossos as minha frente A adrenalina corroía toda minha razão e lógica. Naquele momento minha preocupação era manter os feiticeiros de Hécate longe de sua patrona e depois prendê-la novamente. E, cá entre nós, essa coisa dela não poder morrer por  causa da porcaria desse equilíbrio está causando mais problemas do que causaria com ela morta!

   - Quantos feiticeiros estão em volta da prisão? – Perguntei. – Precisamos acabar com eles para retirar a força de Hécete e salvar Eleanor. Além de que, sem feiticeiros nada de espiritos se rebelando.

   - E quanto a prisão?

   - Selaremos com alguma coisa. A força de Hécate vem das fretas da cela que é causada pelo poder dos feiticeiros, o que quer dizer que sem eles, ela é impotente. Ela ficará fraca, e então, tiramos tudo o que lhe resta.

   Por um momento todos os esqueletos hesitaram.

   - O senhor quer dizer que retirará a magia da deusa?

   - Somente o espirito dela afeta o equilíbrio de Artemis e Selene, a Névoa e toda a magia. Agora, seu poder é um privilégio. Pode ser retirado sem alternância maior.

   - É... É impossível.

   - É imprudente! – Gritou um outro.

   - Não dará certo!

   - Como irá fazê-lo?

   De repente, eu me senti mais poderoso que nunca. Senti como se o poder que o Cetro me dera dias atras, revivesse em minhas veias. Me senti tão bem que pela primeira vez em um ano, o anel de Eleanor não pesou no meu bolso.

   - Nós vamos ao leste antes. – Respondi.

   - Mas temos de ir a o norte, na prisão...

   - Vou pegar o Cetro primeiro. – Eu o interrompi. – Um terço de vocês vai ao norte e começam a acabar com os feiticeiros. O resto me acompanhe.


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Notas finais do capítulo

Me desculpem por qualquer erro, ok?
Eu queria postar sexta, mas tive um compromisso familiar e não consegui. Então, vim correndo tentar postar no sábado. E necessariamente, ainda é sábado! Kkkkk São 23:53 de sábado!
176 REVIEWS E EU POSTO O PRÓXIMO!
Xoxo