The Immortal escrita por Laís di Angelo


Capítulo 21
As lágrimas escorrem pelo rosto...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Pela primeira vez vocês me deixaram tristes. Não recebi quase review nenhum no capitulo passado. I'm in riddles! (Ui, que drama)
Psé leitores fantasmas, sei que estão aí, seus chatos. Quando eu parar de escrever ninguem reclama, viu? (Ui, me estressei)
Mas, como eu gostei muito deste capitulo e foi o primeiro deste estilo que criei, eu resolvi postar.
*Enjoy*



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As vezes a vida nos obriga a fazer escolhas em momentos que nós estamos cegos e não conseguimos visar as consequencias delas. É como um jogo, uma brincadeira do destino… Uma pegadinha. Mas são exatamente essas escolhas que nos tornam mais humanos. Ou seja, mais estúpidos e insensatos.

 Sinceramente, estes dois últimos adjetivos naquele momento caíam como uma luva em Eleanor.

Acorde, Nico. Não a deixe sozinha.

A voz insistente em minha mente começou a me irritar. Fui abrindo os olhos lentamente. Meu corpo formigava e eu estava totalmente arrepiado. Eu me sentei no banco de trás com a cabeça latejando e tentei me lembrar do que tinha me levado até ali.

 - Eleanor.

 Antes mesmo de acabar de pronunciar seu nome, eu já tinha saído do carro e me encontrava correndo pela trilha. Não havia nenhum guarda por ali o que só provava o quanto orgulhosa e metida Nix era. Tenho certeza de que ela pensa que não precisa deles.

 Por que Eleanor tinha que ser tão… Maravilhosa? Não me entenda mal, eu não fiquei bravo por ela ter feito aquilo… Quer dizer, ninguém jamais fez algo assim por mim, mas ainda sim isso não diminui a idiotice dela. Então, se era pra ser idiota e suicida… Seríamos idiotas e suicidas juntos.

 Os raios caíam sobre a terra nas Ruínas de forma agressiva. Quando meus pés tocaram o solo me senti mais forte, de alguma maneira, mas ignorei totalmente a sensação e me concentrei na cena a minha frente.

 De um lado, Isabela tentava insistentemente um jeito de quebrar o feitiço nas cordas que prendiam Bia e Ethan as colunas gregas. Do outro, algo ainda pior. Sob os raios fracos do Sol, Eleanor e Nix travavam uma batalha quase impossível. Era incrivel como Eleanor tinha conseguido toda aquela quantidade de poder… Eram raios de um lado, escudos do outro, esferas negras…

 Mas Eleanor não tinha chance. Nix ainda era uma Primordial, Eleanor se cansaria e pronto. Estaria morta. Quer dizer, não morta. Agora entendi o que ela fez.

 Sabendo queeunão voltaria, Eleanor “roubou” a localização do Cetro. Literalmente. Ela tinha roubado minha memória e agora eu era totalmente descartável para Nix, já que devia ser mais fácil e prazeroso para a deusa arrancar a informação de Eleanor, levando em conta sua história.

 Deuses! Ela estava ferrada. Não ia ganhar aquela luta, ia ser levada, Isabela não conseguiria libertar os filhos de Éter, morreria tentando ebum… Eu era o felizardo que voltaria para casa.

 Foi quando meu cérebro resolveu funcionar. Isso realmente estava ficando raro.

 Ruínas… Sacrifício… Caos… Aquele lugar era onde ficava a antiga Casa de Caos! Aquele lugar estava cheio de fantasmas. Sangue. Houve muitas vitimas ali, obviamente. Onde quer que Caos fosse matava, então, a casa dele era quase inundada por sangue todos os dias, certo? Era por isso que eu me sentia daquele jeito. Eu tinha poder sobre a morte e ali… Ali sótinha morte.

 - Oba, mas um para a festa! – Nix gargalhou enquanto jogava Eleanor longe.

 O anel da garota pesou em meu bolso.

 - O que esta fazendo aqui? – Eleanor gritou para mim.

 - Acha mesmo que eu iria te deixar vir sozinha nessa missão suicida? – Devolvi.

 Bem, ela estaria se alguém não tivesse feito com que eu acordasse porque aquele choque dela tinha me dado pelo menos um dia inteiro de sono. E se os guardas aparecessem para me pegar? Ela não pensou nisso?

 Afastei esses pensamentos e me concentrei em ajudar. Na verdade, nem precisei muito de concentração. Foi imediato. Os esqueletos começaram a subir a terra e eu apenas me senti… Incrivelmente satisfeito. Exato! Nenhum vestígio de cansaço ou esforço tomou conta de mim.

 Mas acho que Nix não gostou muito disso. Ela me encarou com seus olhos incrivelmente negros e brilhantes. Pareciam quebrar minha alma em pedaços… Rá rá! Como se filhos de Hades tivessem almas para serem quebradas!

 - Essa não é uma luta justa! – Nix esbravejou.

 E não era mesmo. Ela era uma Primordial!

 Porém, não eraexatamentedisso que ela falava. De repente, de todos os lados começaram a surgir feiticeiros. Em uma incrível sincronização eles fizeram um circulo em volta das Ruínas e ao mesmo tempo atacaram os esqueletos. Conforme eu conjurava mais, outros feiticeiros apareciam e lutavam com eles. Um campo de batalha adorável, não fosse a parte em que Nix estava acabando com a raça de Eleanor.

 - Nico, saia daqui! – Eleanor gritou enquanto um raio caía no lugar onde Nix estava a meio segundo atrás. Ela estava conseguindo pelo menos entreter Nix.

 Ignorei ela e parti pra cima de Nix. Mas parei no meio do caminho quando ouvi o grito de Isabela.

 Do outro lado ela estava cercada por quatro feiticeiros. Olhei novamente para Eleanor, que agora tinha novamente o controle sobre a batalha. Nix estava caída no chão cercada por mini raios formando algo como uma cela.

 Respirei fundo e sem vontade alguma fui ver o que podia ser feito por Isabela. No caminho esmaguei dois feiticeiros e sem querer mandei de volta um de meus esqueletos. Mas não parei, continuei correndo até aquela Sibila maluca.

 Diga-se de passagem que ela não era tãaao vulnerável assim. Agora com um arco que tinha roubado de um dos feiticeiros e algumas flechas, ela acertava a cabeça de cada um que tentava se aproximar dela e dos filhos de Éter.

 - Achei que tinha dito que morreria. – Eu falei enquanto cortava a cabeça de um dos feiticeiros. – Por que esta lutando?

 - Só vou morrer quando fazer o que vim fazer. Me dê cobertura.

 Não entendi o que quis dizer, mas assenti. Isabela puxou o corpo de um dos feiticeiros para longe das lutas que aconteciam e começou a procurar alguma coisa. Convoquei alguns esqueletos para bloquearem a passagem dos feiticeiros até ela e corri para ver o que estava fazendo.

 - O que você quer com ele? – Perguntei.

 - Uma faca.

 - Espada não serve? – Indaguei olhando em volta para ver se não vinha ninguém para nos incomodar.

 - As cordas estão enfeitiçadas, Nico. Só os feiticeiros são capaz de corta-las.

 Como ela sabia disso era impossível descobrir.

 - E você acha que é por causa da faca? – Indaguei incrédulo.

 A dois metros de distancia, os filhos de Éter começaram a despertar – finalmente- de seu sono de beleza.

 - O que esta acontecendo aqui? – Indagou Bia.

 - Nada. – Respondi rapidamente e me virei para Isabela em seguida. – Pegou a faca?

 - Para de me apressar! Já viu a quantidade de pano que esses feiticeiros usam? Bem que podiam ter um estilista legal, não é? – Isabela respondeu irritada.

 Continuei vigiando tudo. Meus esqueletos quase não deixavam os feiticeiros respirarem, mas ainda sim de vez em quando um vinha em nossa direção e eu ia acabar com ele. Não era fácil, mas por incrível que pareça eu ainda estava totalmente lucido e não havia sinais de cansaço em meu corpo. Resolvi experimentar um pouco mais daquilo e trouxe para nosso campo de batalha um dos cães infernais.

 Comecei a gargalhar quando ele começou a esmagar os feiticeiros! Cara, eu devia ter uma câmara naquele momento!

 Finalmente, Isabela pegou a desgraçada daquela faca e jogou pra mim.

 - Vai logo.

 Assenti rapidamente e corri até os dois irmãos. As cordas envolviam toda a parte de cima de seus corpos, tive um bom trabalho para conseguir cortar as de Ethan, mas deu certo. Ele estava completamente acabado assim como a irmã, mas ainda sim conseguiu se manter de pé.  Pegou a faca da minha mão e foi soltar sua irmã.

  - Obrigado. – Ele me disse.

 - Não foi nada. – Respondi me virando para o resto da batalha.

 Foi a melhor coisa que fiz na vida. Se não tivesse me virado teria sido morto por uma lança que foi lançada em minha direção. Me desviei dela rapidamente e ataquei o feiticeiro que a lançara. Ele se desviou dos dois primeiros golpes que lhe dei, mas quando o ataquei na diagonal ele mal conseguiu se espantar.

 Escutei algo atrás de mim e me virei atordoado. Uma culpa terrível caiu sobre mim naquele momento. Pela primeira vez na vida meu coração se apertou de frente com a morte.

 Bia tentava desesperadamente se livrar da corda que ainda a grudava na coluna para ajudar ao irmão, que caia ao chão com a lança atravessada em seu corpo. A lança que deveria termeatingido.

 Por um momento terrível eu fiquei paralisado olhando para as costas de Ethan que carregavam metade da lança, tentando não escutar seus gemidos ou choro de Bia. Mas, felizmente, o grito estridente de Isabela me trouxe de volta a vida. Me virei para a direita e olhei ela ao longe gritando para mim acima de todo o barulho da batalha.

 - Nico! Você tem que fugir! Não pode ficar aqui…

 Ela parou de falar e se virou para a frente no exato momento em que uma flecha se alojou em sua cabeça.

 - ISABELA! – Gritei.

 Tarde demais. Outra pessoa que morria por minha causa. Me esforcei e virei para trás olhando a cena terrivelmente chocante novamente.

 - Me solta, por favor, Nico. – Bia respondeu chorando.

 Corri até ela, peguei a faca da mão de Ethan e cortei o resto de suas cordas. Assim que elas caíram, desapareceram.

 Bia me empurrou e caiu ao lado do irmão. Ela quebrou a parte da lança das costas de Ethan e o virou de barriga pra cima, puxando delicadamente a parte restante. Mas já era tarde demais. Não havia solução.

 - Eu… Eu sinto muito. – Sussurrei.

 Ela ainda sim me ouviu. Mesmo com todo o barulho.

 - Ajude a Eleanor. – Ela falou, simplesmente. Tentando não soluçar.

 - Eu realmente sinto muito, Bia…

 - VÁ, NICO!

 Ainda atordoado eu me virei correndo. Dando de cara com Nix. Ela chutou meu estomago com tanto força que eu caí no chão. Minha espada quicou para longe de mim e eu estava completamente desarmado.

 - Nix! – A voz de Eleanor gritou atrás dela. – Ele não se lembra!

 Nix se virou para a garota maltrapilha atrás de si.

 - Teve coragem de apagar a memória dele? – A deusa gritou.

 Eleanor sorriu. Uau! Essa garota sabe mentir.

 - Sim, ele não vale nada mais pra você. Fora que nós temos um trato. – Ela disse.

 Me levantei silenciosamente e peguei minha espada do chão. Mas antes que eu desferisse um golpe sobre aquela maldita Primordial, ela se virou e agarrou meu pulso girando-o até que eu largasse a espada. Em seguida me puxou para sua frente me fazendo ficar entre ela e Eleanor, e colocou a mão em minha testa. Em seguida tudo que vi foi escuridão. Pensei estar morto, mas eu ainda estava escutando tudo, estava de pé e sentia a falta de ar que o braço de Nix em meu pescoço provocava. Definitivamente, ser a deusa da escuridão lhe dá muitos privilégios.

 Escutei o grito de Eleanor e todo meu corpo travou. O sangue que era bombeado em meu corpo parecia ácido naquele momento.

  - Mande seus esqueletos pararem de lutar agora. – Nix sussurrou em meu ouvido. – Sua namoradinha esta sob a mira de um dos meus feiticeiros é melhor ser rápido.

 Ótimo! Estou cego, como vou saber se é verdade? Meu coração estava quase pulando pra fora do meu corpo.

 Eu não podia correr o risco de mais alguém morrer por minha culpa. Pode ser estupido, mas sim eu o fiz. Todos os esqueletos voltaram aos seus devidos lugares junto com meu cão infernal.

 - Nico, não faça isso! – Eleanor gritou. – Nix, nós temos um acordo!

 - Olha em volta Eleanor. – Nix mandou. – Um dos meus sacrifícios esta morto, tenho quatro feiticeiros em pé e a única vantagem agora é este garoto. E sobre nosso trato… Eu disse que se ele não estivesse nesta Ruína, eu não o pegaria. E onde ele esta?

 Ah, deuses! Eu sou tão estupido.

 - Ele não te serve pra nada. – Eleanor disse.

 - Ah, querida, eu posso usá-lo contra Hades e obter o mesmo resultado.

 - O Solstício é daqui a cinco dias, não vai conseguir nesse tempo.

 - Não adianta, Eleanor. Você perdeu. Eu finalmente ganhei de você. – Nix gargalhou. - Finalmente..

 - É sobre isso que se trata? – Eleanor gritou. – Inveja? Ciúmes?

 - Inveja? – Nix repetiu irritada e apertou ainda mais meu pescoço. Tentei me mover, mas ela era bem mais forte. – Como vou sentir inveja de algo como você? Acontece que desde que entrou no Palácio todas as atenções são voltadas pra você. Até mesmo agora que você traiu Érebo ele continua te amando.

 - Amando? E aquela brincadeira da Rosa de Sangue foi amor?

 - Você acha que só ele entra no jardim de Caos? Érebo não tem absolutamente nada a ver com as brincadeiras em sua mente. A ideia foi minha e graças a Hécate eu consegui torna-la… Real.  Mas vamos parar de falar…

 Nix não conseguiu terminar. Uma luz quente e forte explodiu nas Ruínas. Eu não enxerguei nada, apenas um clarão enorme e cegante.

 - Sim, vovó. É melhor calar a boca!

 Caí ajoelhado no chão enquanto minha visão voltava ao normal. A alguns passos ao meu lado Bia caiu no chão totalmente pálida e sem forças. Não havia sinal de Nix nas Ruínas. E Eleanor estava jogada no chão a metros de distancia.

 Eu me levantei atordoado.

 - O que foi isso? – Perguntei.

 - Vingança.

 Uma voz família me respondeu.

 - Nunca vi um filho de Éter tão poderoso quanto esta menina. – Hades continuou. - Ela realmente... Explodiu. Só sobrou o corpo.

 Lentamente, meu pai caminhou até Bia e tocou seu rosto.

 - Você tem minha benção, minha cara. Descanse em eterna paz.

 Bia caiu no chão e desapareceu em seguida.

 - O que você fez com ela? – Perguntou Eleanor.

 - Ela estava morta. Ela usou tudo para mandar Nix para o Tártaro. Não havia chances de recuperação. Seu coração pararia de bater em cerca de um minuto. Ela não nem tinha mais sua alma... Mas agora, ela descansará em paz eternar.

 Meu pai finalmente se virou para nós e nos encarou por um longo tempo.

 - Parabens. Conseguiram. – Ele disse. – Mas sinto que a felicidade de vocês não vai durar muito.

 - O que quer dizer com isso? – Eu perguntei receoso.

 - Ah, Nico, você ainda é muito jovem para entender a mente dos deuses. Mas, digamos que o que vocês dois compartilharam virou segredo de estado. – Hades sorriu maldosamente.

 - Esta se referindo ao Cetro? – Eleanor supôs.

 - Exato, filha de Zeus. O que aconteceu no carro e alguns dos fatos daqui, foram escondidos de todos os deuses. Apenas Zeus, sua mãe e eu, obviamente, sabemos que você tem a localização do Cetro. Mas Nico… Todos sabem que ele tem a localização.

 - E daí? Por que tiveram o trabalho de acobertar o que fiz? – Eleanor insistiu, ainda ofegante. Parecia bem cansada, mas ainda sim estava linda. Como posso pensar isso nesse momento? 

 - Ah, Santo Tartaro! Filha de Zeus, o Cetro nãorepresentao poder de Caos. Eleéo poder de Caos. Isso desperta interesse alheio. Você estará protegida quanto a isso, pode ter certeza. Já meu filho…

 - Se alguém quiser roubar virar atrás de mim. – Adivinhei. - Nix fez o favor de espalhar isso a todo o mundo, provavelmente. Todos os deuses malucos agora vão querer ter o filho de Hades à mão.

 - Exato. - Meu pai confirmou incrivelmente feliz. - E digamos que eles não vão querer o Cetro para libertar Caos. Eles o vão querer para virar uma espécie de novo Caos.

 - E é por isso que veio aqui. – Adivinhei de novo. Minha mente então começou a entender tudo. Estando ou não naquela Ruína, morrendo ou não no Palácio Primordial, amando ou não Eleanor, eu não estaria seguro. E quem eu amo tambem não. Mesmo que sobrevivesse a isso, mais tarde viriam mais gente atras de mim.

 - Pode fazer sua escolha, Nico: correr todo o risco e colocar sua namorada imortal na mira dos deuses invejosos tambem ou salvar a ambos.

 Eu gelei. Não tive ação nenhuma. Não disse nada, não me movimentei. Tive medo de fazê-lo e piorar tudo.

 - Não pode estar falando serio! - Eleanor arfou. 

 - Foram ordens dos deuses. - Meu pai disse até compreensivo. - Ou Nico vem comigo e fica em segurança no Mundo Inferior, ou morre nas mãos dos Olimpianos, antes que ele abra a boca.

 - Não! - Eleanor gritou. - O Mundo Inferior não é seguro!

 - Não era. - Meu pai corrigiu. - Com a inesperada morte de Nix, Hecate baixou a guarda. - Ele fechou os olhos e eu soube que estava se comunicando com alguem lá em baixo. Ele voltou a abrir os olhos e sorriu. - O controle é todo meu novamente. Hecate sozinha é fraca demais. E agora, Eleanor, nada mais de brincadeiras com sua mente. 

 - Não é possivel... 

 Todo aquele tempo eu permaneci de costas para ela, apenas encarando meu pai. Mas tudo aquilo era por minha culpa, eu devia pelo menos falar algo, mas minha garganta se fechou.

 - O Acampamento é seguro. - Eleanor murmurou.

 Meu pai começou a andar, visivelmente irritado, e a chutar os mortos.

 - Acontece que podem usar semideuses e os deuses estão paranoicos quanto a isso. - Ele parou e a encarou. - E você é uma imortal. Nunca pensou nisso? Se ama tanto meu filho tem que deixá-lo partir! Ou você fará como Selene e colocará seu amado mortal em um caixão para não envelhecer?

 Ele não falou comigo, mas aquilo foi como uma facada nas minhas costas. A coisa que eu menos queria pensar bateu na minha porta naquele momento.

 - Nico. - Meu pai chamou. - Você sabe o caminho.

 Então, ele desapareceu. Sabia que eu seria sensato pra fazer essa escolha.

 - Eu... Acho... - Eleanor suspirou várias vezes. - Essa escolha não é minha, não é?

  Meus olhos queimaram e minha visão ficou embaçada. O anel em meu bolso começou a pesar ainda mais. Até que finalmente o tirei de lá e o encarei. Era de prata com um laço e cheio de brilhantes. Fechei minha mão em torno dele e finalmente me virei para Eleanor. 

 - Não tem escolha. - Eu sussurrei. - E você sabe o que eu faria se ela existesse. Você tambem esta em jogo e os deuses não deixam barato. Principalmente seu pai. - Eu caminhei até ela. - E bem, você é imortal. Tem a eternidade pela frente. É linda, tem tudo aos seus pés. E eu nem sei se sobrevivo até a próxima estação! 

 Ela deixou lágrimas escorrerem por seu rosto sujo. Eu peguei suas mãos, delicadamente. Em seguida colei meus lábios no dela, carinhosamente. Quando nos afastamos, mais lágrimas insistiram rolar por seu rosto.

 - Olha... - Eu lhe mostrei o anel. - Eu ainda vou te devolver isso, ok? Tenha isso sempre em mente. E sabe, seria ótimo se eu pudesse ouvir sua voz mais uma vez. - Acrescentei com um sorriso. 

  Ela acabou sorrindo tambem com a estupidez. No começo sua voz saiu embargada, mas depois voltou ao normal. Linda e hipnotizante. 

 Enquanto ela cantava, fechou os olhos e eu aproveitei para abraçá-la fortemente.

 - Obrigado por ter me salvado. - Eu sussurrei em seu ouvido e ela soluçou uma vez enquanto cantava.

Heart beats harder, Time escapes me, Trembling hands touch skin, It makes this harder, And the tears stream down my face, If we could only have this life for one more day, If we could only turn back time

Me afastei lentamente e fui andando até a arvore mais próxima de costas, só para poder olhá-la por mais tempo. 

Undecided, Voice is numb, Try to scream out my lungs, But it makes things harder, And the tears stream down my face...

Cheguei finalmente até uma sombra e continuei olhando aquele ser perfeito de olhos fechados, com sua voz inundando todo o lugar.

Moments in time, I'll find the words to say, Before you leave me today...

  - E Eleanor! 

 Ela abriu os olhos uma ultima vez para me encarar. 

 - Eu tambem te amo. 


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Notas finais do capítulo

O nome da musica é Moments, dos meus maridos da One Direction :P
TRADUÇÃO:
"[...]
Coração bate mais forte,
O tempo foge de mim.
Mãos trêmulas tocam a pele,
Isto torna isso dificil.
E as lágrimas escorrem pelo meu rosto.
Se nós apenas pudéssemos ter essa vida por mais um dia.
Se nós apenas pudéssemos voltar no tempo.
[...]
Indeciso. A voz é entorpecida.
Tento gritar fora os meus pulmões.
Mas isso torna as coisas mais difíceis,
E as lágrimas escorrem pelo meu rosto.
[...]
Momentos no tempo,
Eu acharei as palavras pra dizer.
Antes que você me deixe hoje."
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Eeeaii? MANDEM-ME REVIEWS, SE NÃO NÃO POSTO O PRÓXIMO! Gostaram ou não? O que acontece agora?
Enfim, amores... Milhões de beijos!
Xx



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