The Immortal escrita por Laís di Angelo


Capítulo 13
Visitas de lembranças nada agradaveis


Notas iniciais do capítulo

OoooOii gente! Como vão?
Hoje faz um mês que criei a fic!!! Que legaaaal! Um mês atras não sabia nem se ia conseguir mesmo escreve-la!! To emocionada!
AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH! Eu amo tanto vocês!! Ganhei duas recomendações e mais de cinquenta reviews em apenas 12 capitulos!! OMG! Vocês são um máximo!
Este capitulo é das leitoras mais lindas que me mandaram minhas primeiras recomendações: Bia (BiaSol) e Juliana (Só uma garota que ama Percy) Meninas vocês são maravilhosas!
Espero que gostem do capitulo, babes!
*Enjoy*



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Acordei em minha cama no Chalé de Zeus. Minhas jóias estavam todas na mesinha ao lado da cama (que eu tinha pedido aos filhos de Hefesto para fazerem pra mim). Só o colar-salva-vidas estava em meu pescoço.

Assim que abri meus olhos a tortura me tomou. Bia e Ethan não tinham nem ficado três horas no Acampamento, um lugar que dizem ser seguro, e tinham sido capturados. Devia ser por mandar seus filhos pra cá que Éter disse que se tornou um traidor maior que eu. Porque querendo ou não, Éter fazia parte daquela família; e embora eu dissesse fazer, aquele não era mais meu lugar. Na verdade, eu não sabia qual era meu lugar. Me sentia deslocada, perdida, triste… E talvez por isso, a raiva não tinha lugar em minha mente naquele dia. Então, eu senti que aquele colar seria desnecessário, mas, ainda sim, não o tirei.

Quando me levantei, vi várias roupas ao pé da cama. Cheguei mais perto e as cutuquei com medo de que fossem imaginação minha, como aquela garota na praia. As lembranças dela ainda me atormentavam, estava quase impossível esquece-la… De qualquer maneira não esqueço nada, mesmo. A diferença era que as imagens dela e de Nico estavam me torturando. Por quê? Bem… Pelo fato de talvez elas não existirem e for tudo fruto da minha imaginação fértil. O que me leva a uma única resposta concreta…

Provavelmente, eu estou ficando louca. O poder dentro de mim esta me confundindo e eu serei enviada a um Manicômio de Imortais. Se é que isso existe. Se não existe vão construir para mim.

Com medo das roupas serem “de mentira”, eu acabei vestindo uma das poucas peças de roupa que Artemis tinha me dado.

- Para com isso! – Uma voz soou atrás de mim. Me virei atordoada dando de cara com quem? Argh!

- O que faz aqui, mãe?

- Não vamos discutir sobre isso. – Ela se sentou na minha cama. – Éter mandou as roupas. Como Zeus não deixou ele vir, resolvi te fazer uma visita e lhe entrega-las.

Seus cabelos castanhos encaracolados caiam perfeitamente para trás, deixando seu rosto de traços aristocráticos livre para ser apreciado. Seus olhos violetas pareciam penetrar a alma de qualquer um que os encarasse. Me davam medo.

- Obrigada. – Falei sem muita emoção.

Ela sorriu de lado e suspirou.

- Você não esta ficando louca, filha.

Filha… Agora ela me chama assim. Na hora de deixar me levarem por dividas de joguetes sem propósito eu era apenas um lixo.

- Estão brincando com você. – Continuou. – Os deuses… Os Primordiais…

- Os Titãs? – A interrompi.

Ela semicerrou os olhos.

- Eu e Érebo temos coisas em comum, sabia? – Ela disse distraída. – Há dois anos, quando a guerra entre Cronos e os Olimpianos aconteceu, sabe onde eu estava? No meu cantinho. Todos sabiam que eu era totalmente a favor de Cronos retomar o poder, mas acha que eu ia interferir? Nunca. – Covarde, pensei. – Sou vunerável aos deuses, assim como Érebo. Já Nix… Aquela ali conhece cada ponto de ataque dos deuses e com a ajuda de Hécate, não há quem se meta no caminho delas. Os Primordiais não precisam interferir, não vão colocar suas cabeças no jogo quando elas são descartáveis até que ele termine. Mas, a vontade deles é visível. E como Melinoe avisou ontem, o próximo a ser pego é seu querido Nico. E acredite, minha cara, vão pegar você junto. Então, trate de ir ao Olimpo. – Ela aumentou o tom de voz. - Como deusa não poderão pegar você com facilidade. Porque se te pegaram… Vão entregar você como traidora a Érebo. E você quer isso, Eleanor?

Suspirei enquanto absorvia suas palavras.

- Por que Melinoe não nos levou ontem? – Perguntei.

Minha mãe se levantou.

- Não escutou o que ela disse? Não escutou o que eu acabei de dizer? Eles vão jogar com vocês. Vingança é um prato que se come frio, Eleanor, e pelas beiradas. É um jogo que vão adorar jogar agora que ele virou. Ficou muito mais fácil agora.

Eu me sentei tentando evitar que as lágrimas rolassem.

- Por que eles tem que fazer isso?

Foi uma pergunta retorica. Não queria ouvir a resposta, mas minha mãe riu e jogou na minha cara:

- Por que eles confiaram em você durante seis décadas. Deixaram você com eles mesmo depois de seu episódio com o filho de Hades e, então, você se vira contra eles. Foge e se torna uma X-9! Ah, minha filha, eu não queria estar na sua pele agora.

Pronto. As lágrimas desapareceram. As pedrinhas no colar brilharam e eu respirei fundo. Estava ficando um pouco mais fácil controlar o meu poder agora, mas eu achava melhor não brincar com ele. Mas minha mãe... Ela ia adora fazer isso.

- Vá embora! – Falei. – Você é uma péssima mãe. E quer saber? Eu também sei jogar.

Ela gargalhou alto.

- A inocente Eleanor sabe jogar? Olhe para você, Eleanor! Seus tempos no Palácio só fizeram você aprender a lutar, não fizeram de você uma guerreira. Sua fragilidade e inocência são capazes de te entregar na primeira chance que tiverem. Tem que ter limites nesse tipo de coisa e você já chegou ao seu.

Não estava escutando nenhum berro do lado de fora, o que significa que eu estava ligeiramente controlada.

- Eu sou imortal. – Apertei o colar. – Não tenho limites. Agora sai daqui.

Ela se transformou em fumaça e desapareceu do meu Chalé.

Agarrei uma das calças jeans em cima da cama e fui me trocar.

***

As lágrimas caíam de forma torturante. Como se queimassem meu rosto. Pareciam brincar comigo… Como qualquer outra coisa.

Magoada. Era como me encontrava. E isso era pior do que a raiva, porque no fim das contas, acabei descobrindo que quando estou desse jeito – triste, magoada- é que as lembranças vem com mais facilidade. E assim como as lágrimas queimantes elas parecem brincar comigo. Com minha sanidade.

Olhei para o mar agitado a minha frente, tentando ignorar os olhares de outros semideuses que estavam ali na praia. Fechei os olhos, torcendo para que tudo isso acabasse.

De repente, sinto alguém me observando. Será que mais semideuses vieram me apreciar? Ou eram novas brincadeiras que as pessoas usavam para se entreter ao meu custo? Não ousei olhar pra trás, ignorei.

Estiquei minhas pernas sobre a areia… As pequenas ondas molhavam meus pés… Por um momento me esqueci de tudo… E então, para completar minha “felicidade”, ele se sentou ao meu lado. Ao contrário do que pensei, ele não disse nada por um bom tempo. Apenas ficou encarando o horizonte. Virei o rosto e o observei com os olhos semicerrados. Acabei perdendo a noção do tempo.

- Vai ficar me contemplando por quanto tempo, Branca de Neve?

- Argh! Já disse pra não me chamar assim. – Eu desviei o rosto, sorridente. – É legal olhar pra você. De alguma maneira eu esqueço um pouco das coisas.

- Mesmo eu sendo o culpado de parte delas ter acontecido? – Foi a vez dele me observar.

- Você só abriu meus olhos, Nico. Apenas me ajudou a sair de um lado ruim.

- E coloquei em outro pior. – Ele completou.

- Errado. Eu fiz a minha escolha, estou sofrendo as consequências.

- Aquilo que você me contou sobre aquela garota… - Ele começou a dizer. – Não é uma consequência. É uma… Viadagem! Foi a palavra mais limpa que achei pra este momento.

Eu ri de suas ultimas palavras e ele me acompanhou. Me virei para encará-lo e encontrei seus olhos me encarando com ternura. Ele levou o polegar direito até meu rosto e limpou uma lágrima. Seu sorriso havia desaparecido fazendo com que o meu fizesse o mesmo.

- Não chora. – Ele sussurrou. – Eu quero te falar uma coisa, mas se você chorar vai ser difícil.

Engoli seco.

- Eu não devia ter deixado Melinoe leva-los. – Eu falei.

Nico riu.

- E o que faria? Você estava em estado de choque!  Aqueles pentagramas só podem ter suas forças quebradas por um deus, por isso nem eu tentei nada. Não tínhamos chance pelo caminho mais obvio. É por isso que decidimos montar uma missão de resgate. Saio amanhã cedo.

Eu ri, amargurada.

- Como? É impossível encontra-los agora!

- Não, não é.

- Para onde vai? – Perguntei em tom desafiador.

- A localização da prisão foi dada por seu pai. À leste das Ruínas de Metckurtt, onde ocorre o Sacrificio. Ele disse que o Sacrifício é no solstício de inverno, então, temos quatro semanas, se for arredondar. – Ele respondeu firmemente. – Ele me escolheu para ir. Não tinha como dizer não. Ele disse que eu seria o único que conseguiria vencer quem quer que fosse naquela região.

Meu coração acelerou.

- Você não pode ir! – Falei de olhos arregalados.

Nico tirou a mão que, até então, repousava calmamente em meu rosto.

- Eu vou, Eleanor.

- Eles querem você! Vão matar quem estiver no caminho! – Continuei agoniada. Não suportava a ideia de falar disso.

- Eu vou ter que correr o…

- Nico. – Eu o interrompi. – Não fala isso, só vai piorar minha situação.

Alguns minutos se passaram até ele ver que não tinha como me convencer de que ele ficaria bem. Ele tentou argumentar, mas continuei olhado para o mar com um nó na garganta e o medo estampado em meu rosto até que Nico colocou a mão em meu queixo e me obrigou a olhá-lo.

- Por que quer ir? – Fui direto a duvida que me incomodava.

- Porque vai acabar. – Ele respondeu com um sorriso triste nos lábios perfeitos. – Seu eu for pego, eles não vão conseguir me fazer falar, uma hora desistem e me matam; então, você vai para o Olimpo e fica segura. Se eu tiver sucesso na missão, vou deixa-los fraco por tempo suficiente para os deuses agirem e… Aí acaba.

Não tinha meio termo. Eu sabia disso. 

Ele tirou a mão do meu queixo e continuou me encarando, sustentando meu olhar.

- Por que não quer que eu vá? E não me venha com a história de que você quer fazer valer seu sacrifício de ter me tirado das mãos dos Primordiais ou coisa do tipo.

Sorri tristemente.

- Já perdi muitas pessoas, Nico. Sei que você também já, então, sabe como me sinto. Eu estou cansada disso. Você á pessoa mais perto de amigo que tive em todas essas décadas e isso aconteceu em… Duas semanas! Não quero que se sacrifique a toa. Outra pessoa pode ir…

Sei que é errado. Jogar pra cima de outro semideus essa missão chega a ser cruel, mas eu estava desesperada.

- Ah, qual é! Eu não sou fraco! Pode deixar que eu volto.

- Os monstros vão te achar. Os feiticeiros… Lá fora não é seguro, Nico! – Tentei novamente.

- Mas faço parte disso.

Ficamos em silencio, apenas nos olhando. Pensei que o silencio perduraria, mas aí, ele faz uma pergunta ridícula.

– Vai ficar bem?

Não respondi.

- Eu não vou aguentar sair do Acampamento sabendo que te deixei desse jeito aqui. – Ele continuou.

- De que jeito? – Indaguei.

- Desprotegida. Triste. – Ele engoliu seco.

Fechei os olhos e virei o rosto.

- Não, não vou ficar bem.

Queria fazer com que tudo isso acabasse, mas não conseguia pensar em absolutamente nada! Minha mente estava turva como minha visão. Por que meu pai o mandou ir sozinho nessa missão? Por que, se era ele que deveria ficar seguro longe dos olfatos dos monstros e da esperteza dos feiticeiros de Hécate? Das mãos frias de Nix? Da tortura? Me lembrei do poema de Isabela, que dizia que todos os que fossem embora, não voltariam. E novamente as lágrimas chegaram.

Os braços de Nico me envolveram de forma aconchegante. E eu… Ignorei tudo o que estava em volta. Todas as lembranças que vinham em minha mente, todas as formas de vida presente naquele lugar… Eu aceitei seu abraço. Era como se tivéssemos uma intimidade que ainda não tínhamos. Era… Natural.

Me senti voando no tempo… Há anos atrás… Quando estava abraçada a uma pessoa cujos olhos eram idênticos aos de Nico. A diferença era que eles mentiam pra mim. Mentiram  o tempo todo…

Um arrepio percorreu meu corpo. Nico sentiu minha mudança de estado e se afastou para me olhar.

- No que esta pensando? – Ele perguntou, gentilmente.

- Em algo antigo. – Respondi com os olhos vidrados.

Ele me observou e abriu um sorriso.

- Seus olhos estão como naquele dia no lago… - Lentamente, seu sorriso sumiu. - Esta pensando nele, não é? – Ele adivinhou.

Assenti. Ele franziu os lábios e voltou a me abraçar. Senti algo dentro de mim explodir e não aguentei.

- O nome dele era Logan.

Nico não teve reação, continuou me balançando como se fosse eu a ir para a morte.

- Hades nem sabia da existência dele. – Continuei. Tentei organizar as coisas na minha mente.

- Meu pai tinha essa mania de não saber dos filhos. – Nico falou descontraído. - Contando com este são quatro. Quando eles morrem ganham tratamento especial, mas eu nunca conheci nenhum deles.

- Que bom, Nico. Não desejo isso pra ninguém. – Continuei perdida em pensamentos, e Nico não me apressou, apenas comentou:

- Ele te fez feliz por um tempo pelo menos?

Insensível? Talvez. Mas naquela situação eu não ligava, muito menos ele, de forma que respondo lentamente:

- Sim. Ele me fez feliz… Até eu mata-lo.


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Notas finais do capítulo

Eaí? Gostaraaaaaamm? O que esperam do próximo capitulo? Palpites? E o segredo da Eleanor???
Deixem reviews!
O proximo cap sai quarta feira, tah?
Beijinhus, sua liamdas!



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