The Immortal escrita por Laís di Angelo


Capítulo 22
May e seus mistérios


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente!
Eu não iria postar hoje, mas como é um dia especial resolvi dividir felicidade com vocês! Rsrs
Obrigada pelos reviews do capitulo passado! Me deixaram bem feliz!
MAS ANTES DE LER O CAPITULOOOO:
Eu disse a vocês que acabaria a primeira parte no capitulo passado, não é? Mas já passamos do cap 20, então, resolvi seguir em frente com uma parte mesmo. Fora que estou morrendo de medo da minha imaginação me deixar na mão.
O capitulo ta meio chatinho, é mais uma introdução do que esta por vir.
*Enjoy*



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Eu tentei encarar a realidade. Juro. Tentei virar uma deusa, mas no ultimo momento mudei de ideia. Mudei totalmente física e mentalmente. Corri atrás das Caçadoras, mas não as encontrei, o que foi bom porque pude realmente ver o que estava fazendo. Não tinha a ver com a escolha de Nico ir para o Mundo Inferior, ou o que eu fiz no carro, ou o que ele sabia. Tinha a ver com que eu era e com o que ele não podia ser: imortal. E, como Hades disse, o que eu faria? Colocaria Nico em um caixão e enfeitiçaria para não envelhecer? Claro que não! Eu não era tão fútil quanto Selene que apenas amava a beleza daquele pobre coitado. Nico ia muito além daquele rosto perfeito. E acho que foram esses pensamentos que me impulsionaram para seguir em frente.

 E eu segui. Forçando-me a sorrir a todas as pessoas que vinham falar comigo. Dizendo que eu estava bem. Sorrindo com as piadas sem graça. Mas por dentro eu estava destruída. Acho que isso era de se esperar em menos de um ano. Mas até que eu fingia bem.

 Me recusei a dormir no Chalé de Zeus quando voltei definitivamente para o Acampamento. Peguei todas as minhas coisas e coloquei em meu novo quarto na Casa Grande. Acabei virando o ícone de melhor esgrimista, melhor até que Percy e acabei tirando o tédio dele, já que meu primo sempre dizia que ninguém conseguia chegar aos seus pés devido a sua invulnerabilidade. Digamos que eu treinava a mais de cinquenta anos, então, eu era tão boa quanto ele. Quando não estava na Arena estava com os pirralhos do Acampamento. Digo pirralhos, mas eles eram incrivelmente fofos! Virei uma espécie de professora de primário para os quatro semideuses mais jovens do Acampamento, assim como uma das filhas de Athena que logo se colocou a me ajudar com os estudos daqueles pentelhos. As vezes tínhamos problemas emocionais com eles, já que são.. Meio que órfãos (afinal, seus parentes olimpianos estão ocupados demais cuidando da vida dos outros e esqueceram a dos filhos de cinco anos!). As vezes eu até conseguia sorrir de verdade quando estava rodeada com aquela fofura inocente.

 Enfim… Parecia que tudo finalmente estava caminhando para um bom caminho… Até a anual caixinha branca de lacinho dourados aparecer na minha cama com o “Feliz Aniversário” de meu pai. Então, meu mundo desabou novamente. Larguei a caixinha ali mesmo, sem nem abrir.

 Fugi de qualquer responsabilidade naquele dia. Fugi da minha diária “sessão de autógrafos”, da companhia da única filha de Athena que me entendia, dos meus quatro pirralhos favoritos, das piadas e peças dos Stoll… Fugi de tudo. Passei a manhã inteira sentada em uma pedra na parte mais afastada da praia encarando o oceano. Sabe, até que passou rápido. Eu estava começando a enxergar as coisas como uma verdadeira imortal e, para mim, uma manhã já não era mais quase nada já que tinha a eternidade pela frente. Então, me dispus apenas a ficar vendo as ondas baterem em meus pés.

 - Finalmente te achei. Seus pirralhos estão te procurando, sabia?

 A minha frente estava o único ser digno da minha atenção naquele dia. O único que não se importava realmente comigo. Ele era mais agradecido por eu ter salvado seu irmão (um dos pirralhos do Acampamento) do que meu amigo. As vezes eu achava que ele tinha mais problemas que eu, mas ele se afogava em álcool fora do Acampamento, e aqui dentro se afogava em energéticos. E “passava o rodo” como ele gosta de dizer. Argh! Que coisa mais idiota. Mas a verdade mesmo era que ele era um filho de Apolo maluco que meu pai colocou para me proteger eternamente (pois é, leu certo, eternamente) ou até eu aceitar virar uma legitima filha de Zeus e Mnemosine.

 - Eu sei. Mas não quero sair daqui hoje. – Devolvi.

 - Ah, que drama, garota! Levanta logo sua bunda daí e vamos embora antes que aqueles pentelhos me encontrem aqui e espalham para o Acampamento que estou conversando com você de novo. – Ele pegou minha mão e me puxou, mas continuei no mesmo lugar. – Eleanor! Vamos!

 - Hoje é meu aniversário. – Contei sem alterar minha expressão.

 Ele soltou minhas mãos violentamente e se sentou na minha frente.

 - Você esta bem?

 Pois é, era isso que me dava raiva nele. Ele pode te xingar, fazer o que for, mas Matt se importa com qualquer um. Esses dias ele não salvou Clarisse La Rue de uma morte quase certa? E ela tinha lhe dado um belo soco no rosto, a marca estava até lá quando ele a salvou e a tirou de sua E. Q. M.

 - Não, não estou. - Respondi

 - E por quê? – Ele insistiu.

 - Porque daqui a três dias fará um ano que eu o conheci.

 - Quer que eu te deixe sozinha pra você chorar?

 - Eu não choro já faz dez meses, tá? – Eu briguei com ele.

 Ele fingiu recuar.

 - Ah, tudo bem, senhora Eu-estou-bem-e-não-vou-chorar! Fique aí se lamentando por algo enquanto nossa futura banda de pirralhos corre solta nesse Acampamento.

 - Banda? – Indaguei.

 - É. May roubou duas panelas da Casa Grande e disse que vai ser a baterista. – Ele revirou os olhos.

 Eu abri um sorriso.

 - E como sabe? Você nunca vai vê-los!

 - Eu fui ver meu irmão! – Ele se justificou. – Então, encontrei-os cantando mal, diga-se de passagem…

 - São crianças!

 - … E duas panelas sendo batucadas. Não foi legal, principalmente pra mim! Sou um perfeito musico filho de Apolo!

 - Onde estão? – Eu me levantei.

 - Procurando você, oras!

 - Então, vamos lá, oras! – Comecei a andar.

 - Eu sou demais, né? – Escutei Matt dizendo.

Me virei para ele com as sobrancelhas arqueadas.

 - O que foi que disse?

 Outra coisa que me irrita nele: A falta de humildade. O problema é que o irmãozinho dele vai pelo mesmo caminho…

 - Eu disse que sou demais. Fiz você levantar desse lugar. – Ele sorriu.

 - Obrigada. – Eu respondi.

 Ele arregalou os olhos completamente assustado.

 - A pequena Eleanor Mitchel dizendo obrigada? Uau! O mundo vai acabar!

 - Não me chama desse jeito! Esquece esse sobrenome idiota!

 - Mas é assim que diz seu passaporte, ué! – Ele se defendeu, rindo.

 Deixei ele para trás e fui caçar os pentelhos. Dos quatro pequenos, dois são filhos de Hermes. Um tem sete anos e o outro nove. Ambos vivem se metendo em confusões com os irmãos mais velhos e isso muitas vezes me estressa, mas eu acabo relevando quase todas as brincadeiras, pena que as filhas de Afrodite não fazem isso… Enfim, o outro é filho de Apolo e também tem sete anos. Não preciso nem dizer que o garoto é meio que o xodó do Acampamento, né? Todos adoram os filhos de Apolo (tirando eu que odeio o Matt) e ainda por cima o garoto é uma fofura. Os três estão apenas passando o verão no Acampamento. São muito jovens, mas os monstros já os encontraram e os pais resolveram manda-los pra cá todo verão. Eles definitivamente não se importam, assim como os pais não se importam  muito com eles.  Acho que é exatamente por não ligarem que mandam eles pra cá, mas ainda sim… Pelo que os três me falam, tem bons pais.

 E, então, chegamos a pequena May. Apenas Quíron sabe de quem ela é filha, mas não conta pra ninguém. Os pais dela morreram no acidente de carro e como não tinha parentes foi trazida ao Acampamento por Grover, Percy e Annabeth, que estavam em missão e a descobriram. May tem por volta de seis anos. Já que ninguém sabe nada além do nome dela e o seu parente olimpiano não se manifesta, as filhas de Afrodite disseram que o aniversário dela seria dia 22 de julho, o dia em que ela chegou ao Acampamento.

 Acabei a encontrando perto da entrada da floresta, encarando fixamente algum ponto lá dentro.

 - Quando vou poder entrar na floresta? – Ela perguntou. Incrivelmente, ela nem precisou se virar para ver que eu estava perto.

 - Quando crescer.

 - Mas já sou grande.

 - Cresça mais um pouco. Matt disse que você pegou duas panelas da Casa Grande. É verdade?

 Ela se virou para mim e sorriu.

 - Sim. Mas tio D. já as tirou de mim.

 - Então, ele fez bem.

 Ela soltou uma gargalhada gostosa e me abraçou.

 - Feliz aniversário, tia Eleanor!

 - Ah, muito obriga… Como sabe que é meu aniversário?

 Ela se afastou e franziu o cenho. Seus olhos negros eram incrivelmente profundos e com a ajuda do cabelo preto e liso quebravam qualquer coisa de anjo em sua aparencia.

 - Eu não sei. Mas me pediram para te entregar isso. – Ela colocou a mão no bolso e me entregou um pequeno pedaço de papel, que devido a ficar em um bolso de uma roupa de criança estava completamente amassado.

 Receosa, eu peguei o papel de sua mãozinha. Olhei para ela novamente e a mesma esboçou um lindo e angelical sorriso antes de sair correndo para o Refeitório.

 Encarei o papel em minha mão e lentamente o abri.


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Notas finais do capítulo

Não, não vai rolar absolutamente nada entre Matt e Eleanor, antes que certas pessoas me perguntem. Certas pessoas tambem conhecidas por mim como "esposa do Payne que vive me fazendo contar tudo pra ela"...
Enfim! DEIXEM REVIEWS! VOCÊS VIRAM QUE ESTOU MAL E NÃO VOU POSTAR NADAAA SE NÃO ME MANDAREM MAIS REVIEWS!
Amo vocês! s2
Xx



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