Kukai e Amu foram até a cozinha e tomaram o lanche. Os irmãos de Kukai estavam sempre sorrindo um para o outro e agindo normalmente.

- Vamos Hinamori? Você pode me ajudar nas questões de química de hoje? –Perguntou Kukai sorrindo.

Amu arqueou uma sobrancelha.

- As de hoje? Mas... Você não prestou atenção quando eu expliquei no quadro negro? –Ela perguntou surpresa.

Kukai riu um pouco.

- É que eu fiquei pensando em como você soube responder e explicar sendo que o sensei iria começar aquela matéria hoje. Aí eu fiquei distraído. –Ele coçou a nuca rindo.

- Distraído nos pensamentos ou em certa pessoa? –Um dos irmãos provocou.

Kukai corou.

- N-Não sei do que você está falando! –Ele negou corado.

- Haha. Claro que não sabe. –O outro irmão zombou.

Kukai estava mais corado que antes. Seus irmãos riram da situação do caçula, mas Amu não estava entendendo quase nada.

“Será... Que ele já gosta de alguém? Deve gostar não é? Eu sou apenas a “irmãzinha” dele.” –Pensou Amu e fez um semblante um pouco triste.

Kukai não sabia como fugir da situação em que seus irmãos lhe colocaram.

- Ah, Kukai meu pai pediu pra eu te dar uma coisa. –Amu o chamou.

- O que? –O castanho perguntou voltando ao normal.

- Esse embrulho. Eu não faço ideia do que seja. –Disse ela pegando o embrulho de sua bolsinha e entregando ao castanho.

Ele abriu o embrulho. E para a surpresa dele, era uma foto emoldurada da rosada. Ele logo deu um sorriso e mostrou para Amu, o seu presente.

Amu arregalou os olhos.

- N-NANI? P-Por que é justo uma das fotos que eu tirei hoje? –Perguntou ela corada.

- Foto? Deixa eu ver? Valeu nanico! –Disse o irmão mais velho pegando a moldura com a foto sem deixar Kukai responder.

Os irmãos olharam a foto e sorriram.

- Uau! Essa foto ficou maravilhosa! –Um dos irmãos disse.

- Você ficou muito linda nessa foto Amu. –Disse o mais velho.

Amu corou um pouco com o comentário, e sorriu.

- Toma aê de volta. – Disse um dos irmãos jogando a foto para o castanho.

Kukai pegou a foto com cuidado e jogou um olhar mortal para o irmão.

- Podia ter quebrado. –Ele disse.

Os irmãos riram e Amu pegou Kukai pelo pulso antes que eles começassem a discutir.

- Ei Hinamori! Solta a minha mão que eu vou falar umas poucas e boas pra eles! –Disse Kukai enquanto era arrastado pelas escadas.

- Haha! Você só pode estar de brincadeira Kukai! Você vai é discutir com eles isso sim! E de discussão eu estou passando é longe! –Disse Amu arrastando o castanho.

Seus charas estavam rindo mais do que nunca, assim como os irmãos de Kukai. Assim que chegaram ao quarto Amu fechou a porta e soltou o castanho.

- É... Você tá com uma força boa para apertar os pulsos hein? –disse Kukai rindo.

- Eu já não disse que de discussões eu estou passando longe? –Amu também riu.

Kukai admirou a face da rosada, que estava com uma bela expressão. Mas foi tirado de seus pensamentos pela própria.

- Vamos? Eu vou te explicar as equações de hoje. –disse ela sorrindo e estendendo a mão para o castanho.

- Valeu! –Disse ele pegando na mão da rosada e indo para a mesa.

Os dois sentiram um pequeno arrepio, mas ignoraram.

- Então Kukai... Para resolver essas equações você precisa fazer assim... –Amu explicava serenamente a forma de fazer as equações.

Kukai estava com problemas em se concentrar, por causa da proximidade com a rosada.

- Entendeu como é a fórmula? –Amu perguntou sorrindo.

- Com essa professora que eu tenho, é impossível não entender! –Disse Kukai com um largo sorriso.

- Vamos fazer o trabalho de biologia? –Ela perguntou serena.

- Vamos a isso! –Ele respondeu sorrindo.

Após pesquisarem muitas coisas, imprimirem e colarem no cartaz... E é claro arrumar as imagens todas corretamente, eles terminaram e se jogaram na cama, exaustos.

- Cara... Nunca pensei que fazer um trabalho desses daria tanto trabalho! –Disse Kukai.

- Haha! Nem eu! –Amu respondeu rindo.

Kukai admirou o sorriso da rosada mais uma vez.

- Bem... Já está na hora de eu ir. –Disse Amu sentando.

- Mas já? –Perguntou Kukai desanimado.

- Você tá querendo que eu durma aqui por acaso é? –Disse Amu encarando-o.

- Poderia ser... –Ele respondeu fitando os olhos âmbares da rosada.

- Mas você sabe que eu não posso ficar aqui. –Ela disse rindo.

- Já que eu não posso impedir você de ir embora... –Disse Kukai com um sorriso travesso.

- O qu... –Amu não completou a frase pois Kukai puxou-a e ficou em cima dela fazendo cócegas.

Algum tempo depois... Amu estava exausta de tanto rir, e Kukai ria da situação da mesma.

- Vai ter volta está ouvindo Kukai? –Disse Amu rindo mais um pouco e se levantando.

- Eu estarei esperando. –Disse ele rindo.

Amu ligou para seu pai que logo foi lhe buscar, ela se despediu do castanho e dos irmãos dele e entrou no carro.

- E aí Kukai? –Disse um dos irmãos.

- E aí o que? –Ele perguntou sentando no sofá e tomando um gole de suco.

- Se declarou pra ela? –O outro irmão perguntou provocando.

Ao ouvir isso, Kukai corou ao extremo e engasgou com o suco jogando para fora da boca, em um impulso.

- N-Nani? –Disse Kukai virando-se para os irmãos, assustado.

- Pensa que eu não vi aquele clima entre vocês dois quando eu fui chamar vocês para o lanche? –Disse um dos irmãos com um sorriso provocador.

Kukai arregalou os olhos.

- Se declarou para ela ou não? –Perguntou o mais velho.

- Você está louco?! Ela nem deve gostar de mim! –Disse Kukai fitando os irmãos.

- Uma hora você vai ter que fazer isso. –Disse outro.

- Se não quiser a nossa interferência. –Disse outro.

Kukai arregalou ainda mais os olhos. Eles não iriam se meter naquilo não é? Ou será que iriam?

- Vocês só podem ter pirado! Esqueceram-se de tomar o remédio hoje?! –Disse Kukai um pouco nervoso.

- Não. Eu tomei o meu na hora certa. –Disse um.

- Eu também. –O outro concordou.

- Idem.

- Você é que não deve ter tomado o seu. Kukai! A Amu é linda, inteligente, meiga, e você não se declara para ela?! Você tem que estar com problema na cabeça meu irmão! –Disse um dos irmãos.

- Não é tão fácil assim. –Disse Kukai.

- Lógico que não é fácil! Mas você tem medo do quê?

- De que a minha amizade com ela acabe! –Gritou Kukai irritado subindo as escadas com pressa.

O que ele faria agora? Não conseguiria parar de pensar na rosada. Não conseguiria esquecer o cheiro dela. Seus irmãos já sabiam e seu melhor amigo também. Ele não queria perder a amizade dela. Mas não aguentaria ficar apenas naquilo... O que fazer?

Kukai Pov’s.

O que eu faço agora? Está cada vez mais difícil de parar de olhar para a Hinamori! Eu tenho medo de me declarar para ela... Não nego isso. Mas eu não quero perder a amizade dela. Quem é que está me ligando? Eu não estou com vontade de falar com ninguém agora! Nadeshiko? Digo, Nagihiko?

- Moshi moshi? –Perguntei.

- Quem é? –Perguntou alguém para mim.

- Eu é que te pergunto. Você que ligou pra mim. –Eu respondi rindo.

- É a Rima. –Rima? Por que ela está com o celular do Nagihiko?

- Por que você está com o celular do Nagihiko? –Eu perguntei.

- Isso não vem ao caso. A Amu está aí? –Ela perguntou. Mas como ela sabia que a Amu estava aqui?

- Ela foi embora tem uns 10 minutos. Por quê?

- Hm... Nada não. Só precisava saber de uma coisa com ela. –Ela respondeu pra mim. Mas o que ela queria com a Amu?

- O que você está fazendo com o Nagihiko? –Eu perguntei.

- Trabalho de escola. E o que você estava fazendo com a Amu? - Putz...

- Trabalho de escola também. –Eu respondi.

- Sobre? – Pra quê ela precisa saber disso?

- Biologia. E o seu? –Perguntei só por graça.

- Biologia também. – Só pode ser brincadeira.

- Por que me ligou mesmo? – Eu perguntei fugindo do assunto.

- O aniversário da Amu é em duas semanas. Nós vamos fazer uma festa surpresa para ela. –Epa! O aniversário dela é mesmo em duas semanas?

- E como vai ser? –Eu perguntei. Que pergunta mais tosca.

- É uma festa de quinze anos. –Ela respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Será que é?

- E? –Sinto que ela vai me matar por ter dito isso.

- ACORDA PRA VIDA KUKAI! –Não disse? Ai meus tímpanos!

- Dá pra gritar mais baixo? –Perguntou o Nagihiko perto dela. Até que enfim ele apareceu!

- NÃO! –Vish! Esse foi mais alto!

- E-E... Rima-chan. Onegai... –Ele pediu. Ele conversa bem pianinho com ela.

- Nem venha fazendo essa cara de Nadeshiko. Com a Amu podia funcionar, mas comigo é diferente.

- Que droga. –Ele murmurou, mas eu acho que a Rima ouviu.

- Agora, será que você pode entrar no computador Kukai? Nós vamos decidir as coisas sobre a festa. –Ela disse calma? Ufa.

- Ok eu ligo. Mas, quem está incluído nesse “nós”? –Eu perguntei curioso.

-Dá pra parar com a preguiça e ligar logo esse computador? –Ela disse. Eita. Ela tá estressada!

- Espera um minuto.

Eu liguei o computador.

- Pronto. Eu liguei. –Respondi.

- Pronto.

Assim que o Nagihiko disse isso, a Rima, o Nagihiko, a Utau, o Kairi, a Yaya apareceram na minha tela.

- Opa... Como é bom rever esse povo. –Eu disse brincalhão.

- Agora, a gente se fala pelo computador. –A Rima nem deixou eu responder! Fiquei com a maior cara de tacho!

- Você podia ter mais educação Rima. –Eu disse.

- Tenho que bolar uma festa no momento. –Ela respondeu dando de ombros.

Todos rimos.

- E aí pessoal? Como vão as coisas? –Eu perguntei.

- Eu estou em Londres. –A Utau respondeu. É... A carreira dela apenas sobe.

- Eu estou bem por aqui. –Disse o Kairi. Será que ele ainda é apaixonado pela Hinamori?

- A Yaya está cuidando bem do Colégio Seyo! –Ela continua criança.

- Ok povo... Mas quem está chamando para a conversa? –A Rima perguntou. Quem seria?

- Olá! Lembram de mim? –Espera... Essa é a...

- Lulu! –Nós dissemos junto.

- Faz tempo não é? –Ela disse.

- Sim! Faz sim! –Disse Utau. –Você continua em Paris?

- Eu estou em Londres agora. –Ela respondeu.

- Sério? Fazendo o quê? –Perguntou Nagihiko.

- Vim tirar alguns dias de descanso por aqui... As filmagens do filme da minha mãe estão quase no fim. –Ela nos respondeu sorrindo.

- Que bom! – A Rima disse.

- Pessoal, como vai ser a festa? –Eu perguntei.